Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Como vão?
Então, hoje é quarta-feira e é dia de "Scars of Love"! Tal como vos disse, a partir de hoje, a postagem dos capítulos vai ficar regularizada. Só posto noutro dia se, excecionalmente, assim o decidir.
Queria pedir aos leitores escondidos que por aí andam para comentarem, pois eu adoraria saber a vossa opinião da sobre a história até agora (:
Boa leitura! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406315/chapter/16

(Isabella)

O que é que ele te fez filha?

— Ele traiu-me mãe, ele traiu-me!

Filha…

— O que foi mãe?

Quando falaste um vermelho selvagem apareceu nos teus olhos…

— Perdoei-o uma vez, não lhe perdoo uma segunda. Não, nem pensar!

Isabella eu compreendo que te estejas a sentir assim, mas lembras-te das palavras da Rainha da Música?

— Lembro-me mãe e embora ela seja minha Rainha eu prefiro renunciar a este amor do que sofrer mais.

Não digas isso Isabella. Olha, eu agora tenho que ir, mas depois falamos está bem?

A minha mãe também não podia fazer grande coisa naquele momento. Para além de estar muito longe, nada me iria subir o astral…

— Está bem mãe, olha só te queria pedir que esperasses que eu te contactasse, porque quero estar sozinha está bem? E já agora quando é que as minhas coisas chegam?

Eu aguardo pelo teu contacto então. Devem chegar amanhã, mas olha eu já sei como tu és, gostas muito de andar de mota e agora que estás assim nesse estado ainda mais, tem cuidado.

— Está bem, beijinho.

Um beijo.

O sol estava alto, mas não me apetecia ir para casa, provavelmente aquele canalha ainda lá estava. Eu precisava de ficar sozinha, no meu canto…

— Menina Isabella! Menina Isabella, está a ouvir-me?

— Simão?! Mas o que é que estás aqui a fazer? Quem te disse que eu estava aqui?

— Foi o Petrus que me disse para vir ter consigo, olhe que foi difícil encontra-la, a menina sabe esconder-se!

— Não me fales no nome desse… desse… – comecei a chorar.

— Menina Isabella conte-me o que se passou.

— Acho que já percebeste o que se passou Simão. – disse entre lágrimas e sufocos.

— Venha para casa Menina Isabella, vai-se sentir melhor. – olhei para Simão e ele percebeu o meu olhar. – Não Menina Isabella, ele já saiu de casa.

— Então vamos…

Pelo caminho para casa nenhum dos dois disse algo, penso que Simão percebeu o que eu estava a sentir e não falou sobre o assunto. Chegados a casa, fui para o meu quarto e chorei, chorei, chorei… As músicas que ouvia só me faziam chorar mais, só me faziam pensar mais no que aconteceu… Revivi a cena vezes e vezes sem conta na minha cabeça. Passadas umas horas, Simão bateu à porta, limpei as lágrimas e mandei-o entrar.

— Menina Isabella, as suas coisas chegaram.

— A mota também Simão?

— Sim, está tudo lá em baixo.

— Obrigada Simão, vou sair daqui a pouco.

Provavelmente Simão viu o desejo de velocidade, de adrenalina nos meus olhos, a vontade de ficar com uma pequena amnésia.

— Tenha cuidado.

— Terei Simão.

Vesti as minhas calças e o meu casaco de cabedal, calcei as minhas botas de salto, prendi o cabelo num rabo-de-cavalo, olhei-me ao espelho e pensei:

“Vais pagá-las, ai vais, vais.”

A raiva e o ódio que sentia por Petrus era tal que eu própria era perigosa para qualquer pessoa naquele momento. Quando saí de casa a minha mota já estava à porta e a chave na ignição. Mal comecei a conduzir, senti uma vontade enorme de passear pela praia, então segui para lá. Apetecia-me tirar o capacete, soltar os cabelos e sentir o vento na minha face, mas não o podia fazer, para além de já estar a andar demasiado depressa e tinha prometido que não o iria fazer, não podia tirar o capacete... Então já que não podia tirar o capacete decidi ir até ao pontão para sentir a brisa. Acelerei ainda mais até lá e quando cheguei, retirei o capacete, soltei o cabelo e dirigi-me para o corrimão de ferro. Olhei o mar, senti a brisa…

“Que maravilha, que paz…” – pensei.

Ouvi um carro aproximar-se do pontão.

“Espero que não seja aquele traidor.”

A minha paz de alma tinha desaparecido. Era Valéria.

— Com que então encontramo-nos outra vez… – disse ela, com um sorriso e um olhar maléficos.

Fiquei calma, não explodi, embora fosse essa a minha vontade…

— Não sei qual é o motivo para apareceres, afinal já tens o que sempre quiseste.

— Sim, é verdade. Tenho o que sempre quis: ver-te sofrer! – e ao pronunciar estas palavras assumiu o seu lado Red Voice. – Mas eu quero ver-te sofrer ainda mais!

— Ai não, não vais! Já chega Valéria! – assumi o meu lado Blue Voice e cantei:

"Well you treat me just like another stranger
Well it's nice to meet you sir
I guess I'll go
I best be on my way out
You treat me just like another stranger
Well it's nice to meet you sir
I guess I'll go
I best be on my way out
Ignorance is your new best friend
Ignorance is your new best friend
Ignorance is your new best friend
Ignorance is your new best friend”

Paramore-“Ignorance”

—Acabou Valéria! – ela estava de joelhos, no chão, a agoniar de dores. – Chega de magoar as pessoas!

— Quem vai acabar não vou ser eu, vais ser tu! – e esfumou-se no ar.

Estava cansada e farta daquela rapariga, apetecia-me… apetecia-me… Mas entretanto olhei para o mar e fiquei mais calma, o mar trazia-me paz… Não podia ficar mais ali, tinha de ir avisar Simão. Precisava de me aconselhar com ele. Comecei a conduzir e acelerei o mais que pude, quer dizer, até demais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Em breve, haverá muitas surpresas... :3
Não se esqueçam de deixar tudo nos reviews!
Até ao próximo capítulo! ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scars Of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.