Fantasy escrita por Mikys, smqrt, Seriously


Capítulo 6
Capítulo 6 - Profecia, 2+2=1 e... Diversão?


Notas iniciais do capítulo

HUEHUEHEUE heys!
Bom, obrigada pelos reviews, e tá aqui o capítulo
to fazendo uns cap grande kkk
Bom, Enjoy! ♥



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                                      Aurey

Dois raios caíram no alto da Colina Meio Sangue. Annabeth, quando fechou os olhos e murmurou alguma coisa. Piper tremeu com o barulho. Os campistas se assustaram, e um silêncio tomou conta do Acampamento. Passou um dois minutos e todos voltaram aos seus afazeres. Annabeth abriu os olhos, vacilante.

- Annie, você tem certeza? – Perguntou Piper, para Annabeth. – Você não disse que há muito tempo essa profecia não foi desvendada?

- Tenho! – Annabeth disse, levando a mão à boca, e começando a roer as unhas. – Faz sentido. Pipes lembra que eu te falei que achei a profecia.

- Eu lembro. – disse Piper. – Mas você não me contou o que é a profecia.  

- A Menina da Água retornará, mas dessa vez uma história carregará.

Todos viraram para mim, e eu percebi que fitava o horizonte, com os olhos arregalados. Sacudi a cabeça.

- Como você sabe? – perguntou para mim, uma Annabeth incrédula.

- Eu sei o que? – respondi indiferente.

Leo chegou a dar uma risada nervosa, e Piper encarou e eu a Annabeth, estranhando nós duas.

- Isso parece uma profecia. – disse Piper confusa.

- Certamente, é uma profecia. – respondeu Leo.

- Isso o que? – eu perguntei, suspirando.

- O que você disse! – respondeu Piper.

- Calem a boca! – disse Annabeth. Nós ficamos quietos, e ela parecia estar tentando raciocinar. Ela colocava a mão na cabeça, na boca, e ficava forçando a mente, chutando o chão. – Aurea, você pareceu estar citando uma profecia. A que eu te falei. Ah, e escutem. Não é bom vocês falarem o nome dela. Podemos chama-la de...

- Batata Assada. – disse Leo, animado. – Batata Assada com Molho Norueguês.

Annabeth fuzilou Leo com um olhar. Piper tentou evitar um sorriso. Já Leo, fez um gesto de que pegou um zíper e fechou a boca, e jogou o zíper para longe. Dessa vez, fui eu que tentei evitar um sorriso.

- Continuando: Podemos chama-la de Prophecy Midnight. – disse ela. – Era como chamavam ela antes.

- Propeci... O que? – perguntou Piper. Annabeth virou os olhos.

- Prophecy Midnight. – ela falou impaciente. – Mas estou vendo que vocês não vão falar isso. Que tal, PoM?

- Tá, PoM. – eu disse. – Mas e quanto eu estar falando da profecia.

- Ah sim. Você estava falando a profecia. Você já a viu alguma vez? – perguntou Annabeth.

- Nunca. – eu disse. – Mas me lembro dela. Não sei. Vagamente.

- Ok. – disse Annabeth. – Depois á noite, marcamos uma reunião com Quiron. Bem vinda ao Acampamento... De novo.

- De novo? – eu perguntei confusa.

- Você não se lembra? – ela perguntou decepcionada. – É claro que não lembra. A segunda chance. Eu ainda não entendi o porquê dela, depois nós vamos descobrir, eu acho. É que, a uns dois, ou três anos atrás, uma menina chamada Aurey chegou ao Acampamento. Foi antes da guerra contra os titãs.

- Antes dos deuses? Tinha o Acampamento? – Leo perguntou, e Annabeth o encarou novamente. – Ops, parece que achei o zíper de novo. Não se preocupe, já estou fechando.

