Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 73
Pai e Filho


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey amores!!!
Oooooooow 700 reviews!!!!!! Mtooooooooooooooo obrigada *-------------*
Bom, falando em reviews... eu sei, eu sei, não respondi os da semana passada (de novo), mas eu não tive tempo mesmo :'( (e confesso que o tempinho que eu tive eu fiquei com preguiça) enfim, no final ficou "escrever o capitulo da semana X responder os comentários" preferi dar mais importancia a postar o capitulo hehe
Enfim, espero que gostem e... eu eu não sei quando vou responder tds os reviews, MAS VOU RESPONDER!
bjs e até semana que vem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405880/chapter/73

– Papai.

– Hum?

A sala pequena e clara estava vazia exceto pelos dois. O som das ondas distantes e o barulho do papel conforme as paginas do jornal eram viradas eram as únicas coisas audíveis no lugar.

O menino pareceu hesitar em frente ao pai, que não prestava muita atenção nele, antes de continuar:

– A Vic está lá fora.

– Eu sei. – Bill respondeu sem tirar os olhos do Profeta.

– O Ted também está lá fora.

Bill ficou quieto por alguns segundos antes de dizer, ainda sem tirar os olhos do papel:

– É. Sua mãe me disse que ele chegou há uma meia hora.

– Ah...

Louis ainda ficou parado em frente à poltrona que o pai ocupava, como se debatesse alguma coisa dentro de sua cabeça. Fez menção de sair da sala, mas logo depois se sentou no chão entre a poltrona e a lareira e ficou olhando para cima em direção a Bill.

– Papai.

– Sim?

– Eles estavam de mãos dadas...

Bill fez uma careta, mas mesmo assim preferiu não desviar o olhar.

– Hum... er... isso... isso acontece as vezes.

Louis mordeu um pouco a boca e se sentou sobre os joelhos.

– Papai.

– O que foi, Lou?

– Eles... eles estavam... – O menino abaixou consideravelmente o tom de voz antes de continuar. – se beijando!

Bill dobrou abruptamente o jornal ao meio revelando sua expressão de total desgosto para o filho. As profundas cicatrizes pareciam mais aparentes ainda no rosto.

– Onde eles estavam?

– Perto do penhasco que dá para o mar.

– E por que você estava com eles? Eles simplesmente começaram a... a se beijar – Ele fez um careta rápida. – na sua frente?

– Não. Bom... eu... eu estava meio que... espiando eles. – Louis disse abaixando os olhos.

Bill sorriu fraca e rapidamente para o filho.

– E por que você estava espiando eles? – O mais velho perguntou, divertindo-se.

– A Domi está na casa do tio Percy com a Molly e a Lucy, eu não tinha nada para fazer já que eu não posso ir até lá irritar e eu gosto do Ted, ele é legal, ai eu fui falar com ele e... mas eu vi ele e a Vic conversando e... fiquei espiando para ver o que era.

– E do que eles estavam falando? – Bill perguntou rapidamente.

– Não sei. – Louis respondeu balançando a cabeça. – Eles estavam meio que sussurrando. Não consegui ouvir.

Mais uma vez, uma careta passou pelo rosto marcado de Bill.

– Você não vai contar para a Vic que eu estava espiando eles, vai? – O pequeno perguntou de repente, encarando o pai fixamente.

– Não... não vou, não, Lou. – O outro suspirou. – Além disso, isso tudo não é muito surpresa. Para ninguém na verdade. – Completou bufando.

– Você está falando da reportagem daquela Rita Skeeter durante a Copa Mundial?

– É.

– Ah.

Pai e filho ficaram na sala se encarando em silencio. Sem saber por que Bill sentiu repentinamente uma vontade de rir, mas isso logo passou assim que Louis perguntou:

– Porque é que eles estavam um com a língua dentro da boca do outro?

O pai fechou os olhos demoradamente e lentamente passou a mão pelo rosto, olhando para o rosto confuso e ansioso do filho.

– As pessoas fazem isso quando estão se beijando.

– Mas... mas... isso é nojento!

Bill soltou uma risada curta e balançou brevemente a cabeça.

– Tem razão, Lou, isso não é muito... higiênico.

– Se as pessoas fazem isso então porque muita gente não gosta nem de dividir o mesmo copo de agua?

