Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Sentiram saudade? Desculpem a demora, eu estive ocupada com uma peça e provas, a partir de amanhã eu estou LIVRE!



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Eu não estava sozinha, e mesmo que meu coração gritasse por causa do pânico, Andrew estava comigo e isso era a única coisa que importava naquele momento. Depois que eu vi que se tratava dele e não do assassino, eu não lembro como os minutos se prosseguiram, uma hora nós estávamos encurralados naquele beco sem saída e em outra eu estava nos braços dele chorando de pavor enquanto eu sentia toda aquela queimação que é seu corpo. Ele é quente e no frio de Sponvilly é a melhor sensação do mundo.

Depois de estar nos braços dele, claro.

Há mais partes desconhecidas de Sponvilly do que julguei ter, nesses ultimos anos a cidade cresceu de uma forma que me surpreendeu. Eu nunca andei por aqui e não me passava pela cabeça como alguém como Andrew poderia estar aqui, neste lugar, assim tão ocasionalmente. Depois de cessar as lágrimas e a respiração, eu pensei na possibilidade de poder caminhar com meus proprios pés, sem que Andrew servisse de escolta, mas a primeira coisa que ele fez quando pensei nessa possibilidade, foi me dar um não muito preocupado. Eu sei que a minha situação não era a das melhores, mas nunca pensei ver alguém, um completo desconhecido, se sentir tão aflito com o que aconteceu comigo.

Meu peito se enche de esperança, mesmo a mínima possível, com a possibilidade de Andrew se importar comigo. Eu nunca conheci alguém como ele, é diferente. Diferente não é como se eu tivesse tido muitos relacionamentos, Jake tinha sido meu primeiro namorado e a minha primeira decepção, mas o que Andrew faz com meus pensamentos sem ao menos dar a entender de que está interessado é bem mais perigoso. É muito particular, não há nada de conhecido entre eu ele, é só um McDowell e uma O’Connel e até mesmo assim eu sinto como se meu peito fosse explodir e juro que não é por causa da minha asma ou do meu ataque de pânico, embora as vezes eu possa confudir esses sintomas com o que eu senti, por exemplo, quando Andrew esteve comigo na livraria, me salvando, novamente.

Oh, droga.

Depois desses pensamentos, me senti idiota por estar preocupada com a ideia de Andrew não gostar de mim (ou não da mesma forma que eu, normalmente, penso nele) ao invés de não estar surtando depois de ter sido perseguida por um maníaco. Eu deveria me tratar, é essa a verdade.

A iluminação por aqui não é tão diferente da mesma rua que acidentalmente peguei, embora aqui haja uma certa quantidade de postes aceso a mais do que era naquele bairro. Não há nenhuma residência abandonada por aqui, mesmo que eu veja muitos bares pela a extensão, mas com menor quantidade de caras estranhos, é apenas homens bebendo e assistindo algum programa masculino na TV, ou seja, aqui parece menos assustador.

– Onde estamos? – eu perguntei, logo atrás de Andrew.

Os dedos dele seguravam os meus com tanta possessão que não ousei sequer a mexê-los, caso eu os sentisse adormecendo. Como se fosse possível com toda essa eletricidade que passa do corpo dele para o meu. Meu coração parece tão frágil.

– O quê? – ele vira o rosto para o lado e os fios pretos do seu cabelo balançam tão livremente.

Esqueci de ressaltar que seu cabelo está maior agora, está um pouco abaixo da orelha e isso é completamente atraente.

– Perguntei que lugar é esse.

Desta vez ele não me olha, nós dobramos a esquina e tropeço ao passar muito rápido por uma elevação e sou arrastada para as costas dele, ou deveria, se ele não tivesse sido rápido o suficiente para segurar meu punho e a minha mão antes livre. Eu não estava mais atrás dele, nós estávamos cara a cara agora.

– É uma bifurcação que acabou virando um depósito de negócios arruinados. – ele sussurra, o hálito dele atinge meu rosto. Parece menta. – Mais conhecido como a Patel Street.

Eu pisco os olhos, meio deslumbrada, meio confusa, meio muita coisa e sem forças para voltar ao normal.

– Ou seja, é o tipo de bairro que as garotas deveriam evitar. – avisa.

Sua voz sombria me atinge e sinto minha base tremer.

– Você está bem? – Andrew pergunta, observando-me.

Eu não estou tremendo pela ideia dele, além de mim, saber que este lugar não é para garotas como eu e que acontecem coisas estranhas aqui que prefiro não lembrar, mas sim pelo fato que os olhos dele são tão pretos, são tão profundos que me fazem ter a alusão de poder ultrapassar a barreira e ter a ideia de como é toda essa profundidade. Eu tremo não é por causa do que passei (mas deveria), eu tremo porque eu não consigo entender como alguém que conheço tão sorrateiramente, tão pouco, pode estar tão proximo de mim ou até mesmo longe e fazer que eu perca o rumo dos meus pensamentos só por saber que estamos na mesma cidade, que existe uma grande probabilidade de nos encontrar.

Isso não é normal.

– Está com frio? Você parece... – Andrew não terminou, soltou minhas mãos e se apressou para tirar seu casaco preto.

Embora ele tenha tirado as mãos de mim, ele estava tão proximo que eu sentia o pano do casaco batendo no meu braço enquanto ele o tirava. Quando ele terminou, colocou-o sobre meus ombros, certificando-se de que eu já estava quente. Seus dedos percorreram meus ombros ao me ajudar a colocar as mangas e quando terminei, nossos olhos se encontraram.

