Adotada Pela Loucura escrita por Lena


Capítulo 56
Capítulo 57- De novo essa estória?


Notas iniciais do capítulo

HEY GUYS!
Bem, eu decidi começar um pouco mais cedo.( Irônia~~) E... Eu não estou conseguindo ficar muito tempo no Nyah, fico sem tempo, demoro muito. Talvez, eu não sei, ainda é só uma “ Teoria” que essa seja minha última aparição no Nyah. Eu estou pensando em excluir a conta. Ou, dar ela pra alguém. Sei lá. Antes de eu começar a fic eu era bem diferente .-. Não sei ao certo, apenas ignore por enquanto. Esse é o antepenúltimo, ou até mesmo o penúltimo. Bem... Vamos lá.
ATENÇÃO: Esse capítulo tem mais de 3.000 palavras, recomendamos comida.



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Dia 23 /07 nasceu um príncipe. O herdeiro da Legião! Hector, seja bem-vindo ao mundo. ~~ Sim. Isso eu quis escrever porque o Ambu virou PAPAI! *W* ~~

[...]

Acordei com a visão turva, e escura. Me levantei muito rápido, e por isso ficou mais escura ainda.

“ Mãe me ajuda! Não to enxergando nada…”

– Finalmente acordada, não é criança?- Uma voz familiar me fez tentar abrir os olhos.

– Tá bem que merda é essa?- Eu disse olhando pra pessoa. A vista ainda estava muito embaçada, só conseguia ver um formato.

– Bem receptível você. Deveria ter te dado educação primeiro...

– Jeff?

A pessoa começou a rir. Ela estava sendo sarcástica.

– Obviamente não sou aquele estúpido, com cheiro de peixe. Vamos, levante! Venha me ver, criança.

A vista ficou clara de novo, e pude ver ele. Aquele maldito, de novo não.

Me puxei pra trás, e ele sorriu.

– Eu esperava por você.

– Eu quero você, bem longe de mim!

– Ah, o seu medo... Ele é ótimo. Afinal, quanto mais medo vocês tem de mim, mas eu me sinto fantástico... Você sabe o por quê.

– Preferia não saber. Você é um demônio. Faz parte sentirem medo de você... Zalgo.

Ele sorriu, quando disse o seu nome.

– Que bom que sabe disso, criança...

– NÃO ME CHAME DE CRIANÇA.

– Tanto faz. Sabe o motivo de minha volta?

– Vingança?- Eu disse dando de ombros.

– Humm... Não. Poderia. Mas tenho mais o que fazer do que gastar meu tempo com mundanos. Qualquer outra possibilidade?

– Nem uma.- Balancei a cabeça.

– Sério? Olhe a sua volta.

Eu me virei, e observei tudo. Não havia nada de muito intrigante.

Balancei a cabeça de novo.

– Nada?! – Ele falou com raiva.- VOCÊ ESTÁ EM SCARY!

– De novo, poxa?- Eu disse.- Eu já te disse, que se você quiser sua tal força, é só pegar, de boas, tá?

– A CALE SUA BOCA!- Ele fez com que a voz dele ficasse grave e rouca.

– Nossa.

– Desculpe. Enfim, como percebeu, não estás em sua aconchegada casa. Bem. Eu tenho um propósito pra isso.

– Qual seria?

– Bem, você ficou desacordada por 3 dias.

– TRÊS?!

– Sim. Isso já me deu tempo o suficiente, para que eu pudesse fazer com que Jane e Jeff começassem a te procurar, e junto, mobilizar todas as outras Creppypastas. E agora, elas estão te procurando.

– Mas... Como nem uma delas veio até aqui, sendo que elas todas desconfiam de você?!

– Ora, você escreveu um bilhete para o Jeff e a Jane.- Ele riu, e me entregou o papel.

“ Estou cansada de toda a culpa ser sempre voltada, em algum tempo pra mim. Nem que seja de 5% dela, vocês a jogam em mim. E eu estou farta disso.

Vou me retirar por um tempo demorado, não vou avisar quando irei voltar. Me deixem por um tempo.

