Antonym escrita por TimeLady


Capítulo 1
1.




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Ao contrario do que filmes e seriados deixam transparecer, penetrar num sistema policial não é simples e nem fácil. Não é algo que pode ser feito apenas com um único computador, muito menos com um único programa. Envolve camadas e camadas de defesa, escudos, camuflagens, sinais rodando o mundo sem parar para somente no final de uma longa jornada por pelo menos treze países chegar ao seu destino. Além disso, é necessário criptografar códigos e mensagens para que não possam ser identificados.

É um processo delicado e detalhado, assim como pintar um quadro. Requer talento e inteligência acima do normal, junto de uma ousadia que geralmente as pessoas detestam.

Por causa desse pacote inteiro e mil e um problemas políticos com os quais não vou me incomodar em nomear, que quando uma mensagem não identificável chega a um computador de segurança máxima bem no coração CBI, sem rastros de onde e por quem ela foi enviada, o departamento inteiro costuma enlouquecer – do mais alto escalão até ao segurança do estacionamento. A mensagem, geralmente, é analisada por dez especialistas diferentes (escolhidos a dedo) com seus milhares de programas de decodificação e seus variados sistemas de segurança antes mesmo de sequer ser aberta. Mas como sempre, nada realmente é revelado até que a mensagem tenha sido clicada com a pequena seta branca, abrindo sua pequena e inocente tela com algumas palavras em negro (igual as que milhões de pessoas no mundo inteiro recebem todos os dias).

Aquela pequena mensagem, recebida no computador da agente Grace Van Pelt as 2h19 de uma sexta-feira comum, no dia 18 de Agosto, não recebeu um tratamento diferente. Assim que a dona do computador viu o pequeno símbolo de uma carta amarela piscando no meio da tela, a mulher de 29 anos ingenuamente clicou sobre o ícone que abriu uma simples janela branca, com um espaço em branco para se digitar algo com a seguinte frase escrita em cima:


“As sombras são tão importantes quanto à luz”


Franzindo o cenho, a jovem inutilmente tentou descobrir de onde viera a mensagem, mas seus pequenos esforços foram repentinamente interrompidos quando um segundo e-mail surgiu em sua tela. Sentindo-se cada vez mais confusa, a ruiva novamente clicou sobre a pequena carta amarela e virtual.

Foi quando a situação tornou-se de um nível completamente diferente.

Lendo as palavras escritas virtualmente, o choque e o horror se infiltraram lentamente na agente Grace Van Pelt até que a bela mulher disparou de seu assento, correndo em direção a diretoria rezando o caminho inteiro para que Wainwright não tivesse saído ainda.

Na segunda janela que havia se aberto, havia um pequeno texto bem no centro. Preto sobre o branco, chamava os olhos como o fogo à noite, tão brilhante quanto. As 48 letras compostas em 11 palavras que juntas formavam uma pequena e simples frase:


Digite a senha em uma hora para descobrirem sobre a mulher.


Embaixo disso, havia a imagem de uma moça em seus trinta anos. Tinha cabelos negros que lhe alcançavam os ombros, lisos e bem cuidados, acompanhados de um rosto branco com olhos azulados. Era bonita, ou pelo menos poderia ser se não fosse a expressão completamente aterrorizada que distorcia suas feições – acompanhado pelo pedaço de pano amordaçando-a e o fato de que ela estava amarrada a uma cama pelos quatro membros.

Com um grande rosto sorridente vermelho pintando em sua barriga.


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Notas finais do capítulo

XP Eu não tenho a minima idéia do que me deu para postar isso.