Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 35
Capitulo 34


Notas iniciais do capítulo

Tão me odiando por não postar no tempo? Desculpeeeeeem
To muito sem inspiração, sei lá, precisei ler umas fics, ouvir novas musicas para arranjar inspiração para isso. Eu vi que gostaram muuuuuito da parte do andrew dizendo: Você acha que um vampiro e uma enfermeira dentro de uma dessas salas desertas seria muito assustador? e todas as vezes que ele a chamava de anjo hsuahsuahs
esse capitulo foi meio dificil, era muita coisa, teoria e tinha que colocar brechas para vocês entenderem o final, sabe, pistas do que pode acontecer, enfim. O que acharam? Prometo que como desculpas por esses atrasos, vou postar um capitulo extra esse final de semana, deus queira que me de inspiração
ps: musica tema de andrew e nina para algumas cenas é bleeding out de imagine dragons, boa leitura anjosss



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As luzes se apagaram de uma vez, a temperatura caiu alguns graus e o silencio se arrastou pelos próximos minutos sombrios e tenebrosos. Eu estava intacta, Lauren e Suzanna pareciam apenas assustadas e curiosas. Nada aconteceu. O grito se foi, o carro de Isaac ainda estava ali e parecia que ninguém ousou sair de dentro do mausoléu, tudo estava tão deserto como deveria estar, se não houvesse as evidências e os questionamentos. Algo aconteceu, posso afirmar com convicção, o grito de dor que recuou para fora do mausoléu ainda perturbava a minha mente, porém era a única lembrança convicta que eu tinha de que tudo realmente aconteceu.

A sirene soou atrás de nós e ambas nos erguemos de susto. Billy estava estacionando a viatura a frente do porçante e logo tão rápido saiu do carro com o policial Adam, em poucos minutos, outras viaturas romperam dentre as grandes barreiras que eram as arvores e apareceram no nosso campo de visão. Lauren empurrou a porta e correu para seu pai assim que o viu, eu e Suzanna também saímos, mas ficamos uma ao lado da outra, estremecendo no frio e na escuridão, enquanto eu sentia os olhares de Adam em cima de nós. Ele queria respostas e faria as perguntas a qualquer momento para mim em particular porque eu era a única que sabia mais, sabia de um elemento extra da história. Isso cheirava a vampiros ainda mais quando Adam estava ali, montando guarda, olhando observador e questionador para todos os lados.

Esta era a hora de se aproximar, precisávamos estar todos juntos.

– Agora me conte com mais calma Lauren, o que realmente aconteceu? – Billy pronunciou todas as palavras com tranquilidade enquanto acariciava o cabelo de sua filha.

Ela não conseguia dizer nada além de soluços e lágrimas. Três policiais, logo depois de Adam, entraram no cemitério, era a ordem a ser tomada.

– Nós viemos atrás do Isaac. – eu disse, sabendo que Lauren não seria capaz de responder nenhuma questão. – Iriamos até a casa dele e por coincidência o carro dele estava aqui.

– Nós ouvimos um grito. – Suzanna me completou.

– Grito?

Nós olhamos para Billy.

– Parecia ser do Isaac, foi o único que pensamos, bem eu não sei, quando entramos no carro e não conseguimos ligá-lo, as luzes se apagaram.

No mesmo minuto, Adam sai de trás da casa e as luzes voltam.

– Alguém estava aqui além do Isaac e fez o trabalho para tornar isso um jogo assustador. – Billy disse, cheio de pensamentos.

Na verdade, eu estava mais interessada nos passos de Adam, ele se aproximou com uma expressão fria, nem mesmo a levesa dos seus olhos caramelados pode negar que algo estava errado. Porque estava. O corpo atlético digno de um McDowell estava coberto pela farda azul e vendo-o contra a luz, a parte sombria do seu rosto escurecendo tantos os olhos quanto os cabelos, eu pude ver um pouco do Andrew e me fez ter um lampejo de saudade. Eu tentei me comunicar com ele, tentei usar meu lado emissário, nossa ligação ou qualquer coisa que eu poderia fazer sendo descendente de bruxas. Mas não houve nenhum sinal.

