Who I Really Am? escrita por CarolBeluzzo, Gii


Capítulo 4
Eu Devo Estar Sonhando.


Notas iniciais do capítulo

Olá peopleeeee! Como estão? Bem? Me contem as novidades :D
Aqui está mais um capítulo, e o link da capa, como sempre aqui nas notas iniciais.
Se alguém quiser me ensinar a por a capa no capítulo eu agradeço :D
Espero que gostem
2bjos
Carol



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POV Felix

Eu andava a passos largos, mas apesar da pressa, eu não corria verdadeiramente. Tinha o capuz sobre a cabeça, apesar de não mais necessitar dele nos corredores ali embaixo.


Não sabia como Aro reagiria com as novas notícias, mas sabia que não seria bom. Mais um membro dos Volturi fora destruído por um clã inimigo, e, desta vez, não fora apenas um membro da guarda, e sim um dos vampiros mais úteis do circulo íntimo de Aro.

Depois de mais alguns segundos, passei pelas grandes portas, indo em direção ao trono de Aro, que parecia irritado em apenas ver-me sozinho.

– Bem vindo de volta, meu caro Felix. - disse Aro sorrindo, assim que me viu, mas pude perceber que o sorriso falhou um pouco no final. - E onde está Demetri?

– Está morto. - respondi direto. Era melhor acabar com a discussão antes que começasse.

Ele me olhou com um olhar de raiva, misturado com alívio. Era um tipo de ‘Pena que ele está morto, mas quem liga, ainda temos você.’

– E como isso aconteceu? - perguntou tentando se controlar.

– Fomos atacados pelo Clã Romeno, mas eles estavam com vários nômades e recém-criados que não reconhecemos. Um deles tinha o dom de paralisar completamente uma pessoa, e fez isso com Demetri. Eles o mataram em seguida.

Aro parou por um momento e eu não sabia se ele estava pensando em um jeito de acabar com os Romenos ou um jeito de acabar comigo.

Depois de alguns segundos, ele saiu de onde estava e veio em minha direção. Seu olhar era de curiosidade, ódio e pena misturados juntos. Um olhar que era bem conhecido por todos da guarda.

Levantei minha mão antes mesmo que ele precisasse me pedir para fazê-lo. Ele a segurou forte por alguns minutos enquanto vasculhava minha mente em busca de algum sinal de mentira, e depois a soltou, soltando um suspiro de frustração. Caius e Marcus o olharam em expectativa.

– E então? - questionou Caius depois de alguns segundos em que Aro passou em silêncio.

– Perdemos um membro da guarda. - disse Aro voltando a se sentar. - Mas não iremos atacar os Romenos.

Todos ficaram surpresos, afinal, sempre que um Clã fazia algo contra os Volturi, ele recebia uma punição.

– Como não irmão? - perguntou Marcus chocado. - Esses dois tem nos causado problemas a décadas, tirando o fato de terem um desejo de vingança enorme, pelo fato de termos destruído seus castelos.

– Concordo. - começou Caius. - Esta pode ser a chance perfeita para darmos um fim nisso, de uma vez por todas.

– Pensarei sobre o assunto. - disse Aro.

Alec deu um passo a frente na minha direção.

– Então você fugiu com o rabo entre as pernas e deixou Demitri sozinho, Felix? - perguntou Alec, sem qualquer expressão no rosto.

– Como você tem coragem de aparecer aqui depois de tudo isso? - cuspiu Jane - Eu devia...

– Jane. - chamou Aro acabando com a falação. Ele gostava de silêncio, o Aro. Pra mim isso sempre foi um indício de que ele estava ficando um velho rabugento, mas sempre guardei isso escondido bem no fundo da minha mente. - Estão todos liberados. - completou fazendo um gesto com a mão para todos saírmos, e fizemos uma reverencia antes de finalmente irmos.

Quando estavamos bem longe da sala do trono, Jane me encurralou com ajuda de Alec.

