Ruquinha! escrita por Manu Vecce, Mitty


Capítulo 16
Ele vai pirar!


Notas iniciais do capítulo

Rota final...
Boa leitura!



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Demorei um pouco no banheiro, mas quando saí, coloquei um short rasgado azul-escuro. Minha blusa linda do Asking Alexandria preta, uma bota que vai até o meu tornozelo de cano pequeno e salto médio preta. Penteei o meu cabelo e deixei ele solto. Fiz minha maquiagem maravilhosa e me olhei no espelho. Corri até o meu armário e pequei meu brinco de caveira, minha pulseira cheia de pingentes de caveira, símbolos de algumas bandas de rock que eu amo e de algumas armas. Doido não é? Mas eu amo! Coloquei também o meu cordão de prata com um pingente de uma garota chorando. Sempre gostei desse cordão.

Desci as escadas feliz da vida e os meus pais me olharam e começaram a rir. Achei seriamente que eu estava feia, mas o motivo da risada é outro.

— Está linda. Estamos rindo de outra coisa — avisou minha mãe.

— O que é? — me sentei na cadeira, de frente para bancada da cozinha. Meu pai estava sentado ao lado da Rebecca, que ainda estava com a roupa da escola.

— Você se jogou no chão? — perguntou, tentando segurar a risada.

— Tudo pelo meu amor, beleza?! — comecei a ficar irritada.

— Ok... — minha mãe agora ria que nem uma gazela.

— Sua irmã falo que você vai sair com o garoto mais tarde... — papai me olhou.

— E o que tem? — perguntei.

— Não vai pedir permissão? — ele questionou.

— Desde quando preciso de permissão para sair? — perguntei, olhando para ele.

— Bem... — murmurou, começando a pensar.

— Desde nunca! — respondi por ele.

— Minha irmã sempre soube se livrar das encrencas em que ela se mete — afirmou Rebecca.

— Isso aí, puxou a mamãe — minha mãe afirmou, orgulhosa e, ao mesmo tempo, melosa.

— Pois é...— murmurei. — O rango vai sair não? — perguntei, querendo mudar de assunto.

— Tá na mão — respondeu mamãe, entregando-me o meu prato.

Almoçamos conversando sobre várias coisas. Minha irmã tá gostando de um menino da sala dela, mas o moleque é tímido e ela não sabe se deve chegar nele. Não dei minha opinião por que não sou a melhor pessoa para isso. Minha mãe lhe aconselhou e o papai só faltou chorar, fez drama dizendo que as filhas estavam lhe abandonando. Eu e a minha irmã nem demos ouvido e muito menos a minha mãe. Quando terminei de almoçar, corri para o meu quarto e fui escovar os meus dentes. Deitei na minha cama, com o meu notebook na minha barriga, e comecei a bater um papo com os meus amigos da internet.

— Ainda falta uma hora! — reclamei, olhando as horas no notebook.

Uma hora depois:

— Ei, irmã — Rebecca me chamou, parada na porta. — Tem um ser gatinho na sala te esperando.

— Não quero um gato de presente — virei a cara para o outro lado. — Pode ficar pra você.

— Humm Pensei que o gato do Luca fosse o amor da sua vida — disse debochada.

— LUCA? — levantei num pulo da cama. — Por que não me disse que era ele logo, cabeçuda? — olhei-me no espelho e vi uma menina toda descabelada. Tinha que ser eu mesmo. Tratei de arrumar o cabelo.

— Cabeçuda é a tua tataravó — retrucou me fitando.

— Que também é tua — retruquei, sorrindo.

— Ah, foda-se — ela deu de costas saindo do meu quarto. — ANDA LOGO SUA LESMA DESCABELADA AMBULANTE — gritou das escadas.

Depois dessa, acho que não tem problema eu matar a minha irmã, não é mesmo?! Essa garota vai me pedir perdão quando eu chegar em casa. Oh, se vai! Então, momento para raciocinar... O Luca está lá em baixo, na sala, provavelmente conversando com os meus pais loucos...

AÍ MEU DEUS DA SANIDADE MENTAL, O MENINO VAI PIRAR! Desci as escadas e vi minha mãe servindo biscoitinhos de chocolate para o Luca. O meu pai está sentado no outro sofá, de frente para o Luca, com um olhar de quem quer ir no quarto pegar um fuzil e descer as balas no menino que está pegando tua filha. Glória a Deus que meu pai não tem um fuzil em casa! Minha irmã está com o MEU notebook no colo, provavelmente olhando as MINHAS coisas. Vou fingir ser uma menina normal e não vou gritar com a minha irmã. É sério, tá...?

— LARGA O MEU NOTEBOOK, SUA BAIXINHA! — gritei, quando terminei de descer as escadas.

— NÃO SOU BAIXINHA! — retrucou, colocando o meu notebook em cima da bancada e ficando de pé na minha frente com as mão na cintura. O Luca olhou para nós duas e colocou a mão na frente da boca para disfarçar uma risada.

— Desculpa te informar, mini-ser-humano, mas você é menor que TODO mundo que está nessa sala, portanto, é baixinha SIM! — a fitei com raiva.

— Prefiro ser baixinha do que ser uma retardada que fica brigando feito louca com tudo mundo — ela revidou.

— Dá para vocês duas pararem? — perguntou minha mãe, sorrindo sem graça. O meu pai continua olhando com raiva para o Luca. O garoto que eu gosto está mais vermelho que pimentão, de tanto segurar o riso.

— Tanto faz, mãe — disse dando de ombros. — Você... — apontei o dedo para a Rebecca. — Não ouse estragar o meu notebook! — dei de costas para a Rebecca e fiz um sinal para o Luca me seguir até a porta da casa. — Tchau família — gritei, assim que sai porta a fora com o Luca me seguindo.

— Agora sei porque você é assim — comentou Luca, sorrindo.

— Sem comentários, por favor?! — ele passou o seu braço ao redor dos meus ombros. — Para onde iremos?

— Surpresa — ele me deu um beijo na testa.

— Ei, Luca! Esqueceu os capacetes! — gritou Rebecca, saindo de casa com dois capacetes na mão. Um vermelho e o outro preto.

— Obrigado, Rebequinha — ele disse, pegando os capacetes da mão da minha irmã, depois de me deixar desprotegida (drama) na calçada lhe encarando feito idiota.

— Pra que isso aí? — apontei para os capacetes em suas mãos.

— Usa o cérebro, Lily. Pra que um menino iria carregar dois capacetes? — minha irmã revirou os olhos.

Olhei para o outro lado da rua e vi uma moto vermelha, muito foda, parada. O Luca sorriu para mim, quando eu voltei a olhá-lo.

— Tá de brincadeira? — perguntei, pasma. Ele tem uma moto?

— Não. Toma — ele me entregou o capacete vermelho. — Não tem medo de andar de moto, não é? — ele pegou na minha mão e me puxou para perto da moto.

— Imagina, adoro adrenalina — respondi, ainda pasma. — Mas me diz, de quem é essa moto?

— Do meu irmão — ele sentou na moto. — Vem?

Olhei para a Rebecca, que estava me olhando e pulando, como se fosse uma líder de torcida. Revirei os olhos e subi na moto. O Luca pegou nas minhas mãos e me fez abraçar ele pela cintura, bem forte.

— Não quero que caia da moto — falou, ligou a moto e acelerou.


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