Hold Me Now escrita por Sarah Di Angelo Granger Malfoy


Capítulo 1
Begin




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Emily estava cansada, queria apenas ir embora daquele lugar que era indesejada, daquele lugar que sofreu por longos 15 anos.

Emily Knight não era alta, não era popular, não era atlética. Era resumidamente uma garota de 15 anos, pálida, com longos cabelos castanhos e olhos verdes, ela também era portadora de TDAH e dislexia. Não tinha nenhum amigo naquele maldito orfanato para garotas. Sim, Emily era órfã, nunca conheceu seus pais, não tinha fotos deles (como outras meninas), nem ao menos sabia seus nomes.

Ela nunca teve ninguém, não que ela fosse uma pessoa ruim que todos teriam motivos para odiá-la, ela simplesmente não se encaixava, sempre pensou que tinha algo de errado com ela, algo que afastava as pessoas.

Mas tudo mudaria, pois ela fugiria naquela madrugada, quando tudo estivesse silencioso, quando todos estivessem em um profundo e tranquilo sono, coisa que nunca teve, tinha pesadelos todas as noites, não poderia explicá-los, não faziam sentido.

Havia chegado a hora, agora ou nunca, ela pensou enquanto se vestia silenciosamente para que sua não tão querida colega de quarto acordasse, Oliver era em poucas palavras insuportável, vivia debochando de Emily por tudo, tornava a vida da mesma pior do que já era, houve uma vez em que Oliver a trancou em um quarto já não utilizado no último andar e Emily teve que pular a janela depois de mais de oito horas trancada, resultado: uma perna quebrada e castigo por ter “desobedecido” as regras e ter entrado em um quarto que não era seu. No fundo Emily sabia que Oliver era assim por seu pai ter morrido e sua mãe a abandonado quando tinha seis anos de idade, como ela sabia disso? Acidentalmente ela tinha ouvido uma conversa entre Oliver e Penny, uma das amigas de Oliver, o que só piorou a antipatia delas e outras garotas por Emily.

Finalmente ela estava pronta, pegou sua mala mediana e uma mochila debaixo da cama, Emily não tinha muitas coisas e não se importava, ao contrario das outras garotas, o único item de valor que ela tinha era um colar, que estava com ela desde que se entendia por gente, parecia um diamante azul, mas não tinha como ela saber se era falso ou verdadeiro, também duvidava muito que deixariam ela ficar com aquilo se fosse realmente um diamante, ainda assim ela escondia debaixo da blusa para que ninguém visse, nunca tirara ele de seu pescoço, sentia que tinha algo a ver com seus pais, era como um conexão que ela não queria quebrar.

Saiu do quarto cautelosamente e se dirigiu até o último andar, entrou no mesmo quarto em que uma vez ficou trancada e respirou fundo, naquela vez Emily apenas pulara, não tentara escalar ou subir na enorme árvore ao lado, mas dessa vez ela faria tudo direito.

Como planejado há mais de três semanas, ela pulou a janela com certa dificuldade por estar com as mãos ocupadas, o teto era resistente e sólido, o que melhorou sua situação, ela abriu sua mochila, pegou uma corda e amarrou a mala, descendo com cuidado até chegar ao chão.

Ela deu um impulso e saltou na grande árvore com a mochila pesada nas costas, ficou pendurada no ar, apenas segura pelas duas pequenas mãos.

Deu outro impulso e se jogou para cima do tronco, então começoua descer devagar, quando chegou ao fim, pegou sua mala, e saiu correndo.

O orfanato não ficava muito longe de Manhattan, mas ela ainda teria que andar muito. Checou seu relógio de pulso e viu que já era 03h45min da manhã.

Ela andou e sem perceber que o tempo passara, já estava quase amanhecendo e ela tinha chegado à seu destino. E foi ai que tudo deu errado, mal tinha acabado de olhar, quando ouviu uma voz sibilante que de nenhuma maneira parecia humana.

_Vejamos o que tenho aqui, uma semideusa saborosa para o café-da-manhã. _ A “coisa”, era muito maior que Emily, ao invés das pernas ela tinha dois troncos de serpente, olhos de felinos, e para completar, passava a língua bifurcada de cobra nos lábios.

Foi tudo muito rápido, de repente ela estava no chão segurando seu braço que jorrava sangue, a criatura ia avançando, é meu fim, ela pensou fechando os olhos e esperando o impacto, mas ele não veio. Ao invés disso, ela percebeu três silhuetas perto dela. O chão estava coberto pelo seu sangue e um pó estranho, não havia mais sinal da criatura, o que significava que os três a mataram.

Quem seriam aquelas pessoas? Ela não sabia, mas os devia a vida.

_Quem são vocês?_ Ela perguntou em um fio de voz.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo XOXO



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