Miss Nothing escrita por Callie


Capítulo 3
1º de Setembro


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora! Podem colocar a culpa toda na escola.
Muito obg por todas as leitoras que comentaram! As novas e as antigas.
O capítulo ficou beem grande! Bom pq assim compensa a demora né?
É isso, espero que gostem



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Quando minhas pálpebras finalmente ficaram pesadas e eu fechei meus olhos, minha mãe abriu a porta.

–Bom dia, flor do dia! – disse ela feliz. Eu bufei e virei para o outro lado. – Tessa é melhor você acordar.

–Que horas são?- perguntei, enquanto me levantava.

–Sete e meia. – respondeu minha mãe, como se fosse normal.

–Sete e meia? O trem sai às onze horas!

–Eu sei meu amor, mas do jeito que você é, você ia enrolar e se atrasar. O único jeito é te chamar cedo.

–Eu não... – comecei, mas logo me arrependi. Era o que eu provavelmente ia fazer– deixa para lá. Obrigada.

–E então o que você vai querer de café da manhã?

–Nada. Eu não estou com fome. – minha mãe me olhou acusadora, eu sem fome era uma coisa rara. – Eu estou ansiosa. Se eu comer vou vomitar.

–É só a ansiedade, você não vai vomitar. Tente comer alguma coisa mais leve, tipo uma maçã.

–Por favor, se for para comer alguma coisa que seja panqueca! – disse fazendo minha mãe rir, apesar da ideia da panqueca me deixar um pouco enjoada. Mas só um pouquinho.

Minha mãe sorriu enquanto acariciava meu cabelo depois foi até a porta parando para dizer para eu ficar de olho para não me atrasar e se retirou enquanto eu me tacava na cama de novo, olhando as estrelas adesivas que brilham no escuro que eu havia colocado no teto, já fazia um bom tempo. Sorri quando olhei para Lua. Ela tinha um sorriso pintado de cor de rosa, porque eu achei que ela estava muito triste.

Depois de uns quinze minutos enrolando na cama. Fui abrir a janela. Ela era grande, assim como o quarto. Dei uma olhada, mas atenta para o quarto. As paredes eram lilás claro. Em cima de minha cama havia um painel cheio de fotos. Lotado, na verdade. No canto do quarto que ficava perto da cama, uma escrivaninha de madeira, ela era antiga, o que eu acho simplesmente incrível! Sério. Você já pensou quanta história ela pode ter? Quantas diferentes pessoas já devem tê-la usado? Enfim, em cima dela havia a minha recém-começada coleção de globos de neves! Me dirigi até o banheiro e fui tomar meu banho ignorando meu reflexo assustador no espelho.

Depois de passar o xampu na minha cabeça eu estava pronta para começar o meu show.

Quando já estava no auge da música dançando enquanto passava sabonete, minha mãe resolveu me fazer uma visitinha.

–Você canta bem! – disse minha mãe, colocando uma nova toalha no armário.

–Mãe! – reclamei, tentando cobrir as minhas partes íntimas.

–O que? Eu troquei a suas fraldas! – disse ela com um tom óbvio- Aliás, já são nove horas, é melhor acabar o seu banho se não vai se atrasar!

–Tá. Agora você pode me dar licença? – Já estava ficando brava com a indelicadeza da minha mãe, que saiu logo depois.

Após banho tomado e cabelo penteado fui escolher alguma roupa confortável. Enquanto caminhava até closet percebi que eu não tinha nenhuma roupa bonita e confortável! Eu deveria ter pensando nisso antes. Mas não eu sempre deixo tudo para última hora! Respirei fundo e comecei a procurar algo nos armários. Sim, armários, no plural. Não que eu seja uma patricinha mimada, mas meu pai ama comprar tudo que ele vê pela frente para me dar de presente. Além disso o closet é um lugar amplo, ele precisa estar cheio. Depois de escolhida a roupa, fui pegar os meus sapatos. Fiz meu cabelo e finalmente estava pronta.

