Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 17
Volta




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P.O.V. Ron

– Oi! – Disse abrindo a porta de casa e entrando. Ninguém respondeu. – EI! Tem alguém em casa? Hermione?

Ah! Nada melhor do que passar mais de três meses em uma missão e voltar e encontrar a casa vazia. Realmente muito bom. Aonde é que elas foram?

“É domingo, Ronald.” Uma voz bem conhecida e um tanto impaciente ecoou dentro da minha cabeça. É domingo. Elas devem estar almoçando n’A Toca.

Deixei a mochila ao lado da porta e subi para tomar um banho rápido antes de sair. Cerca de quinze minutos depois estava saindo dos limites de proteção de casa e aparatei na estradinha que leva à Toca.

Já do jardim da frente eu podia ouvir o barulho da minha família conversando. Olhei para o alto e vi Jorge e Gui passarem voando em vassouras por cima da casa, deviam estar no quintal dos fundos. Foi para lá que eu fui.

Meus irmãos e Harry jogavam quadribol, meus sobrinhos estavam brincando pelo jardim, correndo e pulando. Gina estava sentada na grama, junto com papai, com a Lily no colo. Merlin! Como ela cresceu desde que sai!

Minha Rosinha estava sentada ao lado de Gina, brincando com um dragão de pelúcia. A ruivinha levantou a cabeça e me viu. Sorriu e levantou apressada e desajeitada, correndo até mim.

– Papai! – Ela gritou, fazendo todos se virarem. – Papai!

Me abaixei e abri os braços, ela se jogou para cima de mim, me abraçando e me dando um grande beijo na bochecha.

– Eu estou com saudade, papai.

– Eu também, Rosinha. – Falei a pegando no colo e levantando. – Tudo bem com você?

– Sim.

Meus irmãos , meu pai e Harry vieram me cumprimentar.

– Nunca mais me mande para uma missão lá onde Merlin perdeu o calção ou eu juro que quando voltar eu mato você! – Disse a Harry quando ele se aproximou.

– Alguém tinha que ir. – Ele riu. – Como foi?

– Chato, mas depois eu te falo tudo.

– Certo.

– Cadê a mamãe, Rosinha? – Perguntei à menininha abraçada fortemente ao meu pescoço.

– Ela está lá na sala. A mamãe está gorda.

Olhei confuso para ela, os idiotas que eu chamo de irmãos começaram a rir.

– Que?

– É, papai.

– Hum... ok. Vamos lá dentro ver a mamãe então?

– Tudo bem.

Entrei pela porta dos fundos. A cozinha, como sempre, estava abarrotada. Minhas cunhadas estavam todas lá, junto com minha mãe.

Em um ato típico dela, mamãe começou a disparar perguntas sobre a missão, se eu estava bem, reclamou que eu tinha emagrecido e colocou um sanduiche na minha mão. Não achei essa parte tão ruim.

– Mãe, será que eu posso ir até a sala agora ver a Hermione?

– Ah. É. Vá lá! – Ela disse sorrindo mais ainda.

Minhas cunhadas ficaram todas quietas me observando, Rose ainda abraçada ao meu pescoço. Sai da cozinha e fui até a pequena sala.

Hermione estava sentada com as pernas cruzadas sobre o sofá, uma almofada no colo em que ela apoiava um grande livro, que ela lia bastante concentrada. Tão concentrada que não percebeu que entrei na sala. Me apoiei no batente da porta e a observei por alguns segundos.

– Eu até poderia dizer que você está lendo só porque seu marido lindo está há muito tempo fora, mas ás vezes acho que você gosta mais de livros do que dele.

– Ron! – A morena exclamou largando o livro e se levantando rápido.

Rose tem razão. Ela está gorda. Gorda do mesmo jeito que ela ficou antes de Rose nascer. Sorri mais ainda olhando para a barriga dela, que também sorria parada na beirada do sofá.

– Hermione! Você...

– É, eu sei, eu engordei um pouco.

– Eu disse que a mamãe está gorda, papai!

– É, você disse.

Andei até Hermione e a beijei. Rose colocou as mãozinhas sobre os olhos.

– Como é que...?

– Você sabe como, Ronald. – Ela riu.

– Sei. – Respondi rindo também.

– Ela comeu muito, não foi? – Rose disse olhando para mim.

– É, Rosinha.

– Ou é porque meu irmãozinho ou irmãzinha está ai dentro?

– Hum, deve ser por isso também.

– Por que você não vai brincar lá fora, agora? – Hermione disse passando a mãe pelos cabelos da pequena tagarela.

– Tudo bem.

Me sentei no sofá e puxei Hermione para meu colo.

– Quantos meses? – Perguntei passando a mão na barriga dela.

– Quase cinco.

– Eu vou matar o Harry. Aquele magrelo idiota me fez passar muito tempo fora.

– Bom, é. Mas ele já me ouviu reclamando bastante tempo sobre isso.

– Mas você ainda não o matou.

– Não. Vou esperar o James, o Al e a Lily crescerem mais um pouco antes.

– Por quê? Ninguém gosta do Harry mesmo.

Ficamos um tempo em silencio, apenas abraçados no sofá, ouvindo o barulho alto de conversa pela casa.

– Estava com saudades. – Hermione disse aconchegando mais a cabeça sobre meu peito.

– Eu também. – Falei beijando o alto da cabeça dela. – Mas até que foi bom voltar com uma surpresa assim.

Rose apareceu na porta, olhando um tanto ansiosa para nós.

– Mamãe, posso ficar aqui com vocês?

– Claro, meu amor. – Hermione abriu os braços chamando a ruivinha para o sofá, onde ela se acomodou entre os braços da morena.

– Eu não vou precisar sair do meu quarto vou? – Rose perguntou levantando a cabeça para nos olhar.

– Não, Rose – Hermione disse. – Por que você teria que sair de lá.

– O James disse que quando o Albus nasceu ele teve que sair do quarto dele.

– Ele só trocou de quarto, Rose.

– Achei que o tio Harry e a tia Gina tinham colocado ele para dormir fora de casa.

Eu ri e passei a mão pelo cabelo dela.

– Prometo que a gente não vai te colocar para dormir no quintal, Rosinha.

– Eu vou poder ajudar a cuidar do bebê?

– Pode. – Hermione respondeu. – Mas você vai ter que ser bem cuidadosa.

– Tudo bem.

Rose se aninhou melhor no colo de Hermione e depois de alguns minutos acabou cochilando, assim como Hermione. Um pouco depois minha mãe apareceu na porta da sala.

– Ron...

– Oi, mãe...

– Eu vou colocar a janta na mesa.

– Ah... eu já vou... estou com fome mesmo...

– Acho que você gostou bastante da surpresa da Hermione. – Ela disse antes de voltar para a cozinha.

– É... – Falei olhando para as duas dormindo. – Não podia ter sido melhor.


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