Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 25
Capítulo 25: Enfiando o salto alto




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Minha vida virou de ponta cabeça. Em apenas um verão meu pai se tornou um iniciante na carreira de ator. Como isso aconteceu? Bem, depois da sessão de fotos que ele fez em New York no Museu de história natural, sua chefe, Srta. Kelly, decidiu fazer um teste para o personagem romântico Simon Romanov, ele acabou ganhando emprego como ator depois de terminar a sua primeira estreia em: O diário da rosa azul.

Atualmente estamos morando na praia de Malibu, bem ao lado dos ricos e famosos, nunca esperei algo assim na vida, sempre sonhei em ter condições boas para viver com meu pai, mas infelizmente não é tão agradável ter dinheiro.

Por duas semanas meu pai não botou os pés em casa, vive gravando para a estreia do filme baseado no livro: 50 tons de cinza.

Pois bem, já era uma manhã de sábado e eu tinha que ir correndo para a aula senão não iria entrar na sala no primeiro horário.

A casa de dois andares era linda. Três quartos grandes e todos no segundo andar com vista para a praia. Cada quarto com seu banheiro próprio sem contar com o banheiro do primeiro andar que também era espaçoso. O piso é feito de carvalho, a casa é branca e iluminada por dentro, bem aberta deixando espaço para a brisa entrar pelas janelas e pela varanda do píer que fica no fundo da sala com o piano.

Eu me encontrava presa frente ao espelho do meu banheiro.

-Chapinha, não me falhe agora! –Gritei terminando de pranchar a ultima mecha rebelde no meu cabelo.

O relógio Champion no meu pulso marcava exatamente 08:00. Corri para fora do banheiro terminando de passar o batom vermelho carmesim. Peguei a pequena presilha de aplique mecha ruiva. Prendi-o no cabelo e corri do quarto correndo. Meus sapatos batiam fortemente contra as escadas de madeira, ao chegar na porta corro para o lado de fora com a chave na mão, tranco-a e corro até a frente do casarão.

Eu estava atrasada, a escola ficava a mais de meia hora de caminhada. Um carro Corvette vermelho se aproximou lentamente seguindo meus passos; fitei o motorista, era o capitão do time de futebol da escola. Damon Valentine. Possuía o cabelo mais oxigenado do mundo, além de ser albino, pelo menos era musculoso e forte.

-Phoebe, quer carona? –Ele buzinou rindo.

-Prefiro caminhar. –Argumentei agilizando o passo.

-A sua primeira aula é com a Sra Garlon. Duvido que ela lhe deixe entrar atrasada, pelo que too vendo, faltam só 20 minutos pra aula começar. –Ele sorriu abrindo a porta.

Bufei de raiva e entrei no carro.

-Só seja rápido, não quero demorar aqui. –Peguei a lixa de unha na bolsa e olhei impaciente para o relógio, nem percebi que meus braços se movimentaram sozinhos e começaram a lixar as unhas.

Damon acelerou furando dois sinais e passando a entrada da escola.

-O que tá fazendo? –Perguntei-o com certa raiva.

Ele parou o carro e puxou o freio de mão, estávamos a lateral do parque de diversões. Damon saiu do carro e abriu o porta malas, sacou uma cesta de piquenique e abriu a minha porta convidando-me para sair.

Eu sabia o que ele queria e eu não sou idiota de dar o que ele quer. Me levantei indo para fora do carro. Ele se virou e caminhou um pouco para o lado do carro deixando a cesta na grama.

Olhei para o meu acento no carro e percebi o seu capacete do time de futebol americano. Ele se aproximou olhando o decote do meu vestido branco floral.

-Só vamos relaxar, faltar um dia de aula não vai doer. –Ele subiu a mão do meu joelho até a coxa levantando o vestido lentamente junto a mão.

Senti o arrepio do seu toque, mas eu já sabia o que fazer. Drew havia me dado algumas aulas de box, aquilo seria fácil.

-O seu problema é achar que todas estão a fim de um garoto anoréxico e loiro purgante como você. –Sussurrei.

-O que? –Ele se inclinou tentando entender o que falei.

Era agora. Chutei sua canela e cravei a ponta do meu salto alto em sua coxa. O salto quebrou e ficou preso penetrando a carne Do Valentine.

-Ah! –Ele gritou ponto a mão sobre o local que agora ensanguentava e jorrava sangue.

Acho que havia atingido alguma artéria ou algo assim. Corri para o banco do passageiro do carro e em baixo do banco saquei o seu capacete do time. Segurei-o com força e bati contra a cara do jogador.

Seu nariz estalou fazendo um Trac! quebrando-o na mesma hora. Sangue jorrou do ferimento. Bati novamente contra seu rosto abrindo um corte em sua testa e na sua bochecha.

Damon caiu duro no chão, parecia ter desmaiado e agora estava jorrando sangue do seu rosto e da sua perna. Não perdi tempo, corri até ele vasculhando suas calças a procura de um celular. Quando encontrei um Galaxy disquei o número da emergência e pedi uma ambulância. Chamei a policia também e falei que foi tentativa de estupro.

Entrei em seu carro e girei a chave ligando aquela maquina mortífera sobre rodas. No que eu estava pensando? Eu não sabia dirigir. Saí do carro e corri de salto alto sobre a grama do parque.

-Ai, ai, ui, ui, ai, ai, ui, ui. –Cada passo acelerado era uma dor no pé, sem falar que um dos saltos estava quebrado pois agora se encontrava na coxa de um jogador do time de futebol.

Quebrei propositalmente o outro salto e comecei a correr para fora do pequeno local.

Depois de alguns longos minutos correndo, cheguei ao ponto de ônibus mais próximo e peguei o primeiro ônibus para a Los Angeles Unified School District. A escola pública que decidi entrar.

O ônibus foi rápido, não me deixou esperando por muito tempo, subi e paguei ao motorista a entrada. Em menos de 10 minutos eu já estava na frente da escola. Faltando apenas dois minutos para bater o sinal.

Era uma enorme construção com vidraças pretas na frente e era montada para dar o efeito de que eram blocos de montar como os do Lego. Subi os pequenos degraus e logo estava dentro da escola, correndo até a primeira porta do longo corredor de armários escolares de ferro. A primeira sala era a minha aula de francês com a professora Garlon, uma senhora de 64 anos que sempre usava jaleco branco, óculos maior que o rosto e isso deixava seus olhos gigantes através da lente e cabelos brancos que ela insistia em pintar de preto, pelo menos ela me adorava. Sempre fui boa em francês e nunca aceitei nota menor do que 10 nessa matéria. Ela me adorava.

Corri até a porta da minha sala vendo a professora caminhando com pelo menos umas 40 cópias de um teste surpresa. Abri a porta e gritei para todos da sala:

-Teste surpresa, preparem a cola! –Gritei e corri sentando-me a quarta fileira na primeira cadeira.

É, ia ser outro longo dia na escola, só espero que o caso com o Damon não dê dor de cabeça para o meu pai.


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