Meses haviam se passado com Annabeth e Thalia na casa dos Jackson. Nenhuma confusão com Luke. Somente Thalia que arrumava confusão, mas era só emtre ela com Drew e suas amigas lírderes de torcida. Algumas detenções para Percy aqui e ali... Alguns ferimentos de cachorro nos braços de Tyson, mas nada que fosse muito ruim. Notas altas para Annabeth. Sem segredos descobertos.

Os desenhos, eram, aliás de Tyson. Ele passava as madrugadas ali, desenhando. Ele era realmente bom naquilo.

Com o tempo, Annabeth fez boas amizades. Apesar de ter demorado. Silena, a garota que foi à casa de Percy, veio falar com Anna uma semana depois que ela entrou na escola. Sem falar dos Stoll [N/A: SAIAM, ELES SÃO MEUS], os gêmeos que não se desgrudam mais de Thalia. Eles eram dois garotos ruivos, ambos bem bonitos. Travis era mais alto que Connor e tinha uma tatuagem no pulso, as únicas diferenças que tinha de seu irmão. Eram bastante marotos, sempre fazendo pegadinhas com todos.

– Annabeth! Annabeth! ANNABETH, SUA VACA, OLHA PRA MIM.

Annabeth estava saíndo da aula de matemática, e viu que Silena que gritava com ela. A garota vinha correndo de um outro corredor, empurrando todos que tinham em sua frente. Clarisse, sua melhor amiga, corria atrás dela.

– O que houve? - Annabeth perguntou pra Clarisse, enquanto Silena a abraçava e tinha a cabeça em seu ombro.

– Eu não sei - Clarisse ofegou.

Silena olhou para Annabeth, os olhinhos agora verdes cheios de lágrimas. Seus lábios tremiam.

– E-eu - Silena fungou - Eu... Eu QUEBREI MINHA UNHA!

Ela afundou o rosto no ombro de Annabeth, que a abraçou, revirando os olhos. Clarisse bateu a mão na testa, pensando o quanto esteve preocupada enquanto corria atrás de Silena.

– Vamos, temos uma aula juntas - Annabeth puxou Clarisse com uma mão e saíram as três andando.

Silena havia se recuperado quando saíram andando, mas ainda lamentava por sua unha. Ela saiu dos braços de Annabeth, secou o rosto, e continuou andando com as garotas. No caminho, Drew e as "peruas de natal" - como Thalia as chamava - passavam.

– Ora, olhem que vemos aqui - Drew falou - A putinha, a loira oxigenada, e a machona. Ah, e onde está a Punk Mal-amada?

– Vá pro bordel que é o seu lugar, sua filha da puta - Annabeth disse, passando por Drew.

– Quer dizer que além de Loira Oxigenada, também está de TPM? Ah, deve ser por causa do pai que sempre a ignorou.

Annabeth parou de inspirar o ar e de andar. Clarisse e Silena também, e olharam para Drew. Dava para ver a chamas no olhar das garotas. Em Drew dava pra ver o veneno escorrer por sua boca.

– Olhem, garotas! Ela se ofendeu! Uiii, eu estou morrendo de medo. - zombou.
Annabeth girou sobre os calcanhares. Os olhos cinzas estavam negros, seu rosto vermelho pelo sangue borbulhante. Seus braços tremiam de raiva. De ódio. De pura ira.

Era hoje que uma Drew iria sair sem vida do CHB. Era hoje que nem a maquiagem ajudaria nas marcas roxas.

– Annabeth, esquece isso - Silena murmurou em seu ouvido.

– Ela sabia quais eram as consequências se falasse do meu pai. Agora é a hora na qual ela as paga.

– Annabeth, me escute - Silena disse - Não vai valer a pena.

– Não minta, Silena - Clarisse colocou a mão no ombro da amiga - Vai valer sim. Drew, ela merece.

