Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 80
Separação


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey amores!!!!
Voltei com o penultimo capitulo :'( chorem comigo
Serio... acabei de escrever esse capitulo e ele é o ultimo que escrevi dos ultimos quatro que disse para vocês e eu to dhaskduaçsj
Leiam as Notas Finais por favor a até semana que vem que Merlin tenha piedade de nós



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A casa quadrada ainda era visível pelo retrovisor do carro quando mais uma vez Duddley perguntou:

– Porque ele não está vindo com a gente? Eu ainda não entendi.

Petunia trocou um olhar nervoso com o marido antes de responder:

– Já dissemos, Dudoca, ele... ele não quer.

– Por quê?

Os pais se calaram, de novo aterrorizados com os questionamentos do filho.

– É para a segurança de vocês. – Dédalo interviu, a expressão facial e o tom de voz sugeriam que ele falava com uma criança de não mais que cinco anos de idade. – Para proteger vocês.

– Mas... do que exatamente ele quer proteger a gente?

– Vocês, com certeza, sabem por tudo o que o sobrinho de vocês passou?! – Hestia indagou outra vez indignada. – Desde muito novo!
– Sabemos. – Vernon respondeu secamente e rápido demais. – Duddley, ele mexeu com gente que não deveria mexer, gente da laia dele, e agora colocou todos nós nessa enrascada.

– Ele não mexeu com ninguém! – Hestia protestou. – Você-Sabe-Quem está atrás dele desde que ele era um bebê! Você deve saber disso! – Ela se virou para Petunia, que corou violentamente.

– Quem é “Você-Sabe-Quem”? – Duddley perguntou. Deixando os dois bruxos nervosos e inquietos dessa vez.

– Nós não dizemos o nome dele, meu jovem. – Dédalo respondeu despois de algum tempo.

– Por quê?

– Nós... nós... ah...

– Tenho que ir reto? – Vernon perguntou abruptamente ao se aproximar de um bifurcamento.

– Ah sim! – Dédalo exclamou, visivelmente aliviado. – Mais alguns quilômetros em frente, por favor. Alias, vejo que você dirige muito bem! Parabéns!

Vernon meramente grunhiu, bufando e fazendo o basto bigode tremer sobre a boca. Os nós dos dedos estavam brancos devido à força com que ele apertava o volante. Petunia, no banco de trás, tinha os olhos fixos a frente, mal piscava, retorcendo nervosa as mãos por sobre o colo.

Os cinco integrantes do carro ficaram em silencio. Duddley, com o cenho ligeiramente franzido, parecia seguir uma linha de raciocínio muito complexa e tortuosa. Vernon estava ansioso e irritado na mesma medida, dirigindo em alta velocidade pelo caminho deserto.

“Está quase na hora.”, a voz vinda do bolso de Dédalo anunciou após alguns quilômetros de silencio, mais uma vez sobressaltando os Dursleys.

– Estamos chegando, estamos chegando... - O bruxo murmurou em resposta, mais para ele mesmo do que para qualquer outro. – Calculo que em menos de cinco minutos... não deve demorar muito agora.

E de fato, dentro de pouco tempo Dédalo pediu para que Vernon parasse o carro e que todos saíssem. Eles tiraram a bagagem do porta-malas e esperaram. Um campo aberto se abria a frente deles, até o horizonte já razoavelmente escuro.

– E agora? – Vernon perguntou irritado quando de juntaram todos no meio do caminho.

– Vamos acompanhar vocês em uma aparatação para o local seguro dentro de instantes. - Hestia respondeu. Ela não parava de olhar tudo ao redor, parecia ter um tique nervoso. Mas eles definitivamente estavam sozinhos.

– Uma o que?

– Uma... bem... vocês vão ver. Melhor nos prepararmos. Vocês três fiquem juntos, deem as mãos, não discuta... isso... fiquem entre mim e Dédalo. Vamos mandar a bagagem na frente.

– E o carro? – Vernon perguntou, olhando surpreso das malas, que sumiam sob um aceno de varinha de Dédalo, para o automóvel.

– Não é importante.

– Como não é importante? É um...

– Não solte as mãos! – Héstia ordenou, ainda segurando firmemente a mão de Petunia. O homem fez uma careta e segurou Dédalo mais uma vez, a expressão mostrando claramente o quanto detestava ter que fazer isso.

– Mas meu carro! Não vou simplesmente...

“Agora.”

Vernon não pode terminar a frase. Em menos de um segundo os cinco foram engolidos por uma escuridão compressora.

O vento soprava sobre uma pequena charneca junto ao mar, o silencio no ar salgado foi quebrado por um grito agudo. Petunia quase caiu de joelhos. Vernon estava completamente pálido e Duddley refreava um forte impulso de vomitar.

– Que merda foi essa? – Vernon berrou assim que recobrou por completo os sentidos.

– Aparatamos. – Dédalo respondeu simplesmente. – Pode ser bastante desconfortável mesmo, principalmente da primeira vez.

– Estamos em outro lugar. – Duddley observou com os olhos arregalados.

