Vida Complicada escrita por Cel di Angelo, Cel di Angelo


Capítulo 26
Por que tudo tem que ser tão complicado?


Notas iniciais do capítulo

Hey, people, voltei! Para sua alegria! Ou Não!
Bem, respondendo ao título "Por que tudo tem que ser tão complicado?", eu tenho a ligeira impressão que é porque a fic se chama VIDA COMPLICADA. Tipo assim, só acho. Eu sei vocês devem estar falando "sua imbecil". Mas eu não consegui pensar num título melhor, então ficou essa poha mesmo.
AVISANDO: EU FIZ UMA PEQUENA ALTERAÇÃO NO CAPÍTULO 23, SÓ AVISANDO. NADA MUITO GRANDE, É PORQUE A NICOLLY ME AMEAÇOU DE MORTE SE EU COLOCASSE ELA TENTANDO SEPARAR A BRIGA. Ô MENINA BARRAQUEIRA VIU?
Sem mais blá blá blás ~le eu dando uma de Mr. D~ bem, ao capítulo. Hope ya have fun!



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Lay my head, under the water

Alone I pray for calmer seas

And when I wake from this dream, with chains all around me

No, I've never been, I've never been free - The Pretty Reckless, Under The Water

–––––––––––––––––––––––––––––

O Central Park estava movimentado, como sempre, apesar de estar nublado. Famílias com crianças brincando felizes, jovens passeando alegremente conversando com seus amigos. Me lembrei que há poucos dias eu era uma dessas jovens, caminhando alegremente pelo parque com os amigos.

Nico pareceu saber o que eu estava pensando.

– Eu sinto falta. – disse ele.

– Do que? – perguntei.

– De quando eu era um garoto normal. Sem monstros, sem deuses, sem profecias... Nada. – ele suspirou.

– Quantos anos você tinha? – perguntei baixinho.

– Eu aparentava dez – respondeu ele. Aparentava?, me perguntei mentalmente.

– E quantos anos você tem agora?

– 86. – respondeu ele sério.

Eu comecei a rir. Ele obviamente estava fazendo uma piada.

– É sério – eu disse rindo. – Quantos anos você tem?

– Eu também estou falando sério. Eu tenho 86 anos. Esqueceu-se de que eu falei que eu e minha irmã ficamos presos num cassino por 70 anos?

– Vish. Eu tinha esquecido. Sorry, baby – eu disse.

– Tudo bem – disse ele. – Mudando de assunto, onde você quer...

Ele não terminou a frase. Fomos atingidos como se um punho de vento nos acertasse. Voamos uns dez metros para trás. Assim que tocamos o chão, cordas saltaram e nos amarraram. Olhei para onde estivemos um segundo antes. Duas figuras vestidas com pijamas de linho branco, como roupas de ioga misturadas com roupas de karatê e pijamas, vinham em nossa direção. Um garoto e uma garota.

O garoto se aproximou e nos observou. Ele era alto, tinha uma pele morena escura e olhos castanhos penetrantes. A garota ficou um pouco atrás. Ela era branca, com cabelo liso da cor de caramelo, que não chegava a ser loiro, mas também não era castanho, no qual tinha mechas vermelhas, e ela tinha olhos azuis. Tinha a mesma altura que o garoto.

– Tem certeza, Carter? – a garota tinha um sotaque britânico.

– Tenho – respondeu o tal Carter. Ele estalou os dedos e as cordas se desamarraram dos meus pés e pulsos, enquanto Nico continuava amarrado.

– Quem são vocês? – rosnei, me colocando de pé.

– Sou Carter Kane. Essa é minha irmã Sadie. Muito prazer – disse ele oferecendo a mão. Fiquei olhando para sua mão até ele desistir e abaixá-la.

– O que vocês querem?

– Viemos levá-la para a Casa da Vida. Vamos para o Vigésimo Primeiro Nome.

– Casa da Vida? Vigésimo Primeiro Nome? – perguntou Nico. – Esqueçam! Nós a achamos primeiro!

– O que? – perguntou Carter surpreso. – Quem é você?

