I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 15
O estranho fracasso do plano


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Que saudade!
Segundo: Olá queridos leitores! *-*
Antes de mais nada preciso me desculpar com vocês em relação a esse capítulo. Não que ele esteja ruim, é só que não ficou do jeito que eu queria. "Como assim, autora?". Vou dar o exemplo que eu sei que acontece com todo mundo: Você tem a ideia na cabeça, você tenta colocar em palavras, ferve seus neurônios e no final... Não consegue deixar exatamente como você queria.
Quem sabe uma hora me dê uma descarga de criatividade e eu venha aqui mudá-lo. Quem sabe...
Espero de coração que vocês aprovem!

ps: Vocês querem um capítulo especial com o que houve entre Jiraiya e Tsunade?



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Madara dividiu e espalhou seus homens pelos corredores mal iluminados do esconderijo Uchiha.

Quando todos já estavam fora do seu campo de visão, Madara caminhou a passos lentos até o final do corredor principal. Uma porta dupla de madeira vermelha esperava para ser aberta, ele as empurrou com um pouco de dificuldade e aquele ato causou um pequeno ruído que ecoou por todo o lugar.

Ao atravessar as portas, Madara chegou a um lugar grande de formato retangular. O teto era alto e nas paredes pequenas tochas iluminavam o local, assim como nos corredores, porem, ali a luminosidade era bem maior.

O Uchiha se dirigiu até o final do lugar que ele mesmo denominava como hall de entrada, tateou a parede dos fundos até achar uma pedra solta e oca, segurou-a com força e a girou, instantaneamente um alçapão se abriu ao chão, começando a revelar uma escadaria.

Demorou cerca de dez minutos até que o buraco estivesse completamente aberto, e quando isso aconteceu Madara soltou a pedra e se pôs a descer as escadas para a escuridão, com um pequeno sorriso nos lábios.

Ele só não notou que estava sendo observado, e talvez esse tenha sido seu maior erro.

.

Alguns minutos atrás.

O ruivo tentou se recompor na medida do possível. Meu Kami, o que está acontecendo comigo?, se perguntava.

O garoto que estava detestando esperar do lado de fora, sentou-se no chão de terra seca e foi acompanhado por Jiraiya.

– Você a ama – Disse Jiraiya de repente.

Sasori o olhou com os olhos arregalados.

– O que? – Ficou confuso, mas sabia do que Jiraiya falava. – Por que pergunta isso? – Quis saber.

– Não foi uma pergunta, garoto. Foi só uma observação da minha parte.

Alguns segundos de silencio e milhões de pensamentos invadiram Sasori, que abaixou a cabeça e puxou seus joelhos para perto de si, apoiando seus braços neles.

– Não tenho certeza – Ele esclareceu de maneira simples a Jiraiya, o deixando curioso.

– Mesmo assim, qualquer um que olha pra você percebe isso, e eu tenho certeza que Madara também percebeu. Só queria te dizer para ter cuidado, só isso.

– Obrigado, Jiraiya – Sasori agradeceu um pouco envergonhado.

Era verdade que seus sentimentos estavam completamente bagunçados, mas não seria isso amor?

Para Sasori era difícil dizer, já que o único amor que conhecia era o de sua avó.

Com a morte de seus pais quando ele ainda era muito pequeno e seu casamento arranjado com uma garota que mal conhecia (e que não gostava dele), o ruivo se via perdido quando o assunto era amor.

Mais um pouco do silencio se estendeu, até que os dois ouviram um pequeno e quase imperceptível ruído. Eles se entreolharam.

– Parece que algo lá dentro se movimentou. – Especulou Jiraiya.

Sasori concordou com a cabeça e imediatamente se colocou de pé, seu coração quase saltou do peito, a preocupação o invadia e ele não desejava aquela sensação a ninguém.

– Odeio esperar – Murmurou fazendo menção de correr.

– Não acha que eu vou deixar você ir lá... – Disse Jiraiya cruzando os braços e olhando para o garoto de modo desafiador.