- A segunda guerra dos titãs. – Annabeth continuou, e eu lhe mandei um olhar que ela entendeu: Houve uma segunda guerra com os titãs? – Sim, teve uma segunda guerra, mas é passado... Continuando, chamamos essa menina, Aurey, para a guerra... Agente estava pensando como: Quantos mais semideuses ajudando, melhor. Porém, isso não deu certo... Na primeira manhã de guerra, perdemos Aurey. Algo a levou para outro lugar, então... Ela morreu. Ninguém sabe como. – ela passou a mão no olho, como se estivesse afastando uma lágrima. – Parece que um menino, um que se chama Nico di Angelo, sabe como foi, boatos dizem que ele estava lá. Mas era tarde de mais. Ele não fala sobre isso, mal para no Acampamento. A menina é idêntica a você. O nome é quase o mesmo. Então, A guerra acabou. Porém – ela fez uma pausa. – Há mais ou menos dois meses, foi feita uma nova profecia. A... PoM. Nela, dizia que a Menina da Água voltará, com uma história. E que em uma sexta, daqui três dias, seus olhos irão brilhar. E que com isso, pode causar a destruição de muitos, mas não seria apenas uma vez... E que a irá do passado nunca terminará.

Suspirei nervosa.

- Me chamam de Menina da Água, até os deuses me chamam disso. Eu tenho uma história. Tenho três, não é? Três dias, três chances. – confirmei. – Eu entendi. - Piper e Leo observavam aflitos. Porém, pareciam que entenderam também, com essa história imensa. Annabeth concordou comigo. E respirou fundo. – Eu já vim... Para o Acampamento? Como... Eu era? Digo de emocional.

- Calorosa. – Annabeth disse sem pensar. Pareceu uma indireta, me chamando de fria. Não sei se sou fria, mas essa sou eu. – Quero dizer, diferente. É melhor eu ir descansar. Vejo vocês depois. Tentem esquecer isso até marcarmos uma reunião. Tchau, gente. – então, Annabeth entrou no chalé de Atena, e sumiu.

- Nossa. – disse Leo. – Muita coisa para a cabeça.

Piper e eu rimos. Realmente, ela parece legal.

- Hey, esperem ai, já volto. Tá calor. Vou colocar a blusa do Acampamento.

                                                         Ω

Quando eu voltei, Piper se virou para mim, e disse:

- Hã, prazer, Aurea! – ela falou animada. – Bem vinda ao Acampamento, mesmo que seja pela segunda vez e...

- Sabe por que agora vai ser mais legal? – Leo perguntou. – Porque agora tem eu aqui.

- E eu. – disse Piper, dando um soco de leve em Leo. – Eh... O que eu estava falando? Ah sim, bem vinda!

- Obrigada, e por acaso, ela me chamou de fria? – perguntei rindo, enquanto nós nos afastamos do chalé de Atena.

- Annabeth é legal... – disse Piper

- E medonha. – completou Leo, porém Piper o ignorou.

-... Mas ela deve estar confusa. – ela continuou. – Pelo jeito que ela disse vocês deviam ser próximas. – Concordei com a cabeça.

- Batata Assada é muito melhor do que PoM. – Leo disse decepcionado. – Parece, POM! Uma explosão. Porque se dá um nome desses a uma profecia.

- E por que se daria um nome de Batata Assada, em uma profecia? – Piper riu.

- É bom. – ele falou. – Explosões não. Batatas são redondas, bonitas, atraentes, tem gosto bom, e não explodem, e já PoM, é o nome mais ridículo que eu já vi.

- Leo, é melhor do que Batata Assada. – falou Piper. – Imagine você: Olhe, estou indo fazer a missão Comidas, da profecia Batata Assada. – ela riu.

- Melhor do que: Estou fazendo uma missão tão, mas tão bombada, que ela se chama POM! – argumentou Leo.

- Isso também séria estranho, mas...

-... Desculpe interromper o papo sobre batatas e explosões, mas, onde nós estamos? – perguntei, olhando em volta. Estamos em um lugar plano, e que bate muito vento.