Obrigada,

Malennie Dhamer Woodh.”

– É. Eles vão acreditar.- Ele riu quando eu disse, maldosamente.- A menos que eles sejam retardados o suficiente pra não saber escrever o próprio nome.

Ele parou no mesmo instante e eu abri um sorriso, de ponta a ponta.

– C-como ASSIM?!

– Pobre Zalgo. Tão poderoso, mas as vezes tão... tolo.- Eu amassei o papel.- Saiba pelo menos o nome das suas Creppypastas, antes de tentar as falsificar. Se escreve “ Da-H-mer”, babaca!

Um dos guardas entrou pela porta nervoso.

– Senhor, eles chegaram!

Ele me olhou com ódio. De repente, disse alguma palavra em latim, para mim.

Ele simplesmente desapareceu. O silêncio percorreu a casa por alguns minutos. Ouvi gritos vindo da parte de fora. Eu os reconhecia.

– JEFF?!

Eu sai correndo pela porta, e vi Zalgo o jogar longe. Ele cantava a sua própria canção. Todas as Creppypastas estavam no chão, gritando de dor e pedindo para ele parar de cantar. Jane estava desacordada, com o corpo sangrando, ela cuspia sangue seguidamente. Além de... Alicia, desacordada também, roxa, não conseguindo respirar.

Eu senti algo entrando em mim. Não era como se eu estivesse desacordada, eu só estava dura. Não conseguia me mover, gritar, ou despertar. Zalgo olhou pra mim, e segurou forte o pescoço de Jeff.

ME DEVOLVA!

– O que??

– EU PRECISO DISSO MAIS QUE VOCÊ! SUA MUNDANA IMUNDA! NUNCA DEVERIA TER FEITO ISSO!

Já sei...- Eu segurei o colar.- EI, ZALGO! É isso que você quer?

Ele sorriu e soltou Jeff.

– Sim. Me devolva.

– Você quer mesmo?- Eu disse. Pendurei o cordão nos meus dois dedos.- VENHA ENTÃO!

Quando eu disse isso, imediatamente, algo, o tirou da minha mão. Olhei para o lado, como reflexo. Era Lena. Sorrindo, nervosa, tendo tiques nervosos com a cabeça.

– Helena, olha bem para o que você vai fazer...

– VOCÊ ME ODEIA!- Ela gritou.- NÃO HÁ MAIS NADA, QUE VOCÊ POSSA FAZER! EU TE PEDI TUDO, PRA QUE EU NÃO FIZESSE A SUA VIDA UM INFERNO.- Ela riu.- AGORA SE PREPARE.

Isso Helena.- Zalgo disse calmamente.- Me dê ele. Farei você uma pessoa boa, a dona daqui. E a única coisa que precisa fazer, é me dar o colar...

– N-não... Sei.- Ela disse.

– Helena.- Eu disse me aproximando, e ela o colocou no chão, como se fosse o jogar.- Por favor. Me escuta. Sei que posso ter sido péssima pra você, mas pense no que vai estar fazendo! Você vai estragar não só a minha vida, mas a de Jeff também!

– Ele nunca se importou com a minha...

– Isso...- Ouvi uma voz fraca.- Não é verdade.

Era Jeff mancando até ela. Zalgo ficava parado, cada vez mais consumido pelo ódio.

– Jeff?

– Oi Lena. Lembra? Do Jeffrey?

– Como não me lembrar?

– Então. Ele quer um favor seu. Que devolva a ele, o colar.- Jeff disse, se aproximando. Ela mudou a expressão feliz, para perturbada, e triste.

– Não. Eu sei onde isso vai parar. Você já me deixou sozinha uma vez, mais vezes não!- Ela gritou pegando o colar e o colocando no peito.

– Ei. Isso não é verdade!

– É SIM!- Ela começou a chorar.- Você me esqueceu. Me jogou para o lado quando voltei. Você fingia que não me via... Você nem se lembra do que vivemos...

