A Ilha escrita por Sky
Notas iniciais do capítulo
O prólogo é pequeno, mas os próximos capítulos terão 1.000 palavras no mínimo.Boa leitura e sejam bem vindos!
4 Anos Antes:
Estava no meu quarto arrumando as malas quando ouço a campainha tocar.
– EU ATENDO! - grito descendo as escadas. Abro a porta e me deparo com Cloe e Sara.
*
– Lilly Evans! Como assim viajar para Los Angeles? - perguntou Cloe pulando da cama de onde esta vamos sentadas. – Mas você já não foi ver sua vó ano passado? - Cloe hesitou.
– Quando você volta? - perguntou Sara ignorando Cloe.
– Quando começarem as aulas... - respondi.
– Mas, não nos veremos mais essas férias! - Cloe reclamou.
– Vou voltar antes do que vocês imaginarem! - sorri e as abracei forte.
– Você vai hoje? - Sara perguntou.
– Sim... Bom, vamos sair agora, vocês vem com agente? - perguntei sorridente enquanto lágrimas se formavam em meus olhos.
– Claro! - Sara assentiu.
– Sempre!
*
5 dias se passaram desde que me despedi das minhas amigas e embarquei no navio.
Essas férias serão perfeitas, eu tenho certeza. Eu vou rever vovó, dar umas voltas pela cidade.
– Filha! - minha mãe disse logo atrás do meu pai entrando no quarto; ambos estavam sorrindo.
Larguei meu livro sobre a cama e sentei-me nela.
– Oi - retribui o sorriso.
– Ah, Jorje! - minha mãe Sally o cutucou.
– Ah, sim! Filha queremos te dar um presente! - meu pai revelou.
– Um presente? Pra mim?
– Sim... - minha mãe disse sorridente e cutucou meu pai para que ele me mostre-se.
– Ah meus deuses! - peguei o colar nas mãos - E-Eu não posso aceitar!
Ele era delicado, o cordão dourado e uma delicada bolinha de uma cor verde marinha. Esmeralda.
– Vai! - meu pai disse firme e forte - Era da minha mãe, se passou de geração em geração... E você pode ver que atrás... Tem uma foto minha e da sua mãe, para nunca esquecer da gente! - ele dizia abraçando minha mãe pelo ombro. Me emocionei e fui os abraçar.
– Eu não vou... mesmo!
*
Estava deitada na cama e meus pais no quarto ao lado. Resolvi hoje dormir com o colar o qual eu ganhei... me traz uma sensação boa, talvez me sinto mais segura.
Irei sentir saudades de Cloe e Sara nas férias. Também do Nike, meu melhor amigo. Taylor, Scott... amo todos eles.
Fiquei mais uma vez nos meus devaneios e peguei no sono.
Acordei, de repente com um barulho estrondoso; o qual me fez pular da cama.
Levantei calmamente; coloquei um roupão e abri a porta do Deck subindo as escadas e indo pra cima. Do nada uma luz vermelha acendeu, começou a piscar e apitar. Todos começaram a gritar e correr.
– Ah, não! Não é o que eu to pensando! - corri para o quarto novamente, e encontrei meus pais, afoitos olhando para os lados..
– Filha! AH MEU DEUS! - minha mãe disse em pânico me abraçando. Ela parecia mais aliviada como meu pai, quando meu viu.
Subimos correndo para o convés (depois de muita dificuldade). Ouvi amos as pessoas falando que o navio iria mesmo afundar.
Eu queria acordar, queria apenas levantar da cama assustada, e encontrar meus pais, meus amigos, Luci, dizendo que foi apenas um sonho.
Mas esta vamos na realidade. E na realidade, o navio iria afundar em 30 minutos.
Nos aproximamos dos botes; só havia mais um lugar no que saía.
– Vai filha! - minha mãe disse me colocando no bote.
– O que? - perguntei incrédula, apavorada e voltando para o bote - Não! NÃO! Vocês vem não vem? - comecei a chorar e eles também - Mãe... pai?!
– Nós te amamos... - meu pai disse deixando uma lágrima cair.
– Amamos muito... - minha mãe prosseguiu chorando - E onde quer que esteja, você vai ser feliz... - comecei a chorar.
– VAMOS! VAMOS! - o cara gritou.
– Não mãe... pai, e-eu amo vocês! - disse chorando.
– Nós também filha! - meu pai disse me abraçando e minha mãe fez o mesmo. O barco começou a descer; A tempestade estava forte e o vento chacoalhava o bote com agrecividade.
– Prometa que será feliz! - minha mãe gritou; Eu ainda chorava... NÃO!
– Venham comigo, por favor! - implorei.
– Quando o sol nascer, será agente dizendo ''bom dia'' - meu pai disse - E quando ele se pôr, será agente te dando boa noite! Aproveite sua vida Lilly!
– Te amamos! - minha mãe disse.
Comecei a chorar e tentar voltar. Bem nessa hora o vento forte que acompanhava o mar bravo se inclinou para o lado. Eu que estava me segurando na corda não cai, mas as outras pessoas começaram a gritar e foram junto com o barco.
O barco caiu com a cabeça pra cima (ou seja, a parte em que ficamos pra baixo). As pessoas que caíram estavam gritando, como todos do navio... mas eu não escutava, escutava apenas as ondas revoltosas do mar, e meus pais...
Minha mãe estava realmente preocupada pela situação que me encontrava, e meu pai, também!
Essa era minha única oportunidade; o barco estava á baixo de mim e sem pensar duas vezes, deveria pular; por meus pais, por mais que eu não queira. Os olhei; estavam chorando e apreensivos por mim.
– Eu amo vocês! - deixei uma lágrima do meu rosto escorrer.
– Nós também te amamos! - disseram.
Sorri fraco, criei coragem, respirei... e pulei no barco.
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"Não há sensação melhor do que acordar de um pesadelo e descobrir que aquilo se tratava apenas de um sonho ruim."
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Chorei.... e vocês?