Minha cabeça estava já no quarto do Ian, obrigava minhas pernas correrem velozmente, estava louca pra ter os braços de Ian na minha cintura, me puxando contra seu peito, seus olhos queimando no meu rosto e seus lábios, ah seus doces lábios, se colarem aos meus como sempre e com o desejo irredutível de nunca parar que sempre me deixavam sem ar.

“Peg, Peg, Peg” as pessoas me chamavam, mas agora eu só queria ver Ian.

Apressei-me mais ainda, passando pelos corredores sem ao menos ver por quem eu passava, quando cheguei ao quarto de Ian, que também era meu, bom até antes ou... Sei lá.

“Ian, Ian, cadê você?” gritava ele, dentro do quarto vazio, vi algumas caixas no canto e automaticamente pensei: Está descarregando.

Mesmo cansada corri, não tão rápido como antes, mas tentava.

A maioria ali estava, mas procurava um no meio de todos, ignorando os olhares em minha direção. E ali no canto olhando para cima, pro céu, perto da entrada, estava Ian, com seu corpo que me fazia suspirar, sua expressão era pensativa e distraída.

“Ian” gritei o fazendo olhar em minha direção e corri pro seus braços.

Ele se virou enquanto eu ia em sua direção, abaixou sua cabeça e por um momento vi o Burns, sorrindo pra mim, quase como quisesse que eu corresse para ele, mas decidir ignorar, só tinha na minha visão Ian e como queria seus lábios nos meus.

“Hey” estava perto dele, mas não parei, me choquei contra seu corpo, fazendo-nos cair no chão, ele riu, não esperando isso, fiquei por um minuto tomando fôlego e vendo seu sorriso, ele me segurou, seus olhos brilhavam.

“O que você esta...”ele começou a falar, mas o calei, era eu que ia dominar essa situação.

Beijei-o, como eu sonhava vindo pra cá beija-lo, nenhuma das minhas lembranças eram melhor do que senti-lo, a cada beijo ,ele me fazia ficar tonta. Esquecendo os olhares sobre nós, percebia seu corpo corresponder, ele me beijou com tanto desejo, pensei que ia explodir de tanta felicidade. Seus lábios eram doces, ele puxou meus lábios inferiores, e vi que ali era ele matando as saudades de mim, ele rolou, e se segurou, mal sentia seu peso em cima de mim, ouvi vários cochichos e risadinhas em volta.

“Ficou maluca? Bom, amei esse seu ataque, mas acho que da próxima vez, vê se não me derruba, pois podemos nos machucar e, além disso...” ele chegou mais perto do meu ouvido “não estamos sozinhos pra essa cena plena noite.” esse era o Ian que eu amava, o que me fazia sentir a mulher mais feliz do mundo, já com dificuldade pra respirar mas não era a única. Ele também estava.

“Estava com saudades disso!” beije-o novamente, agora fui eu que puxei seu lábio inferior, ele correspondeu mas vi que ele não estava tão concentrado como antes.

“Você vai me deixar louco, deixa pelo menos nos levantarmos?” iria dizer que não,mas ele foi mais rápido, se levantando e me puxou pela cintura junto.

Ele me soltou, pensei que seria preciso derruba-lo novamente, mas não foi preciso.

Ian foi me empurrando até minhas costas se chocarem em alguma parede, seus lábios com sede dos meus, me vi ar, dei uma espiada por trás dele, mas estávamos na parte um pouco escuro e fora da vista dos outros.

Ian beijava meu pescoço, suas mãos voavam pelas minhas costas, puxando pra ele, por costume, enrolei minhas pernas em sua cinturas, ele me segurou de encontro a parede mais, seus lábios nunca me deixando e sentia meu corpo queimar, não de um jeito ruim, mas era bom, até mesmo viciante, pois somente com Ian, eu sentia isso.

“Precisamos ir, Jeb está certamente nos esperando para a festinha dele” ele disse, quando eu e ele respirávamos com dificuldade.

“Precisamos mesmo?” disse, passando a mão pelo seu rosto e deixando meu dedo sobre seus lábios.

Ele fechou os olhos e sorria, até mesmo maliciosamente.

“Você vai com certeza me enlouquecer, Peg. Não me faça perder o controle e...faltar essa porcaria de confraternização, Jeb ia sentir nossa falta e não duvido nada que colocaria todos a nossa procura.” ele dizia, mas no fundo dos seus olhos via que ele também queria ficar.

“Esta bem, vamos, a essa porcaria de festa!” o soltei e estava indo em direção ao caminho, quando...

“Hey,eu disse que não podíamos faltar, não que não podíamos nos atrasar” disse Ian, e lá estava o azul mais quente de todos.

“Hmn, gostei disso” ele me puxou para ninho dos seus braços, me fazendo presa em neles, me beijava e nós riamos. Depois de uns dez minutos, fui eu a parar.

“Melhor irmos, Jeb irá mesmo nos procurar!” pela primeira vez realmente pensando direito “Vamos?” será que ele e sua crise de ciúmes já tinha passado?

“Vamos, sim, mas antes tenho uma surpresa pra você e acho que essa é à noite pra você usar! Afinal quantas festas você poderá usa-lo?” ele no final falava mais consigo mesmo.

“O que? Surpresa? Festa? Como assim Ian?” não fazia ideia do que seria.

“Venha comigo!” ele disse me puxando de volta para as fortes luzes, tive que colocar minha outra mão nos olhos, pois a outra estava entrelaçada a forte mão de Ian, ele começou a correr, como se fugisse de uma chuva. Riamos, até que percebi que eu estava sendo um peso pra ele, estava extremamente cansada.

“Chega, to demorando muito, por que você não me traz aqui, já que você é rápido?”

Ele balançou a cabeça e seu sorriso só aumentou, chegou bem perto de mim.

“E perder a oportunidade de ter um momento de ver você usando-lhe só pra mim? Não, venha, eu te carrego, to com saudades, faz muito tempo que não faço isso.

“Ian..” comecei a protestar, mas ele não me ouviu e já começava a correr comigo em seu colo.

Queria beija-lo mais, mas ia acabar nós dois caindo de novo e seria constrangedor explicar o motivo pro Doc.

Ian me levou para o nosso quarto, agora tinha certeza que era nosso e lá ele me soltou e...