Only Time escrita por TC Nagahama


Capítulo 16
Capítulo 14 - Uma adorável manhã


Notas iniciais do capítulo

Crazy veelas are awesome o/



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Era uma manhã de verão simplesmente... horrorosa. O céu estava totalmente encoberto e acinzentado. A chuva que começara de madrugada não parara um segundo de cair. E estava tão escuro, que Rony poderia jurar que já eram cinco e meia da tarde. E o fato de que ele estava realmente exausto, uma vez que não conseguira fechar os olhos durante um segundo sequer durante toda a madrugada (pois achava que a qualquer momento poderiam ser atacados por comensais), não melhorava em nada seu já terrível humor.

-Eu tô dizendo, Harry! Foi tudo uma encenação. Você não acreditou realmente que Lúcio Malfoy iria deixar você vivo passeando pela Mansão dele, não é? –argumentou Rony, fazendo os outros ocupantes da mesa virarem os olhos.

-Seu ponto é...? – perguntou Harry, olhando o amigo com desinteresse.

-Meu ponto? Meu ponto! – indignou-se Rony levantando-se da cadeira bruscamente.

-Deve ser o seu ponto mesmo – disse Fred – Porque certamente não é o meu – resmungou ao pegar um biscoito na mesa, ganhando um olhar raivoso de Rony.

-Talvez seja o ponto dela – ofereceu George – Sempre achei que você tinha um ponto, Gina – completou, arrancando risadinhas de Gina e Harry.

-Parem de deboche! E nem tente comer isso. Pode estar envenenado! – gritou Rony, ao arrancar o biscoito da mão de Fred.

George, Harry e Gina se entreolharam, e percebendo que todos já tinham comido no mínimo uns seis biscoitos, caíram na gargalhada.

-Riam enquanto podem. Mas eu vou rir quando vocês começarem a rolar pelo chão segurando a barriga – resmungou Rony, ao mesmo tempo em que Gina começava a sufocar, caindo no chão segurando a garganta.

Rony, reagindo rápido, levantou a irmã, apavorado, chacoalhando-a e só parou ao perceber, após alguns instantes, que a sufocada Gina estava gargalhando, juntamente com os demais presentes na sala.

-Tenham modos – ralhou Molly ao entrar na sala acompanhada de Artur, e ver seus filhos na maior balbúrdia.

Porém, eles realmente só pararam de rir quando Narcisa adentrou a sala trazendo Carlinhos e Gui, que pareciam bem à vontade na casa.

-Por favor, não fiquem acanhados por minha causa. Sintam-se em casa – disse Narcisa sorrindo, ao sentar-se ao lado de Molly.

E isso foi suficiente para os gêmeos, Harry e Gina voltarem a atazanar o pobre Rony, que a essa altura já estava com as orelhas tão vermelhas quanto seus cabelos.

Paralelamente a isso, em outro canto da casa, duas figuras morriam de rir, ao ver um não tão pequeno álbum de fotos.

-Eu realmente não achei que era sério quando o Crabbe e o Goyle comentaram sobre o incidente na piscina – riu Hermione, maravilhada ao ver a foto da garotinha cheia de gelatina, a qual não sabia se chorava copiosamente ou se lambia os dedos.

-Tem muitas outras mais engraçadas no resto do álbum – garantiu Julie, com um sorriso orgulhoso, enquanto Bele se espreguiçava na cama.

-Você quem tirou todas essas fotos? – perguntou Hermione, curiosa ao ver uma foto que lhe chamou atenção.

A foto chamou-lhe atenção na hora. Ao contrário das outras, esta aparentemente não era de uma data comemorativa ou especial. Muito pelo contrário. Era uma cena um tanto quanto rotineira. Na foto, aparecia Bele, que aparentava não ter mais que dois anos, tentando limpar um bicho gosmento (o qual Hermione supunha ser uma lesma). Ela parecia discutir algo com uma máquina voadora, que provavelmente devia ser sua irmã, que por ser uma poltergeist não apareceria na foto.

-Boa parte delas. As primeiras foram todas a mamãe, porque eu tive alguns pequenos problemas em segurar objetos – disse Julie, meio sem graça – Mas eu treinei bastante quando a Bele era pequena e eu a segurava– riu.

