Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 13
Capítulo 11 – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Essa fic não ia ter conteúdo hot mas quando eu vi já estava escrevendo, hauhauahuahua, mas é pouquinho, gente. Sei lá, espero que aproveitem.



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(cont.)

Estávamos indo, cambaleando. Eu juro que não estava pensando direito, mas que mal tinha aquilo? Ele não estava em casa, segundo Ludmila, e eu ia entrar, pegar a cueca dele e sair, apenas isso. O meu estado estava tão deplorável que enquanto caminhávamos, quietas, eu fiquei pensando em que tipo de cueca ele usa e fiquei imaginando-o com uma cueca boxer branca. Chegamos em frente à casa dele.

– Toma cuidado, Angie. – Fran me disse enquanto ia para trás de uma árvore se esconder com Ludmila.

– Relaxa. – Eu disse.

Caminhei até a porta e procurei a tal chave, não havia nenhuma. Eu tentei as janelas, havia uma em cada lado da porta e elas eram baixas, se estivessem abertas daria para eu entrar, então eu tentei. E consegui. Quando entrei, acenei para as meninas, eu não as enxergava mas sei que elas conseguiam me ver. Fui caminhando pela casa, que estava escura. Caminhei com muito cuidado até o quarto dele e meu coração estava quase saindo pela boca só de chegar perto do quarto. Abri a porta devagar e entrei. O quarto dele era bonito, tinha um armário no vão entre a porta e a parede esquerda do quarto, na qual estava a janela. Na parede oposta à porta tinha uma pequena escrivaninha, ao lado dela estava a cama e ao lado da cama tinha uma pequena cômoda com umas três gavetas. Na parede direita à porta tinha uma outra porta, onde deveria ser o banheiro. Fui caminhando até a pequena cômoda, abri a primeira gaveta com dificuldade, pois ela emperrou, e aí percebi que a cama estava desarrumada, eu estranhei. German não é o tipo de homem que sai de casa e deixa a cama desarrumada. Mas eu não liguei. Fechei a gaveta com cuidado, não era ali que ficavam as cuecas. Quando eu ia abrir a segunda, percebi uma claridade vinda do banheiro e fechei os olhos sabendo quem era.

– O que faz aqui? – German disse firme, parado atrás de mim. Eu me virei e dei de novo com seu torso nu. Encarei-o e logo abaixei os olhos para admirar aquele corpo. Ele estava apenas com uma calça de moletom. Meu coração estava disparado e eu sentia um frio inigualável na barriga. – Diz logo, o que faz aqui? E porque está vestida assim? – German me olhou dos pés a cabeça. Eu estava com um shorts curto, uma camiseta bem cavada de uma banda com um top por baixo (porque ela era realmente bem cavada), um coturno e ainda estava de batom vermelho.

POV. Off

– E-Eu estou vestida n-normal ué. – Angie gaguejou não sabendo se olhava para o rosto dele ou para o tronco. German queria olhar para o corpo dela e admirar as belas pernas que ela tem mas se o fizesse, não se controlaria. Apenas olhá-la no rosto já estava enlouquecendo-o. O cabelo dela estava de lado e aquele batom a deixou com mais cara de mulher.

– Não está, parece que vai à algum lugar – German murmurou. – Se você estiver aprontando, Saramego... – Angie colocou o indicador na boca dele.

– Eu vim te ver. – Angie sussurrou e mordeu o lábio inferior.

– Não brinca com isso, Angie. – German sussurrou, sua respiração estava descompassada e suas veias pulsavam de desejo. Angie colocou a mão aberta no peitoral dele e, ao sentir a mão quente dela, ele estremeceu. Ela empurrou-o contra a parede. – Por favor, não faz isso comigo... – Ele levantou a cabeça e fechou os olhos e ela encostou seu quadril ao dele. Ela estremeceu ao sentir seu membro já rijo e grudou ainda mais os quadris. Ele gemeu baixinho.

– Eu quero você. – Angie sussurrou ao aproximar sua boca da orelha dele e logo abaixou para o pescoço, dando uma leve mordida. Ele gemeu baixinho de novo. Ela percorreu toda a extensão do torso dele com os dedos, lentamente, até chegar no elástico da calça. Com apenas o indicador encostado na pela dele, ela contornou a borda da frente da calça. Ela ia colocar a mão dentro da calça dele mas ele segurou os dois pulsos dela e rapidamente girou o corpo, preensando-a contra a parede, agora não só os quadris estavam colados mas os troncos também. German colocou as mãos por dentro da camiseta dela e foi subindo devagar, até chegar abaixo do peito. Ela estremeceu e ele beijou-a com muito desejo. O beijo era rápido e feroz, cheio de desejo, de luxúria. German colocou apenas os polegares por baixo do top dela e acariciou lentamente os mamilos rijos de Angie. Ela gemeu entre o beijo. De repente, ele parou o beijo e olhou-a, ainda acariciando os mamilos dela.

