Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: vocês são os melhores leitores da face da TERRA, EU AMO SEUS COMENTÁRIOS TUDO! Segundo, obrigada a aqueles que favoritaram e recomendaram minha fic, dessa forma ela acaba sendo mais vista por outras pessoas. Outra coisa, esse capitulo que vou postar é o maior passo que haverá entre Nathalie e Andrew, vocês vão perceber que de certo modo Nathalie ficou espantada com a noticia de saber que Andrew é um vampiro, mas ela acreditava tanto que isso não passava de uma mentira que foi fácil aceitá-la. Mas não se esqueçam, tem um motivo para que ela aceite o Andrew do jeito que ele é, esperem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/403482/chapter/26

s ouvimos algumas vozes, aparentemente parecia que o pai de Amber estava falando, mas estávamos tão longe e havia tantas pessoas que não soubemos identificar. A multidão se interessa com o que estava acontecendo ali e o que acontecia em volta de Billy e Adam. Eles estavam perto de outros policiais para garantir a segurança do lugar, mas era inevitável não observar a postura de outras pessoas em relação a eles, todas cochichavam, perguntavam-se se eram corajosas o suficiente para ir até lá e questionar por notícias.

– Não estou conseguindo ouvir nada. – se queixou Lauren enquanto se esticava na ponta dos pés.

– Quantas cabeças! – Suzanna murmurou.

Olhei em volta, toda a multidão parecia me sufocar.

– Vamos sair daqui, acho que não estou muito bem. – sussurrei, me aproximando delas.

Lauren e Suzanna fizeram que sim com a cabeça. Nós tentamos nos mexer ali, levou uns bons minutos para que encontrássemos uma arvore de copa alta apenas com duas pessoas que se aproximavam. Alguns metros para trás, os jornalistas forçavam a visão e a audição para não perder nada que estivesse acontecendo.

– E agora, como está se sentindo? – Suzanna cruzou os braços e se virou para mim.

– Estranha, para falar a verdade.

– Eu também. – Lauren fez uma careta enquanto se aconchegava no seu casaco azul. – Ver todas essas pessoas, é como se estivesse numa festa, mas não estivesse realmente.

– Você é tão poética, Lauren. – Suzanna resmungou, dando um meio sorriso zombeteiro para ela.

– E você é insuportável Suzanna, qual ganha agora?

Reviro os olhos, não é possível que até em um cemitério elas esteja brigando. Quando me dou conta, sinto o meu celular vibrar no bolso traseiro;

– Mensagem? – Lauren arqueia a sobrancelha para mim quando finalmente decide ignorar as provocações de Suzanna.

– Sim, deve ser Isobel, meio que saí sem avisá-la. – eu disse, dando alguns passos para trás e quase tropeçando para cima de um homem.

O pai de Amber se senta no mesmo momento que me afasto, é neste segundo que Lauren e Suzanna desistem de me seguir com os olhos e passam a olhar para frente. Eu fico pensando que Isobel deve estar surtando, neste exato momento, eu deveria ter avisado-a sobre meus planos, mas para minha surpresa, não era uma mensagem de Isobel e eu não sabia de quem se trata, o número estava em privado.

Eu teria ligado, mas temi a ideia de você desligar na minha cara. Nós precisamos conversar Nathalie e antes que você pense em apagar essa mensagem, sou eu, Andrew, estou do outro lado do cemitério, estou conseguindo te ver ao lado de suas amigas, se você se esforçar um pouco, do outro lado do cimitério, depois dos fotográfos e ultimas filas de carro, você vai me encontrar e meu Hamann.

Ergo a cabeça rapidamente na tentativa de procurá-lo tão espontaneo quanto respirar. Há mais jornalista do que julguei que eu teria julgado, mas ele estava certo, logo após uma enorme fila de carros, eu vejo seu Hamann preto reluzindo com a pouca quantidade de iluminação vindo do sol e ao seu lado, lá está Andrew, aparentemente do mesmo jeito que eu o encontrei no estacionamento.

Por que ele está aqui? Eu fico me perguntando várias e várias vezes, como se fosse descobrir a resposta num piscar de olhos, mas sou interrompida por uma nova mensagem

Não pense em desistir, eu sei que você quer falar comigo tanto quanto eu, temos assuntos pendentes Nathalie, por favor, venha.