- Ah, o bico. – disse Piper. – Aqui é legal. Eu, Leo, e Jane, uma nossa amiga, descobrimos esse lugar há pouco tempo. Anda mais para frente.

Eu fui confiante. Bate muito sol aqui. À medida que eu andava mais vento e sol batiam em mim, fui lentamente, até chegar ao final da pedra em que eu pisava. Olhei para baixo, é um precipício. Parece com o que eu pulei a algumas horas. Leo e Piper me seguiram.

- Aqui parece um lugar que eu vim, pulei de um desse, mas esse tem mais cara de agradável. – comentei.

- É ali tem mais uns desses, mas lá é distante, e feio. – disse Leo apontando para horizonte. – Foi onde eu te achei.

- Vocês vão pular? – disse uma voz feminina, atrás de mim. Eu me assustei e desequilibrei, quase cai do precipício, porém Leo me segurou mais uma vez, sorrindo. Murmurei um: Valeu, e ele me soltou.

- Oi Jane – disse Piper e Leo, para uma menina que surgiu. Ela tem cabelos loiros-mel, e olhos castanhos, pele clara, e uma expressão animada. Usa a mesma blusa do Acampamento que nós estamos usando, a calça, e o tênis. Ela sorriu para nós.

- Olá pessoas – ela falou animadamente, se aproximando. – Você é nova? – disse para mim.

- Hey – falei. – Sim, sou nova, meu nome é Aurea Price. Prazer – tentei ser gentil, e parece que fui, por que ela sorriu alegre. Não quero ser chamada de fria.

- Prazer. – ela respondeu. – Eu sou Jane Scalander, filha de Apolo. E você?

- Sou de Poseidon. – falei indiferente.

- Bom, vamos ser grandes amigas. – ela falou animada, e me fez sorrir. – Vocês vão pular? Digam que sim. Eu pulei, não aconteceu nada! – Jane falou para Piper e Leo.

- Eu pulo – falou Piper, mordendo o lábio.

Jane sorriu.

- E você Leo? – perguntou, ansiosamente. Ele demorou em responder, mas concordou com a cabeça. Ela virou-se para mim, cheia de esperanças. – Pula também, Aurea? Espera. Posso te chamar de Auri? É bonitinho.

- Claro! – falei sorrindo, tem algo de familiar nesse nome... Jane sorriu de volta, animada.

- Então ok. – Jane falou. – Auri, você pula?

- Sim. – concordei, sorrindo. E ele sussurrou um: hoje é meu dia de sorte!

- Jane, calma, você tá explodindo de animação hein? – riu Piper.

- Ai, Pips. – falou Jane. – Eu sei. Não é todo dia que vocês resolvem pular do bico. Porém irei me acalmar. – ela respirou sorridente. – Quem vai primeiro?

Leo se afastou, e Piper fez o mesmo. Jane virou-se para mim.

- Você vai? – Produzi um barulho tipo: HmmHãEh mas concordei.

- Vou... – falei. – O que eu faço, quando eu chegar lá na água? – falei me aproximando da borda.

- Nós cavamos uma passagem, do lado, tem um caminho que vai te trazer para cima. Mas espera por agente, vamos um atrás do outro. – disse Jane, e Leo e Piper concordaram. Concordei junto.

- Boa sorte. – falaram em uníssono. É muito mais fácil pular daqui do que quando fui pular do outro. Aqui tem sol, grama verde. Pessoas que estão me esperando, e um mar calmo. É só diversão. Não vai dar errado.

Afastei da borda, fechei os olhos, e corri até ela de volta. Quando eu já estava em queda livre, percebi um Leo caindo também, seguido dos outros. Piper deu um grito feliz. A queda é longa, o que foi legal. O vento batendo não foi pavoroso. Leo alcançou o ritmo que eu caia, e me passou. Olhei para cima é vi Piper. Ela disse algo como: Olha para baixo! E quando eu olhei a água já estava na minha frente.

