Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 33
Capitulo 32


Notas iniciais do capítulo

Ai meu deus desculpem a demora, estou sofrendo com problemas de criatividade, eu tinha a ideia na cabeça, mas se desenvolvia, sem contar que ultimamente minha internet está uma drogs, espero que não tenham desistido ainda.
Enfim
Esse capitulo ficou muuuuuito longo, eu acho :///
Esse capitulo é só o começo para as proximas confusões, espero realmente que gostem. E simmmm, ganhei uma recomendação maravilhosa da Coralyne que como a maioria, ama o Andrew, então, esse capitulo é pra você anjo



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Mais ou Menos a fantasia da Lauren


fantasia da Suzanna (tive que mudar completamente porque quando fui ver a verdadeira fantasia, eu imaginei que Suzanna, mesmo louca como ela é, não ousaria tanto)

E a fantasia da Nathalie

Você tem um limite exato para ações erradas e as minhas estão se esgotando de uma forma assustadora. Por acaso, se alguém me contasse que eu estaria indo para uma festa de Halloween na escola fantasia de enfermeira sem sombra de duvidas eu não acreditaria e ainda riria depois. Hoje não é esse caso.

Ele é só um pouco mais longo que o pobre vestido exagerado de Suzanna, o que não o torna mais prudente. A fantasia é tão apertada que se cola e modela em partes do meu corpo que eu nunca ousaria mostrar com tanta precisão como agora. Respiro alguma vezes e puxo as mangas para cima, Suzanna está me ajudando com zíper nas costas enquanto estou tentando não me arrepender de tudo isso.

– Você vai adorá-lo, espere. – Lauren remsungou do banheiro, enquanto tentava ajeitar seu cabelo castanho ao mesmo tempo em que se decidia sobre qual batom usar.

– Estou esperando. – murmurei.

Suzanna fecha o zíper e volto a respirar com mais tranquilidade. Viro-me para o espelho e vejo algo que eu certamente não esperava. Ele realmente caiu bem em mim, as golas suavizam o erotismo da fantasia, sem relação ao decote em V que modela meus seios o que me deixa sem ar. Quando viro para observar as minhas costas, enquanto meu cabelo está preso em coque, percebo uma leve abertura que vai da gola do vestio que se abre suave pelas minhas costas, mas não em um decote profundo, é a única parte que gostei até agora. Depois de reclamar do comprimento do vestido, Lauren me deixou comprar uma meia calça cor champanhe aliviando toda a tensão de ter minhas pernas tão a mostras.

– Você devia ter nos contado que era tão curvilinia Nathalie. – Suzanna sussurra, mas ela está zombando.

– Ah, cala a boca.

– Ai meu deus. – Lauren finalmente me vê vestida. – Eu sabia que tinha ficado fantástico, você está incrível.

– Isso não ajuda muito, não consigo sentir eu mesma. – dou mais algumas observadas no espelho, o vestido é tão branco quanto a minha pele pálido, exceto pelos detalhes da manga e das dobras do vestido, marcadas em um tom vermelho sangue.

– Acho que ele vestido está demorando para fazer o efeito. – Lauren resmunga.

– Por Deus, imagina se Isobel me visse agora? – eu me sento pasma na beirada da cama.

– Minha nossa, isso não vai acontecer, você está linda, incrível, ok?

– Você está dizendo isso para me convencer Lauren, estou querendo desistir de tudo isso, é loucura, estou parecendo uma... – me nego a continuar.

– Você não está parecendo com nada. – Suzanna se senta ao meu lado. – Você está incrivel, não esqueça disso, estamos indo todas juntas para nos divertir, estamos passando por tantas coisas nesses ultimos meses e precisamos disso, faça isso por você, entendeu?

Eu respiro fundo e faço que sim com a cabeça.

– Você tem razão.

– Claro que tenho, agora ande logo, Matt estará tocando campanhia em alguns minutos, - ela me empurrou levemente com o ombro, depois voltou a ajeitar sua fantasia.