– Nico di Angelo.

– Nunca ouvi falar de você. Além do mais, nós quem?

– Nós não-é-da-sua-conta. Agora me desamarre dessa porcaria JÁ! – ele rosnou. Enquanto o garoto estava entretido com Nico, tirei meu anel do dedo e o transformei na minha espada, escondendo-a nas minhas costas.

– Creio que não, pequeno mortal. Vamos soltá-lo quando...

Ele não terminou a última frase porque eu o ataquei com minha espada. Ele ficou muito surpreso para reagir. Em poucos segundos, eu o joguei no chão e coloquei a espada em seu pescoço. Sua irmã, Sadie, se recuperou do choque.

– Vai me atacar? – desafiei. – Um passo e seu irmão morre. – disse colocando a ponta da espada na garganta de Carter. Milagrosamente minha voz não tremeu. Eu disse com segurança e firmeza, como se eu realmente fosse matá-lo. Anos de prática. Góticas fazem muitas ameaças de morte e eu não era diferente, graças aos deuses. – Bem, agora vamos conversar como pessoas civilizadas. Solte o meu namorado – disse olhando para Sadie.

Ela me olhou com raiva. Levantei uma sobrancelha. Ela estalou os dedos e em segundos Nico estava em pé ao meu lado, desamarrado.

– Muito bom. Agora vamos resolver isso sem armas – eu disse. – Jurem pelo Rio Estige que não vão nos atacar, amarrar, ou nenhum ato agressivo se eu os soltar e que vamos conversar como pessoas civilizadas, sem derramamento de sangue.

– Tudo bem – disse Sadie. – Eu juro em seus termos.

Um trovão passou rasgando no céu.

– Agora você – eu disse olhando para Carter.

– Juro – ele disse. – Em seus termos.

– Tudo bem. Nós também juramos – eu disse.

Outro trovão. Toquei a base da minha espada e ela se transformou novamente no meu anel.

– Bem, bem, bem – eu disse enquanto Carter se levantava. – Porque nos atacaram? Não era mais fácil e civilizado simplesmente chegar numa pessoa e dizer o que você queria falar?

– É, mas ele estava com você – disse Sadie olhando para Nico.

– E...? – perguntei.

– E que ele é um semideus. Ele nunca nos deixaria levar você – disse Carter.

– E por que vocês acham que eu iria com vocês? – perguntei levantando a sobrancelha.

– Porque você é uma maga, não uma semideusa. Você não deve se misturar com essa gente. Eles não são como nós. Eles veneram deuses, faça-me o favor. – disse Sadie revirando os olhos.

– Ei, ei, ei, ei – eu disse. Minha cabeça estava girando. Do que eles estavam falando? – Volta, come back, rebobina, rewind. Do que vocês estão falando? EU sou uma semideusa. Quem vocês pensam que são? – perguntei.

– Somos magos do Vigésimo Primeiro Nome da Casa da Vida. Estamos à procura de novos magos e olha só! Achamos você. Eu consigo sentir a magia em você. Você é uma maga poderosa – disse Carter.

– Querido, entenda uma coisa: EU NÃO SOU UMA MAGA. EU SOU UMA SEMIDEUSA FILHA DE... – então algo me ocorreu. – Poseidon – concluí sussurando a última parte.

~Flashback on~

Impossível disse Percy Eu sou filho de Poseidon. Somos muito poderosos. É quase impossível esconder nosso cheiro. Ela teria sido atacada muito antes.

Não disse a minha mãe se ela fosse metade maga.

~

Imagine filhos de filhos dos Três Grandes! Seriam capazes de destruir o Olimpo! disse Poseidon. – E ainda tem aquele outro detal... cof cof cof

~Flashback off~

Não se ela fosse metade maga. Metade maga. Lembro-me de ter olhado chocada para minha mãe. Quase havia esquecido o que ela havia dito sobre eu ser metade maga. E "aquele outro detalhe" que Poseidon queria dizer. Eu não soubera o que pensar, não fizera a ligação antes, mas agora tudo se encaixa. Tudo vai mudar, Celynne. Tudo.