Andrew.

Eu não iria, na verdade, eu estava me relutando para encontrá-lo, principalmente depois das minhas descobertas. Eu deveria ir lá e dizer tudo que eu já sabia sobre ele? Ou eu iria ficar aqui, porque seria a primeira vez em toda a minha vida que eu faria a escolha certa, a de me proteger. Embora eu tenha aquela parte dentro de mim que nem sequer pensar nessa possibilidade, essa parte quer que eu esteja lá e resolva tudo, essa parte não quer saber dos perigos que realmente posso correr. Andrew é o que é. Isso existe e parece que vou perder o ar toda vez que eu penso na possibilidade da minha teoria e a teoria do professor Langdon estarem corretas.

Eu não tenho a resposta até que aquela parte se sobrassai, Andrew tem razão, nós temos assuntos pendentes e eu quero resolver o mais depressa. Eu volto para trás, procurando Lauren e Suzanna que parecem preocupadas demais em tentar entender o que está acontecendo lá na frente que mal percebem quando chego.

– Era Isobel. – eu aviso para despertá-las.

– O que ela queria? – Lauren pergunta, a primeira a prestar a atenção.

– Discutir. – eu minto, é fácil mentir sobre algo que eu quero muito, é espontaneo. – Ela está brava por eu ter saído do hospital e não ter dado noticias, sabe, a mesma coisa de antes.,

Suzanna revira os olhos.

– Se Grace fizesse todo esse drama comigo, eu estaria morando com meus pais naquele maldito trailer que eles compraram para viajar o mundo.

Eu quase rio com a sua piada.

– O que você vai fazer agora? – Lauren pergunta, ignorando a piada sem graça de Suzanna. – Ela quer que você vá para casa?

– Se quiser, nós podemos ir.

Eu faço que não com a cabeça.

– Ela só quer que eu ligue de volta. – dou de ombros, surpresa com a facilidade que consigo mentir para elas. – Mas a área neste lugar é horrível.

– Eu tentei mandar uma mensagem para o Isaac, eu bem sei como ela é terrível. – Lauren joga o cabelo para trás, é o seu modo de desaprovação.

– Ou ele está realmente te ignorando Lauren, sempre pense nessa possibilidade. – Suzanna não perde em alfinetá-la.

– Não começem! – imploro, quando vejo Lauren se preparando para o ataque. – Na verdade, eu acho que vou tentar procurar um bom lugar para falar com ela antes que ela arrume um jeito de vim aqui e me puxar pela orelha.

– Isso seria terrível. – Lauren disse fazendo cara feia.

– Se quiser empresto meu celular, o meu estava bom até agora a pouco.

Eu faço que não para Suzanna.

– Obrigada, mas se eu ligar do seu vai desencadear mais um milhão de perguntas de Isobel, melhor não arriscar.

– Tudo bem, então, quer companhia?

– Não, não precisa. – eu digo para elas. – Não vou demorar muito, quero dizer, se ela for legal comigo, não saiam daqui, ok?

– Tudo bem, qualquer coisa tenta enviar uma mensagem. – Lauren balança o celular para mim, antes que eu me afaste.

– Ok, volto logo!

Dou meu ultimo aceno antes de me virar e começar a andar. A minha primeira reação é fingir que estou preocupada com a droga do sinal e é nesse espaço de tempo que verifico se Lauren e Suzanna estão me olhando. Positivo. Eu dou mais alguns passos, as arvores começam a aumentar de número e isso é o suficiente para que elas desistam de tentar me acompanhar. Eu fico ali espreitando por alguns minutos e sou fisgada pela curiosidade de procurar por Andrew. Ele está no mesmo lugar, da mesma forma e não moveu nenhum musculo, exceto que ele está olhando para mim agora, me observando me movimentar como se eu estivese me escondendo. E eu estava. Dou uma ultima olhada para as garotas, mas elas estão absorça o suficiente para não me notarem, é nesse momento que saio de perto da enorme arvore e passo por algumas pessoas desconhecidas, em direção a grande onde estão os jornalistas.

