Maré De Sentimentos escrita por R_Che


Capítulo 18
Colete de forças


Notas iniciais do capítulo

Isto começa a caminhar para o final, e eu espero sinceramente que até Outubro já tenha acabado e postado todo o resto de história que falta!
Quero agradecer muito a recomendação da cristianekrieser. E agradecer-lhe também todo o incentivo que me tem dado ao longo da história.
Aproveito e deixo um beijinho a todas as pessoas que comentam. É quando leio os comentários que me decido a escrever.

Espero que se divirtam com este capitulo, porque é isso mesmo que ele é... divertido. Não é demasiado sério, nem precisam de sofrer com ele. :)

Vimo-nos por aí*

Obrigada a todos
Obrigada Cris*



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A: Vamos almoçar? – perguntou Alejandro contente com o resultado da reunião dessa manhã.

R: Vamos. – Rachel olhou instintivamente para Quinn, que se mantinha ao seu lado mas a conversar com um dos executivos europeus.

A: Tens preferência?

R: Deixa ver se a Quinn tem alguma ideia em mente.

A: Olha lá...

R: Não. – avisou Rachel com os olhos abertos. Alejandro riu-se. Ele sabia perfeitamente que aquela relação era como o gato e o rato, e era evidente que haviam progressos desde a noite anterior.

A: Já não era sem tempo.

Q: O quê?

R: Nada. – Rachel revirou os olhos e continuou...- Vamos almoçar com o Alejandro. Tens alguma preferência?

Q: Eu? Tenho a certeza que o Alejandro é capaz de nos apresentar uma coisa nova na sua cidade preferida.

A: Podes contar com isso.

Quinn riu-se e quando todos se estavam a dirigir à saída para irem direitos ao carro, instintivamente, Rachel entrelaçou os dedos nos dedos de Quinn. A loira levou a mão da morena aos lábios e beijou-a. Rachel sorriu, mas não olhou para ela.

–-

O almoço foi divertido. Alejandro levou-as à melhor paella da cidade e entre risos e copos de sangria, o tempo passou.

Mas não foi só o tempo do almoço que passou. Num piscar de olhos aquela visita a Madrid tinha acabado e estavam ambas a aterrar em Nova Iorque. O processo da saída do aeroporto e da chegada a casa fez-se naturalmente, e a única diferença eram os olhares amorosos e as caricias escondidas.

Quando Maria abriu a porta para as receber, Quinn rasgou um sorriso feliz e a governanta percebeu imediatamente que aquela viagem tinha sido fulcral para o bom ambiente que se viria a viver dentro da mansão. Bom ambiente esse, que se via adiado com a mudança da expressão facial de Quinn ao entrar na sala de estar.

RUSS: Estava a ver que nunca mais chegavam!

J: Russel!!! – sussurrou com fé Judy.

R: Pronto, era fruta a mais. – disse Rachel sem pudor nenhum de que todos os presentes na sala a ouvissem. – O que é isto? O Carnaval mudou de data? – exclamou a morena enquanto apontava para uma mulher ruiva sentada num dos cadeirões da sala ao lado de Gaspar Villanueva. Quinn riu disfarçadamente.

BRIANNA: Sempre tão simpática... – sussurrou a jovem.

G: Não ligues, ela quando souber o que aqui estamos a fazer vai passar a tratar-te bem. – respondeu Gaspar no mesmo tom de voz.

Brianna Mars era uma jovem, filha de abastados amigos da família. Não fazia nada da vida, a não ser usufruir do dinheiro dos pais. Desde que conheceu Quinn que não esconde o seu interesse pela loira, e nunca ganhou o respeito de Rachel devido ao facto de ter sido sua colega de liceu. Ambas eram o oposto uma da outra e, inclusive, os amigos eram distintos.

Q: Boa tarde a quem eu ainda não cumprimentei – disse Quinn sem disfarçar o pouco entusiasmo que tinha em vê-los a todos – agora podemos saber o que é que se passa aqui?

J: Estávamos à vossa espera querida. – disse Judy simpática e apaziguadora. Rachel revirou automaticamente os olhos ao perceber que alguma coisa desagradável se avizinhava.

R: É melhor dizerem de uma vez.

RUSS: De uma vez? – sorriu Russel irónico. – Muito bem, então basicamente viemos dar-vos aquilo que vocês mais querem. – nenhuma das duas reagiu entusiasticamente à informação, pelo contrário, olharam uma para a outra e respiraram fundo.

Q: E isso seria?

RUSS: O divórcio!

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R: RUA! – gritou Rachel após 8 segundos de silêncio.

G: Então Rachel? Calma... sejamos honestos – mas o olhar fulminante de Quinn foi acompanhado por um furacão de palavras furiosas.

Q: CALA-TE! Quem és tu? – dirigindo-se a Gaspar – Por que raio é que estás na minha casa a falar diretamente para a minha mulher? – Gaspar sorriu nervoso e ia responder quando a loira voltou a falar. – Tens três segundos para desaparecer da minha vista.

R: E podes levar a boneca insuflável contigo. – acrescentou a morena.

Q: E os meus pais! – Rachel olhou com rapidez para Quinn e percebeu que o discurso não ia ficar por ali quando Russel decidiu falar.

