P.O.V Jack Frost

"Somente um..."

Foi isso que o Homem-da-Lua disse, ele só poderá salvar um de nós, mas quem ele escolheria salvar? Quem ele pensaria ser o mais necessário? Nenhuma destas questões haviam sido respondidas, e agora que estvamos indo de encontro para a causa de toda está aventura, me vem a questão, será que vamos sobreviver? Aquela profecia está me incomodando, e se ela se cumprir, se for assim, dois de nós vão morrer neste confronto, e isso não me é nada reconfortante, realmente, tem coisa que você faz com as pessoas, que depois você não pode evitar formar um grande vinculo com ela, e tudo que a gente fez até agora, lutar, viajar, sobreviver, nós fizemos tudo isso juntos, não sobreveriamos um único dia sozinhos, a ultima coisa que eu queria era que um deles morressem, e dois deles morreram, mas quem? E se a profecia se cumprir por inteira, todos nós morreremos...

Chega! melhor não pensar nisso, se não, não vou conseguir dormir, e eu tenho que dormir, tenho mesmo! Eu tirei o casaco e o usei como travesseiro, eu me remexia, tentando encontrar a poosição confortável, e não demorou muito para o sono me dominar...

Eu estava em um campo, o chão estava totalmente branco, coberto por uma camada de neve, podia sentir o frio da neve em meus pés descalços, havia algumas árvores , totalmente cobertas de neve e gelo, um vento gelado passou pelo meu rosto, bagunçando ainda mais meu cabelo, o ar que eu respirava era gélido, e estava com minha espada em minhas mãos, foi quando ela começou a ficar mais gelada,tanto que, se não fosse minha, eu não poderia segura-la, acho que ela é como a de Merida, o extremo frio dela não me afeta, mas poderia causar muito dano á outra pessoa, o cristal esmanava um estranho brilho azul, e névoa branca começou a sair dele, e a névoa começou a criar forma, primeiro, se podia perceber mãos, depois as pernas e o tronco, então os detalhes do rosto se formaram, e lá estava ela, parada na minha frente, uma garota, parecia ter minha idade, os labios carnudos, olhos expressivos, e um nariz pequeno, ela era muito bonita, ela passou alguns segundos me observando, com um pequeno sorriso.

– Hã, ola... - Eu disse depois de alguns segundos.

– Olá Jack, é bom falar cara a cara com você.

– Eu te conheço?

– Não, mas eu conheço você - Isso só me deixou mais confuso

– Quem é você?

– Eu sou Elora, Espirito do inverno!

– Então você fez parte do antigo The Big Four?

– Sim, acho que um de meus amigos já falou com vocês.

– Sim, o Augusts, ele falou com a Merida.

– Augusts?

Os olhos dela se tornaram tristes, e o ar ficou mais frio ao seu redor, como se tudo dependesse do humor dela.

– Eu não falo com Augusts faz anos...

Eu logo percebi que Augusts era muito importante para ela, mas decidi não perguntar nada, se ela quizesse falar sobre o assunto, certamente falaria, mas pelo olhar dela, ela não ia querer falar disso agora.

– Desculpe, estou divagando, continuando, vim para lhe alertar do lugar para onde você vai. Com um pouco de esforço e com a ajuda de um feitiço, eu pude ver o esconderijo da bruxa, pude pegar informações, o nome dela é Gothel, é uma bruxa muito poderoza, o seu esconderijo está repleto de armadilhas e feitiços, fiquem atentos, ela vai tentar mexer com suas cabeças, e não hesitará em mata-los, o dragão está no centro, sigam sempre para baixo, esse é o segredo, quanto mais baixo, mais perto estaram.

– Entendi, vamos tomar cuidado, mas se me permite, queria saber o que aconteceu com o The Big Four de antes.

– Isso foi a muito tempo... É uma história muito longa, longa demais para eu contar agora... E seus amigos estão ficando preocupados, principalmente a de cabelos dourados... - Ela abriu um grande sorriso - Sabe, se eu fosse você, eu aproveitaria todo o tempo que vocês dois tem juntos, esses momentos são muito preciosos, você não imagina o horror e o medo que se tem quando, de repente, você os perde, sei que ela sente o mesmo, de que você tem medo?

– Eu...

– Jack, o medo é muito perigoso, se algum dia conbate-lo, lembre-se, todo o medo pode ser vencido, agora melhor acordar, e aproveitar tudo o que tem, principalmente com Rapunzel.

– Eu vou!

– É bom mesmo, pois estarei de olho! - Ela deu um sorriso.

A voz de Rapunzel estava ecoando o local, ela parecia estar chorando, e isso não foi nem um pouco agradável, em meio aos soluços, eu podia entender algumas palavras, quase que dissipadas pelo som de seu choro.

" Jack... Por favor... Não vá... Não me deixe... Eu te amo..."

Elora olhou para mim, ainda sorrindo

– Eu lhe disse, creio que ela ficará muito feliz quando você acordar, até logo.

E então tudo ficou branco , e eu abri os olhos.

Eu estava deitado no mesmo lugar no qual havia adormecido, Rapunzel soluçava, com a cabeça deitada em meu peito, o cabelo dela estava enrolado em mim, ela não olhava para meu rosto então não podia ver que eu tinha acordado.

– Eu te amo... Você não pode me deixar assim... - Ela dizia com dificuldade.

Eu levantei o braço e passei a mão no cabelo dela.

– E quem disse que eu vou? - Eu disse

Rapunzel ergueu a cabeça, seus olhos verdes estavam vermelhos, uma lagrima descia por sua boxecha, que já tinha a pequena marca de outras lágrimas.

– Jack!

Então ela me abraçou, um abraço muito forte, Eu me endireitei ao mesmo tempo que retribuia o abraço, o queixo dela agora repolsava em meu ombro, aquilo me dava uma sensação muito boa.

– Escute, eu nunca, jamais, vou te deixar!

Nós saimos do abraço, e eu enxuguei uma lagrima que estava correndo por sua boxecha, e coloquei uma mecha de seu cabelo para atrás da orelha, e passei a mão por seu rosto, até chegar em seu queixo, e a levei para mais perto de mim, até que meus lábios pressionaram os dela, e tudo se tornou perfeito, os problemas desapareceram, era como se a solução para tudo aquilo, fosse estar com Rapunzel, eu agora estava com o braço em volta de sua cintura e a puxava para mais perto de mim, e minha outra mão segurava seu rosto, ela tinha levado as mão ao meu pescoço, este com certeza era um dos poucos momentos perfeitos que a gente tem na vida, e eu ia aproveitar cada segundo dele, mas ele infelizmente tinha que acabar, e quando nos separamos, ficamos com as testas juntas, ainda saboreando o momento.

– Eu não poderia te deixar nem se eu quisesse - Eu disse - Eu te amo!

Rapunzel deu um sorriso e disse:

– Eu te amo!