Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 49
Sozinhos


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey amores!!!!
Sobre o capitulo de hoje... ele estava parado aqui na minha pasta de inacabados(alias estou feliz pq minha pasta de inacabados está vazia e a pasta de capitulos novos está cheia) há meses... meses mesmo... acho que desde maio e só consegui terminar na semana passada, bom eu gostei bastante dele e espero que vocês gostem também :)
Comentem por favor e até semana que vem!!



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O sol mal tinha nascido completamente quando um choro fino ecoou pela grande casa. Uma mulher abriu os olhos lentamente, tentando se acostumar com a claridade. Ela deslizou para fora da cama e lançando um olhar mal-humorado ao marido, saiu do quarto seguindo o som do choro.

Um bebê de não mais que três meses chorava audivelmente dentro de um grande e majestoso berço. A mulher sorriu para o menino e o pegou no colo, acariciando os poucos fios de cabelo loiros dele. O garoto, no entanto, continuou chorando agitado mesmo quando a mãe começou a balança-lo levemente de um lado para o outro.

– O que você tem, Scorpius? – Ela perguntou gentilmente sorrindo para o bebê. – Também está apreensivo quanto à hoje igual à mamãe?

Astoria se sentou em uma grande poltrona perto da janela e amamentou o menino, que, pouco a pouco, foi se acalmando até, finalmente, ficar completamente quieto no colo da mãe.

– O que ele tem? – Um homem encostado no batente da porta perguntou olhando atentamente para o filho.

– Não sei. – Ela falou passando os dedos carinhosamente pela testa de Scorpius. – Ele está agitado.

– Er... – Draco começou passando a mão pelo cabelo. – Se ele está assim, tem certeza de que...?

– Tenho. – Interrompeu Astoria. – Na verdade, já está na hora de eu me arrumar para sair.

Ela se levantou lentamente, caminhou até Draco, colocou Scorpius em seu colo e saiu do quarto. Draco ficou olhando para o menino, meio apreensivo, até que saiu atrás da esposa.

– Astoria! – Ele exclamou batendo na porta já trancada do banheiro. – Eu realmente...

– Você vai ficar bem, Draco!

Ele olhou por alguns segundos para o menininho em seu colo e voltou o olhar, meio incerto, para a porta do banheiro.

– Tem certeza?

– Tenho! –A voz da mulher veio meio abafada através da porta, pelo som da agua correndo.

– Mas e se...?

– Se vira, Draco!

Cerca de vinte minutos depois Astoria saiu do banheiro e Draco ainda estava com Scorpius no colo, sentado na beirada da cama e observando a porta do banheiro atentamente.

– Astoria, eu...

– Merlin, Draco! É seu filho também! Agora para de me irritar e deixa eu me arrumar logo!

– Eu nunca fiquei sozinho com ele!

– Prometo que ele não vai te morder. A não ser que você coloque o dedo dentro da boca dele, mas eu não vejo você fazendo isso, então...

– Astoria, é sério!

– É sério! Vocês vão ficar bem!
– E se acontecer alguma coisa?

– Resolve!
– E se ele ficar doente?

– Pelo cuecão florido de Merlin, você é curandeiro!

– Mas...

– Não. Você vai ficar com ele. São só algumas horas. Só até eu voltar do trabalho.

A mulher terminou de se arrumar um tanto apressada e em menos de meia hora estava na grande sala, em frente à lareira. Ela já tinha se despedido do marido e do filho e estava pronta para sair quando Scorpius começou a chorar alto outra vez. Draco olhou aterrorizado do menino para ela, mas Astoria simplesmente sorriu para ele e entrou na lareira, desaparecendo entre as chamas verdes.

– Ok. Hum... o que você quer que eu faça? – Draco perguntou entre os berros do filho.

Ele começou a balançar, meio desajeitado, o filho de um lado para o outro no colo, ficando mais nervoso a cada minuto. Tentando desesperadamente fazer o bebê parar de chorar. Mas ele não parava.

– Hum... você quer comer, então?

Draco foi até a cozinha, pegou uma das mamadeiras que Astoria tinha deixado e tentou dar para Scorpius. Ele recusou, chorando ainda mais alto.

– Então... er... precisa trocar a fralda?

Ele subiu com Scorpius até o quarto e colocou-o no trocador.

–É, você, definitivamente, precisa trocar sua fralda. – Falou fazendo careta e se afastando uns poucos centímetros do trocador. – Acho que sua mãe não devia ter nos deixado sozinhos aqui. Ah... para de morder o seu pé...

Draco puxou o pequeno pé da boca do filho, segundos depois Scorpius puxou novamente o pé com as mãozinhas e levou outra vez a boca. Draco tentou mais uma vez impedi-lo de morder o pé, mas o filho, continuou fazendo a mesma coisa.

– Para! – Draco falou rindo e desta vez segurando as duas pernas do menino, que começou a sorrir amplamente. – Pronto, agora você não consegue mais fazer isso. – Completou olhando para Scorpius e com uma expressão como se o desafiasse a continuar.

