Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Como vão? Estou a postar mais cedo, pois começaram as aulas e hoje vai ser um dia muito cansativo. É daqueles dias em se chega a casa, se come, toma-se banho e se vai para a cama sem nos importarmos de mais nada. Portanto, fiz questão de ter em atenção esse facto e postarei os capítulos por volta desta hora sempre que me for possível.
Ora bem, boa leitura! ^^



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(Isabella)

Depois de a Rainha nos ter visitado, não disse uma única palavra, decidi refletir no que nos tinha sido dito, só de pensar que tinha de estar de mãos dadas com o Petrus… Tinha de ser não tinha? Fiquei bastante preocupada com a minha mãe, nunca a tinha deixado tanto tempo sozinha e a única companhia que ela ia ter era a minha gata. Que coisa! Ter de ir ao Japão, será que eles falavam português? Eu sabia falar inglês, mas…

E ali estávamos nós, deitados na mesma cama, de mãos dadas, nunca na minha vidinha tinha imaginado tal coisa! Seguimos o nosso caminho, quando chegamos a um quarto completamente desconhecido para mim. Já não estávamos de mãos dadas, eu estava aconchegada no peito dele e agarrada levemente pelos seus braços. Não queria sair dali, estava tão bem nos braços dele, aquilo foi tudo o que eu sempre imaginei… Petrus acordou ao acariciar-me a face.

— Desculpa eu estar assim, em cima de ti, eu sei que não sou a coisa mais leve do mundo. – disse com voz de sono e um pouco envergonhada.

— Não há mal nenhum, só te acordei porque temos de saber onde estamos. – disse ele.

— Sim, vamos.

Levantamo-nos e encontramos um casal no corredor. Fiquei curiosa e perguntei a Petrus:

— Petrus, será que vamos ficar com eles?

— Sim, Menina Isabella.- disse o homem.

Vestiam-se como empregados da Era Vitoriana.. Os dois tinham por volta de 25 anos. Olhei ao redor. A casa era grande, mas simples, nada de extravagante. Agarrei-me ao braço de Petrus, foi um gesto sem pensar. Talvez tenha sentido medo…

— Deixem-me apresentar: eu sou o Simão. Aqui ao meu lado é a Daniela. Estamos aqui para vos falar da vossa missão. Amanhã de manhã falar-vos-ei dela. Boa noite.

— Hum… Simão? Nós os dois vamos dormir outra vez juntos?

— Sim, Menina Isabella. – que resposta mais seca.

— Hum, está bem…

Por alguma razão, continuei agarrada ao seu braço e enquanto Petrus se deitou, mandei uma mensagem à minha mãe a dizer que estava tudo bem e que já tínhamos estado com Simão. De seguida, fui à janela e olhei para o céu e pensei no que estava a acontecer, os sentimentos pareciam estar todos a voltar. Olhei para trás, para a cama e ele estava encostado na cabeceira da cama, observar-me. Fiquei a olhar para ele e perguntei-lhe:

— Que se passa Petrus? Porque estás a olhar dessa forma para mim?

— Estou a pensar no estúpido que fui há uns anos atrás. Ficaste mais fria com as pessoas, principalmente rapazes, e isso é culpa minha. Deveria ter-te tratado melhor.

O batimento do meu coração começou a acelerar ao vê-lo levantar-se.

“Que será que ele vai fazer?” –  pensei.

— Perdoa-me Isabella, por favor. Durante estes anos, tenho sempre este peso na consciência.

Pegou-me no queixo como quando tive tonturas, olhou-me nos olhos e eu já sabia o que ele ia fazer e retirei-me, virei-me outra vez para a janela e as lágrimas começaram a brotar dos meus olhos.

— Porque é que ias fazer isso Petrus?

— Eu sei que o que te fiz não se faz a ninguém, mas eu fi-lo porque te amava demais e não sabia como demonstra-lo e acabei por faze-lo da pior maneira.

— A ferida ainda está aberta, ainda não curou… Talvez o tempo, Petrus, talvez o tempo. – disse entre lágrimas.

— Eu vou esperar quanto tempo for preciso, Isabella… – disse ele.

Virei-me para trás, olhei-o nos olhos e abracei-o. Chorei nos seus braços. Quando o choro acalmou, ele deitou-se primeiro e quando me deitei, perguntei-lhe:

— Não quero abusar, mas posso aconchegar-me no teu peito?

Ele olhou-me por momentos e eu fiquei a pensar se estava a contradizer-me, mas ele acabou por responder:

— Claro que podes, anda cá.

Deitei-me e aconcheguei-me no peito dele e acabei por adormecer rapidamente com os seus carinhos na minha face.

Acordamos por volta das nove horas com o despertador que estava na mesinha de cabeceira. Petrus deu-me um beijo na face e eu fui tomar um duche. Esperei por ele à entrada do quarto enquanto se vestia. Quando ele saiu, deu-me a mão e dirigimo-nos à sala principal, onde estava Simão, Daniela e duas raparigas que não conhecíamos. Olhamos um para o outro e acabamos de descer as escadas.

— Bons dias. – dissemos.

— Bom dia Menina Isabella, Bom dia Petrus. Preferem fazer já as apresentações ou tomar o pequeno-almoço?

— Porque não juntamos o útil ao agradável? – sugeri eu.

— Sentem-se, por favor. – disse  uma das raparigas.

Eu e Petrus sentamo-nos, um ao lado do outro e parece que não tínhamos tido a conversa que tivemos no dia anterior, pois estávamo-nos a comportar como um casal.

— Olá, eu sou a Rita. Sou uma Blue Voice. O meu instrumento específico é a flauta transversal.

Rita. Uma rapariga esguia, de olhos verdes claros e cabelo negro, pele morena.

— Eu sou a Ana e o meu instrumento específico é o saxofone.

Ana. Uma rapariga igualmente esguia, de olhos azuis e pele clara. No entanto, as duas tinham traços iguais. Pareciam gémeas.

— Desculpem a pergunta, mas vocês são gêmeas…? – perguntei a medo.

— Somos sim! – responderam sorridentes.

— Bem, vocês já me devem conhecer… – as duas anuíram.

— Esse rapaz é teu namorado? – perguntou a Ana.

Eu olhei para o Petrus e senti-me  corar, mas Petrus respondeu:

— Não, não somos namorados. Somos apenas bons amigos. Já agora eu sou o Petrus e sou um Blue Voice.

— Simão, podes agora falar-nos da nossa missão? – pedi.

— Sim, claro. Temos sentido uma energia muito negativa por aqui, sempre a rodear esta casa e o terreno. No entanto, não conseguimos descobrir a sua origem. A vossa missão é mesmo essa, procurar essa energia, descobrir a sua origem e se possível, combate-la…

Simples, não era…? Bem que ele o fez parecer…


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Este foi um capítulo com 1000 palavras! Que número tão redondinho! :) Bem, deixem nos reviews críticas construtivas e sugestões.
Até ao próximo capítulo! ^^



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