Miss Nothing escrita por Callie


Capítulo 9
Beauxbatons




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N/A: Mil desculpas pessoal! Era para eu ter postado sábado, mas não deu. E aí o capítulo foi ficando e ficando. Mas aposto que o tamanho compensa né? Quero dizer que estou bem chateada com o número de reviews do capítulo passado! Eu tenho 39 (se não m engano) leitoras. Apareçam! Bom, aproveitem o capítulo.

As férias foram extremamente chatas. Eu e meu pai não nos falamos, só discutimos e gritamos. Nós não fizemos nada no natal. -Bom, nós tínhamos dois motivos para isso: Ninguém nunca nos convida para nada e meus pais eram tão sociais quanto lesmas-. Eu não tinha nada para fazer. Não tinha seriados, não tinha amigos. Nada. E tudo isso culpa de quem?

–Filha, por eu você está usando preto de novo? – perguntou minha mãe enquanto servia o café da manhã.

–Porque, mamãe, eu estou de luto.

–Luto? – disse meu pai se intrometendo. Eu o ignorei.

–Luto? – perguntou minha mãe revirando os olhos.

–É, luto. Caso você não saiba a minha felicidade morreu. Já faz meses.

–Você não podia pelo menos se vestir melhor para seu primeiro dia de aula em Beauxbatons? – perguntou meu pai se intrometendo de novo. E, como de costume, eu o ignorei.

A verdade é que eu estava animada, um pouco animada, mas eu não ia demonstrar. Não ia dar esse gostinho a meu pai.

Não, eu não virei gótica nem nada.

A campainha tocou. Droga!

–Scorpius! – gritou minha mãe.

–Estou aqui- respondeu ele assustando a minha mãe- Por que você não pede para a Tessa?

–Porque eu estou de luto.

Scorpius fez uma careta, mas foi abrir a porta.

Pude ouvir Zoe – “Scorpius!” exclamou o abraçando, provavelmente – e Jacqueline – “E aí, Scorp”- dando oi à Scorp na porta.

–Tio Draco! – disse Zoe animada de novo e foi para o abraço – Tia Asty!

Nada contra Zoe, mas ela era tão feliz. E falsa. E pálida. Ela não se parecia com a minha Tia Daphne. Seu cabelo era preto, tinha olhos incrivelmente bonitos e lábios avermelhados. E era um ano mais velha do que eu. Não, apesar de parecer, ela não é a branca de neve.

–Oi! – disse Jacqueline abraçando meus pais. Ela só puxava o saco deles porque eles cuidavam dela.

Jacqueline era tão diferente da irmã. Para começar ela era igualzinha a mãe dela. Cabelos loiros e ondulados, olhos verdes e a boca em um formato que a fazia parecer fresca. A sua cara era tão infantil e com cabelo curto ela parecia uma santa. Uma santa pronta para te apunhalar pelas costas. E meus pais sabiam disso.

–Tess! – Adivinha quem era? – Senti sua falta! – disse me abraçando de modo esmagador.

–Nós nos vimos no natal. – eu disse tentando respirar. Esqueci de mencionar isso?

– Por que está toda de preto? – perguntou Jacqueline.

– Por que todo mundo me pergunta isso? – disse brava.

–Porque você é feliz demais para estar toda de preto! – Respondeu Jacqueline.

–Pois saiba Jacqueline...

–É Jackie. – Ela odiava “Jacqueline” o seu nome completo e por isso eu fazia questão de chama-la assim.

Pelo visto minha mãe percebeu que íamos começar uma briga.

–Então, eu resolvi convidá-las para viajar com a gente – com viajar minha mãe quis dizer : “Despachar vocês para a escola”. Eu já esperava por isso. Minha mãe e meu pai tinham a mania de incluí-las em tudo. – Assim Tessa elas podem te mostrar Beauxbatons.

Zoe sorriu. As Greengrass estudavam em Beauxbatons.

–Eu adoraria mostrar as coisas. Você vai adorar lá.

E ela saiu falando o quanto eu ia amar enquanto eu fingia prestar atenção.

E o resto do café da manhã foi assim.

–Nós temos que ir. – disse meu pai olhando o relógio. Eram nove e meia.

– Por que o trem de Hogwarts sai às onze horas e as carruagens de Beauxbatons às três da tarde? - perguntei.

–Eu te expliquei isso Tess. A viagem é mais curta e a carruagem vai bem rápido. – disse Zoe.

– Muita coisa para absorver. – menti – Desculpe.

Jacqueline revirou os olhos e nós fomos pegar nossa coisas.