Estou a uns bons minutos me observando no espelho, pasma com a ideia de vestir algo tão justo e apertado, mas é essa a miha fantasia e vou ter que me acostumar com ela.

Desisto de tentar encurtar o decote ou crescer mais o vestido, isso não vai acontecer, me contento com a tonalidade branca, por ele estar tão agarrado ao meu corpo e me dar uma cintura que eu nunca tinha percebido porque normalmente estou vestido jeans e blusas o dobro do meu tamanho com casacos e algo de mangas compridas. Eu tento esconder o sutiã preto redado que Suzanna me emprestou para dentro do pano, mas ela diz que isso faz parte da fantasia, deixá-los um pouco a mostra, eu teriaenvergonhada com a ideia dele aparecer, mas é tão pouco que nem se torna o pior do conjuto. Coloco a meia calça para depois encaixar meu scarpim nude. A fantasia está devidamente pronta.

Suzanna já se adiantou com a maquiagem e com o cabelo, cachos castanho avermelhado caem com muita graça por suas costas em contraste com a sua fantasia azul escuro, ela usa um botão vermelho bordô e uma sombra clara, não abusa do pó e nem do blush, deixando-a um pouco mais natural e suas sardas a mostra. Já Lauren parece tão meiga em sua fantasia, sempre exceto pelo decote, não é tão provocante do que é o meu ou os botões abertos do vestido de Suzanna, ele de certo modo é delicado, inclusive as asas, as atenas amarelas, ela está usando um scarpim preto do que ela usa normalmente, claro, pouca maquiagem e um batom cor de pele, seu cabelo castanho claro e liso cae para o lado, em um penteado que ajude a tiara com anteninhas e que não cruze com as asas.

Eu opto – por causa de Lauren – pelo batom vermelho cor de sangue, uso um pouco de pó um tom mais escuro que o meu, para descontrair o branco da fantasia e o pálido da minha pele. Com a ajuda de Suzanna, ela desfaz o caixos que normalmente eu enrolo quando está seco para deixar meu cabelo natural, o liso exagerado, a única diferença que eu não havia percebido o quanto ele havia crescido, enrolando-o sempre o tamanho diminuia expressivamente. Meu cabelo preto tampa um pouco o decote das costas, embora eu estivesse de acordo com isso, Suzanna ordenou que eu deixasse a mostra todos os detalhes da fantasia. Eu não podia dizer não.

– Não faça essa cara. – Lauren estava me olhando pelo reflexo do espelho.

– Que cara? – resmunguei.

– A de que está com mais vontade de se atirar para fora da janela do que ir para essa festa. – Suzanna responde por vez.

Respiro profundamente até ajeitar minha postura e me erguer.

– Vocês tem razão, já me conformei. Não é o fim do mundo, pessoas magoam pessoas o tempo todo, eu deveria estar acostumada com isso.

– Nina...

– Tudo bem Lauren, eu entendi a coisa toda, isso não é uma vingança, isso é eu mostrando que não me importo mais, que estou seguindo em frente.

– Até que fim! – Suzanna cantarolou.

No mesmo segundo, a campanhia tocou.

– Deve ser o Matt, meus deus, eu não estou pronta ainda.

– Suzanna você está sentada aqui a uns bons minutos. – eu disse, perdida.

– Mas não é a mesma coisa, eu não sei estou completamente bem para ele agora, céus, - a campanhia tocou novamente. – alguém pode atender?

– Estou ajeitando minhas asas ainda. – Lauren resmungou.

Revirei os olhos.

– Eu vou. – dei as costas para elas e fechei a porta atrás de mim.

A campanhia tocou uma terceira vez e abri, Matt estava vestido de Indiana Jones com chapéu e chicote, botas e um cinto fivelado que me fez segurar uma risada por educação. Seus olhos azuis estão mais claros que o normal pode ser, é tão rasos que chegam parecer cinzas, e quando o convidei para entrar, a tonalidade deles voltou ao normal.