– Onde você bebeu? – Ele sussurrou ofegante.

– Eu não bebi. – Angie sussurrou. Ele continuou preensando-a contra a parede. German levou uma das mãos à mandíbula de Angie e segurou-a.

– Não minta para mim. – E mordeu o lábio inferior dela. – Eu posso sentir. – Sussurrou e tirou a outra mão de dentro da camiseta dela, apoiando na parede.

– Não importa. – E colocou as mãos no peitoral dele novamente e foi abaixando-as lentamente até chegar de novo no elástico da calça. – Eu quero você. – Sussurrou. Ele soltou o rosto dela, apoiou essa mão na parede também, levantou o rosto e fechou os olhos, respirando ofegante.

– Isso é errado. – Ele sussurrou. Ela beijou seu pescoço e caminhou com a boca até seu ombro.

– Você quer isso tanto quanto eu. – Angie sussurrou descendo uma das mãos para acariciar o membro dele por cima da calça. Ela beijava e mordia o pescoço dele. Ele gemeu. Angie agradou-se com o que sentiu, o volume não era nem um pouco pequeno.

German colocou as mãos nas pernas dela e a ergueu, encarando-a. Caminhou até a cama e sentou-se, deixando-a por cima dele com uma perna de cada lado, e beijou-a. Seu membro estava em contato com o órgão sexual de Angie e ela amaldiçoou-se por ainda estarem de roupa. Durante o beijo, Angie fazia uns movimentos com o quadril, excitando-o mais, se é que era possível, fazendo-o gemer durante o beijo. De repente, o celular dela tocou, cortando todo o clima. Angie permaneceu no colo dele e pegou o celular em seu do shorts.

Ligação On

– Alô.

– Angie, cadê você? – Fran perguntou. – Já tem quase 1h que está aí.

– Eu... Eu peguei no sono, desculpa, já estou indo. – German a olhava sério. Angie ia desligar o celular quando German o pegou.

– Quem é? – Disse firme.

– Fran... Francesca, senhor. – Fran disse olhando para Ludmila.

– Quem mais está com você?

– N-Ninguém, senhor.

– Amanhã nós vamos ter uma conversinha. – Disse olhando sério para a Angie, que já tinha se levantado. – Todos nós. – E desligou.

Ligação Off

Levantou-se e entregou o celular na mão de Angie.

– Lava o rosto. – Disse sério. Angie foi ao banheiro, lavou o rosto e voltou. German estava parado de braços cruzados, olhando-a. – O que foi isso? – Ele estreitou os olhos. – Uma aposta com alguém? – E pressionou os dentes. O desejo deu lugar à raiva.

– Não, German, fo...

– Sr. Castillo. – Angie o olhou séria.

– Não, Sr. Castillo, não foi uma aposta, eu vim...

– Nós vamos conversar sobre isso amanhã. Você vai me dizer onde e como arrumou bebida e porquê você veio até mim. – German disse firme.

– Tudo bem. – Tudo bem porque até o dia seguinte ela poderia inventar uma desculpa sobre as bebidas.

– Agora você você vai sair e vai dizer para a Francesca e para qualquer outra pessoa que estiver com ela que eu a encontrei cochilando na cozinha, entendeu, Saramego? – German disse com uma frieza imensa, como se nada tivesse acontecido. – Vai embora. – Angie saiu.

xxx

– Meu Deus, vocês viram como eu estava, Ludmila, estava cambaleando e quando eu consegui entrar na casa dele, fui até a cozinha procurar algo para comer, daí sentei, me debrucei na mesa e dormi. – Angie disse chorando, quando já tinham voltado para o terraço.

– Ainda acho essa história estranha. – Ludmila disse.

– Tá tudo bem, Angie, a gente vai te ajudar. – Dan disse, colocando a mão no ombro de Angie.

– Como? – Fran disse. – Até onde o Sr. Castillo sabe, só eu e Angie estamos nisso.