-Ah! Isso explica tudo então – comentou Hermione, olhando de soslaio para Isabele – Você realmente caiu de cabeça quando era pequena – completou, ao pegar a foto para examiná-la mais de perto.

-Muito engraçado, Granger. Quase revirei do avesso de tanto rir – resmungou Isabele, antes de tampar o rosto com um de seus travesseiros.

-Hummm... uma das fotos do papai – falou Julie, dando uma piscadela para Hermione, chamando atenção da irmã, que destampou o rosto no mesmo instante.

-Sou só eu, ou você também está faminta, Sanguinho? – perguntou Bele, já arrastando uma surpresa Hermione para fora do quarto.

Ele estava realmente cansado. Não. O termo cansado não fazia jus ao seu atual estado deplorável. Exausto, esgotado. Sim, esses eram termos mais plausíveis. Mas ele não podia parar agora. Não enquanto não achasse o que estava procurando, o que era muito importante por sinal. Poderia ser o fator determinante para salvar a vida de sua filha.

Porque uma coisa era certa, sendo um comensal experiente, ou melhor ainda, sendo "o temível Lúcifer", o mais forte dos quatro generais do Lord das Trevas (tio Voldie para os íntimos), ele sabia melhor do que ninguém que quem o desafiasse o poder das trevas era executado sem misericórdia. Até quem não o desafiasse corria o risco de ser executado! Realmente, o tio Voldie tinha um humor extremamente instável. Então, por que motivo sua filha ainda estava viva? O fato de ele estar vivo, era até compreensível. Afinal, tio Voldie o estimava muito. Muito até demais para o seu gosto.

-"Que olhosss friossssss você têm, meu querido Lúcio" – imitou o loiro, com uma vozinha esganiçada, enquanto virava a folha do livro com uma certa violência.

Mas como sua filha ainda estava viva! Não que ele não estivesse extremamente feliz dela estar razoavelmente bem, mas tinha algo estranho. Por que tentar matá-la com um punhal? Não seria mais fácil exterminá-la com um simples Avada Kedavra? A não ser que o punhal estivesse envenenado. O que também seria algo idiota de se fazer, já que com uma simples poção ela ficaria curada, não rapidamente, é claro. Porém, em alguns dias estaria nova em folha.

-Aposto meus olhos que o punhal estava azarado – pensou em voz alta, fechando o livro e pegando outro de sua enorme coleção de Artes das Trevas – Aposssstar ossss olhosssss, que esscolha interessante – divertiu-se, imitando novamente a voz esganiçada, enquanto fazia careta.

Lúcio estava tão absorto em sua pesquisa e imitações genuínas do tio voldie, que não percebeu que o espelho de comunicação da masmorra tinha sido ativado por sua adorada esposa.

-O café está servido, querido. Demora muito aí? – perguntou Narcisa, fazendo Lúcio pular de susto (ela realmente adorava fazer isso), derrubando o livro que segurava.

-Por Merlin, Cisa! Quer me matar de susto? – reclamou Lúcio, obviamente alterado, ao virar-se para o espelho bruscamente.

O que foi um ato estúpido, diga-se de passagem. Pois ao virar-se, Lúcio sem querer esbarrou na pilha de livros que já tinha consultado, que fora do seu eixo de equilíbrio pendeu para o lado, esbarrando nos livros que ele não havia consultado, que por sua vez esbarraram em uma pilha com algumas anotações (centenas delas) que ele tinha feito durante toda à noite. E assim, seu trabalho de horas e horas a fio, sem descanso, foi totalmente arruinado por um simples efeito dominó.

-Lúcio? – chamou Narcisa, um tanto quanto preocupada ao ver a imagem do espelho ser prejudicada por uma espessa camada de poeira provinda da sala onde Lúcio estava – Você está bem? – perguntou, levantando-se e aproximando-se do espelho, com a varinha em riste, o que chamou atenção de todos na mesa.

Ao ver todo o seu esforço ir por água abaixo, em segundos que pareceram séculos (incrível como momentos trágicos parecem sempre estar em câmera lenta), Lúcio se perguntava o que mais poderia dar errado.

Há um mês ele assistia, sem poder fazer nada, sua filha morrendo aos poucos pelos cantos da casa, negando-se a comer por causa de um coração partido. Ele até tentara ajudá-la, tentando alegrá-la, mimando-a de todos os jeitos possíveis e imaginários. E quando finalmente conseguiu tirá-la de casa, acabou levando-a direto para uma emboscada, na qual ela quase não escapara com vida.

