Eu, Você E Nossa Vida A Dois escrita por Mnndys


Capítulo 14
O quarto do bebê


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer vocês por acompanharem e por cada comentário aqui, estou sem tempo de responder um por um, mas fico realmente feliz que estejam gostando.



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“Poderíamos ter contratado um pintor.” Mia diz quando entra no quarto com um copo de suco na mão.

Ela está linda em seu macacão de grávida e com os cabelos presos em um rabo de cavalo.

“Claro que não, eu posso fazer isso.”

O chão está coberto por jornais e as paredes estão começando a ganhar cor azul. Cor que foi escolhida depois de muitas discussões.

“Está ficando ótimo, só que você deve estar cansado.”

Pego o copo de suco de sua mão e dou uma boa olhada para a parede. Ainda falta muito.

“Temos o quarto, os móveis, as roupas, mas ainda não temo um nome. Acho que é hora de pararmos de o chamarmos de bebê.” Comento.

Mia está com seis meses e ainda nem pensamos nisso.

“Senta aqui.”

Sentamos os dois sobre os jornais e então ela começa a jogar vários nomes sobre mim, mas nenhum deles me empolga.

“Joseph.” Ela diz em determinado momento.

Gosto do nome.

“Como Joseph Dunigan dos Mariners.” Digo.

“Ou como Joseph Morgan.” Ela fala.

Faço uma careta para Mia desaprovando seu encantamento por certos atores.

“Estou brincando.” Mia diz. “Gosto de Joseph pelo significado. Aquele que acrescenta.” Explica.

Era isso que o nosso filho seria, acrescentaria alegrias e amor, aumentaria nossa família.

“O que você acha desse garotão?”

Minha mão está sobre a barriga de Mia e sinto quanto um chute acontece. Como se aquele pequeno ser soubesse tudo que estávamos falando.

“Acho que ele gostou.” Mia fala.

“Então acho que é Joseph certo?”

“Mal vejo a hora de você chegar Joseph.” Ela diz para a barriga.

Aproveito o gancho para fazer uma pergunta para Mia.

“Já pensou como vai ser quando ele estiver aqui?”

“Todos os dias.”

“E como imagina?”

“Não sei bem. Fico tentando pensar na sensação de tê-los nos braços, de dar banho, de amamentar. Deve ser incrível.”

O brilho nos olhos dela é maravilhoso, acho que de todas as coisas que Mia planejou fazer nenhuma a deixou tão empolgada quanto está que não foi planejada.

“Também é uma grande responsabilidade.” Digo.

Aquilo me afligia as vezes. A idéia de não conseguir cuidar e educar um filho.

“Eu estou pronta para isso.” Ela afirma. “Você também, só precisa confiar mais em si mesmo.”

Ela sempre depositava mais confiança em mim do que eu mesmo, ela conseguia enxergar coisas em mim que eu nunca poderia imaginar.

“Eu sei que vou ser um bom pai e isso porque a mulher que está ao meu lado já é uma ótima mãe.”

Mia sorri e eu lhe beijo com ternura. No ultimo mês as coisas estavam tão bem entre nós que chegava a parecer que eu estou sonhando.

“A gente tem que aproveitar essa calma. Daqui menos de três meses vai ser só correria.”

“Se ele puxar você nós vamos esquecer o que é calma até ele ir para a faculdade.” Brinco.

Ela mostra a língua para mim. Adoro quando a Mia criança reaparece.

“É esse tipo de coisa que eu nunca quero que mude.” Afirmo.

“Que coisas?”

“Isso. Eu, você, nossa confiança, nossa cumplicidade, nossas brincadeiras.” Explico.

“Eu ainda serei a mesma Mia, só que com mais maturidade.”

“As responsabilidades vão aumentar, mas a gente não pode se perder no caminho, como quase já aconteceu. O Joseph tem que nos unir e não o contrário.”

“Do que você tem medo?” Ela pergunta percebendo minha insegurança.

Suas mãos passeiam por meu cabelo enquanto isso.

“De não ser o suficiente para vocês dois.” Confesso.

“Você é, sempre será.” Ela afirma. “Mais algum medo?”

Tenho vergonha de falar sobre o meu outro medo, é que já ouvi tantos homens falando sobre isso e parece bobagem, mas não é.

“Tenho medo de que quando ele nasça sejamos tão pai e tão mãe que nos anulemos como marido e mulher.” Desabafo.

A boca de Mia se curva em uma linha séria e ela parece pensativa por alguns instantes.

“Ethan nosso filho é um amor novo, não vamos transferir nosso amor um pelo outro para ele. Como eu disse o Joseph vai acrescentar.”

“Estou parecendo ciumento antes mesmo dele nascer, isso é horrível.”

“Não tem nada de horrível nisso, é normal, eu também já passei por esses questionamentos.”

“E qual foi sua conclusão?”

“Acho que no inicio estaremos tão preocupados em fazer a coisa certa que nos dedicaremos cem por cento a ele, mas logo vamos nos adaptando a nossa nova rotina.” Ela conclui.

 Me pergunto quando foi que ela ficou tão boa em conversar e dar conselhos.

“Não tem chance de meu amor por você diminuir, mesmo que tenhamos menos tempo para nós dois.” Mia fala. “Sempre vou dar um jeito de ficarmos juntos, para conversar, abraçar, beijar, namorar e para fazermos muito amor.”

Desde que ficamos juntos pela primeira vez sempre que Mia diz que quer transar comigo eu fico louco de excitação. Ainda mais agora que ela se coloca em minha frente e me beija com desejo enquanto suas mãos arrepiam minha nuca.

“Tenho um quarto para pintar.” Falo me desvencilhando de seus braços e indo em direção ao latão de tinta.

“E não pode deixar para depois?” Mia pergunta por trás de mim.

Viro-me e a encontro fazendo beicinho. Linda.

“Não, mas quando eu terminar aqui você não me escapa senhora Kavanagh.”  

“Eu mal posso esperar.” Ela diz enquanto deixa o quarto.

Antes de voltar a pintar o quarto percebo que deixei de falar algo muito importante durante nossa conversa. Pego o celular e envio “Eu te amo desde o primeiro momento e irei amar por todos mais que teremos nessa vida.”

Não demoram dois minutos para ela voltar a porta do quarto.

“Eu também te amo.”

Ela me lança um beijo e se retira.

A vontade de tê-la em meus braços logo me faz terminar a pintura mais rápido do que eu imaginava.


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