De repente, escutaram um barulho, a porta que dava para o terraço se abriu e German apareceu. Assim que Angie havia saído de sua casa, ele trocou rapidamente de calça, colocou uma camisa, calçou o primeiro sapato que viu e seguiu as meninas. As viu entrando no prédio masculino e estranhou. Continuou seguindo, parou na porta do terraço, que estava fechada e ficou escutando os alunos, até decidir entrar.

– Então é isso que vocês andam fazendo? – Disse quando chegou perto deles. German lançou um olhar de desgosto a todos e evitou olhar para a Angie. De todos, a única capaz de atingi-lo era ela. Todos se levantaram e ele entrou no meio da roda deles.

– Senhor, nós podemos explicar. – Maxi disse enquanto German pegava garrafa por garrafa verificando o que era cada uma.

– Então explique. – German falou, saindo da roda, parando de frente para todos eles e cruzando o braço. Todos olharam para baixo e ficaram quietos. – Estou esperando. – German continuou olhando-os. Pegou o celular e ligou para alguém. – Galindo, desculpe incomodá-lo, mas eu preciso que faça um favor para mim. – Esperou um pouco. – Preciso que arrume uma câmera fotográfica ou celular com flash, tanto faz, e traga para o terraço masculino. – Esperou. – Eu encontrei uns alunos se embebedando aqui e preciso de fotos para mostrar para os pais. – Esperou Pablo responder e desligou. Todos eles se entreolharam e Angie tremeu, seu pai não a deixaria em paz. – Quem arrumou as bebidas? – German perguntou e todos ficaram quietos. – QUEM ARRUMOU AS BEBIDAS? – Todos os alunos se assustaram ao ouvir seu grito.

– F-Fui eu, senhor. – Dan falou esperando que Gustavo dissesse que ele também o tinha feito mas Gustavo nada disso, ia deixar o amigo levar toda a culpa. German surpreendeu-se pois Daniel era um ótimo aluno, de todos ali era o melhor em questão de disciplina e participação nas aulas.

– Alguém mais?

– Não, senhor. – Gustavo se apressou em responder. “Filho da puta!”, era mais ou menos o que todos pensavam à respeito dele nesse momento. Dan lançou um olhar rápido a ele e voltou a abaixar a cabeça.

– Não é possível que um único aluno traga tudo isso de bebida para a escola sem que ninguém note. – German afirmou, Angie sabia que ele não seria injusto.

– Ele usou duas mochilas, ué. – Gustavo disse encarando German, cínico.

– Pare de mentir, Gustavo, como é que pode você deixar seu amigo levar a culpa sozinho sendo que você também trouxe as bebidas? Seu idiota! – Angie alterou-se e Gustavo fulminou-a. Ele ia avançar nela mas German entrou rapidamente na frente, não ia deixar esse garoto encostar as mãos nela, não nela. Gustavo ficou encarando-o e começou a dar uma risada desdenhosa.

– Eu sabia que vocês tinham alguma coisa! – Afirmou rindo, todos o olharam. German sentiu o coração acelerar, o medo bateu, não sabia o que dizer, apenas ficou encarando o Gustavo.

– Cala a boca, Gustavo, não tem noção da besteira que está falando? – Maxi disse.

– Parem de ser idiotas, esse cara sempre foi um mala – Disse encarando German e abaixou o tom de voz – e merece se ferrar. – E riu. German tentou não demonstrar seu desespero.

– Prove. – German disse calmamente e Gustavo parou de rir.

– Quando Angie apanhou e você cuidou dela.

– Eu teria cuidado de qualquer uma. – Gustavo estreitou os olhos sem ter o que dizer. – Assim como eu teria entrado na frente de qualquer uma delas para defendê-las de você. – Gustavo estava se mordendo de raiva de German. – Seus pais não te ensinaram que é covardia bater em mulher? – Gustavo cerrou os punhos, German percebeu mas não o impediu, tomou um soco no canto da boca. Agora teria motivos para expulsar somente Gustavo.

– Você tá louco, Gustavo? – Fran disse. German cambaleou para trás mas não caiu. Gustavo já estava preparado para a reação do diretor e ficou surpreso quando German permaneceu parado, encarando-o. Todos olhavam tudo aquilo perplexos.

Pablo chegou e German caminhou até ele. Conversaram um pouco e foram em direção aos alunos. German colocou uma mão no bolso e com a outra apontou para as bebidas. Pablo tirou foto de tudo, até da cara dos alunos.

– Vão para seus quartos! – German disse sério. Todos saíram, Angie por último. Quando estava passando por German, ele lançou um olhar decepcionado a ela e abaixou a cabeça. Angie saiu chorando do terraço.