– Pessoas são estranhas e indecisas.

– São mesmo! A Vic achou nojento outro dia quando eu ofereci o pirulito que eu estava chupando e agora ela fica com a língua dentro da boca do Ted! Isso sim é nojento!

– E... e a Dominique?

– Ela também achou nojento quando eu ofereci o pirulito para a Vic. - Louis respondeu simplesmente.

– É, eu imagino que sim. – Bill riu baixo. – Mas... mas... você já viu ela fazendo o que a Vic estava fazendo?

– Não. – O garoto estreitou os olhos. – Mas eu não acho que a Domi faria isso.

– E por que não?

– Porque ela não gosta do Ted tanto assim quanto a Vic, pai. – Respondeu em um tom de voz que sugeria o quanto aquela era uma resposta obvia.

– Eu sei, eu sei. Mas eu não quis dizer especificamente com o Ted, sabe.

– Ah! Entendi.

– Então?

– Não, eu nunca vi a Domi com a língua dentro da boca de ninguém. – Ele confirmou o que dizia balançando a cabeça.

– Bom. – Bill sorriu.

– Pai?

– Oi?

– A Vic e o Ted estão namorando? – Louis perguntou inclinando um pouco a cabeça.

– Não sei... eu... acho que não...

– Que bom!

– Porque está feliz com isso? – Bill questionou sorrindo.

– Eu... a Vic é minha irmã e eu não posso deixar ela namorar com ninguém!
– Quem te disse isso? – O pai perguntou rindo.

– James e Fred. – Ele assentiu com a cabeça. – Eles disseram para mim e para o Hugo que mesmo que elas acabem odiando a gente, não podemos deixar elas namorarem porque somos os irmãos delas e temos que infernizar a vida delas. Seja lá o que isso significa.

Pela primeira vez naquela conversa Bill riu alto, jogando a cabeça para trás e só depois de longos segundos se controlou para continuar falando com o filho, que agora se mostrava entre irritado e envergonhado.

– Isso parece mesmo uma coisa que o James e o Fred diriam. – Bill comentou, se recompondo. – Eu aposto que eles só disseram isso para provocar a Vic, a Domi e a Rose, Louis.

– Mas eles não estão certos então? – Louis perguntou um tanto surpreso.

– Não. Não estão não, e eles sabem disso. – Bill sorriu para Louis. – Olha, eu não acredito que vou dizer isso, mas, bem, você tem que deixar as duas em paz. Viver a vida delas sem atrapalhar as duas com nenhum namorado.

– Mas ai elas vão namorar!

– É, vão.

– Mas o James disse que...

– Lou, se todo mundo seguisse o que o James disse, para irritar suas irmãs e sua prima, o James nem estaria aqui para falar isso.

– Que? – O garoto perguntou confuso.

– James é filho da tia Gina, certo?

– Certo.

– E ela é minha irmã, certo?

– Certo. Ah! Entendi! Se fosse assim ela não teria namorado o tio Harry!

– Exato.

– Então... se quando eu for mais velho... – Louis começou, visivelmente concentrado. – eu quiser ter sobrinhos... eu... eu tenho que deixar a Vic e a Domi em paz?

– Sim. – O mais velho concordou, outra vez, fazendo uma careta rápida.

– Ah. Ok.

Bill abriu a boca para dizer mais alguma coisa ao filho, mas foi interrompido por risadas baixas adentrando a sala, sendo logo seguidas por uma garota loira, que assim que viu o pai e o irmão na sala largou a mão do garoto de cabelo azul ao seu lado.

– Ah, oi, pai... Lou... er... eu e o Ted estávamos indo... ouvir uma banda nova no meu quarto. Eu comprei um CD.

– Certo. – Bill concordou com a cabeça e os dois adolescentes saíram da sala, escada acima.

– Sabe, Lou. – Bill começou enquanto ouvia os dois entrando no quarto da filha. – Talvez não faça muito mal você atrapalhar um pouquinho.

– Ah... certo. – O menino olhou confuso para o pai, que por alguns segundos ficou encarando o filho, ainda sentado no chão em frente à poltrona.

– Lou?

– Hum?

– Vai atrás deles!

O menino sorriu, levantou rápido e saiu correndo escada acima.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!