–-

Depois de deixar Scorpius aparatamos na França.

[N/A: eles podem aparatar em países diferentes? Se não puderem finjam que, sei lá, eles pegaram um avião. Ser rico é o poder]

Era lindo. Nós almoçamos, visitamos alguns lugares e aí embarcamos. Uma hora antes (às duas horas) já que Madame Maxime precisava me explicar as coisas.

Mas nós não estamos mais na França. Agora eu estava numa carruagem enorme. Eu fizera questão de sentar longe dos meus pais. E, infelizmente, o mais longe o possível era junto de Jacqueline.

Nós não nos falamos durante toda a viagem que durou umas duas horas e meia. Talvez um pouco mais.

Mas então eu vi. O enorme castelo de Beauxbatons.

Era ... Lindo. Eu não pude evitar. Sorri.

– Você nunca esquecerá a primeira vez que vê. – disse Zoe também sorrindo ( dessa vez parecia ser verdadeiro). Desmanchei rapidamente o sorriso.

Quando aterrissamos – suave demais para uma carruagem enorme – nós descemos e eu pude olhar melhor enquanto entrávamos.

Não era ó lindo era enorme! Com certeza maior que Hogwarts. Tudo era decorado de uma maneira incrivelmente bela e... Espera! Aquilo são estátuas de gelo? Me lembrei de Zoe falando:

“E tem estátua de gelo! Elas não derretem sabe? São lindas”

Realmente eram. Ao mesmo tempo que me senti animada, senti-me como uma traidora. Hogwarts era animador, não Beauxbatons.

Hogwarts era feito para ser a sua casa. Beauxbatons parecia ser feita para dizer: “Olha como nós somos ricos! Inveje-nos”.

Paramos na frente da porta de Madame Maxime. Meu pai bateu nela.

–Entre – disse a Madame. Nós obedecemos.

Meu Deus! Ela era grande.

–Sejam bem-vindos à Beauxbatons. – Disse ela sorrindo. – Meninas, - se virou para as minha primas. – podem me fazer um favor?

Depois de explicar qual era o favor elas saíram e Madame Maxime nos mandou sentar.

– Então Tessa – disse me entregando um livro/guia – o que está achando?

–Maravilhoso – respondi pegando o livro – E isso seria?

–As regras. – disse e eu engoli em seco olhando para o livro que parecia pesar um pouco mais em minhas mãos. – Cada aluno ganha um exemplar. Mas não se preocupe. Vou explicar as mais importantes para você. Primeiro: Todos aqui falam Inglês como uma segunda língua. É obrigatório. E todos já foram avisado que, até você pegar o jeito do Francês, só devem falar Inglês com você.

Agradeci por isso. Eu tinha praticado o Francês, mas estava bem ruim.

Bom tudo que eu ouvia era: “Blá-Blá-Blá Sage isso” “Blá-Blá-Blá La Pierre des Fées” “Blá-Blá-Blá não se pode quebrar as regras”

Mas finalmente chegou a parte que eu queria. A parte em que ela contava sobre as casas!

–Juste é a primeira. Quer saber? Você já deve estar cansada de ouvir a diretora falando! Por que não lê sobre isso? Enquanto isso eu e seus pais podemos falar de outras coisas.

Concordei. Abri o livro e achei a parte sobre as casas. Olhei a primeira: Juste.

"Estão sempre buscando fazer valer aquilo que acreditam ser o melhor e mais justo para todas as situações, sem medir esforços para isso."

Bom, talvez. Eu gosto de fazer o que acho certo.

“Os estudantes da Juste são conhecidos por manterem grandes círculos sociais, nos quais são bem vistos devido a sua simpatia (ausente apenas em caso de rincha com outra casa), seu charme (natural e/ou proposital) ou seu jeito de ser divertido e engraçado - ou, ainda, por todas essas características em conjunto. Dificuldade de relacionamento é um termo praticamente desconhecido por eles.”

Ok, com certeza não! Essa posso riscar da minha lista. Muito lufana para a minha pessoa.

Fui para a segunda: Sage.

“Ela era formada apenas pelos alunos mais brilhantes e disciplinados de Beauxbatons, a Sage passou a abrigar todos aqueles que encontravam dificuldade em aceitar a ideia de convivência em sociedade - também conhecidos como esquisitos, excluídos ou simplesmente nerds.”

Ok, acho que não. Resolvi continuar lendo do mesmo jeito.

“Os alunos da Sage se destacam por sua capacidade de ignorar normas sociais. São independentes e gostam do diferente.”