– "Não se ela fosse metade maga" – sussurrei. – "Tudo vai mudar". "Aquele outro detalhe" – continuei sussurrando em choque.

– O que? – perguntou Nico.

– Foi o que a minha mãe me disse antes de eu partir. E o que meu pai quase disse. Metade maga.

– Como assim "metade maga"? – perguntou Sadie.

– Metade semideusa filha de Poseidon. E metade maga – minha mãe sempre dissera isso. Passei a minha infância inteira ouvindo as histórinhas dela. Só agora eu parara para perceber a gravidade de suas palavras.

– Impossível. Magos não se envolvem com deuses. Nós somos tipo a polícia para as forças sobrenaturais do Egito Antigo, garantindo que eles não causem muita destruição no mundo moderno – disse Carter.

– Você não percebe? – diz Nico com raiva. – Ela é filha de um deus GREGO, não egípcio ou qualquer porra dessas.

– Parem de brigar. Vamos resolver isso indo até a casa da minha mãe – eu disse com a voz calma e controlada. O choque das palavras não havia me atingido completamente. Eu estou tentando conte-lo para que mais tarde, quando eu estivesse sozinha, eu pudesse deixá-lo me esmagar.

Então eu ouvi as cinco palavras que começaram a ecoar na minha cabeça.

Tudo vai mudar, Celynne. Tudo.

Caminhei até a calçada e chamei um taxi. Nico foi até onde eu estava e me abraçou por trás.

– Devemos confiar neles? – perguntou susurrando no meu ouvido.

– Não – respondi. – Vamos confiar no que a minha mãe disser. Se isso tudo for verdade... eu não sei. Estou tentando não pensar nisso. Meu cérebro explodiria.

– Ei, calma. – disse ele enquanto o taxi parava na nossa frente. – Eu estou aqui. Sempre estarei – sussurou ele no meu ouvido.

Entramos juntos no banco traseiro do taxi. Nico se sentou no canto e eu no meio, deixando Carter na frente e Sadie do meu lado.

– Olympus Square, número 3 – disse ao motorista lhe entregando alguns dólares.

Encostei minha cabeça no ombro de Nico. Foi uma viajem bastante silenciosa. Ele apenas acariciava o meu cabelo enquanto eu tentava não pensar no que aconteceria quando chegássemos no apartamento da minha mãe.

Cedo demais, chegamos. Desci do taxi depois de Nico e eu me abaixei na segunda planta à esquerda, pegando a chave da casa. Entramos. Parecia tudo tão diferente depois de quase uma semana num acampamento para semideuses. Me peguei observando cada detalhe.

– MÃE! – chamei.

Ouvi o barulho de algo caindo na cozinha. Depois passos apressados chegando até nós.

– CEL!!! – gritou minha mãe vindo correndo me abraçar.

– Mãe – disse meio estrangulada. – Eu... não... consigo... respirar!

– Oh, desculpe, querida. É que eu senti tanto a sua falta e... – então ela pareceu notar os outros.

– Mãe, precisamos de todos os detalhes possíveis. A senhora sabe que eu fui mandada para o Acampamento Meio-Sangue. Hoje era o dia de folga e eu e Nico viemos dar uma volta em Nova York. Magos – apontei para Sadie e Carter. – nos atacaram. Eles afirmam que eu sou uma maga e que devo ir para a o Vigésimo Primeiro Nome. Queremos explicações.

Ela suspirou.

– Como eu desejei que esse dia nunca chegasse – ela disse. – Venham – disse ela apontando o sofá. – Eu vou lhes contar tudo.


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Notas finais do capítulo

Notas Finais do Capítulo:
O que acharam? Mereço rewiews? Recomendações? Tiros na testa? Cartas-bomba? Declarações de amor? Planos para dominar o mundo? Talvez planos terroristas? Bombas nuclares?
E no próximo capítulo: Explicações, problemas e complicações, minha gente! MUAHAHAHAHAHAHA ~le risada maníaca~ cof cof cof kkkkkkk
~ beijinhos com gostinho de John Cooper *OMFGs*