Sangue Rebelde escrita por mrs montgomery


Capítulo 17
Sangue Culpado


Notas iniciais do capítulo

MEEEEU DEEEUS!!
Como eu senti falta de escrever, nem consigo acreditar que um dia parei!
Eu poderia dizer como eu estou feliz por ter voltado aqui por horas, mas prefiro dar-lhes de presente um capítulo novinho em folha :)

boa leitura ;*



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– Então foi isso que aconteceu.

Donna ainda estava tonta, pois havia acabado de acordar, e estava sentada no sofá ao lado de Evan. Depois do acontecido no castelo dos Noturnos – ela fora atingida e apagara, foi Evan lhe dissera – ele a trouxera até uma cabana no meio da floresta, que acabou sendo a casa da árvore, mesmo que ele não soubesse.

Evan estava de cabeça baixa. Eles ainda não tinham conversado sobre Brianna. Ela entrelaçou as próprias mãos de modo nervoso. Olhou para todos os lados. O teto remendado, o sofá ruim, a poeira. Tudo menos Evan. E, quando olhou para ele, as palavras se misturaram em sua mente.

– Evan – Ele a olhou. Parecia triste. – Você ainda sente alguma coisa por ela?

– Eu vou te contar tudo. Não é o que você quer?

Ela assentiu.

– Bem, tudo começou num baile da minha família, há alguns meses atrás. Eu a conheci, e me apaixonei. Dançamos a noite toda, e, no final, nos beijamos. Eu acho que fiquei meio bobo pelos olhos dela, ou coisa assim. A questão é que eu não sabia de nada. Minha família cuida para que ninguém saiba da existência de vampiros ou lobisomens. Eu não sabia. Até que, em um momento, quando eu estava desconfiado que meus pais mentiam para mim, ela me contou.

Donna endireitou a postura quando ele ficou quieto.

– É só isso?

– Não. Tem muito mais. – Ele riu. – Sabe, nesse meio tempo eu pesquisei muito sobre vampiros. Mais do que muitos sabem sobre si mesmos. Como, por exemplo, que vampiros com mais habilidades podem disfarçar os olhos. Ela fez isso. E também tem o poder da persuasão, que ela com certeza usou comigo. No final, descobri que ela queria matar minha família, com exceção da minha mãe. Uma noturna. Ela matou minha irmã logo depois que soube que estávamos juntos.

Os dedos de Donna se coçaram para se juntar aos de Evan.

– No final, eu ainda estava apaixonado por ela, ai escrevi aquela carta e dei um jeito de ser entregue.

– E você ainda a ama?

Ele a olhou.

– Você sabe a resposta.

Sua voz saiu mais áspera do que deveria.

Não, eu não sei. O que eu sei é que você age como se ainda sentisse alguma coisa por ela, quando ao mesmo tempo faz a mesma coisa comigo. Você só precisa dizer o que sente, e isso vai ser mais do que suficiente. – É só dizer as três palavras que fantasio.

– É mais complicado do que isso – Evan se levantara e estava apoiado na parede de madeira. – Você não entende.

– Não, eu entendo. – Agora ela também estava de pé. – Você tem que parar de agir como se eu não soubesse de nada, e que só o que você sente importa! Você não pode fazer o que está fazendo comigo, você...

Ela não completou o que ia dizer, porque nesse momento Evan a puxou pelos pulsos e se curvou, encostando suas testas. Donna podia jurar que as batidas que ouvia era do próprio coração batendo forte.

Quando ele falou, a voz estava trêmula.

– A única coisa que eu entendo nesse momento é que eu estou apaixonado por você. – Evan levou a boca ao seu ombro. – Então, se me odiar como parece odiar, diga-me para parar. – Ali depositou um beijo. Subiu pelo pescoço. – ou agora.

Donna se inclinou para frente. Seus braços cresceram para enlaçar o pescoço de Evan, ao mesmo tempo em que os braços dele apertavam sua cintura. Os lábios se encostaram primeiramente suaves, e depois com mais pressão. Evan abriu boca de Donna com a sua com ternura, e ela colocou a mão nos cabelos dele, sentindo os fios sedosos nas mãos calejadas. Ela se aninhou contra ele, passando as pernas por cima dele, quase se sentando em seu colo. Ela se afastou, sentindo o rosto queimar, e escondeu-o no ombro de Evan. Ele passou as mãos pela cintura dela, fazendo movimentos circulares com os dedos, enviando choques por todo seu corpo.