Enquanto eu me enfiava entre as pessoas, me escondendo de Lauren e Suzanna, que percebi o quanto todas estavam preocupadas e nervosas, interessadas no que estava lá na frente e que nenhuma delas me notaria, enquanto me esforçava para não ser vista, sendo que isso já estava acontecendo antes mesmo de eu fazer esforço. Tomo a perspectiva que ninguém está me olhando e ando mais depressa, abrindo o portão de grade preta e me colocando para fora, sentindo a mesma lembrança que senti na morte do meu pai. A porta para um novo mundo, não o mundo dos mortos, muito pelo contrário, é apenas um lugar a mais que os vivos resolveram dar aos que já se foram. É um conceito estranho sobre a vida ou sobre o fim dela, porque independente do que você foi quando vivo, a sua vida terminará nisso como a maior parte da população mundial. E isso é inevitável, é por isso que existe apenas um tipo de vingança, não há vida após a morte, mas há vida para aqueles que ficaram, é a vingança que transborda em seus corações e quando olho para Andrew, sua feição me espreitando chegar, percebo que existe uma grande possibilidade de eu não conseguir odiá-lo como eu queria, de odiar pelo o que ele é ou até mesmo a probabilidade dele me odiar pelo o que estou prestes a falar, o que estou prestes a acusá-lo. São inumeras maneiras para nós dois sairem machucados, de qualquer forma, eu sinto que uma ligação será quebrada hoje, talvez seja a nossa, então estaremos livres, sem encontros, sem coincidências.

Eu saio finalmente de perto dos portões, dos jornalista e me infiltro nas ruas vazias de pessoas, mas coberta de carros de todos os tipos, enquanto na ultima fileira, no ultimo carro, está quem eu procuro ao mesmo temo quem eu deveria evitar e ignorar com todas as forças. Então vai ser isso, é este meu plano, vou desmascará-lo, ele terá que me contar a verdade atrás de todos os segredos sombrios que o rondam, é a minha chance de desvendar quem é o verdadeiro Andrew McDowell que aparece nos meus maiores pesadelos reais, a pessoa que esconde segredos peturbadores, corpos em baixo de camas.

Eu sei o que ele é e tenho mais convicção disso.

– Você realmente veio. – ele diz erguendo toda a sua postura imponente quando eu chego perto o suficiente para sentir o toque macio da sua blusa de botões na cor preta encostarem na minha pele.

– Eu sei o que você é.

Seus olhos pretos perdem todo o brilho, em segundos.

– O que disse?

– Eu sei o que você é, Andrew. – repito, sem pavor. – E não tenho medo de você.

Sua boca se abre lentamente deixando a mostra seus lábios carnudos e fileiras de dentes brancos e certos.

– Você tem certeza disso? – ele pergunta, sem emoção.

– Você acha que eu estaria aqui se não tivesse plena certeza?

– Não, você não estaria. – ele sorri, porém é triste. – Você estaria se borrando de medo se soubesse o que eu sou.

Um vampiro. – sussurro, tremulando um pouco os lábios.

Os deles congelam na sua expressão de tristeza, mas seus olhos negros estão tão confusos e surpresos que eu não sei como ele vai reagir ou como eu reagirei se ele disser “sim” ou se ele disser “não”.

– Professor Langdon me ajudou um pouco com a descoberta, se você quer saber. – eu digo, baixinho. – Ele só me deu o caminho, mas foi você que plantou a ideia da duvida, você queria que eu soubesse. Então é verdade?

– Por que você não está com medo?

O quê? – eu pisco, perdida, ele não me respondeu.

– Seu coração, ele está normal, por que você não está com medo?

Eu. Não. Sei. – a resposta sai de repente, como se eu fosse pega de surpresa, porque na verdade é realmente isso.

Eu não sei, mas não estou com medo, eu não sei, mas Andrew é um vampiro e isso não me faz gritar.

– Vamos sair daqui, precisamos conversar. – Andrew pende o corpo para o lado, enquanto pensa e segura meu punho ao mesmo tempo.

– Agora estou com medo. – eu confesso surpresa com a minha propria verdade. – Para onde você quer me levar?

– Para um lugar calmo.

– Sem testemunhas, é o que você quis dizer. – quase grito.

