Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 52
Felizes?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente (:

Queria avisar que esse provavelmente é o penúltimo capítulo da fic.

Boa leitura!



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Ele não a respondeu. Se aproximou de seus lábios e assim iniciou um beijo lento, mas cheio de amor. Ambos curtiam ao máximo o sabor dos lábios um do outro, matando as saudades que sentiam.

Quando seus pulmões imploraram por ar, cessaram o beijo com selinhos.

Carlos Daniel acariciou as bochechas ainda pálidas da amada, enquanto pensava na maneira de lhe contar sobre a gravidez.

– Por que me olha assim? - perguntou Paulina intrigada, após um certo tempo de silêncio entre eles

– Por nada meu amor! - afirmou Carlos Daniel, com um sorriso no rosto

– Quer me dizer alguma coisa, não quer? - Paulina percebeu o olhar diferente do amado, e sentia que ele estava escondendo algo

– Bem, é que... –ele tentava encontrar as palavras certas- A partir de hoje você precisa se cuidar em dobro!

– Por que diz isso? - Paulina ergueu uma sobrancelha, desconfiada

– Assim que chegou aqui, os médicos fizeram vários exames para se certificarem que tudo estava bem com você, e... - tentou dizer, mas foi interrompido

– O que eu tenho? Por favor Carlos Daniel, me diga. – pediu alarmada- Seja o que for, estarei preparada para saber.

– Calma!– sorriu mais uma vez ao perceber a preocupação da amada, e logo tocou seus lábios aos dela, trocando um selinho– Você não está doente, pelo contrário!

Paulina franziu a testa, ainda sem entender.

Carlos Daniel pegou a mão esquerda da amada e colocou-a sobre o ventre dela, posicionando sua mão sobre a de Paulina.

– Esse príncipe ou princesa precisa de uma mãe saudável e forte! - um largo sorriso formou-se nos lábios de Carlos Daniel ao pronunciar a frase

Os olhos de Paulina encheram-se de lágrimas ao finalmente saber do que se tratava, e ambos foram tomados pela emoção.

Ele não podia deixar de admirar o belo sorriso da amada enquanto algumas lágrimas contentes desciam pelo rosto dela. Carlos Daniel mais uma vez a abraçou forte, e por um momento sentiu-se o homem mais feliz do mundo.

Mas a felicidade que parecia ser definitiva durou muito menos do que o esperado. Enquanto abraçava Paulina, Carlos Daniel sentiu a amada desfalecer em seus braços.

Apavorado, ele a colocou deitada novamente sobre a cama e mais do que depressa chamou o médico.

O doutor ordenou que Carlos Daniel esperasse do lado de fora do quarto. Logo ele percebeu a entrada de enfermeiros e desesperou-se ao pensar que mais uma vez poderia perder a amada.

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– O que aconteceu? Me diga que ela está bem! - falou exasperado, quando enfim o médico saiu do quarto

– Aconteceu algo inesperado. Como já havia lhe dito antes, Paulina perdeu muito sangue. Pensamos que isso não lhe traria maiores problemas, mas infelizmente eu estava enganado. –respirou fundo- Evitando detalhes técnicos, o que posso lhe dizer é que ela desmaiou porque seu corpo não está forte o suficiente para manter-se desperto. - o médico foi direto

– Mas ela vai ficar bem, certo? - Carlos Daniel tentava convencer-se de que não havia passado de um susto, mas ao perceber o semblante do doutor, se deu conta de que não era bem assim.

– Por enquanto ela está tomando soro, mas isso não será suficiente. Paulina precisa urgentemente de uma transfusão de sangue, caso contrário, sua vida e principalmente a vida do bebê correm perigo.

– E o que esperam para fazer essa transfusão? - perguntou com certa irritação pela calma com que o doutor lhe falava

– O problema é que o sangue dela é do tipo "O negativo", e não temos esse tipo de sangue aqui no hospital.

– E como podem consegui-lo? Por favor doutor, salve a vida deles! - implorou Carlos Daniel

As lágrimas de felicidade, novamente voltavam a ser de tristeza. Mais do que isso, era desespero, medo.

– A maneira mais rápida seria com a doação de um parente compatível. Por isso peço que o senhor avise a todos os parentes dela que conhece, para que façam o teste. - afirmou sério

– Mas Paulina não tem nenhum parente de sangue, apenas tinha sua mãe que faleceu há algum tempo.

– Ninguém mais? Pense senhor, é muito importante que encontremos alguém o quanto antes.

– Bem, ela... ela tem uma irmã gêmea. - Carlos Daniel andava de um lado para o outro, nervoso– Mas justamente essa irmã foi quem causou o acidente da Paulina. Creio que está presa.

