I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 24
Medos.


Notas iniciais do capítulo

Não tem taça, mas tem capítulo!
Bom leitura :3



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Hospital de Konoha .

Sakura ouviu duas vozes debatendo baixinho do lado de fora do seu quarto e resolveu se levantar para ver o que era.

Colocou as pernas pra fora da cama e sentiu o frio do chão tocar seus pés. Ao se pôr de pé Sakura sentiu um pouco de tontura, fechou os olhos por alguns segundos até que passasse e caminhou em direção à porta. Encostou o ouvido na mesma para ouvir mais claramente o que as pessoas do lado de fora diziam.

No corredor Naruto e Sasori tentavam manter o nível da conversa.

– Eu não tenho como te explicar melhor do que isso, Naruto. Pelo menos não agora.

– Não é tão difícil assim saber se esta apaixonado por alguém ou não – retrucou Naruto.

– Com você me dizendo isso eu me sinto até ofendido – Sasori bufou.

– Como é!? – A voz do Loiro elevou duas oitavas. – Olha cara, eu só estou preocupado com ela. Sakura é minha amiga e...

A rosada ouviu um suspiro profundo.

– Olha, Naruto... A questão é bem maior do que estar ou não apaixonado.

Alguns segundos de silêncio invadiram o corredor do lado de fora. Naruto parecia esperar pela continuação da resposta.

Dentro do quarto, Sakura estava se contendo para não abrir a porta. Sua curiosidade estava aguçada. Ela não conseguia reconhecer de quem era aquela voz, mas sentia que era familiar, sentia que deveria se lembrar. Mas quanto mais se esforçava menos conseguia.

Do lado de fora, Sasori sentiu que precisava deixar seu coração falar, pelo menos uma vez:

– Sakura se tornou importante pra mim. Não me leve a mal, Naruto, mas não espero que você entenda.

Naruto finalmente começou a refletir sobre o assunto com mais clareza. Logo se imaginou no lugar de Sasori, sendo forçado a se casar com alguém que não ama e amando alguém que não o ama. Já era de se esperar que os nervos do ruivo estivessem à flor da pele. O quanto isso pode ser doloroso?

– Sabe... – Sasori voltou a falar, cabisbaixo – Às vezes não importa o quanto você goste de alguém se essa pessoa simplesmente não pode te amar do mesmo jeito.

– E por que ainda não contou isso pra ela? – O loiro questionou.

Sasori não conseguia acreditar que estava contando isso pra ele, mas quando viu as palavras já haviam escapado de sua boca:

– Pra ser sincero... Eu tive medo. Foi isso. Eu não queria bagunçar tudo, sabia o quanto ela estava frágil, e agora com ela nessa situação seria errado. Não quero prejudicá-la.

De repente a rosada pôde ouvir uma cadeira arrastando, presumiu que alguém havia se levantado.

– Eu não queria estragar tudo – Disse Sasori – Mas o destino faz isso bem melhor que eu.

– M-mas... – Naruto estava boquiaberto com a declaração do ruivo.

– Conversamos isso outra hora ok? Ele vai te explicar tudo quando voltar.

– Ele quem!? – Perguntou rapidamente – Voltar de onde? Sasori, volte aqui!

Sasori, pensou Sakura.

Repentinamente a porta do quarto se abriu. Sakura queria ver Sasori, queria olhá-lo nos olhos.

– Sakura-chan! – Naruto se assustou – Por que esta chorando?

A rosada não tinha percebido, mas lágrimas desciam por seu rosto sem pedir licença. Parecia que seu subconsciente queria reagir a amnésia.

.

Apartamento de Itachi – Estados Unidos .

A garota ainda estava parada no mesmo lugar onde ele a deixou. Seu rosto estava tão quente por conta do choro que suas sardas pareciam querer pular para fora.

Ela não sabia quanto tempo havia se passado desde que ele atravessou aquela porta.

Cinco minutos?

Meia hora?