“São objetivos e desconhecem o conceito de modéstia, a ponto de muitas vezes serem considerados insensíveis e arrogantes.”

Eu com certeza ligo para o que as pessoas pensam e eu com certeza não sou intelectual. Então, acho que não.

A próxima era: Persévérer.

"Perseverança, em todas as situações, é o seu marco. E numa visão inicial, a Persévérer pode ser chamada de casa dos perversos, pervertidos, maníacos, anarquistas, vândalos. Mas nem por isso a casa deixou de ser conhecida por suas figuras altruístas e leais, pois um Persévérer é mais profundo e complexo que isso."

Aquilo era preocupante. Eu não queria nenhuma maníaca como colega de quarto!

"Contrariando o que se poderia pensar de pessoas egocêntricas, os alunos da Persévérer não costumam humilhar outras casas quando de uma vitória, concentrando-se neles próprios.”

"Determinados e normalmente sinceros – desde que isso não perturbe seus planos – vão até ao fim se isso significa o culminar de seus desejos (sejam eles quais forem).”

Essa era a melhor até agora. Mas ainda faltava uma: Noble.

"Transgressores, os nobleanos têm uma lealdade sem igual para com seus companheiros – mesmo aqueles com os quais não simpatizam muito. Sua audácia faz com que a coragem muitas vezes suprima o senso de autopreservação".

Oh meu Deus! A Grifinória!

"A maior parte da população vermelha é conhecida pela dificuldade em encarar com seriedade as adversidades, normalmente pecando nesse aspecto e acabando por tirar sarro primeiro e perguntar que houve depois."

Eu estava achando que já sabia qual era minha casa quando:

"Ciumentos demais ou desapegados demais, variam muito entre extremos, e provavelmente vários têm histórico de problemas psicológicos ou tendência a desenvolvê-los, até mesmo com gravidade relativamente alta. Exigentes em alguns pontos, não lidam bem com a decepção, e explodem com facilidade."

Não lidam bem coma decepção? Confere.

Históricos de problemas psicológicos? Errado.

Tendência a desenvolvê-los? Espero que não!

–Não se assuste querida. É só um “provavelmente” e uma fama que a casa tem.- disse Madame Maxime, provavelmente eu estava com uma cara péssima - Como a Sonserina que tem fama de ter os “maus”. Além disso, faz tempo que não temos alguém com problemas psicológicos – meus pais arregalaram os olhos. – se tiver, não me contou. – ela disse rindo – Só uma brincadeira.

Apesar da brincadeira senti o ar ficar um pouco pesado.

–Está pronta para se despedir? O resto dos alunos já deve estar chegando!

–-

–Então – eu disse – Que casa vocês são?

– Eu sou da Noble, mas quase fui da Sage, a maioria dos meus amigos são de lá. – respondeu Zoe. Lembrei da parte dos problemas psicológicos e me senti culpada ao lembrar o porquê meus pais as incluíam em tudo.

–Persévérer. – respondeu Jacqueline. Fazia todo sentido. Se encaixava com ela.

–E como somos selecionadas?

–Isso – disse Zoe – é uma surpresa. Mas posso dizer que é bem revelador. Afinal, ninguém sabe mais sobre você do que você mesma.

Será que nós poderíamos escolher?

–Jackie! – berrou uma garota loira e muito bonita. Que descia da primeira carruagem.

–Tchau! – disse Jacqueline para nós enquanto corria até a menina.

–Nós devíamos mostrar a escola para ela!

–Se vira! – berrou Jacqueline [N/A: Nome grande! Cansa de escrever!]. Quanto amor de irmão!

–Ok. Você se importa se dermos oi para minhas amigas?

–Não, tudo bem.

Zoe saiu correndo para as carruagens e eu supus que fosse para ir atrás.

– Court! Ed! – berrou Zoe olhando para duas pessoas. Uma garota de cabelos loiros com mechas coloridas e um garoto loiro.

–Zoe! – disse Court pulando para o abraço. – Essa é a sua prima?

–Sou Tessa. – disse estendendo a mão, mas Courtney me abraçou.

–Courtney! Larga a menina. – berrou uma garota de cabelos castanhos que vinha em nossa direção junto de outras três pessoas. E quando vi mais duas haviam chegado para o grupo. Gente, que sociais.

–Ok, vamos organizar isso aqui! – disse a garota de cabelos castanhos. – Ok, façamos uma roda. Cada um fala seu nome, sua idade e sua casa.

Agradeci mentalmente a garota. Espero que ela tenha ouvido.

–OK, Court você começa.