– Finalmente nos conhecemos. – ele disse, meio timido. – Sou Matthew Harris.

Estendi a mão para ele.

– Suzanna falou muito de você. – ele se senta no sofá quando ofereço. – Principalmente quando você emprestou o neon.

Eu bem lembro daquele dia.

– E você é o tal universitário de olhos bonitos.

– Ela disse isso? – ele sorri, seu cabelo caramelado é um pouco ondulado, mas mal posso confirmar quando ele usa o chapéu.

– Frequentimente. – brinco.

Ele ri.

No mesmo momento, Lauren entra na sala ainda ajeitando seu par de asas com um pouco de raiva, logo atrás surge Suzanna que faz com que Matt se levante com muita pressa, meio deslumbrado.

– Odeio essa coisa. – Lauren resmunga vindo para o meu lado. – Hey Matt.

Matt dá um aceno com a cabeça para ela, mas nem a nota direito, ele está com um olhar perdido para Suzanna enquanto ela está indo até ele e o abraçando-o.

– Você está linda. – ele sussurra, é o máximo que consigo escutar quando eles estão perto e começam a destribuir carinho e sussurros.

Não sei se acho lindo ele estar apaixonado por ela ou se me jogo pela janela por saber que isso será a noite toda.

– Se essa fantasia não valesse a pena, eu jogaria essas asas no lixo agora mesmo. – Lauren resmungou perto de mim, ignorando Suzanna e Matt.

– Tudo pelo Isaac. – zombei.

– Nina!

Eu dou de ombros.

– É melhor irmos. – eu digo, tentando interrompe-los.

Finalmente eles se desgrudam.

– Tudo bem. – ela diz me olhando timidamente, nunca vi Suzanna timida ou seja ela estava envergonhada e apaixonada.

Nós caminhamos para a saída, Lauren ainda estava lutando com os fios que se enroscavam na parte de trás da fantasia e Suzanna e Matt ainda estavam abraçado mesmo enquanto andavam. Essa noite vai ser longa. Antes de fecharmos a porta, eu me virei para Suzanna e perguntei:

– Posso ficar com uma reserva? Caso meus dedos comecem a queimar por causa da vela. – ironizei.

Suzanna fez uma cara feia para a minha piada, mas me entregou uma de suas chaves. Pelo o que eu sei, o estacionamento da escola não tinha aquecedores, por isso nós pegamos nossos casacos e nos cobrimos, pelo bem de nossa saúdu. Matt tem um porçante cinza, ele abre a porta para mim e Lauren que nos juntamos no banco de trás, e um pouco antes de Suzanna entrar, ele a puxa pelo casaco e a beija. Ótimo, isso só está me avisando o que sera a minha noite se eu realmente for. Não tenho nenhum lampejo de prudencia, continuou no carro, até mesmo quando Matt entra e o manobra para a escola. O periodo da viagem foi Lauren tagarela, Suzanna timida e Matt perguntando sobre a minha vida. Ele não falou sobre a morte do meu pai e eu o agradeci por isso, de certo modo, eu gosto dele e percebo que ele está realmente apaixonado por Suzanna.

– Eu joguei uma vez contra o time de Anchorage. – ele me disse, quando estávamos falando sobre a minha antiga escola.

– Vocês ganharam?

– Tinha um cara grandão, cabelo ralo que era um monstro, mas ganhamos. – ele diz, sorrindo pelo espelho.

– O nome dele era Jake? – eu checo, aliviada por não sentir nenhuma emoção ao tocar em seu nome.

– Esse mesmo, espero que ele não seja nenhum conhecido proximo seu, mas eu sempre tive vontade de arrebentar a cara dele.

Lauren é a única que acha graça disso. Suzanna me espia por cima do ombro, para ver se eu estou bem.

– Na verdade, ele era meu namorado. – eu confesso.

Matt me olha envergonhado pelo espelho.

– Sinto muito, eu não queria ter ofen...