– É. – Hestia respondeu. – Para isso que serve a aparatação. Desaparecemos em um lugar e quase instantaneamente reaparecemos em outro.

– Legal. – O adolescente disse sorrindo brevemente.

– Vamos entrar logo. – Dédalo sugeriu, olhando em volta e apontando para a charneca. – Já estamos dentro dos feitiços de proteção, mas é melhor prevenir.

Vernon olhou feio para a pequena casa, resmungando enquanto caminhava, sobre o tamanho e a idade da cabana.

– Nós vamos ver ele outra vez? – Duddley perguntou de repente ao entraram na casinha, assustando os pais.

– Q-quem, Dudoca?

– Harry. Vamos vê-lo de novo algum dia?

Vernon olhou nervoso par os dois bruxos, se sentando em um pequeno sofá velho, ao lado da bagagem deles, e respondeu para o filho, em um tom frio e irritado:

– Não sei.

– Mas... mas certamente pensam em se reencontrarem depois que toda essa confusão acabar. – Dédalo começou incerto. – Não pensam?

– É... é... talvez... – Vernon respondeu, cada vez mais nervoso.

Petunia estava a um canto do cômodo, ainda pálida, e tinha uma expressão curiosa no rosto, uma mistura de medo, aflição e espanto. Ela ainda retorcia as mãos e olhava para um ponto fixo qualquer.

– Você sabe o que aconteceu a sua irmã, não sabe? – Hestia perguntou estreitando os olhos para a outra mulher.

– Eu... eu... sei. – A mulher respondeu desviando por alguns poucos segundos o olhar.

– Sabe mesmo?

– S-sim...

– Sabe que ela foi assassinada?

– E-eu... eu s-sei disso.

– O quanto ela sofreu antes disso? Sendo perseguida, vivendo escondida com medo e... você , com certeza, sabia disso na época... ela deve ter te contado. Ela precisava do apoio de uma irmã.

– É... é ela... contou. – Petunia parecia mais aterrorizada do que nunca, agora não conseguia desviar o olhar de Hestia.

– Tudo isso para proteger o seu sobrinho. Harry. Sabe de tudo isso, não sabe?

– Sim.

– E mesmo assim não gosta dele? – Ela perguntou duramente. – Não se importa em se separar do ultimo pedacinho de Lily? Da sua irmã? Não liga se nunca mais for vê-lo? Não se importa por nem um momento em cuidar e proteger a pessoa que sua irmã morreu para salvar?

– Hestia... – Dédalo alertou.

– Não! Dédalo! Como... como? Eles não ligam! Não estão nem ai! Não se importam se Harry vive ou morre. O sobrinho deles! É o filho da irmã dela, pelas calças molhadas de Merlin!

– Escute aqui, minha senhora... – Vernon começou, se erguendo do sofá.

– Escute aqui você! Eu me importo! Eu que mal conheci James e Lily! Eu que não tenho nenhuma relação de parentesco com Harry! Eu que nunca convivi com ele! E mesmo assim eu me importo.

– Hestia... – Dédalo tentou outra vez.

– Vocês criaram ele desde que ele tinha pouco mais de um ano! Viram ele crescer! Não é possível que não tenham se afeiçoado ao menos um pouquinho ao garoto! Ele é da família de vocês!

Os Dursleys pareciam petrificados.

– Não estou falando para... vocês não tem que... mas... pelo menos gostar dele! Ou no mínimo se importarem se ele vive ou morre!

– Eu me importo. –Petunia respondeu, a voz apenas audível.


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Notas finais do capítulo

Só para deixar bem claro, não estou querendo mostrar com esse capitulo que a Petunia na realidade era uma boa pessoa e o Cara*** a 4, por que ela não é! A Petunia é uma das personagens mais repugnantes e desumanas dessa história, e olha que Voldemort e Bellatrix Lestrange(diva) fazem parte dessa saga! Só que naquela ultima cena dos Dursleys, quando estão indo embora e se despedindo do Harry e no final quando sem querer ela fica sozinha na sala com ele e hesita antes de sair... bom, é obvio que ela tinha alguma coisa para falar para ele e desistiu, não teve coragem. Não acho que ela ia dizer que amava ele ou qualquer palhaçada do tipo filme de sessão da tarde. Mas ela definitivamente tinha alguma coisa para dizer a ele. E isso me faz pensar, não consigo ter certeza nenhuma do que ela falaria, na verdade pelo menos para mim é até difícil imaginar ao certo o que seria, mas eu sei que qualquer coisa que ela dissesse para ele seria por causa da Lily. Porque ninguem vai me convencer de que ela não gostava de Lily (do mesmo jeito que ninguém NUNCA vai me convencer que a Bella não amava a Narcissa, mas isso é uma história a parte). Notem que eu não disse nada sobre amar. Mas gostar. Era a irmã mais nova dela, eram amigas quando eram pequenas, muita, muita inveja e muito sentimento negativo apagou isso, mas a Petunia ainda gostava da Lily e vice-versa. E acho que esse “afeto” fez ela, pelo menos naquele final, pensar “é o filho da minha irmã que morreu.”