– Tenhos noticias. – Adam comunicou quando chegou.

Os olhos frios de Billy se tratavam de um sinal, se a noticia fosse ruim, era para ele não avisar, ele sabia que qualquer coisa em relação ao Isaac deixaria Lauren pior do que estava. Adam o obedeceu, encontrando meus olhos e fazendo um sinal com a cabeça, ele sabia que eu estava compreendendo toda a jogada. Eu teria dito alguma coisa, mas nem eu, nem Billy ou Adam havia planejado um dos policiais correndo para a viatura e falando através rádio o seguinte comando:

– Precisamos de uma ambulância urgente, temos um corpo sem vida aqui. Urgente.

Lauren gritou com a noticia e todos nós olhamos do policial apressado para Lauren. Billy fechou os olhos e se entregou ao abraço, tentando de alguma maneira tentar proteger sua filha ou diminuir a dor, mas era impossível. As lágrimas simplesmente desceram quando pisquei atônita, Suzanna segurou meu braço e trocamos o mesmo olhar marejado. Adam passou os dedos nervosos pelo cabelo como se soubesse que a situação tinha ultrapassado os limites. Algo estava acontecendo e ele tinha que me contar. Não consegui me recuperar das lágrimas, mas quando Adam se afastou, eu fui até ele, não me importava os olhares, ele me devia noticias desde a morte do meu pai e eu não iria medir esforços, mesmo que fosse pelo Isaac porque eu sabia que havia alguma ligação.

– Adam, Adam. – eu chamei, correndo até ele.

Ele se virou no mesmo momento, não muito diferente do que estava.

– Sem perguntas, Srta. White.

– Não me esconda. – sussurrei. – Isso são sinais, começou com o meu pai, eu sei, há algo interligado.

Ele nega rapidamente.

– Não tem nada a ver com o seu pai Nathalie. – foi com isso que percebi que havia mais coisas que ele estava me escondendo.

– Então você sabe o que aconteceu com ele?

A esperança esquentou meu coração congelando de frio ao mesmo tempo que raiva, que a vingança.

– Sei, você sabe, todos sabemos, a única diferença é que você quer acreditar. Mas você tem razão, há um sinal nesses casos, nos casos de Rachel, de Amber e agora do Isaac, só precisamos descobrir o que é.

As lágrimas desceram com minha intesidade. Meu pai não fazia parte disso? O que ele está querendo dizer? Não foi uma maldita chuva que lhe tirou a vida, tenho certeza disso.

– Por que está mentindo para mim? – choraminguei.

– Eu não est...

Eu o interrompi quando me virei para trás. A sensação. Não a sensação de algo estar errado, mas a sensação de segurança, a sensação que apenas uma pessoa me dava. Olhei para trás e vi o Hamann cantando pneus e atravessando a escuridão muito apressado, tão apressado que jurei que a qualquer momento ele pudesse bater e capotar, mas foi ligeiro, ele estacionou no começo do cemitério e a porta foi aberta e fechada na mesma rapidez e rispidez. Quando a luz dos postes realmente fez efeito, eu vi o rosto de Andrew ao mesmo tempo que o vi correndo de forma humana até mim, preocupado com a situação de ter visto Lauren chorando, mas a primeira coisa que fez foi vir até mim e eu fui até ele, atravessando o carro e os policiais e encontrando seus braços.

– Eu ouvi. – sussurrou. – Estou aqui agora.

Isso bastava, queria dizer que era verdade, eu e Andrew de alguma forma incomum e fora da lógica éramos conectados por alguma magia, e agora ele estava aqui e eu não precisava me preocupar, porque com ele eu sabia das altas chances de segurança, de que nada me aconteceria sem que ele fosse capaz de mudar, de me proteger.