– Ele é um idiota, tudo bem, pode continuar xingando-o. – eu o interrompi.

Matt sorriu para mim.

– O que é que ele tenha feito, odeio ele ainda mais.

Eu agradeci pelo o que ele disse e dei um olhar encorajado para Suzanna, dizendo que estava tudo bem.

Eu não tinha visto o tempo passar até quando vi o prédio da escola e Matt pegando o caminho de trás para estacionar o carro. Daqui de fora, passando das dez horas da noite, eu podia ouvir a musica eletronica e a rápida lembrança do clube, só com uma única diferença, aquela lembrança ruim não havia voltado. Era um bom sinal.

Matt ainda voltou para abrir as portas, o que deixou Suzanna ainda mais derretida, eu não podia culpá-la, ele estava se esforçando para deixá-la não só feliz, mas especial. Muitas vagas ocupadas pelo estacionamento, o que me deixou nervosa, certamente teria pessoas demais lá dentro e isso não me confortava nenhum pouco. Aqui dentro essa quente – e dentro eu queri dizer meu casaco – e adoraria poder continuar com ele até o fim da festa. A voz da prudencia dentro de mim ainda me irritou por uns bons minutos.

Ainda dá tempo de desistir.

Este lugar não é para você e não te fará melhor que o Andrew.

Eu quase surtei com a minha propria voz, prudencia, ainda mais quando Lauren me fez andar com ela pelo estacionamento atrás do carro de Isaac, ela queria ter certeza que ele estaria aqui. Mais algumas rodadas até desistimos, ele ainda não havia chegado. Nós nos juntamos novamente a Suzanna e Matt que nos esperaram com muita paciencia, ou eles usaram esse momento para darem amassos, muito mais confortável, sem contar o detalhe de ter que ouvir o som dos beijos enquanto eu e Lauren os seguiámos atrás, no longo gramado da escola.

– Se Isaac não aparecer em dez minutos, juro que me mato se Matt e Suzanna disseram mais um vez “eu amo você”. – Lauren sussurra, irritada perto de mim.

Eu teria rido se não soubesse que Suzanna ouviria, mas eu estava muito mais feliz pela ideia de Isaac não aparecer e eu ter uma cumplice a noite toda, porque eu certamente não aguentaria esse encontro de casais.

Matt empurrou a porta da entrada e o calor dominou meu corpo, o que mudou completamente meu humor, eu estava mais disposta. O trabalho de Lauren realmente valeu a pena, eles ajeitaram os aquecedores e a ideia da decoração estava começando a surgir efeito, morcegos pregados na parede, teias de aranha e muito confete pelas paredes e pelo chão. Ainda acompanhamos alguns alunos, não que eu me lembre deles, mas comecei a me sentir menos desconfortável quando vi o grau de exagero de suas fantasias, a minha seria um tanto despercebida em relação a algumas garotas fantasias de Mulher Maravilha e Mulher Gato. Soltei um suspiro de alivio.

– Ei, Matt teve uma ideia. – Suzanna se virou para nós com um enorme sorrido.

Ela virou a esquerda e entrou numa sala aberta, algo que eu não tinha notado com toda essa decoração.

– Vamos deixar nossos casacos aqui, no laboratório. – ela disse, enquanto Matt a ajudava com seu casaco.

Eu poderia ficar vermelha agora. Uma coisa era ver outras garotas fantasias, outra era você também estar. Depois de perceber que eu era a única com o casaco, decidi me livrar dele, eu já estava aqui, então faria todo o caminho.

– Você não tem com o que se preocupar Nina, você está incrivel. – Lauren disse, me encorajando.

Juntamos nossos casacos em cima da mesa rustica no laboratório e fechamos a porta. Não estava frio, muito pelo contrário, agradeci ao maravilhoso trabalho de Lauren. Nós dobramos a direita e alguém esbarrou em mim e Lauren. Mais precisamente em mim.

– Desculpe. – o alguém disse.