– Se eu não lembrasse, Não carregaria isso comigo...- Ele tirou um colar do bolso da blusa. Tinha um daqueles amuletos com a qual você podia colocar uma foto.

– Você... guarda?- Ela limpou as lágrimas e deu um passo a frente.

– O que você nunca entendeu, é que eu nunca quis te machucar. Eu nunca te esqueci. Da sua chegada no bairro, até a sua partida. Eu guardo isso, porque sinto a sua falta, idiota.

Ela caminhos um pouco. Mas voltou.

– Como sei que não está mentindo?

– Lembra do dia, em que eu... fui?

–...- Ela abaixou a cabeça.

– Eu deixei uma carta, que era pra eu te entregar. Mas... não tive coragem de te dizer que eu iria embora. Porque... Eu não queria que você se machucasse como eu me machuquei. O mundo não é bom o suficiente pra você.

Quando notei ele também, estava chorando um pouco.

Ela caminhou até ele.

– Promete?- Ela levantou o mindinho.

– Prometo.- Eles se abraçaram. De repente, ouvi um barulho de algo quebrando.

Ela tinha jogado o colar no chão. Jeff a soltou e gritou.

– NÃO!

– Eu não posso mais. Ver você sofrendo. Quero que continue bem, e uma vida nova, mas sem mim.- Ela olhou pra mim.- Você está livre dele, Malennie. E eu... Livre desse pesadelo.

– Lena...- Jeff disse, e ela foi desaparecendo, e tomando forma de uma garota adulta. Ela caiu no chão. – Por favor, me ouve! SEM ESSAS MERDAS AGORA!

Ela não respondia. Apenas sorriu pro rosto de Jeff, e foi fechando os olhos.

– E eu vou tentar... Ficar perto de você.- Ela disse.

Todos estavam quietos. Alguns ainda com dor por causa da canção. Outros, simplesmente não conseguiam.

Jeff estava jogado no chão, de costas para todos, chorando.

Zalgo bateu palmas.

– BRAVO! BRAVO! Que ceninha mais trágica...

Todos olharam pra ele.

– Oh, coitadinho. A amiguinha foi embora pra sempre não é? Tadinho do bebê...- Ele continuou debochando da cara de Jeff.

Ele se levantou.

– Eu fiz uma promessa quando conheci ela. Que não a esqueceria.- Ela limpou as lágrimas.- E ela faria o mesmo. E eu prometi, que quando chegasse a hora de partir, não deixaria que ninguém maltratasse ela.

Ele se virou. O rosto dele estava... dividido? Uma parte, estava o Jeff, o assassino em série, e outra... um garoto normal. Dos olhos azuis, a pele dele estava quase normal. O sorriso dele, ainda estava aberto, mas em proporções menores que as normais.

– E não vai ser agora que irei deixar.- Ela retirou a faca do bolso.

– Oh coitado.- Zalgo continuou.- Se eu estalar os meus dedos, eles fazem o que eu quiser. Se toque. Vocês foram criados por mim...

Eu abaixei a cabeça. Eu estava farta daquele cara, estava farta daquela situação repetida, o que ele quer? Atenção?

– EI ZALGO, QUER SABER DE UMA COISA?- Eu gritei pra ele andando pra frente, e vi as expressões de surpresa.- EU TÔ CANSADA DE VOCÊ! O que mais você quer? Roubar a minha vida? ROUBE. Pegar de volta o poder que você me deu? PEGUE. O Amuleto? PEGA. A única coisa que você NUNCA, vai conseguir pegar, são as memórias de tudo o que fiz naquela casa, todas as brigas, festas, conversas. As pessoas que conheci, e que deveria ter medo. As pessoas que conversei e nunca mais esqueci. E O MAIS IMPORTANTE. Esses dois babacas, que eu chamo de pai, com orgulho. E quer saber o que mais? Ouça bem. OBRIGADA, por escolher esses dois idiotas pra mim...

Eu olhei pra Jeff, e depois pra Jane. Que estava torta, mas de pé, e ela sorriu pra mim.