Dei uma olhada para o meu reflexo no espelho. Não estava tão ruim assim. Eu usava uma blusa cinza de manga cavada, ela era aberta nas costas, mas como estava um pouco frio coloquei uma jaqueta jeans, uma calça, também, jeans e um all star preto. O meu cabelo tinha um coque, que parecia desarrumado, e era mesmo. Estava com preguiça de fazer um melhor. Ah, e não posso me esquecer do meu colar preferido, ele era dourado e o pingente era de coruja.

Saí do meu quarto e fui direto para a mesa onde fazíamos as nossas refeições.

–Bom-dia! – disse dando um beijo na minha vó, pulando o meu avô e indo me sentar entre meu pai e o Scorpius, meu irmão gêmeo.

–Bom-dia querida! – respondeu minha vó, olhando brava para o meu avô que nem se quer olhou para mim. Não que eu me importasse. Meu avô e minha avó, apesar de não morarem aqui, sempre visitam, e meu vô sempre implicou comigo!

Depois de um café da manhã cheio de gritos por minha parte e do Scorpius e muita, muita panqueca eu subi no meu quarto para pegar a minha mala.

Entrei e me dirigi a minha mala. O nervosismo estava voltando! Eu estava indo para Hogwarts. A escola onde todo mundo estudou. A escola onde nos dividem por casas e tem a possibilidade de eu não ir para a Sonserina. Ai meu Merlin! Não devo pensar nisso. A ânsia voltou. Droga de panquecas! Porque Merlin eu comi tantas?!

Quando me dei por mim já havia vomitado todo o meu café da manhã na privada.

–Tess, está tudo bem? – perguntou Scorpius enquanto batia na porta.

–Sim, está. Eu esqueci de pegar umas coisinhas. Já vou – disse um tanto rápido, tentando soar confiante.

–Então tá – disse ele em um tom que parecia desconfiado.

Lavei o meu rosto e me olhei no espelho. Estava um pouco pálida, quer dizer, um pouco mais pálida do que o normal. É, acho que dá para o gasto. Saí do banheiro e peguei minha mala. Da porta, dei uma última olhada para o quarto. Ia sentir falta dele. E da Lua adesiva. Tentei me recompor, então apaguei a luz e fechei a porta. Uou, essa foi simbólica.

–Querida, você parece pálida. Está tudo bem? Sabia que não deveria ter comido aquelas... – começou a minha mãe enquanto vinha medir minha temperatura.

–Não culpe as panquecas! Eu só estou nervosa.

–Oh – exclamou meu pai – A ansiedade pré-Hogwarts! É só você – disse apontando para mim- E você – disse para Scorp. – se manterem calmos.

–Jura pai? Nem tinha pensado nisso! – zombou Scorp e eu concordei, meu pai mostrou a língua e me deu a mão, minha mãe dava a mão para o Scorp. Assim que atravessamos o portão da mansão. Nós desaparatamos.

–-

–Não se preocupem em bater. Vocês passaram pela parede e irão para a plataforma. Entenderam?

–Sim. – dissemos eu e Scorp juntos

–Então...quem vai primeiro?

–Eu! – dissemos eu e Scorp juntos, de novo. Droga de mentes gêmeas! – Eu sou mais velha. Tenho que ir primeiro. – disse.

–Ser mais velha quatro minutos não conta! – protestou ele.

–Claro que conta!

–Ok, que tal tirar no par ou ímpar? – sugeriu minha mãe.

–Par – disse Scorp.

–Ímpar – respondi. Depois de chacoalharmos as mãos, eu sinceramente não sei qual o propósito disso, nós mostramos os numero eu botei três e ele um! Maldita sorte. Scorp saiu correndo antes que eu pudesse reclamar e desapareceu. Em seguida foi minha mãe.

–Vamos juntos? – perguntou meu pai

–Vamos

Ele segurou no carrinho de mão e nós dois saímos correndo. E no lugar de nos arrebentarmos na parede, nós a travessamos. Saindo na plataforma 9 ¾. Quase tive um ataque ao ver o expresso de Hogwarts. Estava muito lotado. E tinha muita gente berrando. Era um caos.

