Vida Complicada escrita por Cel di Angelo, Cel di Angelo


Capítulo 3
A chegada no Acampamento Meio-Sangue


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! Fiz este capítulo com muito carinho s2



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I remembered black skies, the lightning all around me

I remembered each flash as time began to blur

Like a startling sign that fate had finally found me - Linkin Park, New Divide

–––––––––––––––––––––––––

Lá fora estavam os pégasos. Eles pareciam puxar uma carruagem estranha – parecia um carro de corrida da Grécia Antiga. Eles subiram na carruagem e  voaram, muito alto para o meu gosto, nunca gostei de voar, mesmo em aviões. Thalia não parecia muito melhor.

– É porque somos filhos de Poseidon – explicou Percy. – É o território de Zeus. Não devemos voar. Ele nos expulsaria do céu.

– Então não deveriamos estar aqui! – eu disse alarmada.

Percy riu do meu desespero.

– Não precisa ter medo, papai criou os cavalos, assim não tem perigo, voar com pégasos é meio que um território neutro.

– Ah, bom – eu disse. Então uma pergunta me ocorreu. – Se ser filho do deus dos mares é tão perigoso e atrái tantos monstros, porque você nunca foi atacado na escola?

– E quem disse que não fomos atacados? – disse Annabeth.

– Fomos atacados e muito – disse Thalia.

– Mas acabamos com todos os monstros. – disse Percy. – Inclusive com a Professora de Geografia.

Sra. Le Clair. Ela sempre foi terrível comigo. Ela me odiava. Ás vezes, no meio de um exercício eu a pegava olhando assassinamente para mim, como se fosse me matar. Eu sempre a olhava com desprezo, nunca gostei dela, e já levei milhares de suspensões por discutir com a dita cuja.

– Ela era um monstro? Digo, um monstro real? Porque pra mim ela sempre foi uma bruxa.

– Sim – disse Percy. – Uma das ajudantes de Jano, o deus das escolhas.

– Ah. – eu disse. Minha cabeça girava. Porque eu tinha que ser tão estranha? O que eu fiz pra merecer isso? Ok, essa não foi a pergunta correta. Eu aprontava, e muito. Eu era uma mistura bizarra de punk, metaleira, rockeira e encrenqueira. E tinha uma risada tão maléfica que quando os professores a ouviam, gritavam "Nem pense em fazer isso" e me punham na carteira ao lado da mesa deles.

Thalia pôs a mão no meu ombro.

– Calma – disse ela, embora ela mesma parecesse que ia desmaiar a qualquer momento. – Já estamos chegando.

– Eu estou calma. Eu sou o exemplo da calma. Um poço de calma. – eu disse já quase surtando.

– Sei. – disse Thalia.

Os pégasos atravessaram uma nuvem e eu pude ver o lugar. Tinha um rio, que serpenteava, na base do acampamento. Paredes de escalada, que pareciam tremer, como minis-terremotos. Uma mistura bizarra de chalés e uma casa de quatro andares, azul, e parecia ser para lá onde os pégasos estavam indo.

Pousamos e descemos da biga bem na porta da casa azul.

– Seja bem-vinda – disse alguém de dentro da casa. Olhei mais de perto e quando vi que era um centauro, quase caí para trás. – Meu nome é Quíron, e sou o diretor de atividades do acampamento.

– Err... Olá – gaguejei, tentando manter a compostura.

– Quíron, a mãe dela disse que ela é filha de Poseidon. – disse Percy.

– Só poderemos ter certeza de qualquer coisa quando ela for reclamada. – disse Quíron.

De repente, todos olharam para mim. Não, eles não olhavam para mim. Olhavam para algo acima da minha cabeça. Olhei para cima para ver o que era: parecia um tridente verde-água, brilhando e parecendo uma imagem em 3D girando. E então sumiu.

– Acho que isso resolve o problema. – disse Quíron. E recomeçou à falar, mas de um jeito pomposo, como se estivesse falando em meu funeral – Salve, Celynne Fonseca, filha de Poseidon, o deus dos mares e pai dos cavalos!

– Seja bem-vinda, irmãzinha – disse Percy. – Venha. Vou lhe mostrar o nosso chalé.

Nos despedimos dos outros e fomos andando em direção ao centro do círculo de chalés, até parar na frente de uma construção que parecia feita de pedras do mar, com um grande número 3 colocado acima da porta.

– É aqui – disse Percy. – Bonito, não?

– É lindo – eu disse.

Por dentro, o chalé era bem legal, havia seis beliches encostadas em uma parede, uma fonte de água salgada, um banheiro e uma parede com portas que parecia um closet. Dois dos beliches estavam bagunçados, supus que um era de Percy, mas não sabia de quem era o outro.

– Mais alguém vive aqui? – perguntei.

–  Sim – respondeu ele. – Nicolly. Ela é outra filha de Poseidon, que chegou aqui semana passada.

– Ah – eu disse.

Bem nesse momento entraram duas meninas no chalé. Uma morena de cabelos pretos e mechas loiras, roupas de patricinha e com um olhar desaprovador para minhas roupas punk. A outra tinha cabelos castanhos cacheados, e se vestia, basicamente, como eu. Roupas pretas, botas de combate e muitos anéis, colares e pulseiras de caveira. Elas pareciam ser amigas, mas eu não entendia como. Uma patricinha e uma rockeira? Isso era fisicamente impossível.

– Oi, Nicolly, oi, Kamilla – disse Percy, enquanto eu colocava minha mala ao lado da cama vazia encostada na parede (eu simplesmente amo camas encostadas na parede).

– E aí? – responderam.

– Campista nova? – perguntou a patricinha.

– É. Nicolly e Kamilla, essa é Celynne.

– Cel – eu o corrigi.

– Cel, esta é Nicolly – ele apontou para a rockeira. – ela é a nossa irmã. E esta é Kamilla, filha de Atena. – ele apontou para a patricinha.

– Prazer. – eu disse.

– Já vou indo, está quase na hora do jantar – disse Kamilla. E saiu andando rapidamente do chalé.

Alguns minutos depois, um tipo de som, como o que aconteceria se você soprasse uma concha de caramujo, soou.

– Hora do jantar – disse Percy animado.


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Notas finais do capítulo

E aí, povo? Gostaram? Deixem rewiews please!!
~ beijos com gostinho de Kit Kat