– Talvez. Algum dia, quando eu crescer, eu tenha filhos. E eu vou dizer pra eles, não sobre os avós de sangue, ricos e mimados. Mas sim os dois malucos que me fizeram passar por tudo isso, feliz. Eu acho que estou sozinha nessa merda. Mas... se eu estiver sozinha, eu tenho a memória de todas as pessoas que eu guardo bem trancadas no meu coração.

Jeff colocou o braço em volta do meu pescoço, ficando do meu lado.

– EI, SAIBA QUE NÃO SOMOS SEUS ESCRAVOS!- Jeff Disse.

Senti mais alguém do meu lado. Era Jane.

– E que somos muito mais do que você pensa!- ( N/a: Ei, se você está realmente concentrado na leitura, por favor, tenha em mente que isso vai ser a coisa mais... AFEMINADA que você já viu. Então, se você ainda tiver um pouco de sanidade, para de ler. Na boa. Pula até uma parte melhor. Não fique afeminado por causa da Fic. ( Afeminado no bom sentido :v)

– Que merda vocês estão fazendo?!- Eu sussurrei.

– Apenas continue no nosso ritmo caralho.

– Okay. Só acabem com isso logo, ou deixem o trabalho pra mim.

– Ah, de novo esse assunto?- Zalgo disse.- Pena de vocês. Vocês, deveriam saber que eu não sou idiota, e que tenho outro colar!

Uma das creppypastas arrancou o colar dele. Eu comecei a rir.

– Cara como você é burro.- Eu disse.

– Por...

– Cara se você já tinha um colar pra que outro?!

– Nesse bendito colar quebrado tinha metade da minha força. Entendeu agora?- Ele disse.- Mas vocês são muito ingratos. ME DEVOLVA TOBBY!

– Pff, nem fudendo.- O garoto segurou forte o colar.- E se eu sou ingrato, nem queira saber o que você é.

– Quem é ele...- Eu disse olhando pro Jeff.

– Ticci-Tobby, como Creppypasta, Tobby Rogers como pessoa, e o moleque mais chato que já conheci e não quero que você o conheça, por mim.

–...Que?- Eu disse.

– Tobby Rogers. Uma creppypasta semi-nova.- Jane me respondeu. O que realmente deixou mais agradável, já que (a), Jeff não fala, cospe as palavras. (b) a voz dele era sempre com raiva.

–Ah, melhorou.

Eu olhei de volta para as Creppypastas. Todas estavam quietas, ou com uma cara totalmente impossível, de um ser humano fazer. Como se a raiva da pessoa, estivesse saindo como uma expressão.

– VOCÊ SÓ É MAIS UM DESSES TRAIDORES BARATOS!

– Baratos, mas pelo menos unidos! – Era a Lia. Ela deu um passo a frente e encarou Zalgo, de cima a baixo, e veio pra perto da gente.

– Lia?- Eu sussurrei.

– Bem-vinda ao Time.

O silêncio foi quebrado por vários passos, sem serem contados, na nossa direção. Alguns rápidos e outros ainda sem certeza.

– Okay... Por que eles estão vindo pra cá?

– Ah, querida.- Jeff disse.- Você deveria saber, que mesmo tendo coração de pedra, sem ter vínculos familiares, você entra no time. No nosso time.

–...

– Artigo 89, Uma vez Creppypasta, pra sempre Creppypasta.- Jane Sorriu.

Todos eles ficaram a nossa volta. Alguns apenas com as armas na mão, olhando fixamente pra Zalgo. Outros, juntaram os braços, e olharam firme para mim.

– Bem-vinda.- Algumas vozes disseram.

– Obrigada!- Eu respondi.

Zalgo apertou as mãos.

– Isso não poderia ficar mais patético! UM GRUPO, DE COISAS ESTÚPIDAS! VOCÊS COMEÇARAM COM 12, 16 ANOS! COMO PODEM DIZER QUE SÃO UMA FAMÍLIA?!

– PERAÍ, PERAÍ, PERAÍ!

Todo mundo se surpreendeu com a voz. Era Sally. Ela foi para frente e colocou as mãos na cintura.