– Foi tão horrivel. – sussurrei em lágrimas. – E agora ele está morto.

– Isaac?

– Sim, eu não sei como isso aconteceu, eu senti tanto medo Andrew, tanto que por um segundo pensei que não iria ter chances, que seria o fim.

Seus braços me envolveram com força, suas mãos alcançaram meu cabelo e acariciava-me, como se nunca mais fosse me soltar.

– Você não tem com o que se preocupar agora, eu estou aqui, confie em mim. – sua voz ecuou na minha mente e finalmente pude respirar sem as lágrimas devorando meus sentidos.

Depois de minutos extensos, depois de me lembrar que Lauren estava tão devastada como eu, voltei para minhas amigas, elas permaneciam em volta de Billy até eu chegar, ao lado de Andrew. Todos os olhares foram tensos e cheios de segredos, mas não me importei, pela primeira vez, não liguei sobre os segredos ou sobre a vontade demasiada de querer descobri-los, eu só queria estar com Lauren e Suzanna, queria protegê-las, queria que elas não se sentissem da mesma forma que eu ou até pior, queria ter feito alguma coisa, mas era tarde e eu só podia estar com elas e oferecer minha força, meus braços, um abrigo. Billy deixou que Lauren viesse até nós, nos abraçando, agarrando-se a nós como se fosse um pedido de abrigo, como se seu chão estivesse se abrindo e ela precisasse de alguem para apoiar. Andrew, Billy e Adam saíram minutos depois, numa saída estratégica, eu sei, mas neste momento não me importei com isso.

– Ele morreu. – Lauren gritou em nossos ombros. – Simplesmente se foi, por quê? Por quê?

– Não sabemos Lauren.

– Nós tinhamos que ter feito algo Nina, mas não fizemos. – seus olhos vermelhos me encararam.

– Desculpe... – eu não soube agir, eu sentia a mesma culpa que ela e não tinha uma resposta para isso.

– Ele se foi, Deus, ele se foi. – foi seu ultimo grito antes de nos abraçar em conjuto, agarrando nosso casacos e chorando.

Nós ficamos ali por bastante tempo, tentamos consolá-la, tentamos dizer palavras que fossem o bastante para fazê-la se acalmar, mas era impossível, eu bem sei como era, perder alguém é um buraco onde não se vê o chão por um bom tempo. E demoraria para Lauren aprender que quando damos tempo ao tempo, ele meio que resolve essa cegueria, nós olhamos para o fundo e conseguimos enxargar o ponto certo para ganhar impulso e se erguer.

Depois de uma hora, Lauren finalmente cessou as lágrimas, mas sua expressão havia congelado em um rosto frio, cabisbaixa, sem forças. Billy e Andrew estavam a bastante tempo numa conversa que eu infelizmente não conseguia descobrir.

– Aqui está congelando. – sussurrei para Suzanna.

Ela concordou em seguida.

– Lauren não está bem Nina, eu acho melhor levá-la para o carro, por enquanto, lá estava muito mais quente do que aqui.

Eu fiz que sim com a cabeça, desviando de Andrew e Billy para ajudar Suzanna a levar Lauren até o outro lado da estrada, onde até então o porçante estava estacionado. Destravamos, colocamos Lauren no banco de trás e nos sentamos ao seu lado, enquanto Suzanna se ajeitava o banco da frente.

– O que você está sentindo? – ela perguntou a Lauren.

Nós esperamos esperançosamente.

– Eu não sei bem. – disse com a voz tremula. – Eu só não queria estar aqui.

Isso me fez pensar por um tempo.

– Eu acho que seria melhor para todos nós irmos para casa. – Suzanna disse, despertando-me dos meus pensamentos.