E como se não bastasse toda essa tragédia, ainda tinha que aturar a presença do ser que arruinou sua vida: Artur Weasley. Cujo nome já trazia à tona lembranças horríveis, as quais Lúcio não fazia a mínima questão de lembrar.

-Concentre-se nas coisas importantes, Lúcio. O passado está morto, e não pode voltar pra te assombrar – pensou, tentando se convencer.

Quando a poeira baixou, Narcisa finalmente conseguiu ver a imagem de Lúcio, agora de costas para o espelho e coberto de poeira, aparentemente olhando fixamente para a montoeira de livros. Após alguns instantes sem mover um músculo, Lúcio, balançando a cabeça saiu rumo à porta.

A escada nunca pareceu tão longa para Isabele. Ela e sua mais nova amiga seguiam a passos vagarosos a enorme escada principal do hall a caminho da sala de jantar. A pergunta era: seria o caminho tão grande assim ou era só um mecanismo de defesa que a mantinha a uma distância saudável da família Trapo? Porém, Isabele foi obrigada a sair de seus devaneios quando os risinhos abafados de sua irmã lhe chegaram aos ouvidos. Intrigada, ela olhou na direção em que Julie Anne olhava antes de sair voando pelo corredor, e viu ninguém menos que seu pai. Ou pelo menos ela achava que era. Afinal, como poderia ter certeza? Ele estava tão sujo que seu cabelo parecia castanho! O que por algum motivo, a fez de lembrar de seu tio Sev.

-Como está se sentindo? – perguntou Lúcio ao aproximar-se da filha, ignorando completamente a expressão enojada de Hermione (que nunca imaginara ver Lúcio Malfoy nesse estado).

Estava impressionado. Apesar de sua filha ter sido atingida inúmeras vezes, ela parecia estar se recuperando bem. Estava até mais corada! Talvez estivesse errado sobre a azaração no punhal, afinal.

-Aposto que mais limpa que você, papai – respondeu Julie Anne, rindo – Espere só até o vovô ver isso! – exclamou, batendo outra foto.

-Ah, ele vai a-do-rar – resmungou Lúcio com extremo sarcasmo – Já posso até ouvi-lo gritando e voando pela casa – pensou em voz alta, ao continuar mancando na direção de seu quarto, deixando uma Hermione um tanto quanto confusa para trás.

-O que você tem na perna? – perguntou Julie, seguindo o pai.

-Acho que o osso saiu do lugar – respondeu Lúcio dando de ombros – Quer tirar uma foto?

-Claro – respondeu Julie, animada.

-É sempre assim por aqui? – inquiriu Hermione, após algum tempo.

-Não – disse Isabele, fazendo a amiga suspirar aliviada – Normalmente eles são um pouco piores – completou – Acho que estão um pouco tímidos como todos vocês aqui – comentou, ao chegar na entrada da sala de jantar onde o café estava sendo servido.

Harry já estava entediado. Já tinha passado boa parte do café perturbando seu melhor amigo, já tinha se empanturrado de biscoitos supostamente envenenados, que por sinal estavam deliciosos. O que importava se estavam ou não envenenados? Pelo menos estava de barriga cheia!

-Isso que dá conviver com o Duda. Que pensamento de gordinho – pensou Harry, horrorizado.

Mesmo após várias mancadas dos deuses, Harry não perdera a fé (ou talvez estivesse somente desesperado) e continuava a rezar e pedir por um milagre. Milagre! Ele estava tão ansioso para rever sua amada, que ficaria feliz até se ela o insultasse.

Mas os deuses eram bondosos com ele, e decidiram ouvir suas preces.

-Bom dia – cumprimentou Hermione, ao entrar na sala arrastando uma relutante Isabele.

-Bom dia – responderam todos, ou pelo menos os que não estavam com a boca cheia.

Com o maior desânimo do mundo, Isabele jogou-se em sua cadeira, de frente para seu arquiinimigo, agora totalmente sem fome. Afinal, quem conseguiria manter o apetite olhando pra cara do Fuinha! Sem ter muito que fazer (já que estava tentando a todo custo ignorar a presença de Harry), ela começou a estudar o rosto de cada Weasley presente, deixando-os obviamente sem graça. Os que ainda estudavam em Hogwarts ela reconheceu facilmente. O senhor e a senhora Weasley também. Mas ela não tinha idéia de quem eram os que aparentavam serem os mais velhos. Entretanto, seus rostos não lhe eram totalmente estranhos.