Rapidamente, de um jeito que assustou todas as garotas, Annabeth correu pra cima de Drew. Nem a própria garota percebeu, e quando viu, estava sendo pressionada contra a parede pela loira. Ela prendeu a respiração.

– Olhe aqui, vadia - Annabeth disse - Você não tem o simples direito de falar meu nome. Tampouco de minha família.

Annabeth apertou mais Drew contra a parede.

– Eu não quero você perto de mim, está capitando? Não tente pegar confusão comigo. Eu te aturei por meses. E eu não vou mais me segurar por muito tempo até dar na sua cara, sua puta.

– A puta aqui não sou eu - Drew deu um sorriso torto.

Annabeth ergueu-a pela gola da camisa, já não aguentando mais. Jogou-a com tudo no chão. Foi um estrondo amedrontador. Os olhos cinzas dela ofuscavam. Suas mãos tremiam em raiva.

Ela ajoelhou e pegou a gola da mini-camisa da garota. Olhou em seus grandes olhos azuis, seu nariz escorria sangue, seus lábios tremiam.

– Eu avisei a você - disse - Que não era pra se meter no meu caminho. Então, sua puta velha, eu avisarei de novo. - Anna respirou - Não. Se meta. No meu. Caminho.

Annabeth saiu de perto, levando Silena e Clarisse com si. A raiva havia a dominado, mas ela não havia se arrependido. Nem um pouco. Drew merecia isso.

– Annabeth, eu estou com medo de você. - Clarisse disse - Mas, garota, você precisa me ensinar a fazer aquilo!

*******

– Como assim você quase matou Drew?

– Eu bati nela. Joguei-a no chão e a ameacei.

– Simples assim?!

– Simples assim.

Annabeth estava tentando assistir Guerra Mundial Z em seu quarto, mas Percy queria saber sobre a briga entre Annabeth e Drew.

– Você sabe que pode ser expulsa, não sabe?

– Tanto faz - Annabeth falou, rabugenta.

– Annabeth, olhe pra mim - Percy pegou o controle da TV e a desligou.

Annabeth olhou pra Percy, cruzando os braços, afundando nos travesseiros e bufando.

– Você está sendo uma criança, sabia? Uma criança besta! Annabeth, olhe pra mim sua... sua... sua gorda! Mentira, você é perfeita, mas olhe pra mim, sua chata!

– Não vou olhar pra você, Percy.

– Vamos, olhe.

Annabeth fechou os olhos, se divertindo.

– Então, eu sei como fazer você olhar pra mim, só não quero fazer.

– O que você iria fazer, pegar meus livros.

– Não.

– Minhas roupas?

– Não.

– Meu sutiã?

– O que? Não!

– O que, então?

– Não, eu não quero fazer isso... Olhe pra mim por bem, Annie!

– Hm, nops.

Percy suspirou.

– Então eu devo fazer o que eu-quero-mas-prefiro-não-fazer?!

– Pelo jeito... sim. - Annabeth riu.

– Ok...

– Não flerte comigo.

– Han?

– Nada, esquece. - suspirou - Então, vai fazer ou não.

– Vou, pode crer.

Percy olhou para Annabeth, sorrindo. Ela iria bater nele, mas ela que não queria olhar pra ele, então a culpa era dela!

Percy subiu sobre a cama, e sentou nas coxas de Annabeth, que parou de respirar na mesma hora.

– O-o que você...

– Eu avisei - Percy sussurrou, com um sorriso torto em seus lábios.

Colocou as mãos nos lados de Annabeth, prendendo-a. Foi se aproximando de seu rosto. E, rapido como quem rouba, Percy selou seus lábios aos dela. E os deixou ali por um bom tempo. O coração dela parecia querer sair, e pela primeira vez, o dele também. Annabeth descruzou os braços e abraçou Percy. Ela mordeu o lábio inferior dele antes de separar o beijo.

– Quer me olhar agora?

– Se você fizer isso mais vezes se eu não olhar-te... Não, eu ficarei de olhos fechados.