Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 55
Capítulo 54


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como estão todos?! :)
A hora da verdade aproxima-se...
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Depois daquelas palavras tão ternas, mas tão dolorosas, deixei Petrus estar apoiado no meu ombro o quanto quisesse. Sim, aquele momento foi lindo, mas eu continuava a achar que algo não estava bem. Porém, ele tinha dito para não me preocupar, embora fosse impossível. Se Kiba não tivesse aparecido, a correr, ofegante, Petrus tinha continuado nos meus braços. Continuou com a sua mão na minha cintura.

— Kiba o que é que se passa? – perguntei-lhe.

Não tinha percebido o porquê de ele não se ter transformado. Depois de ter recuperado o folego, respondeu:

— O meu pai quer falar contigo agora, mas Isabella, existem rumores de que a causa da Lua estar assim está relacionada com o meu pai. Eu disse-te para não vires.

Não lhe respondi. Naquele momento, o estado do meu sistema nervoso não era o de um humano, mas sim de uma fera. O meu corpo ficou de tal modo rígido, que Petrus notou e retirou a sua mão da minha cintura. Ficou espantado a olhar para mim.

“Covarde,” – pensei. – “julga-se tão grande e depois faz isto. Se fossem só alguma batota com os seus companheiros eu não me importava, mas agora com a Lua, que me ajuda tanto nos meus combates e para proteger os meus? Imperdoável!”

— Leva-me até ele, Kiba, se faz favor. – pedi.

O meu tom de voz era firme, frio e com um tanto de raiva.

— Isabella… – sussurrou Petrus.

Ele ia segurar a minha mão, mas eu não deixei, desviei-me. Estava a anoitecer cada vez mais, e, à medida que isto acontecia, a Lua ficava cada vez mais negra. Já não era visível completamente. Olhei uma última vez para ela e segui Kiba. Petrus seguiu ao meu lado. Ninguém disse uma única palavra. Ao entrarmos novamente no dito acampamento, todos começaram a olhar para nós. Mantive o passo firme, sem desviar o olhar para ninguém. Petrus fez o mesmo. Andamos por entre casas até chegamos a uma grande tenda em forma de cone, coberta por peles de variados animais que, por muito estranho que pareça, tinham pintadas e desenhadas figuras rupestres. Ao chegarmos à sua entrada, Isaac saiu de lá. O meu cenho imediatamente ficou cerrado. Ele, por muito que quisesse, não conseguiu manter indiferença, muito menos para com Petrus.

— Vocês os dois podem entrar. – disse friamente.

Olhei-o de revés antes de entrar. Petrus levantou um pouco uma das peles para que eu pudesse entrar. O seu interior era muito superior ao seu tamanho exterior. Sentamo-nos diante de Inugami. Aqueles olhos cinzentos-claros, quase de um impossível branco, tentavam penetrar a minha alma. Depois de uns minutos de um pequeno mas longo e pesado silêncio, Inugami começou:

— Anciã, pelo que vejo tiveste coragem para me enfrentar. – disse, sorrindo maliciosamente.

Ele definitivamente tinha algo na manga.

— Sou uma mulher de palavra.

Contra ataquei. Mantive o meu cenho cerrado. Inugami olhou para Petrus.

— Mas sabes que não podes ter ajuda, não sabes…? – continuava com aquele

tom divertido e com aquele sorriso estúpido na cara.

Continuei com o tom de voz firme, não podia mostrar qualquer fraqueza, embora, uma delas, estivesse ao meu lado.

— Sei disso melhor que o senhor, Inugami… – disse com um sorriso na face.

Os seus olhos olharam-me intrigado. O seu cenho cerrou-se.

— Que dizes rapariga?!

— Nada… – agora quem tinha o sorriso malicioso na face era eu. – Se o Inugami tivesse a consciência tranquila, talvez não reagisse dessa maneira, mas se lhe serviu a carapuça, não posso fazer nada…

Do nada, rosnou, mostrando um pouco as suas presas. Tal como Kiba e os restantes lobisomens, os seus incisivos eram mais longos e muito mais afiados do que os dos humanos.

— O combate realizar-se-á no que nós chamamos a Grande Clareira, perto de um pequeno rio. Kiba depois levar-vos-á. – disse Inugami, com um tom de voz bastante descontente.

— Muito bem. Com licença.

Eu e Petrus levantamo-nos e saímos da tenda. O vento estava cada vez mais forte, cada vez mais gelado. As nuvens não eram cinzentas, mas sim negras. O céu estava coberto por um espesso manto negro. Procurei a Lua com os meus olhos. Nada havia. Até as estrelas tinham desaparecido. Não estava só preocupada com isso. Catarina e Zach já tinham desaparecido há um bom tempo. Por um lado, estava descansada por ela estar acompanhada, mas mesmo assim… Olhei para o meu relógio. Eram perto das oito e meia da noite. Fomos para perto das motas. Petrus retirou uma sandes para comer. Ofereceu-me uma. Recusei. Única e simplesmente, não conseguia comer, nada passava para baixo, nada descia.

— Isabella, tens que comer. Não consegues combater de estômago vazio. – disse ele, em tom preocupado.

— Não consigo Petrus. Para além disso, com os nervos que estou devido a esta farsa toda, nada passa para baixo. Come tu, que te saiba bem.

Continuei encostada à minha mota, com os braços cruzados e a observar o céu. Nem um único raio conseguia perfurar aquelas nuvens negras.

“O que é que se está a passar?” – questionei-me – “Será que Agnes está metida nisto, será que ela soube de alguma coisa?”

Não havia como ela saber. O poder que ela tinha não lhe permitia a adivinhação, aliás, desde o nosso último combate com Luther, nunca mais foi vista.

— Isabella consegues ouvir?

Estava tão distante que nem dei por nada.

— O quê? Não consigo… Ah, espera, são baterias… E tambores também…

— Não me digas que…- dissemos ambos muito espantados.

Pelo menos, para aqueles dois, as coisas estavam a correr bem. Não consegui identificar a música que era correspondente ao ritmo devido à distância, mas decerto era uma música que transmitia felicidade, era alegre.

— Isabella o céu está totalmente negro… Tencionas usar o Punhal? – perguntou relutante.

— Mesmo sabendo que Inugami vai usar truques sujos, fico sempre na esperança que não o faça. Então, o que tenciono fazer é usar a Sakura e se depois algo acontecer, então usarei o Punhal.

Suspirou. De repente e sinistramente, o vento começou a soprar mais forte, a temperatura baixou ainda mais.

“Será que era um sinal de que a hora do combate está a chegar?” – questionei-me.

Dentre as árvores, uns olhos vermelhos observavam-nos. Coloquei imediatamente a minha mão no punho de Sakura. Finalmente, a verdade estava a vir ao de cima…


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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