– Então vá até o presídio e fale com ela, tente convencê-la. Enquanto isso, entrarei em contato com outros hospitais da cidade e tentarei conseguir o sangue, mas sinto muito em lhe dizer que não será fácil de conseguir. - disse pesaroso, saindo em seguida

Carlos Daniel ficou atordoado com o que acabara de ouvir. Há apenas alguns minutos tudo estava tão bem, por que novamente algo tinha que impedir a felicidade dele e de Paulina? Sentia como se toda aquela alegria fosse como um líquido que havia escorrido entre seus dedos.

Sem pensar duas vezes, resolveu ir em busca de Paola. Tinha que tentar. De qualquer maneira, tinha que tentar.

No caminho, ligou para Rodrigo e informou toda a situação. Com toda a confusão, Carlos Daniel havia esquecido de perguntar o desfecho de Paola, mas o irmão lhe confirmou que apesar de uma tentativa de fuga, ela havia sido capturada e levada diretamente ao presídio feminino da cidade.

Agora com a certeza do paradeiro dela, Carlos Daniel foi em busca da salvação de sua amada.

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– Por favor, é caso de vida ou morte! - Carlos Daniel, irritado, tentava convencer a diretora do presídio, sem sucesso

– Já disse que não. A detenta Paola Montaner está terminantemente proibida de receber visitas.

Diante da negativa da diretora, Carlos Daniel tratou de se acalmar e explicar tudo, só assim poderia conseguir a permissão.

– Nunca imaginei que fosse algo assim. Tem permissão para ir até a cela da detenta, uma carcereira irá te acompanhar. - disse a diretora, após ouvir toda a história

Carlos Daniel agradeceu e logo foi guiado por uma carcereira até a cela de Paola.

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Paola estava sentada em sua cama, e mesmo com o uniforme de presidiária, não perdia a pose. Assim que viu quem se aproximava, levantou-se e foi até as grades.

– Não te esperava, queridinho! Vai dizer que veio me tirar daqui? - Paola, debochada como sempre, surpreendeu-se ao ver Carlos Daniel

– Por favor Paola, esqueça todas as diferenças que você tem comigo e com a Paulina, pelo menos por um momento. - disse sério

– Como ousa me pedir isso? Por culpa de vocês dois, eu estou trancada nesse lugar nojento. - afirmou com raiva

– Paola, o que eu vim pedir é algo que só você pode fazer. Paulina está grávida, sofreu uma ameaça de aborto e com isso perdeu mais sangue do que poderia suportar. A vida dela e do meu filho estão em jogo. - contou resumidamente, pois não tinha tempo a perder

– E o que eu tenho com isso? - disse Paola, dando de ombros

– Paulina precisa de uma transfusão de sangue, e por serem gêmeas idênticas com certeza você tem o mesmo tipo sanguíneo que ela. Pelo menos uma vez na vida, faça uma boa ação. Eu suplico Paola, por tudo que há de mais sagrado nesse mundo.

– O que?– soltou uma gargalhada - Acha mesmo que eu vou ajudar quem só me prejudicou? Pode esquecer!

– Por favor Paola! - insistiu, mesmo percebendo a indiferença dela

– Ai queridinho, que ilusão essa sua. Achou que viria aqui, choraria um pouco, faria o papel de vítima e eu ia cair? Pensei que fosse mais esperto, perdeu seu tempo! - disse com sarcasmo

Carlos Daniel sentiu a raiva crescer dentro de si com as palavras ditas por Paola, e se perguntava como ela conseguia ser tão perversa.

– Pensei que havia algo de bom no fundo dessa sua alma. Espero que apodreça aqui nessa cadeia, é o mínimo que você merece. - afirmou, saindo em seguida

Paola ficou em silêncio, observando como Carlos Daniel sumia de seu campo de visão em meio àquele corredor escuro.

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– Ei, você! - chamou alguém

Uma senhora de aproximadamente 45 anos de idade, cabelos ruivos, aparência cansada. Era a companheira de cela de Paola.

– O que quer? Não enche minha paciência! - respondeu ao perceber quem a chamava

– Olha só, cheia de atitude... pena que não é nada esperta.

– Olha aqui, você não me conhece! - disse em tom ameaçador

– Sua sorte é que estou de bom humor, vou até te dar um conselho. Ouvi tudo o que o cara aí disse para você. Por que não o surpreende?

– E isso quer dizer exatamente...? - perguntou, agora com interesse

– Doe o sangue para sua irmã. Assim eles ficarão em dívida com você. Humilhe-os, pois não poderão dizer nada já que vão ter recebido sua ajuda. - disse a mulher

Paola ficou pensativa.


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Notas finais do capítulo

Será que a Paola vai ajudar a irmã?

Comentem!!!