Está incrivelmente quente, a água. Eu deixei meu corpo afundar até o chão. Como sou filha de Poseidon, respiro de baixo d’ água. Depois, nadei até a superfície, sem muita pressa. Antes de chegar, ouvi-os falando “Cadê ela?”.

Afundei mais uma vez. Nadei até chegar ao meio do círculo que eles formaram, porém no fundo. Comecei a nadar para cima, e eles se assustaram quando eu apareci no meio deles.

- Que susto! – disse Jane, rindo. Ri também. 

Nadamos até o caminho. Quando saímos da água, todos ficaram surpresos quando viram que eu não estou molhada.

- Eu sou filha de Poseidon. – expliquei. – Só me molho se eu quiser.

- Mas àquela hora você parecia molhada. – comentou Piper, e eu respondi com um: Sei lá. – Seu cabelo está um pouco molhado. Afinal que horas são?

- Meio dia e meio. – respondeu Leo. – É melhor nos irmos, vamos perder o almoço.

- Vocês não acham que não vão estranhar três semideuses molhados? – perguntou Jane, rindo.

- Talvez. – disse Leo. – Mas edai, eu soube que vai ter batata no almoço.

                                                             Ω

Chegamos ao Acampamento rápido. Quando estávamos indo para o almoço, Annabeth apareceu brava.

- Onde raios vocês estavam? – ela perguntou. – Vocês não vão molhados. Tem reunião daqui uma hora. Encontre-me aqui daqui á uma hora. Tomem um banho, se troquem. Vai ser importante. Vão logo.

                                                            Ω

Estava quase na hora da reunião. Annabeth tinha me levado ao chalé de Poseidon, e eu fui me arrumar para a reunião. Falaram que eu tenho um meio irmão aqui, chamado Percy Jackson. Ele chega só mais tarde para a reunião. Também tenho um meio irmão ciclope. Tyson é seu nome.

Eu já estou pronta. Por preocupação, coloquei a adaga disfarçadamente encaixada em minha calça. Parece que todos os Semideuses fazem isso, é normal. Agora faltam cinco minutos. Daqui cinco minutos eu tenho que sair do chalé. Annabeth não deu detalhes sobre a reunião, disse apenas o horário e que quer todos arrumados. Eu coloquei a calça jeans, a blusa do acampamento, e um tênis preto All Star. O relógio sinalizou que já está na hora.

Saí do chalé às pressas, e no caminho, vi algumas pessoas saindo dos chalés e se dirigindo ao mesmo lugar que eu. Não vi Piper, Leo ou Jane indo. Fui em direção a onde todos iam, e vi Annabeth.

- Aurey! – ela gritou – Quer dizer, Aurea. Vem aqui, rápido.

Fui correndo a direção dela.

- Oi. – disse indiferente.

Ela me fitou por um momento. Pensei que ela ia brigar comigo por ter ido com eles, mas ela suspirou e me abraçou.

- Eu sei que você não se lembra de mim... – Annabeth disse tremula. – Mas... Mas eu senti sua falta. Muito. E agora você está aqui... E você não se lembra de nada... Eu... Apenas espero que, ainda sejamos... Amigas.

Ela soltou o abraço, e me olhou para verificar minha reação. – Aw, que fofa – pensei. Sorri para ela, e ela me olhou esperançosa.

- Claro - eu disse. – Tenho impressão que éramos grandes amigas, e não tem problema nenhum em sermos de novo.

Annabeth sorriu, e passou a mão no olho molhado.

- É muito bom que esteja de volta. – ela comentou. – Escute. Percy, seu irmão, virá hoje. Você se lembra dele?

Forcei a memória, e pareci que encontrei algo. Olhei para Annabeth.

- Acho que de uma forma sim. – respondi. – A adaga... Que eu tenho... Foi ele, que me deu, não é?