– 12?! 16?! EU TENHO 6 E ME SINTO ORGULHOSA POR ISSO! E QUER SABER ‘PORQUE’ SOMOS UMA FAMÍLIA?- Ela olhou pra trás.- Porque as pessoas não sabem nos entender. Somos insatisfeitos com esses mundanos! Machucando, deixando marcas, em pessoas que nem conhecem! É POR ISSO QUE NOS UNIMOS! Porque só quem é assim, entende. Só quem tem realmente amor. Eu realmente acho, que mundanos não sentem amor, e por mais que digam que sociopatas e psicopatas não sentem amor, eu digo que eles quem não sentem...

– E ela tem razão!- Eu fiquei do lado dela, e dei a mão pra ela.- Não importa a sua idade, religião ou cultura. Você nunca vai ficar sozinho. Por tanto não esconder quem você é, faz parte disso. E se você não acha... Desculpe. Mas você não está pronto.

– VOCÊS NÃO SABEM COM QUEM ESTÃO SE METENDO!

– AH, sabemos sim!- Jeff respondeu.- CHEGA DESSA FALAÇÃO. ACABOU PRA VOCÊ! JÁ CHEGA DESSAS BRIGUINHAS IDIOTAS, NÃO ACHA?

A terra estremeceu. O seu vermelho, ficou totalmente negro. Ele falou palavras, em diferentes línguas. Vários idiomas ao mesmo tempo, sem fazer pausas. Em pouco tempo você podia ouvir barulhos fortes ao longe. Ele fazia um sinal com a mão enquanto sorria.

HE COMES

Algumas das Creppypastas apenas caíram no chão, tremendo. Outras ficaram repetindo “He comes” várias vezes, sangrando ou pela boca ou pelo nariz. Jeff estava no chão, com as mãos nos ouvidos, implorando para que algo parasse. Jane sangrava pelos olhos em colapso.

– Ai meu deus...

– ELE NÃO ESTÁ AQUI PRA TE AJUDAR.

– NÃO. ELE ESTÁ!... Espero...

– Malennie!- Jeff estava falando ainda com as mãos nos ouvidos.- Não escuta ele! Você não é uma Creppypasta ainda, ele não pode ter controle sobre você!

– Como assim?!

– Ele só controla Creppypastas, e a tristeza ou ódio das pessoas. Quanto mais próximo de ser uma de nós, mais domínio ele tem sobre. Mas você não se transformou ainda!- Ele gritou, quando tirou as mãos seu ouvido sangrava.- AGORA VAI, E ACABA COM ESSA MERDA!

– Eu... Eh...- Eu olhei para trás. Os guardas estavam perplexos, não se mexiam.- Já sei.

Eu caminhei até a casa dele, e apenas continuei, ignorando os guardas. Eu sabia daquela estaca, e algumas armas dentro da casa dele, então talvez funcionasse.

– Okay... O que mata ele? Alho são para vampiros... Mas hoje em dia eles brilham. Zumbis... Não estamos em uma crise ainda. Ele não sente dor olhando pra uma cruz... QUE MERDA EU FAÇO?!

Eu subi para o segundo andar, vendo um corredor extenso, e olhei para a última porta.

‘ Não abra! Portal para o mundo alternativo!’

– Será que...- Eu me questionei. Eu já tinha passado por muito. Mas quem sabe nesse tal mundo alternativo os meus pais tivessem ficado comigo?

Encostei na porta.

– Não. Desistir de tudo o que eu vivi, seria baboseira!- ( N/A: Oi. Gostaria de avisar para você se lembrar desse trecho, da porta alternativa. Acredite, na hora em que eu revelar as escolhas que ela poderia ter feito... Se preparem.)- Mas e se... NÃO! Eles estão lá embaixo! NEM FERRANDO!

Eu voltei minha concentração a achar alguma coisa. De repente, lembrei do que Jeff tinha dito. Se ele é movido a tristeza e ódio, eu deveria ser o contrário disso!

Eu desci correndo. Peguei o machado, que estava preso na parede, e corri até ele. Ele continuava a sua cantiga, sem parar.