Lauren me segurou pelo braço, me ajeitando em pé.

– Está tudo bem. – eu digo, observando que não se tratava de qualquer pessoa, era exatamente Brian e sua fisionomia pasma.

– Nina é você? – ele pergunta, me checando de baixo para cima. – Por Deus, você está, você está, hm, está querendo matar alguém com essa fantasia?

Minhas bochechas ardem.

– Se isso foi um elogio Brian... – Lauren responde por mim.

– Claro que foi. – ele finalmente nota Lauren ao meu lado. – Isso foi mais que um elogio, você está fantástica Nina.

Eu coro mais um pouco.

– Obrigada, Brian.

Ele passou a mão pelo cabelo um pouco nervoso, o que não tornava as coisas melhores porque seu olhar sínico para a minha roupa me deixa tanto furiosa quanto envergonhada. Eu quero aquele casaco de novo.

– É melhor irmos. – Lauren responde, percebendo minha expressão.

Brian desperta.

– Ok, a gente se vê na festa. – ele dá uma piscadela na minha direção e sai primeiro.

– A gente se vê na festa. – ele piscou para mim antes de se afastar e nos ultrapassar.

Quando ele está longe o bastante, posso sentir minha pele voltando ao tom normal .

– Meu Deus Nina, ele te comeu pelos olhos!

– Ele não... Cala a boca.

Ela agarra meu braço e começa a rir.

– Ei, congelaram? – nós olhamos para frente e vemos Suzanna parada ao lado de Matt, rindo da minha situação.

Quando Lauren finalmente desistiu de rir da minha cara, nós nos apressamos para conseguir alcançá-la.

Matt e Suzanna foram os primeiros a empurrarem a porta da quadra, o volume do som aumento milhares de vezes mais e as luzes coloridas ultrapassavam de vez em quando o vão da porta. A ideia de ter dezenas de pessoas fantasias com alguma coisa provocante me fez questionar o que Isobel faria se me visse assim, ela certamente surtaria e me deixaria de castigo por uma vida. Helena certamente ficaria feliz por mim, finalmente quebrando as regras e sendo feliz, como ela sempre pediu que eu fosse.

– Vamos animar isso aqui. – Lauren falou em alto e bom som, já não podiamos ouvir mais além da musica eletronica.

Matt e Suzanna foram direto para o meio da pista, fitas em cores preta, vermelha, branco e azul entrelaçavam-se do teto até o alto de nossas cabeças, uma máquina de jorrar confetes estourava a cada dez minutos e um DJ animava os alunos do alto de uma cabine improvisada, decorada com esqueletos, morcegos, aranhas e mais fitas coloridas. As grades da quadra foram redecoradas, haviam estátuas do Jason, do Freddy e outras criaturas horrendas dos filmes de terror, perto da mesa com ponches e goloseimas, havia um corredor improvisado com colunas cobertas de TNT preto e mais decoração, duas garotas saíram gritando de lá de dentro e rindo ao mesmo tempo, um casal se preparava para entrar quando um dos professores deu o passe livre.

– Alguns dos nossos professores se ofereceram para ficar nas barracas, aquele corredor lá segue até as arquibancadas, cobrimos com várias camadas de TNT e muita surpresa assustadoa. – Lauren me explicou quando perguntei.

– Está tudo fantástico Lauren. – eu disse, animada por ela.

Ela segurou meu braço e me levou para a pista, estava me mostrando os detalhes enquanto Matt e Suzanna tentavam não se engolir em publico, um esqueleto simplesmente saiu de uma entrada falsa e veio direto para mim, eu teria gritado se Lauren não estivesse ao meu lado e se não estivesse rindo da minha expressão. EU podia ouvir David Guetta e um remix ainda não conhecido feito pelo DJ, alguns rostos conhecidos, mas nada de Emily. O que isso queria dizer? Ela estaria fazendo uma festa particular com o Andrew?

– Você está pensando nele, não está? – Lauren me repreendeu.