- Sim. – disse ela. – Será possível que sua memória esteja voltando. Ah, e lá vai estar também um menino, Nico. Ele é Filho de Hades, e parece que vocês tinham um... Relacionamento. – ela deu uma risadinha. Senti meu coração disparar. É aquele menino que apareceu durante a noite passada.

- R-Relacionamento? – perguntei, e senti minhas bochechas corarem.

- Sim. – ela respondeu sorrindo. – Você se lembra dele?

Concordei com a cabeça.

- Foi a primeira coisa que eu lembrei quando eu acordei... – comentei. É a verdade. Esse cara foi a primeira coisa que eu lembrei. E depois ele apareceu falando você não se lembra de mim.

- É claro. – ela falou. – Vamos Auri... Espera, tem problema eu te chamar de Auri? Era como eu costumava te chamar.

- Não, pode chamar. – falei. – Bem que eu pensei já ter ouvido esse nome quando falaram.

- Quem falou? – perguntou Annabeth, e senti uma pontada de ciúmes em seu tom de voz.

- Jane Scalander. – respondi. – Chalé de Apolo. – Annabeth ergueu uma sobrancelha.

- Ok. – ela disse. - Vamos, é melhor nós irmos.

                                                             Ω

      Andamos até um lugar onde várias pessoas estavam reunidas em torno de uma mesa de ping-pong.  Quando eu entrei, vários murmúrios começaram. Um menino de cabelo preto e olhos verdes cor do mar me encarou.  O menino de cabelo preto e pele clara – Nico - também. Annabeth fez menção para eu sentar, e a única cadeira restante é a que fica bem na ponta da mesa. Me senti envergonhada, mas sentei. Do meu lado, estava Piper, e do outro, Leo.

Do lado de Piper, uma menina com cabelo enrolado castanho chocolate estava sentada. Sua pele é apenas um pouco mais claro que o cabelo, e seus olhos dourados como ouro.  Usa uma camiseta roxa. Do lado dela, Nico está sentado, e do lado de Nico está o menino de olhos verdes que continua a me encarar. Do lado de Leo, do outro lado, um menino que parece um asiático-canadense está sentado. O mesmo tem um rosto infantil com os olhos castanhos e cabelo preto. Parece fora de lugar com o seu corpo robusto e corte de cabelo militar. Ele também está usando a blusa roxa que a menina de olhos dourados está usando. Do lado do mesmo uma menina que parece ser grande, alta, forte estava sentada. Não parecia muito confortável, e olhava com arrogância para todos, inclusive para mim. A mesma tem olhos pretos e cruéis. Seu cabelo é castanho escuro, e está preso em uma bandana vermelha. Do lado dela está sentada Annabeth, que está encarando todos com uma expressão dura e nervosa.

Aquele centauro, Quiron, apareceu, porém sentado em uma cadeira de rodas. Deve ser seu disfarce. Seguido de um cara um homem baixo, acima do peso, com um pescoço roliço, bochechas avermelhadas, cabelos negros cacheados, usando uma camiseta com um tigre de pelo alaranjado, bermudão e sandálias, Seu jeito de se vestir é como o de um turista, possuí olhos púrpura penetrantes, da cor de vinho e um sorriso sarcástico. Annabeth olhou para Quiron, e ele concordou com alguma coisa. Annabeth levantou nervosamente, e o cara sentou em seu lugar, suspirando, colocou seus pés em cima da mesa. A menina com a bandana vermelha se virou para ele e o encarou.

- Dionísio. – disse Quiron. – Suponhamos que você devia se sentar direito nessa ocasião.

- Ah – resmungou ele. Ele é Dionísio. Um deus. Acho que já ouvi sobre ele ser o diretor do Acampamento, mas eu nunca pensei que isso fosse realmente verdade. – Eu apenas vim pela comida, e que pelo visto, não tem.