Andrew dá a volta e se vira para mim.

– Você está pensando na possibilidade de eu matá-la?

– Você me ouviu? – sussurrei. – Andrew, você é um, você é um... Meu deus, é verdade, eu não estou tendo um pesadelo.

Desprendo-me da sua mão e começo a caminhar sem rumo, para longe dele e do seu carro. Eu estou surtando agora, porque é essa a verdade. É sobre isso que os McDowell guardam a sete chaves e é algo que eu não quero mais saber.

Eu despertei, estava coberta de tanta adrenalina, estava coberta por uma salfa mentira, me convenci, mesmo que não percebesse, que Andrew não era realmente o que eu tinha descoberta, mas é mentira. Eu descobri a verdade e ela é assustadora.

– Espere, - sinto a voz de Andrew e seus braços perto de mim. – precisamos conversar ainda. – ele me fisga.

– Você já matou pessoas, Andrew? – eu tento dizer na forma mais tranquila o possível, mas a verdade é que estou tremendo com a verdade.

Ele fica perdido.

– Você quer mesmo a resposta?

Despenco em lágrimas, fazendo que não com a cabeça. Eu já sabia da verdade, mas era bem diferente ouvir dele.

– Ótimo, mas quer saber de uma boa noticia? – ele se vira para mim. – Eu não matei Amber nem Rachel, muito menos o seu pai. Agora podemos conversar?

Eu não consigo cessar as lágrimas, elas ardem no meu rosto e sinto como se meu corpo perdesse a força aos poucos. É os braços de Andrew que vejo e a primeira coisa a me sustentar, quando ele percebe.

– Você sabe quem matou meu pai? Ele foi morto, não foi? – eu sussurro perto do seu rosto. – Apenas me diga a verdade.

– Não neste estado, você precisa se controlar Nathalie, para isso precisamos de um lugar melhor para conversarmos.

Eu empurro seu peito com força, conseguindo me sustentar em pé.

– Você é um mentiroso idiota. – eu quase grito, mas estou chorando tanto que a minha voz sai esganiçada. – Seu imbecil.

Andrew tenta me fisgar novamente, com aquela maldita feição de que está ou se divertindo ou gostando do que está vendo.

– Eu também concordo, mas que tal você parar de tentar me bater, você sabe que eu não sinto nada. – eu me viro para trás e vejo aquele sorriso presunçoso na sua face.

– Por que você está sorrindo? Eu descobri, tá legal? Eu sei a verdade, acabou Andrew, seu segredo foi descoberto, você deveria estar pensando em um plano para tentar calar a minha boc...

Eu sinto seu corpo se chocar contra o meu no mesmo momento que sua lingua acaricia o meu lábio infeior antes dele me beijar. Seguro forte seus braços para me tentar colocar em pé, mas seu corpo gigante está caído sobre o meu e somos empurrados para a porta do carro, enquanto ele me beija e eu gemo baixinho entre as paradas respiratórias.

Quando ele se afasta, seu sorriso sedutor não some.

– Se era isso que estava desejando, deveria ter pedido antes Nathalie, eu não teria negado. – sussurrou, se divertindo. – Agora entre no carro.

A porta está aberta em segundos e eu me esqueço o quanto Andrew – que é vampiro – é meio sobrenatural e rápido.

– Por que você me beijou? – eu pergunto em estado de choque ou de simplesmente estar desnorteada para colocar os pensamentos em ordem.

– Você quer perder tempo com uma pergunta dessa? – ele franze o cenho para mim, enquanto me olha. – Ah, certo Nathalie, eu te beijei porque é a coisa mais normal a se acontecer quando duas pessoas sentem atração uma pela outra, sabe, desse jeito aqui.

Ele diminui os centimetros e encosta seu corpo no meu, seu nariz enroscado nos meus cabelos enquanto ele inala o perfume do meu shampoo me deixa desnorteada com pensamentos fora de ordem.

– Você tem um cheiro bom. – ele sussurra meio delsumbrado.

– Andrew... – sussurro sem voz, sem vontade alguma de que ele compreenda minha repreensão.