Quem sabe? Eram tantos pensamentos em sua mente que saber as horas era o menor dos seus problemas no momento.

Pensou em seus pais, na sua infância, no acidente e em tudo que Orochimaru já havia levado de sua vida.

Agora estava levando Itachi... Mais uma vez.

Sem perceber Maya estava imersa em memórias. De repente se viu com 6 anos, gritando desolada por seus pais...

– Onde esta meu pai? Eu quero ver meu pai!

– Alguém controle essa garota, pelo amor de Deus! – O segurança magricela do hospital resmungou enquanto tentava segurar a garotinha que queria a todo custo correr para dentro da sala de emergência do hospital.

– Minha mãe! Me solta! Eu preciso tirar eles de lá! – Ela se debatia e dava chutes no ar quando o homem tentava pegá-la no colo.

Para uma criança era realmente difícil entender o que acontecia ali. Um hospital não é um ambiente agradável, ainda mais quando se entra para ser atendido as presas, pois suas chances de sobreviver não são boas.

Do outro lado da sala de espera estava o tio da criança. Ele a olhava de longe, não parecendo se importar com o escândalo que ela fazia.

– Ela vai ficar bem? – uma enfermeira preocupada perguntou ingenuamente a ele.

– Os pais dela estão entre a vida e a morte, tem certeza que quer me perguntar isso? – ele respondeu ácido, fazendo a mulher se afastar.

Alguém tocou seu braço e ele se virou.

– Senhor, Orochimaru? – o policial perguntou cordialmente.

– Sim.

– Me chamo Uchiha Madara e vou precisar que o senhor responda algumas perguntas.

Orochimaru hesitou sabendo que não teria escolha.

– Conte-me como tudo aconteceu – Madara começou, já se preparando para anotar a resposta em um bloco de papel – onde o senhor estava quando o suposto acidente ocorreu?

– Por onde eu começo? Bom... Estávamos passando as férias em uma casa na montanha aqui em Konoha. Eu acho que meu irmão e a esposa estavam colocando as malas no carro para voltarmos enquanto eu arrumava as minhas no quarto. Foi quando ouvi um grito do lado de fora e corri para ver o que era. Foi assustador. O carro estava descendo em direção ao penhasco e aquela criança que esta bem ali – ele apontou para a menina que ainda esperneava – estava dentro. Meu irmão e a mulher dele correram para tentar segurá-lo.

– Segurá-lo? – Uchiha Madara parecia curioso com a história.

– Sim. Por mais tolo que pareça, eles tentaram segurar o carro.

– A cena do crime mostra que ambos foram atropelados, mas não imaginamos que eles haviam tentado parar um carro. E quanto à garota? Como ela sobreviveu?

– Eu mesmo a tirei de lá – Orochimaru disse tranquilo, para surpresa de Madara Conseguiu tempo para abrir a porta e pegá-la quando o carro passou por cima dos pais dela.

O policial estava pasmo e curioso com a frieza com que aquele homem falava de um acidente tão grave envolvendo a própria família.

– E o que mais descobriram? – Orochimaru questionou.

– Uma equipe desceu até o veículo que caiu na ribanceira e constatou que as portas dianteiras estavam trancadas.

– Hm...

Madara analisou a reação de Orochimaru antes de continuar:

– Também descobrimos que os freios foram cortados.

– Tio! – a garotinha os interrompeu.

Ela correu em direção a Orochimaru e abraçou suas pernas, se sentando no chão. Parecia não ter mais forças para nada, nem para brigar com o guarda, nem para se manter em pé.

– Cuide da garota – disse Madara com firmeza – Voltaremos a fazer contato.

Agora Maya estava ali.

Carregando a culpa, a honra e as lembranças embaçadas daquele dia que teimavam em aparecer em forma de pesadelos durante a noite.

Definitivamente não queria se sentir culpada daquela forma mais uma vez. Não deixaria Orochimaru lhe levar mais alguém. O único alguém que lhe resta.

– Nem pensar!


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Notas finais do capítulo

Ainda não revisei.



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