Eu estava morrendo de preocupação e comecei a chorar, Rafaela não estava conosco, nem o príncipe. Todas as garotas choravam, mais pelo príncipe do que pela Rafa. Mas eu chorava pelos dois, pois antes dele, Rafa era minha melhor amiga.

O Rei e a Rainha estavam abraçados, dando apoio um ao outro, dizendo que seu filho estava bem. Eles realmente eram lindos juntos, Maxon e America, um casal épico. Oh, quantas vezes minha mãe não falara da Seleção da qual era ainda muito jovem para participar? Quantas vezes ela não me falou que torceu por America do início ao fim?

Eu sempre gostei de May, a irmã da Rainha que se casara quando eu tinha uns sete anos e hoje tinha uma pequena criança, menina. May vivia com seu marido e sua menina em outro país do qual eu nem consigo me lembrar o nome no momento.

Duas horas depois de tudo foi nos permitido sair dali e irmos para nossos quartos. Rezei para encontrar Rafaela viva, e bem. Fui para meu quarto desviando de cacos de vidro e lá fiquei, meio agoniada, batendo os pés no chão em ritmo, eu estava nervosa e com um aperto no estômago como se algo e ruim tivesse acontecido. Como aconteceu da última vez, não podíamos sair do quarto. Mas não me importei, queria saber que ela estava bem.

Sai do meu quarto cuidando para que ninguém me visse. Olhei para os dois lados e me direcionei ao seu quarto. Quando estava quase na porta, bati em alguém. Olhei para cima morrendo de medo de ser pega e, era Maxon.

Abri a boca para falar, mas iria gaguejar.

Ele sorriu.

–Procurando por Rafaela? -Perguntou-me.

–Si-Sim... E-eu, estava.. -Gaguejei.

–Não precisa ficar nervosa, não vou contar a ninguém. Sei que são amigas, é normal a preocupação. Mas ela está bem, estava comigo o tempo todo. -Ele disse, e então franziu a testa quando viu o que aquilo poderia dar a entender.

Eu ri.

–Tudo bem... Mas eu posso falar com ela só um pouquinho? -Franzi a testa e fiz um sinal com o dedo indicador e o polegar, como ''pouquinho''.

Ele sorriu e assentiu com um aceno de cabeça.

–Obrigada. -Disse e bati na porta. Não recebi resposta. Bati novamente e nada. Olhei para o Príncipe que estava com a testa franzida. Ele bateu na porta e novamente, nenhuma resposta. Abriu a porta e ela não estava lá dentro. Nós nos olhamos e saímos procurando pelo quarto, entrei no banheiro e nada. Abrimos até o guarda-roupa, como se ela fosse estar lá. Olhamos na sacada da janela. Juro que olhei até em baixo da cama.

O Príncipe respirou fundo.

–Calma. -Ele disse, mais para ele do que para mim. -Da última vez ela tinha decido para ajudar as criadas... -E então eu saí quase correndo escada a baixo e Andrew veio atrás de mim. Encontrei Daiana, uma das criadas de Rafaela.

–Daiana. -Chamei, com a voz entrecortada pois perdi o fôlego. Ela logo me olhou, e então viu o Príncipe atrás de mim e logo perguntou o que era que precisávamos, se havia alguma coisa errada...

–Você viu a Rafaela? -Ele perguntou, percebi o pavor e medo em seu tom de voz.

–Não, não vi ela hoje. O que estranhei, pois ela não gosta de ficar no quarto sem fazer nada. Ela deve estar lá. -Respondeu.

–Não, nós já vimos... Obrigado. -Ele disse e saiu atrás de mais alguém.

–Tudo bem. -Falei e parei, repentinamente. Ele parou também. -Você procura ao Leste e eu a Oeste. Nos encontramos nas escadas em... Dez minutos. Ele concordou e fomos. Estávamos preocupados demais para demorar tanto, então praticamente corremos pelo palácio. Perguntei pra cada um que encontrei. Ninguém parecia ter visto ela e eu rezava para que o Príncipe tivesse a encontrado.

Dado os dez minutos, encontrei o Príncipe. Sozinho. Na escada. Ele me olhou preocupado e apavorado ao mesmo tempo.

–Nada? -Ele perguntou. Meu estômago se contorceu.

–Nada. -Disse. -O que vamos fazer? -Perguntei com dificuldade.

–Vou falar para os meus pais. Vamos procurar pela floresta, em todos os cantos. -Ele disse tentando manter a voz firme.

Assenti.

–O que posso fazer para ajudar? -Tentei manter o tom normal.

–Me encontra no salão em quinze minutos. Vamos ver o que fazemos.

Concordei e subi para meu quarto.