Algumas delas tentavam se levantar mais caiam de novo.

– Okay. Lá vou eu.- Eu respirei fundo e comecei a caminhar.

Eu admito, que era meio complicado pensar em unicórnios e arco-íris, quando á sangue no chão. Admita, você não conseguiria pensar em coisas fofas e felizes. Então eu só pensei na minha estória com eles. Desde quando fui adotada, até aqui. Da seleção, quando Jeff me caçou, a guerra, quando fiquei em coma, quando briguei com Jane, quando teve a guerra de panquecas, quando descobri que iria ter um irmão, quando descobri o Gummy... Todas essas coisas, e mais, fiquei realmente feliz em fazer. E eu não queria ter terminado aquilo.

– Você tem certeza que quer fazer isso?- Zalgo disse em um tom baixo.

Levei um susto, e por reflexo, perfurei o seu estômago.

–...- Eu olhei pra ele assustada. E ele disse, calmamente, sorrindo.

– Me desculpa Malennie.- Ele disse.- Quero dizer... filha.

–... Que?- Eu disse.- Já não basta toda essa merda você vem me dizer que é meu pai?

Eu sorri. Ele não entendeu.

– Mas... eu sou...- Eu bati na cara dele.

– TIC-TOC, É O CARALHO!- Eu gritei.- Você perdeu o seu tempo a algumas horas... TIC-TOC!

Ele caiu.

– Malennie a garota de orfanato? Há-há... Nunca mais.- Eu segurei o machado com força e bati na cabeça dele.

Eu comecei a andar e Jeff estava se levantando.

– O que aconteceu?- Jeff estremeceu, e fez uma cara de quem iria vomitar, eu me afastei dele. Ele tapou a parte principal da boca, mas se ele vomitasse, não seria tão útil, porque iria escorrer.

– Você está bem?

Ele fez aquele barulho horrível de como se algo subi-se a sua garganta várias vezes, acredite, eu fiquei mais enjoada do que você está agora, imaginando alguém vomitando.

Ele segurou. Tossiu forte, e limpou a boca, suja de sangue pela tosse.

– Cadê... Zalgo?

– Tá inconsciente ali.- Apontei pra trás.

– Inconsciente tipo morto, ou tipo... dormindo?

– Tipo em coma...

– Ah, fudeu.- Ele olhou pra mim.

Ele quase vomitou de novo e eu gritei, acordando todo mundo.

– Que?- Sally disse fraca.- Eita Giovana!

–...?- Todo mundo olhou pra Sally sem entender.

– Ah, é que eu tenho ma amiga chamada Giovana, e tive um sonho muito doido que ela tinha derrubado um forninho... -(N/a: Alice, e Maya. Se vocês estiverem lendo isso, saiba que a piada do forninho é eterna, obrigada.)

– Legal.- Jeff disse.- Mas isso já aconteceu...

Ele caiu duro no chão e todos fizeram um círculo em volta dele.

– Jeff?- Jane disse.

– Menino? Dormiu?- Masky disse tocando no rosto dele.

– Faleceu?- Jane bateu na cara dele.

– Ajuda...- Ele disse baixo.

–... Pode repetir meu senhor?- Eu disse.- Tá bom, acho que ele está dormindo, vamos deixar ele aqui com Zalgo. Ele acorda, e tudo volta ao normal, beleza galera?

– Okay.

– Tá, eu topo.

– Me chama quando ele acordar?

– Okay, todo mundo de volta pra casa!- Jane disse batendo as mãos.

Estávamos todos a caminho de volta, até que ouvimos uma risada baixa, que se tornou em algo mais alto. Eu me virei, e lá estava Jeff, de pé, sorrindo. Os olhos negros, e a roupa mais ensanguentada que o normal.

– Gente, eu acho que ele menstruou...- Ben disse colo caindo a mão embaixo do queixo.

– Bem quantas vezes eu vou te dizer que Jeff é um HOMEM?!- Lia disse.

– Então porque ele está...

Eu andei pra frente de todos.