– Jane, eu fiz tudo o que eu podia. - Eu tentei me defender

– Se tivesse feito tudo o que podia estava morto, junto com Demitri. - disse Alec

– Se fosse você, teria ficado sabendo que não havia como salvar nem ele e nem você? - Eu retruquei, cerrando os punhos.

– Eu teria acabado com todos - Disse Jane, com a voz sem emoção habitual - Sabe Felix, acho que você não tem noção da situação habitual nossa. O Aro pode até não demonstrar, mas ele sabe o que essa baixa significa.

– Do que você está falando, Jane?

– Você é tão burro á ponto de não perceber? Você notou o quanto a sala do trono está vazia? Os vampiros não tem mais medo de atacar os Volturi. Pela cara que Aro fez quando viu as suas lembranças, a situação não está nada boa para nós.

– Jane acha que devemos nos proteger mais do que nunca - disse Alec, completando a frase da irmã - Que eles estão atacando grupos isolados nossos, como quem ataca pelos flancos antes de chegar ao coração.

– Mas o que vocês pretendem com isso? Não podemos simplesmente ir contra o que Aro diz para nos proteger...

Aquilo era o que Jane estava pensando? A situação chegou á ponto de Jane começar a questionar as decisões de Aro?

– Não acho que devemos ir contra. Acho que alguém deve falar com ele. - Jane disse, observando tediosamente os tijolos da parede antes de fixar o olhar em mim.

Alec me encarava.

– Eu?! - Exclamei surpreso - Mas se Aro...

– Exatamente. Convenhamos, Felix, você desceu vários pontos com Aro por ter voltado sem Demitri. - Disse Alec, quase sorrindo

– Além de quê, nós podemos te convencer de outro modo se tentar resistir. - continuou Jane, com um sorriso inocente nos lábios.

Eu nunca me senti tão entre a cruz e a espada do que naquele momento. O que eu poderia fazer?


POV Renesmee



Acordei atrasada no dia seguinte. Me troquei tão rapido que quando terminei meu quarto estava uma baderna. Não tomei nem café da manha e ainda tive que correr em uma velocidade sobre-humana pra conseguir pegar o ônibus, mas mesmo assim eu o perdi. Eu teria que andar meia hora até a escola e o pior de tudo era que eu havia acabado de acordar.


– Ótimo, só vou chegar lá amanhã. - resmunguei pra mim mesma enquanto atravessava a rua.

Vi pela sombra longa que se formava no chão enquanto eu andava que meu cabelo parecia um ninho de rato. Eu quase entrei em desespero enquanto tentava desfazer um nó gigante que se formou nas pontas quando tentei pentear com os dedos. Quando finalmente consegui deixar ele um pouco apresentavel - ou é o que parecia quando eu olhava no reflexo dos vidros dos carros parados - eu já havia andado um bom bucado.

Só quando finalmente parei de prestar atenção no meu cabelo foi que eu notei que desde alguns quarteiros antes uma moto estava andando bem devagar ao meu lado. Tentei ignorar, fingindo que não era comigo, mas a pessoa simplesmente não ia embora, continuando a me seguir, no ritmo da minha caminhada.

Até que me irritei e parei, virando para a moto e cruzando os braços. A pessoa que pilotava a moto, tirou o capacete e eu vi que era o cara do ponto de ônibus.

– O que você quer? - perguntei respirando fundo enquanto ele gargalhava. - Mas que droga, você me assustou.

– Desculpa, eu só queria ver o que você faria se realmente tivesse um estuprador assassino atrás de você.

– Pare de rir. - ele continuou. - Não tem graça. - resmunguei, mas ele continuou a gargalhar sem parar. Meu sangue ferveu. - Eu não tenho tempo para isso, estou atrasada. Até mais.

Voltei a andar e ao notar isso ele parou de rir e voltou a me acompanhar em cima da moto, andando ao meu lado novamente.

