Totalmente Humana? escrita por Ana Mercedes


Capítulo 26
Começo Feliz


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Carol Webber Soares que comentou no ultimo capítulo... Boa Leitura



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Um ano se passou após a mensagem da Beatriz. Nunca mais se teve noticia. A única que circulou no Congresso foi que ela tinha se tornado Rainha. Magnus e Caroline decidiram ficar mais na Terra do que previsto. Já Patrick e Brutos, suas almas foram condenadas a viver encapsulado por tempo indeterminado. Agora que sou uma Pilar, vivo na capital, onde o Congresso das Almas reside. Ian esta trabalhando com os humanos. Fazendo todos se adaptarem e procurando a melhor maneira de convencer os humanos que as almas não são nossas inimigas. A lei que foi decretada pela então ainda Rainha, foi mantida, porém consegui mudar os termos. Se a alma e o humano no hospedeiro concordarem poderiam viver. Claro, harmonicamente. Havia na Terra finalmente uma paz que há anos não via. Os humanos sendo compreensíveis, não mais maltratando a natureza e aceitando a ajuda das almas. Um trabalhando com o outro. Juntos.

Estou na minha sala, com uma enorme vista de toda Chicago. Estava esperando Magnus e Caroline me chamarem. Temos uma reunião hoje, com o Congresso dos Humanos, para debater caso haja algum problema. Olho para minha barriga, estou a alguns 6 meses de gravidez. Eu e Ian nos casamos em um das igrejas da capital. Graças a Caroline que arrumou tudo. Ela tomou conta. Bom, ela e todas as mulheres. O vestido do meu casamento foi magnífico, realmente foi feito em outro planeta, tinha aparência de frágil, mas era todo encoberto de perolas. Ela tinha um tom mais para o prata, como meus olhos. Mas o véu foi branco como usado pelos os humanos. Casamos junto com Melanie e Jared. Melanie casou com um vestido bem humano, mas com all stars. Eles escolheram sua lua de Mel em Pais. Já eu e Ian tivemos a nossa lua de mel no Brasil. Magnus insistiu que fossemos lá. É seu país preferido. E realmente da para se notar o porquê.

Quando pisei no Brasil parecia que já sorria, vinha uma sensação tão boa, as praias eram lindas, a paisagem de tirar o fôlego. Todos me conheciam, claro, eu sendo Pilar agora. Atualmente, Pilares eram conhecidos por todos. Humano ou não. Quando contei pra Ian que estava grávida. Pensei que ele ia ficar bravo, sei l, mas não, ele me rodopiou e me beijava. Dizendo que o fiz o homem mais feliz do Universo, sendo que foi ele a me fazer a mulher mais feliz da Galáxia. Ria dos desejos malucos que tinha. Ian acordava todo mundo para procurar minhas comidas. Uma vez quis Milk shake com batata frita misturada. Ian arrumou uma tropa para isso. Jeb que sempre dizia “estou velho demais pra ficar acordando a quatro da manha pra procurar um drive thur”, ele reclamava, mas ia.

“Senhora Pilar, os Pilares chegaram e se caminharam a sala de reunião, fui informada que a reunião será feito nesse prédio, e pediram que a senhora já fosse.” disse minha secretaria humana. Cristina. Ela me lembrava Sunny.

Sunny com as outras almas que nos ajudaram ficaram responsáveis pelos hospitais. Mandy como sendo uma ex alma, preferiu trabalhar em auxiliar as almas em não se assustarem com os humanos. Trabalhando junto com Ian.

“Sim, diga que estou indo” disse. Aqui no trabalho eu sou a Senhora Pilar. Mas fora todos me chamaram de Senhora O’ Shea. Amava o sobrenome de Ian.