– Não, claro que não.

– Você não pode mentir para mim, está na sua cara. Apenas tente se divertir um pouco, dançar com alguém, você não estará infrigindo um código de conduta das freiras, Saint Nathalie.

– Tudo bem. – desisto. – Você tem razão, vou beber alguma coisa, quer que eu traga um ponche para você

Ela fez que não com a cabeça.

– Vou tentar procurar o Isaac ou algum amigo dele, ele não pode simplesmente não vir na minha festa.

– Então boa sorte. – nós nos afastamos.

Como era Lauren que estava no controle da decoração, convites e toda essa transformação da festa de Halloween, não havia máquinas rojando verbena aqui porque ela sabia da minha alergia-falsa. Era dificil me olhar no espelho e me perguntar como em dezoito anos eu nunca notei nada de diferente em mim, nada nível emissário pelo menos. Mesmo escutando vozes prudentes na minha cabeça quando crianças, não era algo que me tornasse um ser sobrenatural, mas no fim das contas eu era.

E Andrew me ajudou a descobrir isso, que ironia.

Desde que soube sobre ele e Emily, é como se eu sentisse nossa ligação se afastando, como se nosso lado sobrenatural pudesse saber que tinha alguma coisa de errado acontecendo, foi esse lado que me ajudou a não perder noites sono por ele, a não derramar uma lágrima por ele, a tentar seguir em frente. Como agora.

No exato momento que encontrei a messa de ponches, Brian apareceu, ele estava com aquele sorriso cafageste no rosto, fantasiado de caça fantasma, ele carregava uma daquelas armas enormes de uma abertura redonda, um macacão engraçado que me fazia rir, se não fosse a minha boa educação.

– Nos encontramos de novo.

Eu tento parecer simpática.

– Foi rápido. – um pouco mais simpática que isso, Nathalie.

– Eu venho tentando achar alguma maneira de falar com você na escola, mas você parece tão intocável.

Sua sincerade é surpreendente, talvez porque uma certa pessoa não saiba reconhecer isso.

– Intocável? – pergunto, perdida.

– Você está sempre com suas amigas ou está sempre pensando muito, como se estivese bem longe daqui, você é diferente.

– Você observa bem.

– Ou talvez eu só observe você. – Brian se aproximou.

Não era isso que eu estava esperando, ele ser tão direto.

– Brian, hm... – eu tento pensar em alguma coisa, exceto pela parte de Lauren está fazendo cara feia para mim, tentando soletrar algo como: não estrague as coisas com o garoto.

Como ela sabia?

– Estou sendo muito rápido?

Agradeci por ele perceber.

– Vamos começar então com um ponche, quer um? – ele se vira para as grandes taças distribuidas na mesa.

– Sim, - eu digo, enquanto ele me serve. - obrigada.

Brian não é repugnante como alguns garotos da escola – ou apenas como Isaac – ele tem uma diferença, ele não está sempre tentando chamar a atenção, ele não liga se você é do time de futebol, apenas se você tem uma conversa legal. Ele é diferente.

– Eu estava pensando. – ele umideceu os lábios com o liquido vermelho do ponche. – Tomei coragem para falar com você agora, então, poderia perguntar se você aceita sair comigo qualquer dia?

A resposta não aparece, somente a visão de Lauren tentando não me fazer estragar as coisas. Ela tem razão.

– Eu poderia pensar nisso. – eu digo. – Eu adoraria.

Brian sorrir para mim e devolve seu ponche para a mesa.

– Já que fiz a pergunta mais dificil, você quer dançar comigo?

Brian estendeu a mão para mim com animação e eu a aceitei, um pouco antes de sermos interrompidos.

– Não, ela não quer.

Andrew está aqui, olhando preguiçosamente para Brian com um sorriso assustador.

– O quê?

– Você tem dois segundos para deixá-la em paz, quer que eu repita novamente? – Andrew sussurra, sua expressão inalterada.

– E quem é você?