– Você devia dizer: você também tem um cheiro bom, Andrew, assim seria mais fácil tentar entender se você sente as mesmas coisas que eu, Nathalie, - ele se afasta um pouco, frustrado. – céus, você pode pelo meno uma vez dizer o que está sentindo?

Eu fico perdida enquanto tento me recuperar da sua aproximação. Há milhares de coisas passando pela minha cabeça agora e não posso tentar filtrá-las em segundos, mas existe uma enorme probabilidade de eu me odiar quando eu perguntar, mas eu quero saber.

– Você já pensou em me matar, Andrew?

Os olhos negros dele são doces, sem falsidade, mas sem sombra de duvidas estão muito mais profundos agora.

– É essa a sua maneira de falar o que está sentindo? – ele pergunta completamente confuso.

Eu ainda continuou olhando para ele, esperando sua resposta.

– Tudo bem. Existem duas respostas para isso. – ele diz. – A primeira não seria muito ideal agora, embora eu não tenha levado ela em conta até algumas semanas atrás. E a segunda é que eu não teria forças para te matar Nathalie, eu não teria forças para te perder.

Eu inalo seu perfume, uma confusão de canela, gardênias, umidade e menta, e fico aterroizada com a ideia que ele esteja tão preso sentimentalmente a mim quanto eu a ele. Nossa ligação não se quebrou, então o que realmente aconteceu aqui?

– Agora entre no carro. – ele pede outra vez sem perder aquela pose de mandão que mesmo caindo aos seus pés, eu odeio.

– Eu ainda não falei com Suzanna e Lauren, elas estarão pirando se eu sumir. – eu digo, tentando arrumar uma desculpa e ao mesmo tempo apagar a sensação de ardor de quando ele me beijou.

– Nathalie... – ele sussura meu nome. – Eu não fiz um pedido, eu dei uma ordem. Entre ne carro. Obrigado!

Eu faço cara feia, empurrando sem sucesso seu peito para trás.

– Eu não estou sozinha aqui Andrew, e outra, Lauren e Suzanna vão ficar realmente muito preocupadas se eu desaparecer sem motivo algum. – eu digo em outra tentativa meio falha.

– Arranje outra mentira, baby.

Eu fico irritada.

– Eu não quero entrar nesse carro, para falar a verdade. – assibilo entre dentes.

– É disso que eu estava falando, um pouco de verdade. – ele caçoa, mas ainda não se move. – Agora entre no carro.

– Nós não terminamos aqui Andrew, para onde você vai me levar? Você ouviu o que eu disse? Eu não vou entrar dentro de um carro com um vamp...

– Você já esteve aí outras vezes comigo Nathalie e para falar a verdade, já fizemos outras coisas aí dentro também além de falar, então não fará muita diferença agora. – ele me interrompe, se divertindo.

Eu fico vermelha feito pimentão.

– Tudo bem, o que quer que eu diga para que confie em mim e entre nesse carro? – ele balança a cabeça, meio impaciente.

Eu penso em milhares de perguntas ao mesmo tempo, mas não sei por onde começar, eu não sei qual delas é importante o suficiente para antedecer as outras, é um emaralho de questionamento.

– Estamos perdendo tempo.

– Por que você entrou na minha vida, Andrew? – eu disse, talvez eu não precisasse dessa verdade tanto como as outras, mas eu não soube evitar e nem esconder meus sentimentos.

Seus olhos pretos ganharam vida desde aquele momento, não era o mesmo Andrew que vi no estacionamento, aquele que parecia não ter dormido a dias – se caso ele dormisse também -, o frágil homem derrotado que vi, este era outra pessoa, não alguém que eu não reconhecesse, na verdade era parecidissimo com o homem que passei noites pensando, perdendo noites de sono, o mesmo que faz coisas estranhas em relação às minhas emoções.

– Há uma resposta que você não está preparada para ouvir, ainda. – ele sussurra, seus lábios tão perto dos meus. – Mas tem uma verdade que eu deveria ter dito desde o momento que coloquei meus olhos nos felinos que são os seus.

– Qual?

– Não é nada romântico a maneira como cruzei a sua vida, baby, mas nada me fará ir embora agora, eu quero você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o que acharam? Comenteeeeeem e ignorem os errosPs: será que vem sexo aí?????