Logo, quando soube que estava grávida. Um mês depois foi Melanie a descobrir a sua gravidez, foi a maior alegria, duas grávidas. Jeb quase teve um ataque quando contamos para ele “Está de brincadeira comigo? Nunca pensei que sentiria saudades dos Rastreadores” ele praguejava. Mas amou, tanto que já comprou um monte de roupinha. Pra nós duas. Eu quero uma menina. Ian quer um menino. Mas se vier com saúde está de bom tamanho.

Jared e Ian pareciam zumbis por meses, pois quando parei de ter desejos foi à vez da Melanie. E logo, Jared acordava Ian pra ir junto. Tinha dias que acordava e ria sozinha. Ela sim tem desejo doido. Uma vez ela quis castanha do pará, só que detalhe, não estávamos na época!

Levantei. Hora de reunião, vamos bebê! Afaguei minha barriga. Estava com um vestido branco, cheio de flores com um colete azul celeste. Ian que comprou. Peguei minha bolsa que continha meus documentos. Agora sou registrada como os humanos, mas na identificação de alma. E meu celular. Voltaram á moda do celular. Mas com a tecnologia das almas. Entrei na sala de reunião. Que é toda na cor de madeira e com três janelas enormes intercaladas. E lá estava Magnus e Caroline conversando com uma mulher de costa pra mim, não conseguia ver rosto. Caroline toda de amarelo, uma cor alegre. Magnus todo no terno azul escuro. Que eu e Caroline ajudamos a comprar. Admito, de tanto andar com Caroline acabei aprendendo alguma coisa sobre roupas. A mulher de costa era esbelta, tinha curvas acentuadas, com os cabelos negros enorme, estava com um calça colada preta e uma blusa vermelha. Com uma bota de salto. A única palavra que definiria ela seria: sexy!

“Peregrina” gritou os dois. A mulher se virou me encarando e por um minuto fiquei hipnotizada por aqueles olhos. Havia algo de familiar nela. Magnus e Caroline estavam com os olhos brilhando. Caroline ate chorando.

“Não conhece mais sua Rainha?” perguntou. Rainha? A Rainha agora é...

“Beatriz.” corri ao seu encontrou.

“Hey, cuidado com o bebe” ela me abraçou.

“Realmente é verdade que as mulheres humanas grávidas são mais sensíveis. Bom, se acalme e sente. Me da nos nervos em pensar em que se machuque” disse ela. Sentei numa cadeira e ela virou a dela pra mim. Magnus e Caroline sentaram na nossa frente.

“Como...como você voltou?” gaguejei entre as lagrimas.

“Sou a Rainha, se lembra? Posso tudo! Bom, quase tudo” brincou ela.

“Por que não nos deu noticias? Por sumiu por tanto tempo? Perdeu muita coisa, preciso te contar...” falava rápido demais. Ela fez sinal pra eu parar.

“Vá com calma O’Shea. Se não essa criança vai sair pela sua boca. Alias é menino ou menina? – perguntou.

“Não sei, no ultrassom não da pra ver” respondi.

“Hmn, deixe me ver” disse. Ela tocou minha barriga com uma palma da mão e fechou os olhos. Senti uma energia pelo meu corpo. E depois ela abriu os olhos. Rindo.

“É bom você ter forças ainda, pois vem uma menina por ai. Se puxar a mãe, o Universo todo corre risco” –brincou. Todos riram. Chorei mais ainda. Uma menina!

“Vou ligar pra Ian” disse já com o celular na mão. Contei pra ele. Ele gritou pra todos no trabalho, podia ouvir os gritos que acompanharam, mas não sabia se podia contar da parte da Beatriz, preferi pular. Ele anunciou uma festa lá em casa hoje á noite para todos.

“Ainda sabe o que é melhor. Obrigada por não dizer meu nome. Estou de passagem, vim pra matar as saudades dos meus irmãos e de você.” disse ela.

“Não vai ficar?” perguntei. Ela se levantou e caminhou até a janela.