Eu não respondi, Lauren estava na mesma expressão que a deixa-mos, como se estivesse sem vida, ainda em transe, como eu havia ficado quando meu pai morreu. Passei inumeras noites olhando para o teto e me perguntando como isso poderia ser verdade, a sensação de vazio, as memórias de repente parecem turvas, como se fossem apenas mentiras, era esse o meu medo, se eu continuasse com Helena em Anchorage passando por cima da morte do meu pai e aceitando que sua vida realmente seguiu em frente e me tornando parente de Josh, isso queria dizer que uma hora ou outra as lembranças do meu pai se tornariam mentiras, falsetes, algo que nunca aconteceu. Era o mesmo medo nos olhos de Lauren, além da dor de perda, da incredulidade.

– Eu vou falar com Billy. – eu disse empurrando a porta e saindo. – Eu volto em alguns minutos.

Lauren me olhou nos olhos, a primeira vez que ela tinha se movimentado para me encarar e tentou sorrir, mas não conseguiu. Eu senti que ela estava se esforçando, e isso para mim já era o suficiente.

Fechei a porta e caminhei para o cemitério. O dia estava amanhecendo, não deveria passar das cinco e quarenta, nós haviamos passado tempo o suficiente procurando Isaac, surtando ao encontrá-lo no cemitério e esperando por Billy todo esse tempo para que o dia amanhacesse preguiçosamente, como um dia normal. Embora realmente não fosse. Empurrei a porta de entrada, que fez um ruido irritante enquanto eu a fechava. Dois policiais passaram por mim no mesmo momento acompanhados de um médico que se juntou a Billy logo a frente.

– Nós precisamos de você agora Billy. – um dos policiais disse.

Billy se manteu indiferente a todo o momento, mesmo quando parecesse que estava ao ponto de explodir. Eu não podia julgá-lo, o namorado de sua única filha estava morto e ninguém tinha noticias, ou melhor, as unicas testemunhas pareciam tão perdidas do que os que nunca estiveram presentes.

– Depois conversamos. – Billy disse para Andrew e Adam, a famosa troca de olhares complacentes quando acompanhou os dois policiais e ao médico.

Continuei entre as lápides e me neguei a olhar além, a procura do meu pai, minhas emoções não aguentariam. Continuei olhando para frente e quando Billy entrou definitivamente no mausoléu, Andrew e Adam trocaram dialógos e isso me chamou a atenção.

– Você tem alguma ideia? – Andrew sussurrou para Adam.

Eu me aproximei.

– Tenho algumas susp... – Adam se interrompeu, percebendo a minha presença.

Ambos olharam para mim, tão distintos quanto dois irmãos poderiam parecer. A feição de Andrew me partia o coração, havia expressão de tristeza, mas ele nunca perdia o brilho nos olhos escuros de quanto me olhava. Já Adam, pareciam tão rasos e tão confusos ao mesmo tempo, indiferentes, mas conscientes.

– Nós falamos disso depois. – Adam disse para Andrew, como se eu não soubesse do que estava falando.

– Vocês não podem fingir que não estou aqui. – eu disse, quando me aproximei de vez. – Como se eu não soubesse nada.

– É diferente.

– Para quem Andrew? – questionei.

A troca de olhares que hove entre os dois me deu nos nervos, é como se houvesse mais segredos, mais um porão fechado e mais barreiras para mim.

– Vocês estão fingindo que isso não me envolve também. – zanguei-me.

– Pense no que quiser, isso aqui não é um caso adolescente Srta. White. – Adam disse para mim, dando-me as costas e saindo por atrás indo em direção a um grupo de policiais, ignorando eu estar aqui quase implorando por respostas.

– Não o leve a mal.

– Na verdade, não estou levando-o a mal nenhum, estou apenas xingando-o mentalmente.

Andrew sorri aliviando toda a tensão do seu corpo. Nós nos aproximaos, mas nos afastamos um pouco das portas do mausoléu.

– Você está bem? – ele toca meu rosto. – Com tudo isso?

– Não, é estranho, é como se eu pudesse acordar a qualquer momento e descobrir que foi apenas um pesadelo. Mas o dificil é saber que isso é real.