RUSS: Mas... – Quinn levantou um dedo em direção a Russel e olhou-o com raiva.

Q: Se tu dizes mais uma palavra, eu prometo aqui pela minha vida que nunca mais vou olhar para a tua cara ou admitir que fales para mim de novo. – o homem estranhou a reação da filha, mas preferiu explicar-se.

RUSS: Eu não estou a perceber a vossa reação. Eu achei que vos estava a fazer um favor.

R: Tu só me vais fazer um favor no dia em que desapareceres da minha vida.

RUSS: Rachel, agradeço a tua honestidade, tu sabes que o sentimento é mútuo, mas mais me ajudas. Estou a dar-te essa oportunidade. Estivemos a conversar, eu e o teu pai, e chegamos à conclusão que seria mais produtivo para a empresa...

Q: Vocês são impressionantes! Viram-se a perder o controlo daquilo que nos deram e começaram logo a magicar uma ideia qualquer para voltarem a ter um papel manipulador nas nossas vidas e nos negócios.

R: E o meu pai está onde?

RUSS: Foi resolver um assunto.

Q: Qual assunto?

RUSS: A questão aqui é...

Q: Qual assunto?

RUSS: Foi falar com um amigo.

Q: Qual amigo?

RUSS: Jonas Morgan. – Quinn empalideceu.

R: O juiz?

RUSS: Sim, mas como eu estava a dizer.

Q: O que é que estes dois estão aqui a fazer? – disse Quinn nervosa. Rachel percebeu que a loira estava assustada e também ela perdeu a cor por momentos.

RUSS: Se me deixares explicar...

Q: ENTÃO EXPLICA-TE!

J: Querida...

Q: Mãe, pela tua saúde não te metas nisto. – a mulher calou-se de imediato.

R: O que é que eles estão aqui a fazer?

RUSS: Como eu ia explicar... – o homem respirou fundo e continuou. – pensamos na possibilidade de uma fusão de empresas. Como tal, para assegurar todas as partes, seria uma boa ideia uma união civil entre vocês. Não vos estamos a pedir que vivam juntos ou tenham nenhum tipo de relação, mas podia ser produtivo que no papel fizéssemos esta troca. Entrava um capital de muitos milhões de dólares para a empresa.

R: Onde é que está a câmara? – disse Rachel genuinamente divertida.

Brianna: Hã?

G: Qual câmara?

Q: Porque isto só pode ser para os apanhados, e vocês de verdade que me assustaram com este filme todo. Estava aqui a pensar em todas as maneiras que me passaram pela cabeça de como contratar alguém para vos espancar na próxima esquina...

R: ... a todos!

RUSS: Deixemo-nos de ironias, este negócio é milionário, e é vantajoso para...

Q: Tu estás a falar a sério? Tu só podes estar a brincar comigo! Como é que tens a lata de vir a minha casa, propor-me um divórcio?

R: Não, deixa-me acrescentar aqui um ou dois pontos à brincadeira... então vocês obrigam-nos a casar num dia qualquer que vos passa pela cabeça, depois querem à força um neto, e depois não deixam passar nem um mês e já querem o divórcio. Estamos a precisar de uma consulta na ala psiquiátrica do melhor hospital da cidade, parece-me a mim.

G: Rachel...

R: Sai da minha casa. Ainda não ouviste? Já te mandaram embora... – Rachel apertou os punhos e continuou. – Acabou a conversa. Vocês metam as vossas ideias por onde vos couber, eu quero todos no olho na rua imediatamente. E não quero ter a pouca sorte de me cruzar convosco nos próximos 3 anos, ou quanto tempo leve até eu me esquecer que vocês estão todos com uma patologia gravíssima.

Q: Eu não vou separar-me de ninguém, e muito menos me vou casar com um volume de silicone com pernas. Fora daqui! – concluiu a loira enquanto empurrava o pai para a saída. Gaspar e Brianna levantaram-se e seguiram até à porta.

RUSS: Era o que me faltava...

R: Russel chega! – o homem percebeu no instante em que olhou para a morena que a conversa estava terminada. – Fazes o favor de ligar ao meu pai para lhe dizer que ele aborte qualquer que seja o plano maquiavélico que vocês traçaram. Eu não me vou separar da Quinn, nem aqui nem na China. E a conversa acaba aqui.

Q: Quanto ao negócio de milhões, eu acho que devias pensar seriamente na segunda hipótese. Divorcias-te tu, e casas a mãe com o Gaspar. Sempre tens acesso à fortuna que nunca vais conseguir gastar no que te resta de vida.

R: Que vai ser pouca se continuas a insistir em meter-te na nossa vida.

J: Vamos embora! A Shelby avisou-te! – disse Judy para Russel.

Quando a porta se fechou, Quinn olhou para Rachel e Rachel para Quinn. Não demorou três segundos até as duas desatarem à gargalhada no meio da sala.

R: Houve ali uma altura em que eu achei mesmo que tinha de ligar aos gajos do colete de forças.

Q: Houve ali uma altura em que eu tive de controlar a minha...

R: A tua quê?

Q: A minha força!


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