“Não, tenho um universo todo pra governar. E como combinado, a Terra não faz parte do meu parâmetro. E sim dos meus irmãos” respondeu sem olhar pra mim.

“Você casou?” perguntei. Todos os três caíram na risada. Ela voltou ao lugar.

“Quase. Conheci o tal de preferido, minha mãe arrumou tudo pra nós nos casarmos. Ele seria um grande auxilio na força. Mas no altar, na ultima hora, recusei. Todos piraram comigo mas depois não falaram nada. Quem se viraria contra a nova Rainha?!” ela riu. Imaginei a cena dela deixando ele no altar. Essa sim era a Beatriz. “Afinal posso ser feliz sozinha, sim. E não estou sozinha tenho minha família e amigos. Minha mãe não tem mais poder contra mim. Meus irmãos estão vamos dizer que não dão um passo sem minha permissão. Os Rastreadores estão de férias no Planeta Fogo, depois vou mandá-los pro Planeta Morcego, Alga e assim por diante.”

Todos nos rimos.

“Hora de reunião meninas” disse Magnus. Todos nos levantamos.

“Ou seja, hora de vazar pra mim!” completou Beatriz. Ela beijou os irmãos e abraçou. E depois se virou pra mim, secou minhas lagrimas.

“Minha amiga Peregrina, finalmente você esta tendo seu final feliz, alias não final e sim um começo” ela passou a mão pela minha barriga. “Seja feliz, sempre minha amiga, você merece.” nos abraçamos e ela beijou minha testa.

“Vejo vocês qualquer anos desses!” disse ela indo pra janela. Abriu ela e subiu.

“O que você esta fazendo?” perguntei.

“Fazendo uma coisa que aprendi com os humanos: Saindo com estilo” disse ela. E se jogou. Corri para ver. Tinha uma nave embaixo dela. Ela balançou os braços e mandava beijos. Virei e nos três limpamos as lagrimas.

Tivemos a reunião. Agora estávamos nos três felizes. Mas sentia que queria ela mais perto de mim. O bom, que a reunião não teve problema algum.

Quando cheguei em casa. Ian tinha chamado o bairro todo pra comemorar que íamos ter uma menina. A casa esta cheia de gente, humanos e almas, me cumprimentamos, acabamos todo indo para o refeitório. No caminho queria parar em um lugar primeiro.

A árvore da Beatriz. Nunca mais estive aqui, desde daquele dia que vi Beatriz pela ultima vez. O balanço continuava firme e forte. A arvore sempre crescendo e dando frutos. Até descobriram que a flor que ela dava era única, uma mistura rara de duas espécies que dei essa flor laranja com o centro amarelo. A historia de Beatriz era essa. A mistura de duas espécies que diziam que nunca podiam ser cruzadas. A única diferença que no caso de Beatriz nunca daria frutos e nunca mais cresceria. Pensando bem, essa também é a minha historia. Eu que pensei que nunca passaria de um dia na caverna de Jeb, ou quando me perdi no deserto, ou quando Kyle quase me matou, não podendo esquecer dos Rastreadores. E aqui estou, com uma filha pra criar e com um marido maravilhoso me esperando. Dando frutos e crescendo.

Enfrentei muita coisa. Mas todos resultaram nisso. Como a própria Beatriz disse: “um começo feliz”. Sentei no balanço e me impulsionei pra frente. O vento parecia que trazia o cheio de Beatriz. Como se ele mesmo me saudasse. Ali, naquele lugar, tomei uma decisão.

A minha filha se chamaria: Beatriz O’Shea.

FIM


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Notas finais do capítulo

n/b: Sim, gente esse é o fim.
Bom, espero que tenham gostado a Ana só me mandou até aqui, eu até conversei com ela e se vocês animarem ela pelos comentários acho que pode rolar dela fazer um epilogo, então comentem, quem ainda não apareceu pode ser a ultima chance de deixar sua marquinha aqui.
obrigada...
beijos



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