– Ele não está menstruado... Ele está... Possuído?- Virei a cabeça.

– Pelo cheiro de carniça, acho que sim.- Alice disse.

– Cheiro de carniça só é o cheiro de duas pessoas juntas...

– Jeff e Zalgo.- Um garoto pálido com o boné vermelho, disse. Ele era realmente parecido com o cara do Pokémon.

– Okay, todo mundo sabe como acabar com isso, eu vou ir pegar uma bíblia e tacar na cara desse viado.- A Jane foi andando até as casas.

As outras, ficaram preparadas, com suas facas, machados etc., em suas mãos.

–... Alguém pode me ajudar aqui? Que bosta está acontecendo?

– Ah, alguém ajuda essa garota!- Uma delas gritou.

Ticci-Tobby chegou perto de mim.

– Zalgo vai propor um jogo, a gente aceita, blá-blá-blá, vai ser esconde-esconde, você vai ser a isca. Todo mundo se esconde, e mata Zalgo.

– Ah tá... Porque não mataram ele antes?

– Porque não tínhamos você como isca.

– Ah tá... PERAÍ, ISCA?!

Quando voltei, todos já tinham corrido até Jeff. Que por sinal, estava rindo e tremendo a cabeça, como se estivesse tendo um tique-nervoso.

– HEY, CABEÇÃO!- Tobby gritou batendo com força o cabo do machado em uma metálica, fazendo um barulho horrível, e deixando Jeff atordoado.

– QUEM ME CHAMA?

– HERP-DERP, obviamente fui eu querido!- Ele bateu com mais força.

– O que querem dessa vez?- Ele disse normalmente.

– Jogar um jogo.- Sally disse com um sorriso.

–... Não.

– OI?!- Eu gritei.

– Isso mesmo que você ouviu.- Ele ficou de costas.- Se você não acredita que eu sou seu pai, não vai ter nem um, nunca.

– Eu vou matar esse DESGRAÇADO!- Eu queria ir pra frente, mas me lembrei que Zalgo se alimentava de tristeza e ódio.

Jane ficou apreensiva. Talvez não só pelo meu irmão, ( que provavelmente seria um demônio porque crianças não sou muito... “quietas”, digamos assim.) mas pelo fato dela ter vivido odiando o Jeff, o que aconteceria depois, se ele simplesmente fosse, embora? Acho que não só a apreensão de Jane, mas de todos. Ele era, e ainda é, uma das Creppypasta que mais representa o grupo, atrás do Slender e Rake.

Todos começaram a ficar meio quietos demais. Até que bem baixo, ouvi Jeff rir. Ninguém além de mim, ouviu... Eu associei uma coisa com outra e simplesmente entendi o que ele queria.

Eu caminhei até ele, devagar.

– Eu... quero ter um pai.- Eu disse engolindo seco. Sabe quando você tem o sentimento de que algo vai dar errado? Pois é.

– Hum?

– Isso. Não o Jeff... Mas sim... você.

– OI?! SABIA QUE VOCÊ NÃO ERA CONFIÁVEL!- Jane gritou.

Me virei pra ela, e fiz um sinal para que eles ficassem quietos.

– Eu? Ah, me poupe. Não caio em truques.

– Se isso fosse um truque, acha mesmo que eu chegaria tão perto de você?

– Não... – Ele se virou bruscamente, e eu me assustei um pouco.- Você realmente me aceita?

– Zalgo, entenda que mesmo depois de todas as coisas que você fez, eu te perdoo. Perdão, é uma coisa que você aprende depois de tanto tempo.

– Então... Filha?- Ele disse tentando abrir mais o sorriso de Jeff.

– Filha.- Eu o abracei, envolvendo os meus braços em seu pescoço. Ele recebeu o abraço também.- Zalgo... Pode me devolver o Jeff?

– O que?

– Por favor. Só deixe ele vivo, prometo que ficarei aqui com você... Por favor?

–... Está bem.- Ele suspirou, e Jeff caiu duro.

As Creppypastas, arrastaram ele até uma zona segura, para perto deles. Ele me abraçou de novo.

