Ruquinha! escrita por Manu Vecce, Mitty
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Tentei tirar ela de cima de mim, mas não tive sucesso. Ela continuou a arranhar o meu braço com aquelas unhas de vadia. Tentei segurar a mão dela, mas não tive sucesso. Dei um soco no peito dela e ela colocou as duas mãos no lugar. Empurrei ela e a mesma caiu de lado no chão. Chutei a barriga dela assim que eu fiquei de pé, Luca me abraçou por trás me impedindo de continuar a bater na vadia, que saco!
— Me solta, Luca! Deixa eu acabar com essa cachorra — mandei, tentando me saltar dos braços do Luca, mas não obtive sucesso.
— Se você continuar vai acabar matando a garota — gritou Luca, e eu bufei de raiva.
— Você está bem, Elaine? — Alan se ajoelhou na frente da piranha, todo preocupadinho.
— Não... — murmurou entre gemidos.
Alan pegou a vaca no colo, sem olhar pra mim. Não quis saber nem se eu estava bem! Ele é muito cretino! Eu sou a melhor amiga dele, e é assim que ele me trata? Ele caminhou em direção a porta do ginásio, quando a diretora entrou pela mesma e nos encarou.
— O que aconteceu aqui? — eu só acho que a coisa vai feder para o meu lado, de novo.
— Pergunta pra Lily — Alan respondeu. — Posso levar a Elaine pra a enfermaria?
— Pode — a vaca falou e o Alan saiu do ginásio com a piranha ainda em seu colo. A diretora caminhou em minha direção. — Explica o que aconteceu aqui.
— Err... — eu não sabia o que dizer.
— Essa garota aí — o menino intrometido começou a falar. —, provocou a outra menina. E as duas começaram a se espancar.
— Quem veio pra cima de mim querendo me matar? Foi quem, hem? Imbecil — gritei nervosa.
— Lily, quando é que você vai tomar juízo?
— Nem sabia que existia uma bebida com esse nome... — respondi sem pensar.
— Como disse?
— Nada.
— Você sempre está se metendo em confusão! Você não é mais criança, Lily! — abaixei a cabeça, mesmo com raiva, porque assim ela vai pensar que estou arrependida de ter dado uma surra naquela dadeira, o que não estou.
— Diretora, posso levar a Lily pra enfermaria? Ela também apanhou — perguntou Luca, apontando para o meu rosto e braço.
— Pode, Luca — respondeu o demônio. — Assim que a Carla acabar de fazer o curativo nela, quero que os dois venham de imediato para cá junto com os outros dois que estão lá também.
— Ok — Luca respondeu.
Caminhei ao lado do Luca, em silêncio, até a enfermaria. Não consegui conversar com ele, porque eu estou com tanta raiva, mais tanta raiva do Alan, que seria capaz de estrangulá-lo sem pensar duas vezes. Bufei de raiva, quando estávamos chegando perto da enfermaria. O Luca sorriu e me deu um beijo na bochecha.
AÍ MEU DEUS, ELE ME BEIJOU!
Não acredito! Deus da divindade casamenteira, será que ele gosta de mim? Sorri envergonhada e senti minhas bochechas corarem. Posso ser louca, mas ainda sou uma garota como qualquer outra.
Entrei na enfermaria de cabeça baixa e logo recebi o olhar de reprovação da Carla. Eu sei que o que fiz não foi certo, mas a garota provocou também. Alan não olhou para mim nem por um segundo. Ele deve estar me odiando. O pior é ele ficar do lado dessa vaca loira.
— A diretora mandou a gente voltar pro ginásio assim que as duas estiverem com os curativos feitos — avisou Luca, em pé ao meu lado.
— Valeu — respondeu Alan.
Andei até a maca e me deitei na mesma. Fiquei olhando para janela, sem dizer nada. Não estava com vontade de começar uma nova briga, apesar de querer terminar o que foi começado. Estou com tanta raiva, que tenho vontade de gritar e mandar todos tomarem naquele lugar, mas não vou fazer isso. Sou melhor que essa vadia. Não demorou muito e a Carla quebrou o silêncio que estava:
— Pronto, já podem voltar para o ginásio — ela liberou a piranha.
— Obrigado, Carla — Alan agradeceu.
— De nada, meu anjo.
Carla sempre foi carinhosa com o Alan, com a Miranda e com o Fernando. Ela nos conhece desde quando éramos criança, porque ela é amiga da minha mãe. A Carla na verdade é a minha madrinha, mas nem parece, não é?!
— Vem cá, Lily — mandou Carlinha, e eu obedeci.
Luca ficou me olhando enquanto a Carla limpava os machucados e fazia os curativos. Carla estava sorrindo, o que é estranho. Geralmente ela estaria com raiva e querendo me matar. Não consegui resisti e perguntei:
— Por que essa felicidade toda?
— Sabe o Alexandre? — ela perguntou de volta.
— Sim, o que tem ele? — fiquei curiosa.
— Ele falo que tem uma surpresa pra mim — respondeu, com uma voz sonhadora.
— Me convida para o casamento, viu? — ri.
— Você acha que ele vai me pedir em casamento? — perguntou, com um sorriso bobo na face.
—Acho! Você é perfeita, Carlinha — a abracei.
— Sou nada, mas pode deixar que vou convidar você e o Luca para irem no meu casamento, se eu casar — ela corou.
— Estarei esperando o convite — disse Luca e eu sorri.
Carla sorriu para ele e continuou a fazer o meu curativo. Assim que ela terminou dei-lhe um beijo na bochecha e saí da enfermaria. Luca andou ao meu lado até chegarmos no ginásio, onde o povo estava preparando a tinta. Não acredito que vamos ter que pintar o ginásio!
— Diretora, por que você não contrata alguém para fazer isso? — perguntei irritada, chegando perto da vovó do capeta.
— Porque quero que você e os outros encrenqueiros da escola façam algo bom pelo menos uma vez na vida — ela rebateu.
— Mas a Miranda, o Alan e o Fernando não são encrenqueiros e muito menos o Luca! — rebati de volta.
— Mas são os melhores alunos da escola. Eles vão ganhar um ponto positivo no boletim, assim como você e os outros delinquentes — explicou e eu bufei.
— Lily, vem me ajudar aqui?! — pediu Mira, e eu assenti.
O Luca foi ajudar um menino que nem sei o nome ou série. Eu caminhei emburrada até a Mira, que estava com um pouco de tinta no rosto. Comecei a rir e ela me encarou fazendo biquinho.
— Desculpa — tentei segurar o riso.
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