Seu corpo estava cansado, e ela queria mais do que tudo dormir, mesmo com a energia pulsando em suas veias pelo beijo.

– Evan? – chamou com a voz abafada pela camisa.

– Sim?

– Eu estou com sono.

Ele riu e colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Ela fez uma carranca.

– Não é engraçado!

– Claro que é. Daqui a pouco você vai estar grogue pelo sono, e eu vou querer ver isso.

– Ah, cale-se! – ela socou-lhe o braço. – Eu queria dizer que não quero voltar para casa. – Ela levantou a cabeça. – Passa essa noite aqui comigo?

Ele sorriu.

– Claro.

Já meio cansada, Donna ajudou Evan a pegar algumas mantas amontoadas no sótão, e umas almofadas também.

Evan deitou-se primeiro, e Donna deitou espremida ao seu lado, a cabeça em seu peito, ouvindo seus batimentos cardíacos. Umas das mãos dele, estava em seu cabelo, a outra em seu braço, fazendo-lhe carinhos. Ela caiu no sono rapidamente, mas não antes que ele se curvasse e lhe desse um beijo na testa. Ela murmurou alguma coisa, mas não se pronunciou, e assim dormiram.

...

Benjamin desceu as escadas ao calabouço lentamente, sem preocupações. Ouviu os gritos dela de uma das celas, e foi exatamente até esta que ele foi.

Charlotte estava amarrada em uma cadeira de berro benzido, a cortina balançando com o vento. Algumas queimaduras estavam em seu braço e rosto. Ela rosnou ao vê-lo, mostrando as presas.

– Seu canalha. Como ousa fazer isso comigo? Conosco? Com toda a família?

Ele apenas a olhou friamente, o cabelo preto impecável, os olhos gelados.

– Eu deveria ter feito isso há tempos.

Então, ignorando os protestos da ex-esposa, ele puxou a cortina, deixando a luz solar entrar.

...

Evan havia acabado de acordar, e estava observando Donna. As luzes do crepúsculo entravam pelas frestas nas madeiras postas na janela, causando um efeito diferente no rosto de Donna. Ele traçou o contorno de seu rosto com o polegar, e depois as costas, sentindo Donna se aninhar ainda mais contra ele. Era bom observá-la dormir, ele achava. Ela perdia a carranca, e mostrava o que era de verdade. Delicada e sensível. Como uma rosa, ele concluiu.

Ela se mexeu, acordando, e ele sorriu. Donna apoiou-se sobre um cotovelo, espremida no sofá, e olhou para Evan com olhos inquisitivos.

– Você estava me observando dormir?

Ele riu.

– Estava.

Ela meio que se levantou, e ele se sentou, recostando-se no braço do sofá com uma almofada. Donna colocou uma perna em cada lado de Evan e se sentou em seu colo.

– Eu deveria estar em casa. – disse ela, aninhada a ele.

– Eu também. Mas eu não quero ir embora.

Ele segurou o rosto dela nas mãos.

– Podemos nos encontrar amanhã aqui, então. – disse. – Encontrar um jeito de ficarmos juntos, porque eu não posso mais ficar longe de você, Donna.

Ela sentiu o ar fugir de seus pulmões.

– Evan... Vamos encontrar um jeito, tudo bem?

Ele assentiu, sorrindo. Ela se curvou para ele, e ele sentiu um frio na barriga, e que foi se espalhando pelo corpo todo. Ele segurou o rosto dela com as mãos, deslizando pelo sofá, dizendo as palavras que era covarde e inseguro para dizer em voz alta. Eu amo você. Eu amo você, e não ligo se você é vampira ou não, eu só amo você e quero-te. Ela ronronou como um gato, riu depois de se separar dele.

Evan a fitou.

– Porque você está rindo?

Ela não disse nada, e apenas ficou ali, mexendo no cabelo dele, fazendo-lhe carinhos, e com isso dizendo o que tinha medo.

Porque eu amo você.


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Notas finais do capítulo

Então, ficou minúsculo, mas acho que já é alguma coisa :)

bjs bjs, até o próximo :))



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