– Mas Jiraiya-sama eles podem... – Sasori o interrompeu, com as mãos já tremulas.

–... Sozinho! – Completou o velho, vendo um sorriso tímido se abrir nos lábios de Sasori.

Sem esperar mais, ambos correram para dentro do esconderijo. Os dois médicos que estavam por perto tentaram impedi-los com palavras, mas não foram ouvidos.

Quando já estavam dentro, Jiraiya e Sasori olharam em volta, em seguida se entreolharam como se dissessem: “Para que lado?”

A resposta veio logo em seguida quando outro barulho os alertou.

– Vamos! – Exclamou Jiraiya correndo na direção que vinha o som.

Sasori o seguiu de perto, seus pés iam o mais rápido que podiam, mas mesmo assim, para ele, não era o suficiente.

– Espere. – Sussurrou Jiraiya, parando de repente e fazendo Sasori parar também. – Olhe! – Ele apontou.

Era Madara. Estava olhando para algo que se movia no chão, aquilo que emitia o barulho surdo que ouviam.

– Mas o que...? – Murmurou Sasori, confuso.

– Eu não sei – Jiraiya respondeu a pergunta antes que ele terminasse – Vamos esperar.

Depois de um tempo o barulho cessou e Madara foi em direção ao buraco que já estava completamente aberto no chão, descendo por ele.

Os dois que observavam ficaram pasmos ao ver o Uchiha desaparecer diante de seus olhos. Do lugar onde estavam não era possível ver o que era aquilo no chão, porem, assim que Madara “sumiu”, eles caminharam para mais perto, reconhecendo aquilo como algum tipo de passagem secreta.

– Espere um minuto – Jiraiya disse voltando a caminhar, porem, no sentido oposto.

– Onde você vai? – Perguntou Sasori, confuso.

– Não demoro, me espere aqui. E não faça nada imprudente.

E assim ele fez. Mesmo a contragosto. Esperou por um tempo, fitando aqueles degraus e tentando impedir que sua imaginação vagasse, até que Jiraiya retornou.

– Só estou sendo precavido – Explicou já sabendo o que Sasori iria perguntar.

– Ok, vamos logo! – O ruivo exclamou.

– Isso é perigoso, garoto. Fique aqui eu vou... – Jiraiya dizia, mas se auto interrompido quando viu que Sasori já descia as escadas.

Garoto tolo! Ele está realmente apaixonado e nem se da conta disso, pensou o velho tarado, divertindo-se por um segundo. Depois acompanhou o ruivo.

Foi uma descida complicada, os dois tinham que tomar muito cuidado, pois os degraus eram pequenos e ali não havia tochas para iluminar o caminho.

Durante isso Jiraiya procurava não pensar no que estava acontecendo a Naruto e Sakura naquele momento, seu coração doía só de imaginar que o pior poderia ter acontecido com aquele loiro hiperativo que jurou proteger como um neto e que amava como um filho. Sentia falta até mesmo de discutir com o garoto.

Com esse pensamento, Jiraiya se encheu mais ainda de coragem e caminhou mais depressa.

Não demorou muito até encontrarem com Madara, que, enquanto seguia pelo único corredor que existia ali, ouviu passos atrás de si e parou. Ele estava quase no lugar onde seu subordinado Obito o esperava.

Droga, praguejou o Uchiha.

Ele não esperava ser seguido, não estava em seus planos libertar aquelas crianças. Não ainda. Mas pelo jeito teria que fazê-lo agora, ou iria se complicar.

– Você está ficando cada vez mais velho e descuidado, Madara – Jiraiya foi o primeiro a se pronunciar, parando poucos passos atrás de Madara.

– Você sabe como é... – O Uchiha começou a responder com ironia.

– Onde eles estão!? – Sasori o interrompeu com um rosnado entredentes, mostrando toda a sua urgência nas palavras.

Madara hesitou.

