When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Sei que prometi postar no fim de semana, mas essa inteligência em pessoa que vos fala esquesceu o caderno no trabalho. perdoem-me



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Cheguei ao 8C e bati na porta, rapidamente Carly a abriu. Entrei e fui direto para o sofá, onde me sentei e permiti que toda aquela dor que me esmagava o peito se esvaísse em forma de lágrimas. Ela veio e sentou ao meu lado sem nada dizer, apenas passava a mão em meus cachos esperando que eu me acalmasse.

– Porque as coisas tem de ser tão complicadas em todos os aspectos da minha vida, me diz Carly.

– Sam, as vezes somos nós que complicamos tudo.

– Você acha que eu escolhi ser assim?

– Eu sei que não. Eu sei que essas suas barreiras emocionais são consequências de tudo que você já teve de enfrentar, mas uma hora ou outra você vai ter que se livrar disso, senão vai passar a vida toda sofrendo por medo de sofrer. Tá entendendo Sam? - Balancei a cabeça que agora estava em seu colo. - Não deve abrir mão de algo que pode te fazer bem, por medo que depois te faça mal.

– Eu sei disso, mas você melhor que ninguém entende meus motivos.

– Entendo sim, mas você não acha que já tá na hora de acabar com isso? Ou então vai acabar perdendo o Freddie aos poucos por medo de perdê-lo em um instante. No final você vai acabar magoada por medo de arriscar. E se der certo ja pensou no quanto ele pode te fazer feliz.

– E se não der certo já pensou no quanto isso pode acabar comigo

– Se não der certo você segue em frente como sempre aconteceu.

– Eu prometi não me envolver com mais ninguém depois do que o Bryan aprontou comigo.

– E daí? Você quer que eu encontre brechas nessa sua promessa? Vamos lá, isso de você com o Freddie não é de recente, vocês já tem essa coisa mal resolvida a muito tempo. Você sempre gostou dele e pelo visto ele sente o mesmo por você. Se essa brecha não é o suficiente pra você pensa no seguinte, só vivemos uma vez e é algo tão curto que deveria ser considerado crime desperdiçar essa breve passagem, por insegurança, medo de ser feliz ou qualquer outro nome que você dê pra sua covardia latente.

– O que foi isso, mudamos de papel?

– Seu gosto pra moda diz o contrário.

Me sentia melhor depois de tudo o que ela falou, até dei risada de seu comentário ofensivo.

– Só você pra me animar e me ofender num mesmo sermão.

– E é por isso que você me ama tanto.

– Baixa a bola Shay.

– Nós duas sabemos que é verdade, agora me conta, o que aconteceu pra você chegar aqui nesse estado.

Depois que eu contei tudo a ela nos mínimos detalhes e prometi que tentaria resolver essa situação ela finalmente me liberou pra ir dormir.

Acordei cedo, fiz o café, comi e deixei um bilhete pra Carly, já que era sábado ela acordaria bem tarde. Peguei minhas coisas e fui pra casa de táxi. Chegando ao meu prédio encontrei uma figura loira conversando animadamente com o porteiro. Quando notei quem era senti o sangue sumir do meu rosto.

– O que faz aqui? - Perguntei em um fio de voz.

– Oi minha flor, senti tanto a sua falta. Eu vim matar a saudade, você não gostou da surpresa? Olha só como você ta linda. - Ela falou empolgada ignorando minha reação.

– Como você soube onde eu moro? - Falei desviando de seu toque.

– Foi difícil, mas eu tenho minhas fontes. - Ela piscou cúmplice, essa mulher tá mais louca do que nunca, como ela não percebe que não é bem vinda? O porteiro nos olhava assustado com a minha reação. - Parece até que você não queria ser encontrada.

– Talvez eu não quisesse mesmo, pelo menos não por você, agora sai daqui que eu não tenho nada pra tratar com você.

– Sam, isso é jeito de falar com a sua mãe? Você me deve respeito. - Ela falou séria.

– Eu não te devo nada, e quer saber? Se você não sai, saio eu.

Ainda meio atordoada entrei no primeiro táxi que apareceu dei o endereço do velho prédio que pra mim servia de refúgio. Subi até o terraço e lembranças daquele terrível dia me invadiram.


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Notas finais do capítulo

É isso, me digam o que acharam.



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