As Long As You Love Me (Contanto que você me ame) escrita por Sarah Survivor


Capítulo 2
Conhecendo o Território


Notas iniciais do capítulo

"Estamos sob pressão, sete bilhões de pessoas no mundo estão tentando se encontrar. Mantenha-se firme com um sorriso em seu rosto, mesmo que seu coração esteja triste."



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Meu pai retirava as malas do carro e a empresa transportadora levava os nossos móveis para o que seria a nossa nova casa. Eu sentiria falta de tudo que havia conhecido na casa antiga mas estava animada com as coisas novas que estavam por vir e seria uma boa maneira de esquecer coisas ruins que aconteceram.

Sei que meu pai não poderia ter encontrado em todo o país outro lugar como este, tão calmo e afastado da cidade. Eu realmente estava amando aquela fazenda. Não se comparava a outro lugar que estivemos ou a qualquer viagem que já tivemos feito. Eu já estava me sentindo em casa.

– Não quer ir conhecendo os arredores querida?

Disse ele com aquele sorriso convidativo que só ele tem. Eu apenas balancei a cabeça concordando que queria e então fui procurar o estábulo de cavalos que ele disse que havia por aqui. Não foi muito difícil encontrar.

Ao me aproximar, percebi que havia um garoto ali. Branco, cabelos claros com um topete meio largado, olhos castanhos, que lembravam a cor do mel. Ele parecia muito bonito, mas eu não poderia nem pensar em falar com ele. Meu pai tem muito ciúmes de mim, ele é muito protetor e tem medo de que algo me faça mal. Ele sempre me faz prometer que nunca farei nada sem o consentimento dele. Mas ao mesmo tempo eu estava com muita vontade de chegar aos cavalos e na verdade, eu nem sabia o que aquele garoto era. Então me aproximei e acariciei o primeiro cavalo que fez um barulho nada amigável.

– Ela está um pouco irritada hoje.

Disse ele com um sorriso simpático. Eu apenas o olhei, depois olhei para o chão e vi que ele estava amarrando alguns sacos de feno.

– Quem é você?

Perguntei sem perceber as palavras saindo de minha boca, foi por total impulso.

– Ah, perdão! Esqueci de me apresentar. Me chamo Joseph Drew, mas pode me chamar de Josh. E você deve ser a nova proprietária da Chácara não é mesmo?

Ele falou com o mesmo sorriso simpático estampado em seu rosto, demorei uns quatro segundos para respondê-lo, não estava acostumada a conversar com um garoto que tivesse tanta cordialidade.

– Isso.. Me chamo Sarah.. Sarah Celaya.

Falei com voz trêmula e estava bem clara a minha aparência confusa.

– Nome muito bonito.

Ele disse sorrindo, enquanto saia com o saco de feno para o celeiro que estava ao lado. Minha mente estava uma bagunça e eu não sabia se o seguia, se ficava ali ou voltava para perto do meu pai. Mas quando me dei conta eu já estava seguindo-o.

– Precisa de algo?

Ele disse quando percebeu que eu estava andando atrás dele.

– Bom... Na verdade.. Eu não sei bem.

Entramos no celeiro, ele soltou o saco de feno no canto e olhou fixamente para mim.

– Você parece estar muito confusa. Quer me perguntar alguma coisa?

Claro! Eu queria saber tudo sobre ele e nem sabia bem o porque, ele me interessava de alguma forma mas eu não sabia o que fazer, eu tinha acabado de conhecê-lo. Eu realmente estava muito confusa.

– Quantos anos você tem?

Perguntei depois de longos segundos outra vez, com a mão na cintura tentando parecer mais segura. Mas ele abaixou a cabeça e sorriu.

– Tenho 19 anos, Sarah.

– Você decora nomes tão rápido assim?

– Normalmente não, mas seu nome é curto, fácil de lembrar.

Ele disse enquanto organizava as rações dos animais. A conversa começou a fluir e comecei a falar melhor.

– O que você faz aqui?

– Como você pode ver, eu cuido dos cavalos e de tudo que tem a ver com eles. Bom, dos SEUS cavalos.

Ele sorriu depois de enfatizar que os cavalos eram meus e que isso me faria ser a patroa dele ou algo assim.

– Ah, legal mas e...

– Sarah!

antes que eu pudesse terminar a pergunta meu pai me chamou, ele não estava muito perto mas possivelmente me viu conversando com o Josh.

– Acho melhor você ir..

Disse Josh, sem tirar o olho do seu serviço. Eu saí e fui à direção do meu pai. Ele me abraçou com um braço em meu ombro e fomos até a casa.

– Pelo que vi, já está fazendo amizades, não é?

– Mais ou menos pai. Só queria saber quem era ele.

Ele se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado. Já estava começando a anoitecer.

– Ele é um dos funcionários daqui. É jovem e provavelmente aproveita muito a vida.

Ele disse com sarcasmo.

– Ele me pareceu ser um garoto bem sossegado. Sei lá, um típico garoto do interior, apenas.

–Querida, eu já tive a idade que ele tem, sei como esses garotos agem. Você já passou por um sofrimento grande demais e não quero que você sofra inutilmente por um pegador.

Pode parecer exagerado pra você, mas eu já havia me acostumado com esse comportamento do meu pai. Ele não gostava de pensar em me ver triste ou algo assim.

– Tudo bem pai, não vai acontecer nada.

– Me promete que vai tomar cuidado?

– Sim, eu prometo.

Ele sorriu e me deu um beijo na testa. Sei que ele não implicaria se acaso eu quisesse ser amiga do Josh mas não poderia passar disso. Papai quer que eu espere um pouco pois quer que eu namore um homem e não um "criança", como ele dizia, e eu o entendia perfeitamente.

Meu pai me acompanhou até meu quarto. O quarto era da maneira que eu queria, paredes claras, cama de ferro, janela com sacada e cortinas. Estava perfeito. Fui até a janela e pude ver o gramado do campo onde domavam os cavalos e o estábulo um pouco mais atrás e distante.

– Eu amei!

Disse sem esconder o entusiasmo e a felicidade.

– Sabia que ia gostar..

Disse ele sorrindo por ter acertado na decoração. ele também se aproximou da janela e olhamos para o céu estrelado. Estava lindo.

– Será que ela está nos vendo?

Perguntei à ele.

– Não podemos saber querida, mas se estiver, tenho certeza que está muito orgulhosa de você.

Ele passou a mão nos meus cabelos e saiu. Falar da minha mãe sempre fragiliza o meu pai e eu nunca me lembro de ficar quieta quanto a isso.

Fui me deitar e tentar processar todas as informações que recebi hoje, os conselhos do meu pai. Como um menino tão bonito poderia trabalhar aqui em casa? Como tão perto de mim? E porque eu estava pensando nele? Não era pra eu estar pensando nele, que tolice! Então fechei meus olhos e acabei pegando no sono.


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