– Vocês não deviam ter vindo até aqui – Foi franco.

Com um choque de adrenalina correndo pelas veias, Jiraiya avançou em Madara e o prensou contra a parede, segurando sua garganta com uma das mãos, sem lhe dar chances de reagir.

Olhando nos olhos negros do Uchiha, Jiraiya confirmou suas suspeitas. Madara realmente não pretendia ajudá-los. Entretanto ele havia se preparado pra isso e não hesitou em revelar:

– Mas agora estamos aqui e você terá que nos levar até eles, porque em alguns instantes todos os seus homens estarão aqui e você não vai voltar atrás com a sua palavra diante deles, vai Chefe Uchiha?

O sangue de Madara ferveu.

Sasori olhou surpreso e contente para Jiraiya, entendendo na mesma hora. Então naquele momento, antes de descer aqui, ele foi alertar a todos? Bem pensado Jiraiya-sama.

– Por aqui! – Ouviram uma voz anunciar.

– Jiraiya-sama, o senhor está ai? – Uma outra perguntou, se aproximando devagar.

– Estou aqui – Respondeu Jiraiya sem olhar para trás, soltando Madara devagar.

De repente aquele corredor estava cheio. Os homens fardados se mantiveram atrás de Sasori e Jiraiya, fitando o Chefe de policia enquanto aguardavam por ordens.

– Venham – Madara disse por fim, a contragosto.

Isso não vai ficar assim Jiraiya!, pensou o Uchiha, totalmente irritado.

[...]

Durante o tempo em que esteve presa naquele lugar, Sakura teve o mesmo pesadelo diversas vezes (aquele que teve na noite de formatura) e mesmo quando estava acordada se pegava pensando nele.

A diferença era que agora o garotinho que havia nele não gritava mais, apenas chorava baixinho, quase inaudível. A pequena Sakura do sonho ainda se esforçava para chamar sua atenção, entretanto o garotinho não à via e parecia não escutá-la também.

Não importava o que Sakura tentava fazer, a pequena sombra do outro lado da fenda apenas soluçava enquanto esfregava os pequenos olhinhos com as costas das mãos, e teimava em não notar sua presença. Aquilo, de alguma maneira, frustrava Sakura de uma forma inigualável, parecia até que sua vida dependia do sorriso do garoto.

O medo, a angustia, a tristeza e vários outros sentimentos que rondavam a Haruno naquele lugar, não a deixavam enxergar quem era o garotinho, pois, em outras circunstâncias ela veria que é realmente óbvio. Sua mente estava realmente perturbada com tudo o que estava acontecendo.

Já Naruto, mantinha-se forte e impassível, porque prometeu isso a si mesmo. Seria forte: por ele, por Sakura, por Jiraiya e... Por Hinata...

Ah, Hinata-chan, ele suspirava mentalmente cada vez que pensava nela, sentindo seu peito apertar.

O loiro imaginava a todo o momento como a Hyuuga estava. Queria confortá-la de alguma forma, dizer que estava bem e que logo sairia dali, mas isso não era possível e, conhecendo Hinata como ele conhecia, sabia que ela estava uma pilha de nervos e de preocupação. Claro, Naruto se sentia péssimo por deixá-la assim e a culpa de alguma forma o consumia.

...

Tanto Naruto quanto Sakura estavam perdidos em pensamentos, sentados um ao lado do outro, tentando passar conforto e calor. Seus pulsos e tornozelos continuavam amarrados enquanto seus estômagos continuavam pedindo por comida.

– Ainda bem que parou de chorar, Sakura-chan – Naruto sussurrou de repente, conseguindo erguer o canto dos lábios em um sorriso.

– Eu não tenho mais lágrimas – Ela respondeu depois de alguns instantes – Mas isso não significa que eu não esteja chorando.

Em dias normais o loiro demoraria a entender e perguntaria “Como assim?”, mas naquele momento ele soube exatamente sobre o que a amiga estava falando, pôde sentir toda a tristeza naquelas palavras.