POV. German

– O que eu fiz pra merecer isso, Galindo? – Eu disse olhando para as garrafas que estavam no chão. Pablo me olhou sério.

– Talvez o senhor seja um pouco rígido com os alunos, senhor. – Eu o olhei.

– Era uma pergunta retórica, Galindo!

– Ah, desculpa. – Ficamos olhando tudo aquilo. – Vai expulsá-los, senhor?

– Não. Apenas o Gustavo Mascarenhas. – Eu disse distraído. – Ele me deu um soco – apontei para o canto esquerdo da minha boca – e era um dos que trazia as bebidas.

– E o outro que trazia? Não vai expulsá-lo? – Pablo perguntou estranhando.

É o Daniel Vargas, do 3ºB. – Pablo surpreendeu-se. – Tive essa mesma reação.

– E por que o Mascarenhas te bateu?

– Ele insinuou que eu e... e a Saramego, do 3ºA, temos algo – Pablo suspirou – e ficou nervoso quando eu o fiz provar. – Eu o olhei sério – O que foi, Galindo? Por que suspirou quando eu falei sobre a Saramego?

– Estão todos comentando sobre isso, senhor Castillo.

– Comentando o que? – Eu murmurei. Eu já conhecia Pablo há muito tempo. Ele fora meu aluno no ensino médio e um ano depois que ele terminou a escola eu o empreguei. Eu gosto dele. Seria melhor ouvir da boca dele o que todos estão falando do que de um aluno ou de qualquer outro funcionário.

– Estão dizendo que o senhor está mais tranquilo porque está apaixonado pela Saramego. E estão dizendo que o senhor só não suspendeu a Saramego ainda porque... – Ele parou de falar.

– Fala logo.

– Porque ela anda dormindo com você. – Eu estreitei os olhos e olhei para o chão, a raiva me consumiu.

– Eu não suspendi porque ela não mereceu, ainda. – Eu disse alterado.

– Eu sei, senhor, mas alguns alunos não acham isso – Pablo fez uma pausa. – Posso te dizer uma coisa, senhor? – Eu assenti. – Tome cuidado para não ser pego. – Eu o olhei sério.

– Eu não fiz nada para que eu seja “pego”, Galindo.

– Senhor, eu sei que não deveria me intrometer, mas eu vejo que o senhor está perdido, guardando isso aí que você sente. – Eu estreitei os olhos – Eu o conheço há anos e... e desde a morte da senhora Maria eu não o via sorrir como você o faz para a Angie quando pensa que não há ninguém por perto. – Pablo disse receoso. Eu abaixei a cabeça.

– Então é tão visível assim? – Eu suspirei.

– Sim, senhor. – Pablo pausou. – Eu imagino que o senhor esteja tentando lutar ao máximo contra isso porque... você sabe que é um pouco conservador – Eu esbocei um fraco sorriso – mas não lute, não vale a pena. O senhor também tem o direito de amar e ser amado. – Eu o olhei – Só tome cuidado até ela terminar o colégio, senhor.

– Isso nunca daria certo, Galindo. – Eu disse triste. – Nem agora e nem depois. Mas obrigado, rapaz. – Eu disse passando por ele e dando um tapa fraco no ombro dele. Eu sou apenas 10 anos mais velho que ele mas, por ele ter sido meu aluno, a sensação é de que sou bem mais velho.

– Eu tinha que avisá-lo, Castillo. – Eu o olhei e dei um fraco sorriso, ele sorriu de volta. – Boa noite.

– Boa noite, Galindo.

Eu não consegui mais guardar, se Pablo já sabe, por que eu ia ficar negando? Alguém precisava saber sobre isso. E ele tem razão, eu não posso mais lutar contra o que eu sinto. Angeles Saramego entrou em minha vida e bagunçou-a por inteira, uma bagunça que eu adoraria se o que temos não fosse errado. Eu fiquei realmente decepcionado com ela, ao vê-la aqui, mas o que eu podia esperar? Ela é uma adolescente, está conhecendo a vida agora. É claro que quando estávamos lá, no quarto, só nós dois, a sua idade não significava nada, nem a sua e nem a minha, e nem o fato dela ser a aluna e eu o diretor. Eu cedi ao prazer de estar com ela, ao desejo daquele corpo e nada me importou. Teríamos transado a noite inteira senão fôssemos interrompidos. Durante aquele momento eu me permiti tê-la, me permiti tocá-la, me permiti amá-la. E a verdade é essa, a verdade que eu não posso mais negar, eu estou perdida e completamente apaixonado por ela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! ;)



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