Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Como vão? Aqui está mais um capítulo de "Scars of Love". A partir daqui tudo se intensifica... Principalmente o mistério... Estejam atentos!
Bem, sem mais demoras, uma boa leitura! ^^



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(Isabella)

Era domingo de manhã e a minha mãe tinha ido à padaria. Petrus já se tinha levantado, provavelmente queria fazer-se de menino bonito. Fui diretamente para a cozinha e só de saber que estava sozinha em casa com ele e pensar que podia simplesmente dizer-lhe umas verdades sem a minha mãe ouvir… Mas não podia, ele de certezinha que lhe ia contar… Ouvi o som da televisão na sala, ele estava lá.

“Ai se eu pudesse…” – pensei, quase rangendo os dentes.

A porta da sala abriu-se.

— Podes vir para a sala, eu não mordo.

“Tu não, mas eu sim.” – pensei.

— Mas eu tenho de preparar o pequeno-almoço, não achas?

— Não precisas, eu já to preparei. – estava tramada…

— E como é que sabes o que eu gosto de tomar ao pequeno-almoço?

— Foi a tua mãe que me disse.

— A minha mãe… é sempre a mesma… – sussurrei.

— Bem, já que preparaste o pequeno-almoço podes dar-mo se faz favor?

Ele estava a tentar ser simpático comigo, mas mesmo assim eu não conseguia evitar trata-lo com frieza. Eu nunca me iria esquecer do que ele me fez, ele tinha de provar um bocadinho do veneno que eu provei.

— Isabella, porque que me tratas com tanta frieza?

É assim, não me façam perguntas retóricas quando estou com líquidos na boca está bem? É perigoso por duas razões: posso entalar-me e os líquidos podem sair da minha boca tipo geyser.

— Quase que me entalei, Petrus. Deixa-me lá pousar a caneca para não cometer uma loucura… Façamos contas: estamos ambos no 10º ano certo? Então volta quatro anos atrás e reflete sim? Não me faças falar…

— Eu sei que errei no passado sim, eu sei. Eu estou a tentar emendar-me, mas tu não deixas, assim com essa frieza para comigo, não dá!

— Petrus, eu vou falar calmamente para tu perceberes: passaram-se quatro anos desde o que aconteceu, o amor que eu sentia por ti tornou-se no mais negro dos sentimentos: o ódio. Dizes que estás a tentar emendar-te, mas por vezes as desculpas vêm tarde demais…

— Que queres dizer com isso?

— Pensa… – virei-lhe as costas.

Saí da sala e fui para o meu quarto. Estar perto dele era um pesadelo... Sentei-me na minha cama. Pus música. Refleti. Pus a mão no meu peito, olhei e estava lá a minha cicatriz. Olhei para o braço, mas não tinha nada… Será que tinha desaparecido?

“Cada vez que um de vós tiver em perigo, a tatuagem do outro irá e arder e por muito longe que o outro esteja, fará tudo para socorrer a sua metade.”

De repente lembrei-me do que a Rainha da Música me tinha dito quanto àquela tatuagem.

“Espero que isso não aconteça tão cedo.” – pensei.

Ouvi a porta da entrada bater, provavelmente era a minha mãe que tinha chegado. Saí do quarto e fui ver.

— Bom dia, mãe.

— Bom dia! Então sentes-te melhor?

— Sim, sinto. Estou pronta para outra, mas isso não quer dizer que eu quero que aconteça outra! Bem, tu percebeste.

— Percebi. Já tomaste o pequeno-almoço?

— Já, já tomei.

— Ainda bem, que queres que faça para o almoço?

— Oh mãe, faz qualquer coisa, não tenho muito apetite.

— Mas tens de comer Isabella! – disse Petrus.

Tinha de se vir meter! Mas que nervos!

— Eu é que sei o apetite que tenho, está bem? – comecei a caminhar, mas nem dois passos tinha dado e dei conta que estava nos braços de Petrus.

Eu sei que senti uma tontura, mas não era caso para tanto! Ele colocou dois dedos debaixo do meu queixo e olhou-me nos olhos… A meiguice no seu olhar fez-me recordar o amor que já tinha sentido por ele, senti o ódio, aquela raiva a desvanecer.

“Não, não pode ser!” – pensei.

Eu não podia estar novamente naquele turbilhão de emoções, não!

— Tu estás fraca Isabella, tens de repousar. Vamos, eu levo-te para o quarto. – disse Petrus.

— Eu não quero ir para o quarto, leva-me para a sala, se faz favor.

Sentir o calor da pele dele, sentir novamente o seu cheiro fez com que milhentas recordações retornassem novamente quando já estavam guardadas no fundo da minha consciência. Ele pousou-me com toda a gentileza no sofá e disse à minha mãe:

— Dª Isabel, deixe estar, eu fico com ela.

— Claro, sem problemas. – sorriu.

Não estava a gostar do olhar misterioso nos seus olhos, mas se ele fosse preparar alguma estava feitinho comigo! Ai estava, estava!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Deixem as vossas opiniões e sugestões nos reviews. Talvez poste o próximo capítulo mais cedo, pois é pequenino, mas muito importante!
Até ao próximo capítulo! ^^



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