- Hã – interrompeu Annabeth. – Com licença, Sr.D. Posso prosseguir?

- Tanto faz. – disse Dionísio. – Continue.

- Obrigada. – ela disse indo ao centro da sala. – Então... Hã... Conforme a Profecia que vocês sabem o nome, diz que em uma Sexta Feira, os olhos da Menina da Água brilharão... É... E voltando ao começo da Profecia, diz que essa mesma voltará, e carregará uma história. A Aurea... Ela é a Menina da Água.  – então ela apontou para mim.

Todos me encararam. Fiquei envergonhada.

- É...  – comentei.

- Ela tem uma história. – continuou Annabeth. – Suponho que vocês conhecem a história de uma menina que foi colocada para dormir pelos deuses. – as pessoas concordaram. – A mesma da história, é Filha de Poseidon. Seu nome? Aurea Price.

- O nome dela. – complementou Piper. – E ela é Filha de Poseidon, e essa é sua história.

- Certamente. – Annabeth concordou. – A profecia também fala que em uma Meia Noite de Sexta, seus olhos brilharão, e que causará a destruição de muitos. Há muito tempo, foi dito que seu destino está para destruir os deuses...

- Como? – Dionísio disse me encarando.

-... E também foi dito que ela também é a única que pode salvar os deuses. – Annabeth continuou. – Foi falado também que essa menina teria três chances. Uma dela seria má. A ameaça. Aurea já viveu três vezes. E três chances equivalentes a três dias. Sexta.

- Annabeth – disse o menino de olhos verdes. – Acho que está certo o que você disse, mas sim, ela viveu três vezes, mas não tem nenhuma vez que ela foi má. Ela ainda não detonou os deuses, entende?

Annabeth assentiu. Faz sentido.

- Certamente, Percy está certo. – disse Quiron. Esse é Percy, ele é meu irmão. – Provavelmente ainda terá a chance ameaçadora.

- Eu já sei – disse Annabeth. – A primeira chance é equivalente a de agora. É a continuação dela. A outra fase, a segunda, e a má, irá ser a terceira. Como não é daqui três dias, poderá ser em qualquer Sexta.

- Acho que já resolvemos. – disse Quiron. – É isso. Em qualquer Sexta. Não podemos fazer nada a respeito agora, apenas tentar descobrir mais ao passar do tempo. Reunião encerrada.

Todos se levantaram, e eu me levantei também. Segui Piper, e Leo foi atrás.

- Claro 2+2=1. – ele comentou.  – Faz todo o sentido do mundo.

- Alguma coisa faz sentido nisso por acaso? – perguntei. – Eu posso causar a...

Quando eu vi, eu não estava mais na sala. Estou em um lugar escuro e estou sozinha. Peguei a adaga quando ouvi barulhos.

- Você vai pegar a adaga sempre que me ver? – disse uma voz masculina e na mesma hora Nico apareceu.

- Onde eu estou? – perguntei, abaixando minha arma.

- No lugar que você ficou noite passada. – ele disse.

- Tá, mas porque você me trouxe aqui? – perguntei irritada.

Nico suspirou.

- Bom. – ele começou. – Você não se lembra de mim, mas...

- Eu me lembro de você. – o interrompi. Nico me encarou.

- Sério? – ele perguntou esperançoso.

- Sim... – eu disse. – Não literalmente. Já me contaram já o que aconteceu. Eu me lembro de sua aparência.

Nico piscou os olhos forçadamente.

- Que bom... – ele comentou envergonhado.  – Então... Sobre o que aconteceu entre nós...

- Olhe... – eu disse. – Ainda está tudo muito confuso para mim. Eu não sei no que acreditar. Uma parte minha fala que eu não conheço você. Porém a outra... Ela diz que eu devo confiar no que você diz.

- Acho que você devia acreditar na que fala para você confiar em mim. – ele disse irritado.