Scorpius continuou sorrindo e colocou a mão dentro da boca.

– Não! – Draco riu, segurando os dois pés do menino com uma mão e a pequena mãozinha com a outra. – Quero ver agora.

O bebê ainda sorriu e colocou a outra mão na boca. Draco a segurou também. Agora ele segurava os dois pés e as duas mãos do filho.

– Ótimo. Não tenho mais mãos. Como vou trocar sua fralda assim? – Perguntou olhando para o garoto. – Isso não vai dar certo.

Scorpius tentou soltar uma das mãos, mas Draco a segurou firmemente, impedindo o filho de voltar a coloca-la na boca. Poucos segundos depois o bebê voltou a chorar alto.

– Ah não! Não! Não! Não! Toma sua mão! Pode comer! – Falou soltando o menino. – O pé, então. Pode comer, eu não me importo! Só para de chorar, ok?

Mas ele continuou chorando, e cada vez mais alto. Draco tentava trocar a fralda do filho enquanto ele berrava a plenos pulmões, se debatendo em cima do trocador.

– Você normalmente é tão bonzinho. Por que escolheu justo hoje para ficar assim? E por que é que sua mãe teve a brilhante ideia de me largar aqui sozinho com você?

Ele terminou de trocar o bebê, o pegou no colo, o apoiando contra seu ombro e ficou se balançando, dando pequenos passos de um lado para o outro. Levou bastante tempo até que Scorpius parasse de chorar, mas ele finalmente parou.

– Sabe de uma coisa? Você ainda não está cheirando muito bem. – Draco falou fazendo careta. – Acho que eu devia te dar um banho. Ou esperar sua mãe voltar do trabalho. Mas ela ia me matar se soubesse que não te dei banho o dia inteiro, não acha?

O bebê começou a fazer bolhas de saliva com a boca e sorrir ao percebê-las estourando.

– Isso é um sim? É, ela me mataria mesmo. Ok, eu vou te dar um banho, mas você tem que ficar quieto, promete?

Ele encheu a banheira do menino, pegou toalha e sabonete, tirou a roupa e a fralda, outra vez suja, de Scorpius, e colocou-o dentro da agua. Como se tivesse sido colocado sobre um cacto o garoto começou a chorar alto outra vez, batendo os braços na banheira e espalhando agua para todos os lados.

– O que foi agora? Pelas calças de Merlin! Você nunca chora tomando banho! O que é que você tem contra mim? – Draco exclamou entrando em desespero.

Dar banho em Scorpius não foi uma tarefa fácil. Nem dar mamadeira para ele, nem trocar sua fralda diversas vezes no dia, nem tentar descobrir por que ele estava chorando varias e varias vezes. Coloca-lo para dormir foi uma tarefa quase impossível, Draco só conseguiu fazer isso no final da tarde, quando o céu lá fora já estava começando a escurecer.

Astoria chegou em casa e encontrou o marido deitado no sofá, com os olhos fechados, e o filho dormindo de bruços sobre seu peito. Ela sorriu vendo a cena e tentou fazer o menos de barulho possível.

– Seu filho está quebrado, Astoria. – Draco disse em voz baixa quando ela passou do lado do sofá.

– Talvez seja o pai dele que esteja quebrado.

– Não. O pai dele é perfeito.

– Hum, acho ele meio irritante às vezes.

– Ele é perfeito, Astoria. – Draco falou sorrindo.

– E ai? Como foi?

– Ele não parou de chorar o dia inteiro. – Falou passando a mão pela cabeça do bebê dormindo em cima dele. - Não dormiu o dia inteiro também. Só consegui fazer ele dormir agora há pouco.

– É, ele já acordou meio... agitado hoje.

– Agitado? Se ele tivesse só agitado eu estava feliz! Ele chorou tanto que fiquei feliz de não termos vizinhos, ou eles iam chamar os aurores achando que eu estava matando o Scorpius!
– Não pode ter chorado tanto assim. – Ela falou rindo.

– Astoria, eu achei que ia ficar surdo.

A mulher riu e balançou negativamente a cabeça.

– Bom, mas acho que você fez um bom trabalho. Ele está limpo, alimentado, pelo menos é o que parece pela quantidade de mamadeiras espalhadas pela sala, e dormindo.

– Claro que fiz um bom trabalho. Sou um pai perfeito.

– Aham, é sim. – Ela falou revirando os olhos e ficou alguns segundos em silencio, fazendo carinho no pé do filho. – Sabe, você devia ficar mais tempo com ele.

– Eu vou.

– Mesmo?

– Mesmo.

– Promete? – Ela perguntou sorrindo.

– Prometo, Astoria. – Ele falou olhando para o filho.

– Então ele é todo seu na próxima segunda-feira de novo. E pode acordar mais vezes a noite para ficar com ele também. E dar mais banhos. – A mulher falou enquanto se levantada e subia a grande escada da casa.

– Só para você saber. – Ele falou baixo para o filho. – Não falei que vou ficar mais tempo com você só por que sua mãe pediu. – Completou e beijou levemente a cabeça de Scorpius.


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