Ao trancar a porta, Nephesto estava com um olhar frio, ao mesmo tempo que perverso. Sua perversão alcançava os sentidos de Katherine facilmente, ela poderia considerar as intenções dele como maléficas naquele momento, mas para ela, tudo não passava de um momento puramente sexual.

Katherine perguntou a Nephesto com uma formalidade sem igual:

-O que desejas, Nephesto-dono?

-O que eu desejo? Riu com um ligeiro sarcasmo. O que eu desejo não passa de um mero capricho, não posso deixar de considerar que já provei de muitas mulheres, mas nenhuma delas se comparava a você guerreira!

Katherine não sabia se sentia-se valorizada ou vulgarizada, porém, considerando a frase de Nephesto um pouco perversa, ela não deu muita importância para pensamentos complexos:

-Fico lisonjeada Nephesto-sama, porém não tenho interesse em oferecer-lhe um pouco de mim, afinal, não sou objeto de degustação.

Nephesto riu novamente, caminhou em direção à guerreira e disse as seguintes palavras:

-Se és uma guerreira, terás de me provar tua força!

Katherine não resistiu àquela frase tão profunda. Pela primeira vez, ela não interpretou uma frase daquele tipo como se tivesse que humilhar seu oponente para nunca mais desafiá-la, pelo contrário, seu corpo tomou o lugar de sua mentalidade de espadachim. Seria talvez os hormônios, ou até mesmo a necessidade de se entregar aos braços de um homem.

Ambos despidos, gemendo e gritando intensamente naquele momento de ternura e luxúria, abalando as estruturas daquele palácio. Seus seios saltitavam, sua boca expressava uma felicidade imensa, um prazer materializado e sem vestígios de romances longos para chegar ao momento em que se encontrava, algo puramente libidinal e sem necessidade de conhecer um ao outro. Ambos estavam possuídos pelo desejo de continuar com aquilo pelo resto de suas vidas, Katherine não via problemas em abandonar a guilda para passar momentos de prazer como aquele.

O que eles faziam naquele quarto era tão intenso, que chegava a ser violento aos olhos inocentes. Passadas algumas horas, Nephesto e Katherine estavam cobertos por um manto de seda fina e manufaturada, aquela cama havia sido inaugurada com a satisfação da carne. Katherine dormia profundamente, a cabeça encostada no tórax de Nephesto, fazendo dele o seu novo travesseiro predileto.

Pouco á pouco, o suor de Nephesto começa a ser acumular naquele ninho de amor, não só o dele, mas o suor de Katherine se junta às outras gotículas, formando um pouco menos de meio litro. A excreta acumulada começa á tomar forma de uma lança, e logo, um círculo mágico é produzido sobre Katherine. Ela acordou sob a intensidade da luz que o círculo mágico emitia, sentiu uma certa umidade juntamente com a luz, olhou para cima e ouviu suas últimas palavras antes de deixar este mundo: "Ice Make...Spear!".