Quando chegamos em um lugar onde tinha menos gente. Começamos a nos despedir.

–Eu vou sentir tanto a falta de vocês! – choramingou minha mãe enquanto puxava a mim e a Scorp.

Depois dela se debulhar em lágrimas e fazer um discurso sobre como crescemos rápido e como devemos nos comportar, chamei meu pai para o lado e sussurrei em seu ouvido, o que estava me incomodando fazia dias!

–E se eu não for para a Sonserina? – Ele não respondeu. Só me olhou como se aquela ideia fosse impossível.

–Melhor embarcarmos no trem! – disse Scorp, já eram dez e cinquenta e cinco.

Subimos no trem, eramos os últimos. Maravilha! Virei e acenei para meus pais, ambos tinham lágrimas nos olhos.

–-

Eu sinceramente não sei da onde sai tanta gente. Sério, está muito cheio! Aposto que a maioria é da família Weasley.

–Acho que essa é a mais vazia- disse apontando para a cabine onde dento eu reconheci a filha de Hermione Granger e Rony Weasley e o filho de Harry Potter e Gina Weasley. Eu e Scorpius nos entreolhamos. Eles não eram bem o que queríamos de amigos.

–Oi – disse Scorp colocando a cabeça para dentro da cabine. – Podemos nos sentar aqui? – Eles arregalaram os olhos, mas concordaram.

Depois de um tempo com o silêncio constrangedor Potter tentou começar uma conversa.

–Desculpe, não nós apresentamos. Sou Alvo - Alvo era a cópia do pai.

–Rose Weasley – disse a garota ruiva de olhos castanhos esverdeados como se dissesse tentando provar o orgulho de ter seu sobrenome. Seus cabelos eram rebeldes

–Alice Longbottom – Era a vez da garota morena de olhos azuis.

–Lysander Scamander – O garoto era loiro e seus olhos tinham um ar. Era como se estivesse no mundo da lua enquanto falava.

–Scorpius Malfoy – disse...Ah, vocês sabem quem.

–Tessa Malfoy – eu disse.

Alvo, Scorp e Lys entraram em uma conversa que eu não estava interessada. Eu fiquei observando Alice e Rose falarem sobre...Na verdade eu não sei, elas falavam muito baixo. De repente elas pararam de falar, percebendo o quão rudes elas estavam sendo.

–Então Tessa, fale de você – disse Alice sorrindo.

– Não tem muito o que falar... – comecei, mas fui interrompida pela chegada de três loiros.

–Oi, meu nome é Lucy Scamander e estou no segundo ano...- começou a garota que era obviamente a líder, mas, assim como eu foi interrompida.

–Lucy, nós já conhecemos você e a sua gangue faz anos! – disse Rose. A garota loira de cabelos ondulados extremamente perfeitos fez cara feia. E continuou como se Rose não tivesse a interrompido.

– E queria dar as boas-vindas a vocês e me apresentar a esses dois – disse apontando para mim e para meu irmão – E, é claro, minha “gangue”. Esse é Lorcan – Ele é igualzinho ao Lysander! O Lysander também é gêmeo. Temos muito o que conversar. – E essa é Jenny – A garota era parecida com Lucy, tinha cabelos loiros lisos e olhos verdes, muito claros. Mas ela parecia inocente. – E vocês são...?

–Scorpius Malfoy – disse meu irmão, e pude ver Jenny dar um suspiro.

–Tessa Malfoy – disse.

–Malfoy? Você não parece uma Malfoy, você é tão perd... Simpática! – disse Lucy. Quem ela pensa que é?

–E você não parece uma vadia, mas me enganei! – revidei. E o seu sorriso falso desapareceu. Ela saiu batendo o pé, enquanto eu e o pessoal riamos.

–Isso foi incrível! – disse Alice.

–Foi? – perguntei meio envergonhada. – E você – disse apontando para Lysander. – Porque não disse que era gêmeo?

–Porque eu não gosto disso! E tão chato.