-Ei, você é o cara do "Atrás de você!" – reconheceu Bele, ao olhar atentamente para Gui.

-Isabele – chamou atenção Narcisa, numa vã tentativa de parar a indiscrição da filha.

-Eu tentei te avisar – tentou explicar Gui, quando todos os olhares se voltaram curiosos para ele.

-Bela tentativa – comentou tentando parecer desinteressada - Então... Já sabem onde vão morar agora que o barraco de vocês já era? – perguntou Isabele, em tom amistoso, fazendo quase todos engasgarem.

-Por Merlin, menina! O que deu em você? Isso é jeito de tratar as visitas? – brigou Narcisa, com as faces rosadas de tão sem graça que estava.

-Visitas! Eles só vieram para cá pra fugir de um monte de comensais! – indignou-se Isabele – Bela fuga, diga-se de passagem – elogiou sarcasticamente – Conseguiram fugir de alguns comensais, só pra se hospedar na casa de outros dois! – completou rindo – Acho que a estupidez é de família, não concorda, Fuinha? – cutucou ao pegar uma das frutas da mesa.

Todos com a exceção de Harry e Hermione estavam passados. Como alguém tão pequena conseguia ser tão rude!

-Você consegue ser desagradável quando quer – resmungou Narcisa ao levantar-se da mesa – Com licença. Eu volto logo – disse aos demais ao sair, sem antes lançar um olhar fulminante para a filha.

Após acompanhar o trajeto da mãe até perdê-la de vista, Isabele começou a finalmente degustar sua ameixa.

-Acho que você a tirou do sério – constatou Harry, tentando puxar conversa.

Ignorando completamente o comentário, Isabele debruçou-se na mesa, e apoiando seu rosto com sua mão livre, falou:

-Aposto que estão decidindo como e quando vão executá-los – comentou, fitando-os – Não podem dizer que não tentei avisar – disse despreocupada, dando outra mordida.

-Eu disse a vocês! Mas alguém me ouviu? Não! – reclamou Rony, alterado com seus familiares – Vamos virar picadinho! – disse miserável, ao tampar o rosto com as mãos.

-Julie não permitiria isso – retrucou Carlinhos (e Gui concordou com a cabeça), caloroso.

-Ela jogaria você de uma escadaria só por brincadeira – mentiu Isabele um tanto quanto sem paciência, ao terminar ameixa – Por que estão sentados ainda? – alterou-se, amassando o guardanapo.

Ela não conseguia acreditar. Eles não tinham a menor idéia do perigo em que se encontravam. Já era a segunda vez que tentava avisá-los, e eles não davam a mínima atenção! E pra melhorar, Harry ainda estava sentado com uma expressão tão maravilhada no rosto, que parecia que tinha ganho na loteria bruxa.

-Tire esse sorriso idiota do rosto antes que eu vomite, Harry! – rosnou, pegando uma maçã.

E nesse momento, Harry teve a certeza que valia a pena ter fé.

Porém, antes que alguém pudesse ter mais alguma reação ou fazer alguma retirada estratégica, Narcisa Malfoy retornava a sala, arrastando (literalmente) seu marido, que parecia ter sido arrancado do chuveiro (seus cabelos estavam ensopados), até pararem ao lado de sua filha.

Narcisa, vendo que nenhuma bronca partiria prontamente de Lúcio, deu-lhe uma cotovelada, ao mesmo tempo em que lhe lançava um olhar que dizia claramente "Faça algo ou dormirá no sofá pelo resto da vida".

-Você não estaria importunando as visitas, não é Draco? – perguntou, num tom forçado.

-Claro que não! – negou Isabele, com a cara mais lavada do mundo, o que fez com que Hermione e Harry dessem umas risadinhas, aliviando a tensão.

O que não adiantou muito, uma vez que Gina, Molly e os gêmeos pareciam ainda agitados. Molly até estava um pouco paranóica, e ficava tentando achar meios de fuga, ao tentar lembrar da planta da casa. Mas era tão difícil. Fazia tantos anos que não entravam ali, e a Mansão era tão absurdamente grande!