– Ok, me desculpa. Que tal uma carona? - perguntou.

– Não, obrigada. Sabe, eu tenho duas pernas, eu posso muito bem usa-las. - eu nem olhei para ele enquanto falava, continuando á andar.

– Você realmente acha que eu sou um estuprador assassino? Qual é, olha pra mim.

Ele sorriu, aquele sorriso de sol e eu praticamente me derreti. Não havia como um cara ter um sorriso daquele. Aquilo devia ser um crime, sério. Antes que pudesse demonstrar isso na minha cara, eu disse:

– Qual é, eu nem sei o seu nome.

– Jacob Black. Feliz? Agora suba.

– Eu não vou subir na moto Jacob Black. - eu tentei imitar sua voz grossa quando disse o seu nome, mas ao invés de fazer ele ficar irritado, só o fez rir. Eu bufei - Eu nem te conheço e sinceramente estou começando a achar que você está me perseguindo.

Continuei andando, enquanto ele estava me seguindo na moto e me olhando. Era impressionante como ele consegui ficar bonito apenas com uma camiseta e jeans. Apesar de tudo, eu tinha que admitir que ele tinha uma beleza incontestavel. Ambos, a calça e a camisa, eram pretos e a ultima era meio justa, fazendo os gominhos de seu abdômen se destacarem, como da ultima vez.

Ele devia passar o dia na academia. Tipico Playboy.

Olhando para ele daquele ângulo pude perceber que Mika tinha razão: ele parecia um estuprador assassino, ou até mesmo apenas um guarda-costas, afinal, ele tinha a estatura de um gorila. Um gorila bonito.

– Está começando a achar? Quer dizer então que você não achava antes?

– Eu não disse isso! - falei bufando.

Pude sentir todo o sangue do meu rosto ferver quando eu parei na esquina de uma rua, esperando para atravessar.

Como eu estava olhando para o moreno na moto, não percebi um carro indo em direção a uma grande poça de água que estava bem na minha frente.

A água veio toda na minha direção e eu simplesmente não consegui sair da frente rápido o suficiente, ficando encharcada dos pés à cabeça.

Eu fiquei estática não acreditando no que tinha acontecido. Eu espremi minha camiseta encharcada e um liquido suspeito escorreu dela. Eu não me atrevi a respirar.

– Então? Agora você vai querer a carona?

Eu quis mata-lo naquele momento, mas não o fiz. Simplesmente peguei o capacete que estava em sua mão, enfiei na cabeça e me sentei na parte de trás da moto - fazendo questão de molhar a maior parte possivel de coisas, como uma pequena vingança. E isso me deu a chance de, quando a moto começou a andar, segurar em sua cintura e poder sujar sua camisa também.

Eu gritei por cima de seu ombro onde ficava minha casa, e pouco tempo depois estavamos parando em frente ao jardim florido, tão bem cuidado por minha mãe.

Desci da moto, tirei o capacete e o coloquei nas mãos de Jacob.

– Pode ir agora, obrigada. - resmunguei virando de costas e indo em direção à porta.

– Espera. - gritou. Eu me virei e olhei pra ele irritada. - Não vai querer uma carona pra escola? Ainda dá pra pegar a segunda aula.

– Você não tem mais o que fazer além de ficar me dando carona, não?

Ele deu um meio sorriso maroto.

– Não.

Eu não pude segurar o meio sorriso que brotou na minha boca por um segundo. Entrei correndo para dentro de casa.

– Filha? - minha mãe limpava as mãos no guardanapo quando saiu da cozinha e quando me viu - O que aconteceu com você?

– Perdi o ônibus e um carro me deu um banho de poça - disse enquanto corria as escadas á cima, indo na direção do meu quarto. Eu tinha tido sorte, pois a água não atingira o meu cabelo, só boa parte das minhas roupas, mas ainda sim precisava passar uma água no corpo.