– Eu sei como é. – ele tira as mãos do meu rosto e as preenche dentro dos bolsos de sua calça. – Eu sei como é perder alguém e não acreditar que isso aconteceu, como se fosse um sonho ruim.

– É sobre o seu pai?

– Sobre os nossos pais. – ele concerta. – Lembra que uma vez eu disse que tudo isso nos fazia completamente diferentes? É mentira. Isso tornou minha cumplicidade com você maior, eu achava que estava tão interessado em você porque sabia sobre a sua perda, sabia de uma forma não tão humana a dor, e certos pontos isso é verdade, mas em outros, chega a ser engenuidade a minha. Estou interessado porque é natural, é normal duas pessoas se gostarem, ter vontades. A minha vontade é você.

Eu seguro seu olhar em transe, eu vejo a sinceridade em suas palavras e jogo longe a ideia dele sempre mentir para mim. Andrew tem sim problemas com a verdade, mas é apenas uma forma de se defender, porque o que ele guarda é enorme o suficiente para se tornar a sua fraqueza.

– E sentir que você esteve em perigo, sentindo que você estava entrando na minha mente e pedindo por socorro, me fez perceber que ainda sou muito fraco. Não estou culpando-a por eu ser assim, muito pelo contrário, estou agradecendo por você ter me tornado menos vingativo. – ele suspira como se precisasse. – Depois da morte do meu pai, me tornei alguém terrível, e quando você apareceu, eu percebi isso, e pela primeira vez decidi lutar por algo justo.

Ele segurou a manga do meu casaco e me puxou para um abraço, não me beijou porque não precisava, estar com ele em seus braços ia muito além do que um contato maior de intimidade, era como se fosse um laço inquebrável, nós éramos um laço inquebrável e mesmo que isso soasse um exagero, era exatamente isso. Andrew e eu não escolhemos isso, mas tornava nós dois mais fortes.

Mais policiais entraram dentro do mausoléu nos despertando do abraço, minha feição tinha sapido de protegida para questionada.

– Vocês deviam ir para casa, isso aqui vai ficar horrivel quando os jornais souberem. – Andrew disse perto de mim.

– Mas eu quero respostas And.

Ele franziu a testa e quando Adam foi o ultimo a entrar no mausoléu, Andrew se virou para mim e sussurrou:

– Venha logo atrás de mim, Baby. – ele segurou a ponta do meu casaco e me puxou enquanto ele andava tranquilamente até a porta do mausoléu.

A principio, fiquei confusa sobre o que Andrew queria que eu escutasse, mas quando paramos de frente a porta e ele fez o sinal para eu continuasse ai, escondida de todos, ele entrou e deixou a porta entre aberta, o suficiente para que eu me encaixasse e ninguém me visse.

O que pude ver depois da grande quantidade de policiais, era o quanto aqui parecia menor horripilante do que eu esperava. Lápides encobriam quase todo o piso e as paredes, vários jarros de flores recem colocadas eram distribuidas pelo o local e além do que estavam ali fardados, havia um senhor todo coberto por um casal marrom horrivel e velho, ele parecia ser o senhor que cuidava daqui a noite. Uma testemunha. Adam estava a sua frente e fazia perguntas, Andrew não foi para lá, era longe mais para mim do que para ele, na verdade, Andrew ficou perto da porta e de Billy num ação estratégica.

– O que descobriram? – ele foi direto.

Billy cocou a testa e ficou olhando para um chão umido, mas não havia ali ou melhor, pessoas estavam em volta de algo coberto com uma capa cinza, era complicado vê-lo, até que os medicos saíram para outro ângulo. Sangue. Liquido vermelho me chamou a atenção, meu enjoou encobriu meus pensamentos e fiquei paralisada por alguns minutos, além do sangue, só havia o corpo do que aparentava ser do Isaac, porém encoberto não podia ver nada. Eu agradeci por isso.