– Andrew McDowell, - ele estende a mão para ele. – o par dela.

Brian mira meus olhos com surpresa e confusão.

– Você não disse que estava com ele.

– É porque eu não estou, - eu digo com raiva. – o que você está fazendo aqui Andrew?

– Estou te protejando, baby. – ele sussurrou, sorrindo para mim. – E você, o que ainda está fazendo aqui?

– Estou acompanhando Nathalie.

– Não está mais, dê um fora. – Andrew se movimentou ao meu lado, em pose de ataque.

– Por favor, Andrew!

– Você não quer arrumar confusão comigo, não é Brian? – Andrew me ignorou por completo. – Você só está no lugar errado com a garota errada, pense bem nisso.

– Brian, não o ouça.

Ele não está tão bem quanto eu esperava, na verdade, quem em sã consciência enfrentaria Andrew McDowell?

– Nós nos vemos qualquer dia, Nina. – ele responde, apavorado.

– Isso nunca vai acontecer, se depender de mim.

Brian nem esperou para me despedir ou ouvir a ameaça de Andrew, ele simplesmente pegou seu ponche e saiu o mais rápido que pode, sumindo entre as pessoas.

– O que deu em você? – eu o empurro para longe, tentando sumir dali.

Andrew é muito mais rápido do que eu para me impedir de mecher qualquer musculo.

– Boa pergunta, só fez para a pessoa errada. O que você estava fazendo Nathalie?

– Conversando. – digo furiosa.

– Ele estava dando em cima de você, não era qualquer conversa.

– Bem, e se ele estivesse, qual o problema?

– Talvez eu? – ele responde, furioso. – Pelo o que eu me lembre, ainda sou seu namorado, ainda estou apaixonado por você e você ainda está apaixonada por mim.

– Por que você sempre mente para mim, Andrew? – minha voz desce alguns tons, fraca e triste.

– Não estou mentindo, estou em estado de alerta, essa é a verdade. Metade dos garotos dessa festa estão olhando para você agora, e todos eles estão pensando em dormir com você, não tem como ser mais sincero do que isso.

– Eles não estão... – eu fico tanto furiosa quanto envergonhada.

– Você sabe que estão. – ele sussurra. – É isso que me frusta, saber que você se vestiu tão lindamente para alguém que não sou eu.

Eu engulo minha propria desculpa.

– Eu não estou bem Nathalie, - seus dedos se afroxam do meu braço e se encaminham para seu cabelo, em movimentos de aflição. – acordei desesperado esta manhã.

– O que aconteceu?

– Você. – sua feição amolece. – Eu não conseguia te sentir, você estava tão distante, sumindo dos meus pensamentos, é como se eu pudesse me sentir sozinho novamente, eu tentei ir atrás de você, mas...

– Mas estava ocupado com a Emily. Eu sei sobre vocês, quando ia me contar que estava saindo com ela e comigo ao mesmo tempo?

– A Emily? Saindo com ela?

– Lauren e Suzanna viram você saindo da casa da Emily ontem a tarde, você não pode negar isso. – engasgo nas palavras, tentando parecer fria, mas só estou ainda mais emocionalmente abalada.

– Eu não estou negando.

A verdade dói em meu peito.

– Então é verdade? – seguro as lágrimas e elas ardem na minha garganta.

– Sim, eu estive na casa de Emily, na verdade, estive lá por muitos dias.

– E você está me falando com tanta naturalidade? Como você pode fazer isso comigo Andrew? – esmurro seu braço e dou alguns passos para trás, saindo de perto da mesa de ponches e caminhando com muita pressa para trás dos bonecos assustadores.

Andrew está logo atrás de mim.

– Não é isso que você está pensando Nathalie, eu nunca poderia trai-la.

Eu ouço o ruido do meu sapato no chão e as lágrimas descendo sem poder segurá-las. Andrew segura meu braço e estamos perto um do outro.

– É tão dificil acreditar que eu sou, para sua surpresa, fiel?