Minha mãe veio me seguindo enquanto redopiava pelo quarto bagunçado pegando uma roupa.

– Então você não vai para escola? - A voz dela parecia ter um tom de esperança.

Minha mãe ficava extremamente feliz quando eu faltava da escola, pois não era a favor da minha educação fora de casa. Dizia que eu era inteligente o suficiente para aprender sozinha, mas eu optei por ser um pouco normal quanto á isso.

– Hmmm, na verdade eu tenho carona, então eu tenho que correr - Eu disse correndo para entrar no banheiro e batendo a porta. Mas antes de ligar o chuveiro abri a porta de novo, enfiando a cabeça para fora e dando de cara com a expressão confusa de Sarah - Mamãe, você pode arranjar uma camisa do pai? O meu amigo molhou a dele também.

Eu já estava de baixo do chuveiro, passando o sabonete rápido pelo meu corpo, quando eu ouvir ela dizer algo como “Amigo?” e o barulho da cortina do meu quarto se mexendo.

Eu parecia um furacão quando sai do banheiro. Mal tinha me enxugado direito, meus braços estava ainda molhados quando coloquei a blusa e descia a escada aos tropeços. Minha mãe vinha me seguindo, parecendo perdida, com uma camisa nas mãos, tentando falar comigo.

Eu agarrei a camiseta, mal soltando um ‘obrigada’ antes de ir em direção á porta. Quando abri, ele estava apoiado na grade da minha varanda, com a camisa suja nas mãos, olhando divertido para mim. Por um segundo, eu não pude fazer mais nada além de suspirar, observando aquela visão do paraíso parado na minha frente.

Caralho, ele era tão gostoso assim alguns segundos atrás?

– Você tem uma camiseta para me emprestar? - ele perguntou, estendendo na minha direção a que ele segurava. Eu sorri presunçosa, me vangloriando internamente por ter me adiantado.

– É do meu pai. Eu acho que serve em você. - eu disse estendendo a camisa para ele.

Se ele sem camisa era a visão do paraíso, eu não tinha palavras para descrever o que era ele colocando a camisa. Parecia que estava colocando devagarzinho de propósito. Estuprador Assassino desgraçado.

Minha mãe me assustou, tocando na minha cintura para eu sair da porta para ela passar. Ela parecia surpresa ao olhar para ele de perto.

Jacob pigarreou, terminando de colocar a camisa. Eu olhei para minha mãe, entendendo que eu tinha que apresenta-los. Meu rosto esquentou.

– Ah, Jacob essa é Sarah, minha mãe, e mãe esse é o Jacob, meu... - eu me perdi no meio sorriso que ele deu - meu colega de laboratório.

Finalizei, tentando esconder o rubro do meu rosto.

– É. Da escola. - Ele disse meio irônico. Eu o olhei feio.

Sarah pareceu não notar.

– Escola essa que vamos nos atrasar se continuarmos aqui... - Eu comentei sorrindo forçadamente para Sarah - Tchau mãe!

Eu fui empurrando Jacob escadas á baixo, empurrando suas costas enquanto acenava para minha mãe. O Black parecia tentar segurar o riso, achando engraçada a situação.

Eu só pensava em sair logo daquela situação constrangedora.

Jacob me entregou o capacete, pegando o seu em cima da moto estacionada. Ele mantinha um sorriso sarcastico na boca, como se estivesse se segurando. Estavamos longe suficiente para ele conseguir disfarçar enquanto dizia:

– Colega de laboratório é?

Eu fiquei de costa para minha mãe, fingindo que colocava o capacete.

– Você preferia que eu dissesse o maníaco do parque que me persegue? - eu retruquei.

Ele sorriu mais largo.

– Hmmm, talvez outra coisa...

– Renesmee!! - Gritou minha mãe, me fazendo dar um pulo de susto. Eu me virei para ela, que vinha na minha direção com aquela expressão de sempre - Você esqueceu sua bolsa.



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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam ok? :D