Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos leitores! ^^ Como vão? Se hoje é quarta-feira, então é dia de "Scars of Love"!
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

Quando acordei, Petrus já tinha saído e deixou um papel a dizer-me que tinha ido ligar aos pais. Ele provavelmente não queria que eu ouvisse a conversa. Apesar de tudo, os pais dele nunca gostaram muito de mim. O pessoal andava espalhado pela casa, tudo já estava acordado e de pequeno-almoço tomado. Sentia-me ansiosa e ao mesmo tempo determinada, queria acabar com aquilo depressa, aliás o mais depressa possível. Queria que a minha vida voltasse ao normal, embora nunca viesse a ser normal novamente. Por volta das sete horas, Petrus voltou a casa e trouxe boas notícias, os pais tinham deixado que ele fosse comigo para o Japão. Falei com o meu pai para depois nos enviar as malas e a minha mota. As meninas já tinham partido e eu fiquei um pouco nostálgica. Eu e Petrus petiscamos qualquer coisa antes de irmos e lembrei-lhe de uma coisa que era bastante importante.

Na minha primeira visita ao Japão, eu tinha tido uma longa conversa com Simão sobre as saudades que sentia de casa e, principalmente, da minha mãe. Como ele viu que sofria bastante com a distância decidiu dar-me um objeto que permitia a ligação entre duas pessoas e se quiséssemos até podíamos fazer uma ligação tipo holograma. Simão pediu-me para não abrir a caixa até necessitar de o fazer. Fui ao quarto e peguei na pequena caixa de madeira. O seu trinco de prata era uma borboleta e a ponta da sua chave também tinha a mesma forma. Quando abri, estava no seu interior uma linda borboleta de prata divida em duas partes. Peguei-lhes e coloquei-as em cima da cama. Debaixo da borboleta tinha um papel escrito:

Sou assim*
Alguém perdido de mim
Que busca a felicidade
Em pequenas porções,
Na brevidade do voo
De uma borboleta,
A encontrarei
Em algum lugar
Com aroma de amora
E cor de violeta

Chamei pela minha mãe e disse-lhe:

— Na minha primeira visita ao Japão, o Simão ofereceu-me esta borboleta que me permite comunicar à distância a quem eu oferecer uma das suas metades. A comunicação poderá até ser feita via holograma e poderemos ver-nos e falarmos sempre que quisermos. Como provavelmente esta minha estadia no Japão vai ser mais duradoura, decidi dar-te uma das metades para que, quando quisermos, matarmos saudades e falarmos. – disse-lhe, estendendo-lhe a mão com uma das metades. – Para podermos falar temos de recitar este poema, eu vou fazer uma cópia para mim. Guarda muito bem isto, mãe! Para o Simão só me dar permissão para abrir quando precisasse é porque é muito valioso.

— Não te preocupes Isabella eu vou tomar bem conta dela. – e quando disse estas palavras, as lágrimas começaram a escorrer na sua face.

— Oh mãe, para que é que estás a chorar? A mim também me custa bastante, mas que se pode fazer? É para o bem de todos nós, mãe. – dei um salto da cama e abracei-a com força, surrando-lhe um “Amo-te” entre lágrimas. Eu e a minha mãe sempre fomos muito choronas, embora ambas não gostassem de demonstrar sentimentos. – Estás melhor?

— Sim… – respondeu ela, limpando as lágrimas da face com os dedos. – Está na hora de partires, não é? – anui.

Despedidas como eu as odeio!

Apesar de ser de manhã, fizemos um esforço para adormecer novamente para que fossemos transportados. Simão já se encontrava à nossa espera.

— Menina Isabella, como é que está? – perguntou Simão.

— Estou bem Simão, um pouco cansada, mas bem. Daniela, como é que estás? – perguntei.

— Bem Menina Isabella, obrigada. – agradeceu, com um sorriso.

— Simão, os meus pais vão enviar as nossas coisas para aqui, inclusive a minha mota.

— Não se preocupe Menina Isabella, quando os vossos pertences chegarem serão entregues no vosso quarto, exceto a mota claro.

— Obrigada Simão, não te importas se formos descansar um pouco, pois não?

— Claro que não, Menina Isabella. Precisa de mais alguma coisa?

— Precisava de um favor Simão. Ligas para a minha mãe, se faz favor, só para dizer que cheguei bem.

— Já vou ligar-lhe. Fique descansada.

Eu e Petrus subimos para o quarto e uns pijamas estavam já preparados em cima da cama. O facto de sermos transportados pelo Caminho dos Sonhos fazia com que o tempo se passasse de outra forma devido a nos encontrarmos numa dimensão diferente. Eu não queria dormir, por isso nem o pijama vesti. Petrus como sempre, nunca vestia a parte de cima de nenhum pijama.

— Isabella o que é que se passa? Sinto que algo não está bem em ti.

— Acredita até às nove e vinte e cinco algo ainda vai acontecer, consigo senti-lo…

— Acalma-te, deita-te aqui e dorme.

— Não me quero deitar, descansa, não te preocupes comigo.

Como nem sentada conseguia estar, levantei-me da pequena cadeira e fui falar com Simão. Simão estava a arrumar algo na sala, embora tudo estivesse arrumado.

— Simão, posso falar contigo?

— Claro Menina Isabella, que se passa?

— Lembras-te daquela pequena caixa de madeira que me destes?

— Perfeitamente.

— Então, eu abri-a e dei uma das metades da borboleta à minha mãe. Fi-lo porque sei que a minha estadia aqui vai ser muito mais longa do que a anterior.

— Fez bem, Menina Isabella. Eu ofereci-lhe aquela Borboleta de Prata porque sabia que, mais cedo ou mais tarde, a menina iria ficar bastante tempo afastada da sua mãe.

— Obrigada, Simão. Agora vou voltar ao quarto, está bem…?

— Claro, mas passa-se mais alguma coisa?

Olhei para o relógio e eram quase nove e vinte e cinco.

— Não, Simão… Não se passa mais nada, fica descansado…


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Notas finais do capítulo

* "Borboleta", de Rosemari Hauenstein Ruch
Então..., não tenho recebido muitos reviews, apesar de me esforçar tanto para postar um capítulo todas as semanas... Sei que tem mais pessoas a ler, então gostava que comentassem, por favor! Senão, começo a ameaçar que só posto um capítulo com um determinado número de reviews... :3 Hum... é uma boa estratégia... Talvez na próxima semana, não poste nada... Depende de vocês...
Até próximo capítulo! (seja lá quando isso for...) ^^



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