– Você beijou ela. – susurrei, minha voz misturada com as lágrimas.

– Eu nunca beijei Emily, não que ela não tivesse tentado fazer isso. O máximo de qualquer aproximação naquele dia foi um beijo na bocecha, e isso partiu dela.

– Lauren comentou qualquer coisa. – resmunguei.

– Eu não estava lá pela Emily, eu estava lá porque Maison pediu.

– Maison?

– Nós descobrimos algumas coisas. – ele me respondeu, paciente. – Isso aconteceu quando estive fora. Você se lembra do pai de Emily? Ele trabalha com alguns registro da biblioteca local inclusive com alguns registro do jornal da cidade, antes de falir completamente.

– Tio Maison descobriu isso? – minha pergunta é sugestiva, mas na verdade estou aliviada e irritada comigo mesmo por ter acreditado nessa história com Emily.

– Descobriu. Eu estava me encontrando com Charles até ele viajar. Ele deixou uma maleta com arquivos confidencias para mim, arquivos que podem nos ajudar com seu lado sobrenatural, levou um bom para que ele confiasse em mim, agora não culpo Emily em estar lá sabe, é a casa dela.

Eu fico vermelha.

(silêncio)

– Tem algo a mais para me dizer? – ele me pergunta, sem expressão. – Só quero que nunca mais faça isso, não se afaste de mim Nathalie, você não tem ideia de como eu fico quando não consigo sentir que estar tudo bem entre nós dois.

– Me desculpe.

– Isso é muito além de desculpas, isso é confiança. Por que acreditou tão fácil que eu estaria saindo com outras garotas?

– Andrew, olhe para você e depois para mim. – murmuro. – Nós não temos nada a ver.

Ele ri.

– Essa é a graça, baby. Você é a parte boa, eu sou só o lado negro tentando servir para alguma coisa. – ele acaricia meu queixo, mirando-me com aquele par de olhos negros.

– Me sinto tão estupida.

– Não sinta, você é incrivel Nathalie, mesmo quando mete os pés pelas mãos. – ele beija o topo da minha cabeça, um beijo terno. – E por favor, não me provoque mais desse jeito Nathalie, você não pode estar perto de outros garotos.

– O quê?

– É isso, não gosto da ideia de você ter amigos... Homens.

– Você está brincando comigo.

Ele sorrir.

– Não muito. Se você soubesse do estado dos homens olhando para você com esta fantasia, você entenderia minha frustração.

– Não vamos falar disso de novo. – eu digo. – Você preparou uma fantasia?

Ele sorrir e se move ao mesmo tempo.

– Não gostou dessa? – ele segurou minha mão e me levou para perto da mesa de ponche, para pegar uma taça para ele.

Andrew está no seu habitual jeans Levi’s preto, uma blusa de botões preta, o cabelo preto jogado para cima, do mesmo tamanho que me lembro, tocando um pouco depois da lóbulo da orelha. Isso não me ajuda em nada.

– E qual é a sua fantasia?

Ele move os lábios para perto do meu rosto, acariciando minha pele e se aproximando da minha orelha como se fosse contar um segredo.

– Vampiro, baby. – e sorrir, movendo os lábios para os meus.

Sua mão agarra a minha cintura e prende meu corpo ao dele, seu braço percorre uma parte da minha pele desnuda enquanto sua lingua brinca com a ponta dos meus lábios, abrindo-os aos poucos esperando por ele. A confusão é o ápice do prazer, perco os sentidos, esqueço que estamos numa festa publica, agarro seu braço direito para me apoiar enquanto Andrew me beija sem folego.

Ele me espera para respirar, enquanto me perco no seu cheiro de gardênias e ele se prepara para sussurrar alguma coisa.

– Você acha que um vampiro e uma enfermeira dentro de uma dessas salas desertas seria muito assustador?


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Notas finais do capítulo

o que acharam? obrigada pelas recomendações, eu fico muuuuito mais feliz



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