–Nem me diga! – dissemos eu e Scorpius juntos. Revirei os olhos.

O resto da viagem foi bem mais divertida, nós conversamos muito, e comemos doces. E todo meu nervosismo tinha ido embora. Até agora.

Estávamos todos os alunos do primeiro ano entrando no Salão Principal pela primeira vez. Era lindo! O céu. Dava para ver o céu no teto! E havia velas para todo lado. Quando percebi já estavam nos chamando para sermos selecionados. E lá vinha meu nervosismo de novo. Relaxa!

POV Alice

–Blake, Jason - chamou a professora Minerva McGonagall. Eu nem acredito que isso estava acontecendo! Eu estava em Hogwarts e era mágico.

–Corvinal – anunciou o chapéu e a mesa bateu palmas.

–Carter, Jennifer – disse a professora.

–Lufa-Lufa – O chapéu mal tocara a sua cabeça e já tinha decisão! Será que comigo seria tão rápido assim?

Depois de alguns nomes, Minerva chamou:

–Longbottom, Alice – Era isso. Era agora. Pude ver meu pai abrir um grande sorriso me encorajando. McGonagall também sorriu a colocar o chapéu na minha cabeça.

“Uma Longbottom! A sua família, assim como você, tem um coração grande e puro. Você é leal e faria tudo pelo o que acha certo. E para isso é preciso coragem. Por isso sua casa é a... Grifinória!”

Meu pai sorriu e bateu palmas junto com a mesa da Grifinória. Fui até a mesa. Cumprimentei os vários Weasley ali presentes. E voltei a prestar atenção na seleção.

–Malfoy, Scorpius. – Ele se dirigiu até o banquinho e o chapéu foi posto em sua cabeça e, assim como já havia acontecido, o chapéu foi muito rápido em sua decisão e logo anunciou que ele iria para Sonserina o que não foi nenhuma surpresa.

–Malfoy, Tessa – Chamou Minerva, Tessa parecia não querer ir e sussurrava coisas para si mesma. Ela estava muito nervosa. Ela se sentou no banquinho e respirou fundo. Depois de muito tempo. Ele anunciou:

–Grifinória! – Espera, o que? Isso era impossível! Dei uma olhada pelo salão. Estava todo mundo chocado. Principalmente Scorpius. Tessa veio caminhando lentamente até a mesa da Grifinória.

–Você está bem? – perguntei e ela negou com a cabeça.

–Sonserina! – pude ouvir o chapéu dizer. Me virei para ver o novo companheiro de Scorpius. E para surpresa de todo mundo, era Alvo.

–O chapéu seletor enlouqueceu? – perguntou James Potter fazendo piada.

Alvo teve uma reação bem parecida com a de Tessa. Andando como se em cada passo seu corpo inteiro doesse.

–Grifinória – Era a vez de Jenny. Argh. Como ela pode vir para cá?

–Scamander, Lorcan. – Lorcan foi até o banquinho, desfilando. O chapéu logo anunciou que ele iria para Sonserina.

–Scamander, Lysander. – Lys caminhou até o banquinho e eu sorri para ele.

–Corvinal! – anunciou o chapéu. Ninguém tinha dúvidas. Ele é muito inteligente!

Depois de alguns outros nomes, finalmente Rose foi chamada.

–Weasley, Rose – Ela não parecia nem um pouco nervosa, mas sim ansiosa.

– Grifnória! – Rose abriu o maior sorriso e veio se sentar ao meu lado. E olhou preocupada para Tessa.

–Você está bem? Parece mais pálida do que o nor... – Rose foi interrompida, pois enquanto ela falava, Tessa caiu desmaiada em meus braços.


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Notas finais do capítulo

Ficou bom? Não? Horrível? Maravilhoso?
Leitoras lindas, vcs querem dar uma passadinha na fic de uma amiga minha? EU AMO a fic! É da nova geração tbm. Bom, passa lá e fala que eu que mandei ;)
http://fanfiction.com.br/historia/395121/Princess_Of_Hogwarts/