– Oi Tessa, - Court tinha olhos profundos e azuis e uma pele de bebê bem possível ser parte veela. Seu sotaque era um pouco forte e presumi que todos deviam ter. - como eu já disse eu sou a Court e sou da Noble. E tenho doze.

–Oi – disse o garoto loiro, Ed. Ele era bonito. – Sou Edmond e sou da Sage. Tenho doze.

– Oi – disse uma garota de cabelos castanhos que presumi ser uma das amigas de Zoe. – sou Diane, tenho doze anos. Sou da Sage também.

–Oi – disse uma garota também loira de olhos verdes – Sou Danielle. Sou da Juste. Doze anos.

– Bonjuor – disse o garoto que chegou com a morena. Bonito. Ele era moreno e tinha olhos verdes. Percebi que ele estava esperando que o desse a mão e quando o fiz ele a beijou. Eu corei e todo mundo revirou os olhos. – Sou o Aaron, tenho a sua idade e sou da Juste.

–Oh, Wow. É minha vez. – Ela parecia ser muito animada. Ela tinha um enorme sorriso, cebelos loiros bem encaracolados e olhos castanhos. - Sou Claire, sou da Noble e tenho onze anos.

– Sou Perrie – disse um de cabelos pretos. Olhos misteriosos e outro grande sorriso. Ela usava uma tiara muito extravagante na cabeça – Tenho onze e sou da Sage.

–E por fim, sou Charlotte – Disse a garota de cabelos castanhos que me salvara. Ela era bem alta e seus olhos me analisavam como se ela pensasse “ela vale a pena?”. – Tenho onze. Sou da Noble e não precisa me agradecer. Você deve estar se perguntando o porquê de não ter nenhuma Persévérer aqui. Bem, eles são bem unidos, mas só entre si.

–Gente, acho que devemos ir – disse Edmond. Eles concordaram e eu segui. Percebi que Charlotte ficava um pouco para trás.

–Vocês sempre andam junto? – perguntei - Tipo, não é muita gente?

–Não, normalmente ficamos em dois grupos o que tem doze e os que têm onze. Nós somos amigos dos de doze, mas não são “o nosso grupo”.

–Entendi. E obrigada Charlotte.

–Pode me chamar de Charlie.

–Então você é bem amiga de Courtney? – perguntei.

– Ela é minha irmã. – ela disse e eu fiquei em choque. Elas não se pareciam. EM NADA. – É, todos tem essa reação.

–Desculpe. – ela deu de ombros e nos paramos na porta do salão.

–Boa sorte na sua seleção. – e dizendo isso saiu, me deixando sozinha com Madame Maxime.

– Vai ser assim querida. Eu entro e quando eu te chamar você entra. E vai até a frente da mesa dos professores. Lá você vai ser selecionada. Boa sorte.

Isso havia me deixado nervosa. Vamos ver as minhas opções. Ou eu ia para uma casa onde as pessoas iam tirar meu fígado enquanto eu dormia e eu dividiria um quarto com a Jacqueline. Ou eu ia para uma casa onde as pessoas tinham possíveis problemas psicológicos e possivelmente dormiam com facas de baixo do travesseiro.

Realmente ótimas opções.

Ouvi Madame Maxime me chamar. Entrei.

O Salão Principal deles era tão luxuoso. Percebi que todos estavam em pé. Demonstrando respeito, talvez? Percebi que a Court acenava para mim, me encorajando. Sorri.

Quando cheguei à frente da mesa dos professores, uma mulher loira muito bonita tirou um pano branco muito bem decorado de cima de um cavalete. Um cavalete de pintura, igual o que a minha mãe usava. Só que invés de uma tela, estava um espelho.

–Se aproxime do espelho, ele fará o resto. – disse a professora bonita.

Fiz o que ela disse e vi minha imagem no espelho. Nada de incomum se ela não começasse a falar.

“Tessa Malfoy...”

Sua não se movia, mas ela sorria. O sorriso que eu uso quando descubro um jeito de ferrar com o Scorpius. A sua voz entrava em minha cabeça.

“Grifinória. Leal. Corajosa. Ingênua. Mas você não quer mais ser assim, quer? Vejo mágoa em seu coração. Você guarda rancor muito fácil, não é? Isso é feio. Acha que não pertence a lugar nenhum? Que todos estão contra você? Todos se sentem assim. Não é você a especial. Talvez você possa refletir sobre isso na... NOBLE!”

[N/A: Ser profunda não é comigo!]

Tudo que eu vi foi uma luz vermelha muito intensa.

N/A: gostaram? É isso, você foram apresentadas há todos os personagens (eu acho). Até ♥


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