-Ótimo! – aprovou o loiro, indo para o seu lugar na ponta da mesa.

Narcisa, contrariada, retornou ao seu lugar, onde continuou a comer, e a conversar casualmente com Carlinhos, já que Molly agora estava aparentemente tendo uma conversa séria com Artur.

Lúcio, desconfortável em estar novamente em contato com um bando de cabeças vermelhas, tentou focar sua mente em assuntos mais produtivos, como a sua pesquisa.

Então, decidido que retornar ao método e ponto em que estava era inútil e um tanto quanto impossível, Lúcio transfigurou um de seus garfos em um bloco, e uma fruta em uma caneta esferográfica, e começou a fazer uma lista com os principais objetivos do ataque de sua filha, quando uma voz o interrompeu.

-Não sabia que bruxos sabiam como usar canetas esferográficas – pensou Hermione em voz alta.

-Sou loiro, não retardado – retrucou Lúcio, sem tirar os olhos do papel.

-Por favor, contenha-se – implorou Narcisa, indignada com o comportamento de sua família.

Mas Lúcio não estava muito interessado em etiqueta no momento. Estava cansado demais para isso. E ter sido interrompido, não ajudou em nada seu raciocínio. Inconscientemente, largou a caneta, e passou as mãos no rosto num gesto que indicava claramente sua exaustão.

Foi então que passou a reparar nas pessoas que se sentavam à mesa. Sua esposa, tentando a todo custo ser agradável. A garota, a qual lhe fora informado ser a mais nova amiga de sua filha, discutindo algo calorosamente com o ruivo que parecia a cópia cuspida e escarrada do ser que era a pedra em seu sapato. Os gêmeos, que pareciam estar tramando alguma coisa. Provavelmente andar pela Mansão desacompanhados, o que seria bem estúpido. Lúcio só esperava que quando morressem por causa de algum dos artigos de segurança, tivessem a decência de não espirrar sangue em um dos carpetes persa. Mas levando em consideração que eram Weasleys, isso era bem provável. Ao lado, estava uma garota familiar. Ah, sim. A garota do diário de Riddle. Era a cara da mulher elefante (como ele se referia a Molly), só que mais magra. Por enquanto, pelo menos. Afinal, o tempo não parecia ser muito bondoso com essa família. Depois vinha a pedra no sapato, o qual Lúcio prontamente ignorou. E depois os dois membros que talvez ainda tivessem salvação. Os mais velhos: Guilherme e Carlos. Desses ele não podia realmente dizer que tinha algo contra, mas também não tinha muita coisa a favor. A não ser quem sabe com o cabeludo. Belo cabelo, por sinal. E depois, Potter, o ladrão de elfos domésticos! Com um sorriso idiota rosto.

Mas nenhum desses significava muito. Só sua filha, que parecia estar muito melhor. Estava mais corada, mais disposta, e aparentemente faminta.

Quem diria, não é? Não fazia mais de três dias que praticamente teve que lhe entulhar comida goela abaixo, e agora já devorava frutas e mais frutas. Nem parecia que estava sofrendo mais por causa do tal...

E foi nesse ponto de seu raciocínio que Lúcio percebeu o motivo de tal melhora. Ele era uma veela. E não era idiota. Talvez um pouco lerdo (mas ele estava há horas sem dormir).

-Bom ver que seu apetite voltou – falou, num tom aparentemente controlado, fazendo Bele congelar sua ação por um segundo – Isso é bom – continuou – Sabe, eu estava me recordando da minha última visita a Hogwarts – comentou.

Isabele imaginando aonde a conversa iria acabar, depositou sua maçã em cima da mesa, respirando fundo. Todos à mesa pareciam alerta às suas ações.

-E o que eu disse com relação aquele garoto Longbottom, vale pra qualquer Weasley – completou, com a cara fechada, observando a filha que a essa altura já estava com os olhos cheios de lágrimas.

E seguindo o olhar desesperado que a filha lançava, ele finalmente conheceu a identidade do seu ex-futuro genro.

-Potter – ele disse, ao mesmo tempo em que seus olhos ficavam vermelhos, seus cabelos começavam a voar descontroladamente, e duas grandes asas negras surgiam em suas costas.

Fim do cap. 14


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Notas finais do capítulo

Pega ele Lúcio! MUWuHAuHAUhUHAuhUAhUHAu



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