Stay Alive escrita por Giullia Lepiane


Capítulo 17
Partida - Distrito 3


Notas iniciais do capítulo

Hey, o que aconteceu com todo mundo? Sumiram? Foram abduzidos? Levados pelos pacificadores? Comentem, eu sinto falta de vocês!
Espero que gostem do capítulo!
P.S. Lembrando: Neery - acompanhante do Três.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406505/chapter/17

Hunter Wayne

Hunter tinha decidido que não derramaria uma lágrima durante as despedidas, não por causa das câmeras lá fora, mas pelo seu meio-irmão mais novo Benjamin, que fora chamado para os Jogos e por quem ele se voluntariara. Se Hunter parecesse triste, o menino certamente se sentiria culpado, o que não precisava acontecer.

Mas ele não precisava manter uma postura tão confiante como a que manteve, também, pois quando Benjamin entrou na sala – assim como a mãe e o padrasto de Hunter –, ele viu que ele já parecia culpado, independentemente da reação do irmão.

– Desculpe, Hunter. – Benjamin chorava. – Me desculpe.

– Não seja bobo. – Hunter foi abraçá-lo. – Está tudo bem.

Eles ficaram juntos até Benjamin se acalmar um pouco. Então, Hunter foi abraçar a mãe.

– Você é tão parecido com o seu pai. – Ela estava chorosa também. – Não pode ter o mesmo destino dele.

– Desculpe.

– Você e o Benjamin e essa mania que vocês têm de se desculpar...

– Nós fazemos isso? Bem, eu não queria...

– Não tem problema. – A mãe tentou sorrir-lhe, sem sucesso. – Não fique pensando nisso.

Hunter, em seguida, foi apertar a mão do padrasto, mas este também acabou por puxá-lo para um abraço.

– Você sempre foi como um filho para mim, Hunter.

Ele também tinha sido como o pai que Hunter jamais tivera, mas por algum motivo, não conseguiu dizer qualquer coisa naquela hora.

Chegou, então, a hora de eles irem embora. Hunter era uma pessoa calma, mas mesmo assim estava surpreso por ter se mantido tão calmo como sempre durante as despedidas, e não quis estragar isso durante a saída deles ou depois disso.

Talvez tenha sido por isso que certa esperança de vencer os Jogos, mesmo que mínima, surgiu dentro dele. Ele podia fazer coisas que não acreditava poder fazer – quem sabe, até, fosse mais forte do que imaginava.

Quem sabe.

*********

Elizzy Viscovt

– Eu vou matar você, Elizzy. – Disse seu primo Gil, logo quando entrou na sala para se despedir dela.

A garota, sentada em uma poltrona, sorriu. Isso pareceu deixar Gil ainda mais fora de si:

– Por que você está sorrindo?! Está louca?! Eu não consigo acreditar que você se voluntariou para os Jogos! – Ele quase gritava, e andava de um lado para o outro, enquanto Elizzy o acompanhava com o olhar.

– Não sei porque você está tão irritado. Você, sem nunca ter treinado, venceu os Jogos Vorazes. Então, por que eu que treinei não conseguiria? – Ela cruzou os braços.

– Elizzy, eu te treinei para você ser qualificada para ganhar os Jogos se você fosse sorteada, não para você se voluntariar. Eu nunca teria feito isso se soubesse o que você pretendia!

– E é justamente por isso que eu não te contei.

Gil parou de andar para olhá-la bem.

– Eu vou estar na sua torcida. – Falou, num tom mais lento do que antes. – Mas pode guardar as minhas palavras: está será a última coisa que eu farei por você.

– Você já fez muitas coisas por mim, e eu agradeço. Mas creio que desta vez você deveria manter a sua imparcialidade como mentor, não é? – Elizzy perguntou, dura demais.

– Eu não vou ser mentor dessa vez. Você não lembra que não é possível um vitorioso ser mentor de um parente? Agora eles vão arranjar outro, de última hora.

Ela não gostou da informação. Não contara com aquilo, e as coisas não podiam começar a sair de suas mãos antes mesmo de chegar à Capital.

– E quem será o mentor, então?

– Não sei. É de última hora. É até provável que você descubra antes de mim.

– Bem. Acho que todos os vitoriosos do Três dariam bons mentores. – Elizzy disse, tentando se convencer.

– Você acha? – Gil parecia estar tentando assustá-la, ela reparou. Talvez fosse algum tipo de vingança, por ela tê-lo enganado. – Tudo bem, então. – Alguém bateu à porta. Gil se virou para sair. – Até mais.

*********

Para a maioria das pessoas era estranho ver a si mesma na televisão, e isso não foi diferente para Elizzy e Hunter quando assistiram às reprises das colheitas naquela noite.

– Vejam, o Distrito 3. – Disse a mentora deles ao final da colheita do Dois. Hunter assentiu.

Os comentaristas falaram sobre a firmeza de Elizzy ao se voluntariar, o medo de Benjamin ao ser sorteado, a coragem de seu irmão mais velho, Hunter, ao tomar o lugar dele e a expressão de espanto que Neery estava fazendo. Então, com algumas piadinhas finais, a colheita deles acabou e a cena mudou para o Distrito 4.

– E então? – Elizzy prontamente perguntou para a mentora, sentada ao seu lado no sofá. Ainda estava um pouco aborrecida por seu primo não ser o mentor, e por isso olhava apara a mulher como se ela fosse algum tipo de incompetente. – Você não vai dizer como fomos?

– Como vocês foram? – Ela estranhou. – Esta foi só a colheita. Não uma maneira errada de se agir, contanto que não se apele para nenhum extremo.

– É claro que há! São os Jogos Vorazes! É tudo ou nada, desde o começo!

Hunter e Neery tiraram os olhos da televisão para olhar para elas. A mentora pareceu desconfortável.

– Não se afobe. – Foi tudo que disse.

– Por que nós não podemos manter a calma e assistir às colheitas? – Sugeriu Hunter. Sua voz era suave, perfeita para um momento como aquele.

Elizzy olhou para ele por um momento, balançou a cabeça, cruzou os braços e voltou a assistir à televisão.

A colheita do Distrito 4 terminou e a do Cinco começou a passar, mas Neery não se manteve com eles por mais muito tempo: Logo se levantou e se dirigiu para a porta.

– Eu vou pedir um milk-shake. Vocês vão querer alguma coisa? – Ela perguntou, com seu habitual tom de quem fala com um bebê.

– Quero meu primo como mentor. – Murmurou Elizzy.

– Não, obrigada. – Disse a mentora.

– Eu vou com você, Neery. – Ofereceu-se Hunter que, embora soubesse que era importante assistir às reprises das colheitas, não estava aguentando ficar lá com as duas.

Neery fez um comentário sobre o cavalheirismo do garoto, e ele se levantou e apressou-a para saírem o mais rápido o possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stay Alive" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.