– Aquele senhor é Miguel, ele não estava aqui essa noite, o curioso porque ele disse que sempre cuida do cemitério principalmente nas noites de halloween quandos alguns jovens resolvem ser rebeldes. – sua voz ecuou baixa para mim, mas ainda conseguia ouvi-lo.

– Então por que ele não apareceu?

– Ele não sabe. – Billy fungou. – Ele disse que ficou mais alguns minutos em casa, convenceu-se de que estava frio demais para sair e apenas adormeceu, como se alguém tivesse plantado a ordem em sua cabeça.

– Como um robô. – Andrew disse, virando-se de fininho para trás e encontrando meus olhos.

Será que pensamos na mesma pessoa? Lewis!

– Exatamente. Além dele, só nos resta Lauren, Suzanna e Nathalie, mas acho que não é a hora de depoimentos.

– Concordo. Elas nunca estiveram tão perto do perigo como agora. – havia um pouco de ironia na sua voz, só eu podia saber. – Então chegamos a ideia de que Miguel não viria esta noite, certo, e por que Isaac estaria aqui?

– Boa pergunta. Não sabemos.

– Será que ele veio aqui para resolver questões pendentes?

Eu não o entendi.

– Como? – Billy fez a mesma pergunta.

– Isaac tem muitos inimigos? Ele é popular na escola, pelo o que sei, é jogador do time da cidade e isso torna a coisa mais suspeita.

– Você tem razão. Eu nunca gostei do Isaac, não me fez querê-lo morto, mas podemos começar a investigação pelo seu histórico escolar.

Andrew não disse nada nos primeiros segundos e isso me deixou confusa, ele sabia sobre o que acontecera com Isaac e não tinha nada a ver com histórico escolar.

– O mais curioso foi como morreu. De acordo com os doutores, a principio, parece da mesma forma como Amber morreu.

– Drenagem? – Andrew disse de repente.

– Como voc... Adam deve ter comentado, claro. – Billy pausou a si mesmo. – As evidências mostram isso, tornando tudo mais cruel. Embora isso seja uma pista, quem quer que tenha feito, é a mesma pessoa que está por trás das mortes de Amber e Rachel.

– Uma ligação. – Andrew disse enquanto pensava alto.

– É isso.

Andrew parou para olhar o corpo, não Isaac completamente, mas o que se podia ver com a capa cobrindo-o. Quando ele se afastou um pouco, ele olhou de mim para Billy.

– Eu acho melhor Lauren, Suzanna e Nathalie irem para casa.

Billy assentiu com a cabeça.

– Você tem razão, elas precisam descansar, hoje não um bom dia para lembrancas. – Billy lamentou.

– Eu posso levá-las, não há como Suzanna sair dirigindo depois de tudo ou o senhor deixar esse cemitério agora.

– Tudo bem. Obrigado. – esse foi o máximo que Billy pode dizer a Andrew, que se afastou lentamente antes de ser impedido. – Antes, queria dizer algumas palavras.

– Problemas?

– Não, não. – ele negou. – Queria me desculpar. Eu nunca duvidei da sua integridade Andrew, você estava no lugar errado e com a amizade errada. Eu sempre soube o que você é de verdade, você não é um monstro. E ainda bem que provou isso.

Andrew ficou surpreso, mais do que isso, ele estava incredelo.

– Obrigado Billy. – e se afastou.

Andrew fechou a porta e segurou meu braço.

– Lewis? – perguntei assim que me encarou.

– Eu aposto que sim, mas não sei qual é a jogada, por que ele está se esforçando para ser descoberto? É como se ele quisesse que houvesse testemunhas, que houvesse uma platéia para isso, não é normal.

– Lewis não é normal Andrew. – sussurrei. – É por isso que tenho medo dele.

Andrew me abraçou logo em seguida.

– Eu estarei aqui, você sabe disso. – e beijou meus lábios, terno e apaixonado.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? uma coisinha, já tá acabando gente e ainda nao tenho data para postar broke porque eu ainda n comecei refazê-lo :(((



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