– Não perca as esperanças – Tentou encorajá-la com sempre fazia. – tenho certeza que...

Naruto não terminou de falar, pois ouviu passos rápidos se aproximando. Olhou para a porta e esperou. Nada aconteceu. Então ele encarou Sakura como se perguntasse “Eu estou ficando louco ou eu ouvi alguém correndo?”, e ela o olhava do mesmo jeito. Ok, agora estamos loucos, pensou.

– Será que... – Sakura disse esperançosa, alternando o olhar entre a na porta e Naruto.

Não tiveram muito mais tempo para especular.

.

Do lado de fora.

– Madara, seu imbecil! – Obito praguejava sozinho, andando de um lado para o outro – Eu sabia. Sabia que essa sua maldita confiança ia estragar tudo!

Ele estava uma pilha de nervos depois que ouviu o eco das vozes que conversavam. Então decidiu:

– Já chega!

Com um forte empurrão, abriu a porta e fitou Naruto e Sakura, que o olhavam com um misto de curiosidade, raiva e espanto.

O clima não estava nada bom.

– O que esta acontecendo? – Perguntou Sakura assustada.

Obito não respondeu.

– Acho que ela te fez uma pergunta, seu imbecil! – Naruto questionou, com raiva.

Imediatamente Obito acertou o rosto do loiro com um soco, aproveitando para liberar toda a sua raiva.

Naruto urrou de dor e tombou com força para o lado.

Sakura tentou segurar o amigo da melhor maneira que pôde, levando em conta que seus braços ainda estavam amarrados, ela apenas conseguiu amortecer a queda do loiro, que caiu desacordado sobre seu colo.

– Não me olhe dessa maneira, garota petulante! – Obito esbravejou raivoso e se aproximou dela, vendo-a trincar os dentes ao mesmo tempo em que se encolhia de medo – Toma, engula isso. Rápido! Não tenho muito tempo! – Ele ordenou enquanto lhe entregava uma pílula escura e arredondada.

– Seja o que for eu não vou tomar! – Sakura retrucou, tentando parecer forte.

– Você vai sim! E agora...

– Não! – Ela gritou com a voz esganiçada quando ele segurou seu queijo com força – Fique longe de mim!

Sakura se debateu, mordeu os lábios, balançou a cabeça freneticamente, mas de nada adiantou. Por fim, foi forçada a engolir a suspeita pílula.

Obito se afastou e a observou.

Segundos depois a garota já sentia o efeito causado pelo estranho “remédio”. Seus braços ficaram dormentes, sua cabeça começou a doer e uma forte náusea a invadia. Logo seus sentidos a traíram, seu corpo já não respondia a seus comandos e tudo o que pôde fazer foi assistir enquanto se via despencar para o lado até encontrar com o úmido e frio chão de pedra.

E nesse momento... Sakura mergulhou na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Tenho tanta coisa pra dizer pra vocês... Obrigada aos que tiverem a paciência de ler *-*
Sabe, nesses dias que o Nyah ficou parado eu estive pensando e... Percebi que algumas pessoas gostaram do paralelo que a fic teve com o anime. Queria ter continuado com ele, mas vamos combinar que não seria nada fácil. Por exemplo, fazer a Sakura e o Naruto irem atrás do Sasuke mais de uma vez sendo que na fic ele esta do outro lado do mundo. E como eu poderia fazer a Sakura quase matar o Sasuke e vice-versa? Ficaria uma coisa complicada de descrever e um pouco difícil de encaixar aqui, não?
Foi por esses e outros motivos que eu dei outro rumo pra fic, mas queria saber a opinião de vocês, porque é isso que importa! Se não estiverem gostando dessa coisa toda do rapto da Sakura e do Naruto é só me falar (até os leitores anônimos) que damos um jeito nisso. Me ajudem a fazer (e melhorar) a I Miss You pra vocês!
Beijos, autora-chan.



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