- Eu não tenho culpa se você gostava de uma menina que de certa forma, não sou eu! – gritei.

- É claro! – ele respondeu. – Como eu pude pensar que você seria a mesma? Depois de tudo isso? Só fez eu me machucar. Você é horrível.

- Como? – eu disse. – Eu sou horrível? Eu sou horrível por ter perdido a porcaria de memória, e eu estar confusa por tudo que está acontecendo? Você realmente coloca a culpa em mim? Não fui eu que tracei meu destino, Nico. Mas se você quiser continuar a pensar que eu sou horrível, eu posso esquecer de você agora! – gritei irritada, sentindo meus olhos ficarem molhados.

Ele me encarou. Nico pareceu estar refletindo do que eu disse e sobre o que ele disse.

– Desculpe, eu não tive intenção de dizer isso. Eu entendo que está confuso para você do mesmo jeito que está para mim. É que... – ele recuou triste. - Ninguém gosta de mim. Você tinha sido a única pessoa.

Eu senti uma vontade de chorar e se esconder. Porque isso acontece sempre comigo? Eu não estou certa do que eu sinto. Parece que sou dividida em duas partes. Mas o pior é que sou dividida em três partes.

- Está ok. – eu disse. – Sobre o que estávamos falando. Me dê um tempo para pensar. Com tudo isso acontecendo, eu não estou segura comigo mesma.

Ele concordou.

- Ok. Até mais. – ele disse triste, e eu me vi em frente da sala novamente, agachada no chão duro.

Eu ainda estava com vontade de sumir e chorar. Brigas. Profecias. Morte de muitos. Destruição dos deuses. Salvação dos deuses. Sentimentos.

Não é muito para uma menina só?

Por que tinha que ser eu? Podia ser qualquer um. Algum semideus mais poderoso, não importa. Tinha que ser justo eu.

Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi passos.

- Aurea? – chamou uma voz. Não consegui arrumar forças para pegar a adaga. Eu queria cair nesse chão duro e ficar por ai mesmo.  – É você? – os passos ficaram mais fortes. Percebi que era uma voz masculina.

Vi Leo se aproximando. Percebi que já estava noite, e ele está com uma lanterna.

- Oi. – eu disse. Eu percebi também que tinha lágrimas em meus olhos, mas não me importo.

Ele se aproximou e me ajudou a levantar. Sua expressão está preocupada, o que é diferente porque sempre que o vejo, ele está sorrindo.

- Oque aconteceu? – ele perguntou. – Você sumiu do nada, estávamos preocupados.

Eu não quero falar a verdade. Ainda tem Leo: Ele é um cara legal, divertido, e... Bonito. Ele me ajudou a chegar aqui, sem ele eu nunca teria chegado ao Acampamento e descoberto o que aconteceu. Parece que minha vida está morrendo aos poucos.

- Nada de mais. – eu disse tremula. – Não se preocupe.

Leo me ajudou a ir caminhando de volta para os chalés.

- Tem certeza? – ele perguntou, se colocando de frente para mim e passando o dedo por onde estavam as lágrimas. Senti meu rosto ficar quente e corado.  

- Tenho.  - eu disse envergonhada. – Ele me fitou. Eu ainda estou apoiada nele, e ainda nem estamos perto dos chalés. Tudo isso... Está me matando por dentro.

- Aurea? – Leo chamou.

- Eu. – respondi.

- Acho que você devia saber. - disse Leo. – Eu te amo.

Quando eu percebi, Leo tinha me beijado.  Passou mil coisas pela minha cabeça. Coisas que eu não consegui descrever. Retribui o beijo, confusa. Deixei o beijo levar, pensando nas três palavras que ele disse. Eu te amo.

Nós rompemos o beijo por falta de ar, e eu encarei Leo. Sabendo a próxima frase que ele quer saber.

- Eu... Eu também te amo. – falei.


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Notas finais do capítulo

Hehe
Até o próximo capítulo o



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