Inexplicável escrita por Pear Phone


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

10 comentários no primeiro capítulo? o.o Vocês são demais *-*



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Fazia aproximadamente dez anos que Carly, Sam e Freddie se formavam na Ridgeway. Logo depois de tal formatura, Carly ganhou uma viagem de seu pai para Paris, ela pretendia voltar logo para rever os amigos e Spencer, seu irmão. Se distanciariam apenas por algumas semanas, quase um mês. A morena não esperava o que a sucedia. Tudo estava certo enquanto visitava a linda cidade, no tão sonhado continente europeu, até que em sua volta para a América um problema terrível ocorreu com o avião. A mesma sofreu um acidente gravíssimo, quase perdendo a vida.

Dois anos depois, quando havia sido liberada da internação, recuperou-se, mas não totalmente. O trauma ainda a perseguia. Foi nesse mesmo período que um pedido de casamento repentino a surpreendeu; ele vinha de Ted, um jovem que havia conhecido enquanto viajava. E ele havia seguido rumo até Seattle apenas para vê-la e acompanhar seu estado no tempo em que passou no hospital. Sem mais delongas, a jovem de cabelos negros o aceitou como futuro esposo, e quatro anos depois de casados mudaram-se para New Jersey. Construíram uma família nos últimos seis anos.

Há aproximadamente um ano, ela não manteve contato com Sam e Freddie, que seguiram parcialmente o mesmo rumo que Carly seguiu. Enquanto a amiga viajava, eles haviam reatado o namoro. Sam concluiu seu curso, e Freddie sua faculdade, então pediu a loira em casamento. Ambos fundaram suas próprias empresas e muitas coisas boas aconteceram em suas vidas, até que as complicações começassem a vir à tona. E algo que parecia muito bom tornou-se um problema.

[...]

Eu simplesmente não sei se deveria ter dito aquilo à ela, mas não havia outra escolha. Nosso casamento obviamente não poderia ser o mesmo, ela não estava sendo sincera. Eu havia tentado evitar ao máximo.

Flash Back (três meses antes)

Eram sete horas da noite, e Freddie já estava em seu escritório, cumprindo seu turno, quando recebeu um aviso de que alguém o esperava. Ele já sabia de quem se tratava, e por que queria dirigir-lhe a palavra.

— Amor? — Sam adentrava o local, sentando-se na cadeira de frente para ele, que distraía-se com seus documentos em seu computador.

— Que ótimo te ver aqui — ele disse assim que seus olhos se encontraram

— Estava com saudades, e resolvi passar por aqui.

— Faça isso mais vezes, por favor. — Sorriu e levantou-se da cadeira em que assentava-se.

— Nem sempre consigo uma folga, mas é melhor não desperdiçar.

— Pode deixar. — Aproximou seu corpo de si de forma que fosse possível selar seus lábios nos seus.

— Vai poder estar presente no jantar, hoje à noite?

— Não sei, tenho muito trabalho. Pode ficar sozinha, só por hoje? Prometo que amanhã estarei lá sem falta, querida.

— Então vou me deitar sozinha outra vez? Odeio jantar sozinha e passar a noite sem companhia. — Desviou o olhar em um ar de decepção.

— Já disse que amanhã terá alguém para se deitar com você. E não só se deitar... — Direcionou um olhar malicioso à ela, antes de assentar-se novamente em sua poltrona.

— Perfeito. Mas quero ficar mais tempo aqui com você antes de ir, não vai me fazer ir embora tão rápido — indagou sentando-se em seu colo e colando suas testas, logo colando seus lábios mais uma vez, porém de maneira mais intensa. Assim ela percorria suas mão sobre as costas dele, enquanto ele a segurava em sua cintura com firmeza, permanecendo-se assim por alguns segundos... Até que a porta se abriu, revelando um colega de trabalho do moreno que recebia o nome de Joe Terry.

— Me desculpe, senhor Benson, quer que eu retorne outra hora? — pronunciou sarcasticamente, fazendo-os se separarem.

— Sempre entrando sem ser convocado, senhor Terry — Freddie indagou.

— Bo-bom, prazer, Samantha. — Ela lhe estendeu a mão, sendo retribuída. — Acho que já está na minha hora — a mesma afirmou sorrindo e deixou a sala.

— Veja como admira a minha mulher — ele encarava Joe.

— Realmente não é de se jogar fora, acho que deveria tomar cuidado.

— Por que diz isso?

— Você passa a tarde inteira, e, às vezes, a noite inteira trabalhando. Enquanto isso, ela está bem longe de sua vista. Acha que não pode ser facilmente enganado por uma loirinha como essa? Melhor desenfurnar-se daqui, se não pretende perdê-la. Acho que outra como essa que lhe aceite não se encontra. Realmente parece ser "boa" demais pra você... — Enquanto ouvia aquelas barbaridades, Freddie controlava-se para não avançar naquele homem. Sabia que não era a hora e muito menos o lugar.

— Primeiramente: não estou com ela por aparência ou prazer sexual. Eu a amo, e sei que ela me ama também. Você não sabe o que é isso, Joe, nunca amou alguém na vida — Revirou os olhos.

— Prefiro aproveitar o tempo que tenho para o que interessa. Vai perder as contas quando conhecer minhas amigas.

— Todas as suas parceiras de "sexo eventual"? Isso não vale a pena, e um dia irá se dar conta. Devia encontrar alguém que compartilharia seus melhores momentos ao seu lado, que daria tudo para te ver todos os dias.

— Sou um homem, e não ligo para isso. Eu te digo que deve abrir seus olhos quanto à loira. Duvido que exista algum relacionamento eterno.

— Não quero passar dos limites aqui, prefere ser demitido?

— Dê-me a honra de cair fora deste hospício ambulante.

— Retire-se da minha sala agora — afirmou autoritário, assim vendo Terry sair, redimindo-se.

E o moreno tentou seguir seu trabalho como se aquela conversa não houvesse ao menos sido realizada, mas em sua mente cogitava diversas coisas. Ele havia conseguido o afligir quanto à Sam, e agora preocupava-se com seu casamento.

Largou tudo que estava fazendo, ligou o carro e dirigiu até sua casa. Durante o percurso quase passou por todos os sinais vermelhos e todos os redutores de velocidade... mas ponderar por isso não mudava nada em seu destino. Chegando e adentrando a porta, viu que até mesmo a empregada já havia deixado a casa, estavam apenas os seguranças nos portões, pelos quais passou calado sem interrogações.

Procurou por todos os cômodos da grande casa, sem se cansar, mas Sam não estava lá. E na sua cabeça, além do que seu amigo houvera o alertado, nada mais se passava. Só havia uma explicação: estaria ela o traindo. Voltou à entrada e desta vez perguntou aos seguranças sobre sua saída, logo trataram de lhe confirmar que havia sido pouco tempo antes de que ela chegasse à empresa para o visitar. E não era possível concluir tudo com apenas uma suposição, mas o que ele viu alguns minutos depois acabou sendo pior.

Afastou-se dos portões e dez minutos depois avistou a loira voltando em seu carro, porém nele havia mais de uma pessoa. Havia alguém além dela. Olhando com atenção, percebeu que era um homem. A observou abaixando os vidros da janela e parecia estar subornando os seguranças, obviamente para que não dissessem nada, e como resposta assentiam.

Eu nunca imaginei que fosse ver o que vi naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? u.u hehe