– Zalgo... Posso te fazer outra pergunta?

– Claro querida.- Ele disse rindo.

– Quando você passou a sua força pra mim... Passou a sua inteligência também?- Eu ri, e corri pra longe dele.

Ele não entendeu por segundos. Até que puxei o braço de Jane, e gritei.

– CORRE NEGADA!- Por alguns segundos ninguém entendeu, mas depois me seguiram.

Ouvimos o grito de Zalgo ao longe. A terra foi sendo engolida cada vez mais, e para um grupo de mais de 100 pessoas, e mais de 50 criaturas e demônios, a terra ficava mais pequena, o portal era longe, e teríamos que correr muito. Ouvimos alguns gritos, era da Sally.

– SALLY!- Eu olhei pra baixo, e ela estava sangrando, a perna aparentemente deslocada.

– Malennie?!- Um deles gritou.

– CONTINUEM CORRENDO, EU ENCONTRO VOCÊS!

Alguns tentaram ficar, mas eu pedi para que fossem. A terra ia acabando aos poucos.

– Você tropeçou?!

– S-sim!- Ela disse segurando com força a perna.- Malennie...

Ela apontou para a terra. Logo, se não saíssemos de lá, iríamos morrer.

– Sally, se segura forte em mim.- Eu coloquei ela nas minhas costas, e comecei a correr.

– TÁ BOM, EU APARTIR DE HOJE, ODEIO CAVALINHO.- Ela gritou enquanto eu corria, parece que a cada passo, a terra caia mais rápido, e com mais intensidade.

Eu corri, até chegarmos a uma parte onde se ouviam os gritos das pessoas. Parei, respirei. Sally caiu no chão, sem fôlego.

Estava totalmente pálida. Minhas pernas queimavam. Eu caí dura no chão.

– Não!- Jane bateu na minha cara.- É! HORA! PARA! DESMAIOS!

Eu levantei e joguei ela pro lado.

– Eu preciso... De água.- Eu disse rouca.

– Agora a água vai ser meio difícil...- Phillip apontou pro portal, ele estava se fechando lentamente.

– Entrem! Eu já vou!

Jane pegou a Sally no colo, e eu esperei todo mundo entrar, a cada segundo ele diminuía mais, e mais. Como se fosse encolher, até nunca mais se abrir novamente. Todos passaram depois, e o portal estava muito pequeno. Eles tentaram segurar para mim, mas é um portal, só colocando a mão ela queimava e ardia, como se fosse envolvida ao fogo.

– Você vai precisar pular!

– Como?! É MUITO PEQUENO!- Eu disse nervosa. A terra estava muito perto, eu não aguentava ficar de pé, o portal estava quase fechando, o que eu iria fazer?!

– Eu acredito em você! PULA LOGO CACETE!- Lia gritou pra mim.

– Mas, e-eu...

– Pula! A gente te pega!

Eu respirei fundo, o chão estava a milímetros de meus pés.

– O que acontece quando eu caio nesse buraco?- Eu disse olhando para trás.

– MALENNIE NEM PENSE NISSO! VAMOS! ELE ESTÁ PEQUENO DEMAIS!

–...Okay.- ( Se lembrem disso também, vai ser uma escolha alternativa também :v)

Eu me joguei dentro do portal, e senti a minha cara cair com todo o impacto do mundo no chão.

– Ai.- Eu disse baixo.

O portal se fechou atrás de mim, e eu disse graças a deus, por estar no chão de minha casa, o chão de madeira velha.

[...]


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Notas finais do capítulo

Então, desculpe a minha demora imensa, mas eu estou em semana de prova, e fica complicado pra mim, ainda mais que agora, o próximo capítulo é o último, e depois as escolhas alternativas. Não se preocupem, eu PROMETO! PROMETO! Que dia 21 eu vou postar. Sério. Sem falta. Sim, pode me tacar o tijolo na cabeça HUEHUEHUE’... Ah, que dor... vou ter que me desapegar da minha primeira fic... ;u; É isso, espero que tenham gostado, e ...
Abraço!