– Está melhor agora? – ele pergunta, certificando-se.

Eu faço que sim com a cabeça, e depois de alguns segundos nos olhando, ele segura minha mão e começamos a andar. O perfume dele está contaminando minha roupa, meu cabelo e minha pele, e o pior de tudo isso é que eu gosto. Eu posso me enternar agora, se preferirem. Quando alcançamos a proxima rua, o único veiculo que se encontra estacionado, além de duas motos sinistras, é um Hamann. Eu não sei o que aconteceu, mas não pude dar mais nem um passo, os dedos de Andrew se foram e os meus ficaram, quando ele percebeu, sua feição não era tão confusa quanto a minha.

Era ele!

Adam estava conversando com Andrew aquele dia, no estacionamento, eu só não tinha ligado os pontos. Na verdade, eu sei que Andrew é uns quatro anos mais velho do que eu, se bobiar, então, por que ele estaria passeando com seu carro no estacionamento da escola? Isso não faz sentido nenhum. Na verdade, não fazer sentido é a frase ideal para descrever um McDowell, porque tudo que vem deles é sempre coberto de segredos, misterios e sensações sombrias. Como não pensei nisso antes?

– É aqui, Nathalie. – Andrew diz, apontando para o Hamann a alguns metros de nós.

Ele se move e faz um movimento com a cabeça, é para eu segui-lo.

Eu fiquei tão aliviada por Andrew ter me salvado que não passou pela minha cabeça a duvida sobre como ele foi parar ali. Ele mesmo disse que era um bairro para se evitar, mesmo que fosse por garotas, ele é irmão de um policial e Estenio trabalha para o prefeito, este seria o ultimo lugar da face da terra que alguém como ele poderia estar, afinal, os McDowell são simbolo de perfeição.

Então, como ele havia parado ali? Ou melhor, como ele conseguiu me achar? Não há sentido algum ele estar presente naquele lugar exatamente na hora que eu me encontrava e, ele tinha visto o assassino? O que há de errado nessa história?

– Entre aqui.

Andrew e eu paramos, ele desalarma o carro para poder abrir a porta e esperar que eu entre, mas a única coisa que faço é ficar parada, olhando para o carro como se ele fosse uma pista. Tem alguma coisa que deixei de observar, não tem como, porque não pode ser coincidência de Andrew, um McDowell, estar pela segunda vez numa cena de mistério para me salvar. Uma, eu tinha certeza que havia visto uma pessoa na livraria e a segunda era que tenho absoluta certeza de ter sido perseguida por uma maníaco. Não se encaixa, é simples.

– Por que não está entrando, Nathalie?

Eu desperto e vejo que os olhos de Andrew estão mirados para mim. Quando ele quer, Andrew poder ser muito intimidor, toda essa confusão de branco e preto que há nele, o preto profundo dos seus olhos, do seu cabelo e da sua roupa ou o branco de sua pele, do seu sorriso, ele pode, mesmo sendo atraente, fazer a minha base tremer de pavor. É estranho isso, ao mesmo tempo que ele me deixa confusa com meus sentimentos, ele me dá medo, eu sinto como se fosse fugir a qualquer momento.

– Nathalie? – ele diz, novamente.

Mesmo que sua feição esteja carregada de uma pose intimidadora, com a sobrancelha arqueada e os olhos apertados na minha direção, eu não posso deixar de notar que há sempre um tom diferente quando ele diz meu nome. Parece que ele sempre se acalma ou suavisa quando ele o faz.

– Não me leve a mal Andrew, mas, primeiramente, preciso de algumas respostas para confiar em você.

Ele abre a boca, mas não diz nada, ele está processando minhas palavras e quanto mais o segundos passam, mais ele fica incredulo com uma mistura de surpreso.

– O quê? Nathalie, depois de eu ter salvo sua vida você ainda quer arrancar respostas para confiar em mim? – ele se aproxima.

Sinto minha pele esquentar, mas eu consigo ignorar isso. E de certa forma isso soa completamente estupido, ele está certo, mas é como se eu fosse brigar contra mim mesma, eu tenho perguntas que não devem ficar presas na minha garganta por algum tipo de medo ou hesitação. Eu preciso fazê-las.

– E eu agradeço por isso, Andrew.

– Ah, eu estou vendo. – ele fica impaciente.

– Não, espere, você não está me entendendo, você não vê o quanto tudo isso parece estranho?

Ele muda o peso do corpo.

– Estranho? – repete, confuso.

– É, primeiramente, por que você estava lá? – pergunto, diretamente.

Ele suspira, surpreso talvez.

– Ótimo, interrogatório.

Andrew se afasta um pouco e cresce de altura, ele dá alguns passos para o lado e fecha a porta antes de se apoiar nela e cruzar os braços, olhando com um pouco de raiva para o céu antes de me olhar nos olhos.

– Você quer respostas, não é?

Eu faço que sim com a cabeça.

– Eu as darei. – sua feição não muda, seus olhos são incompreensiveis. – Não sei se ficou sabendo, mas estava fora da cidade.

– Depois de me salvar na livraria?

Ele pigarreia, meio confuso.

– É, depois disso eu retornei esta manhã e recebi uma ligação de um amigo meu, da faculdade, nós combinamos de nos encontrar em um bar, com o restante da turma.

– Aqui? – eu pergunto, e procuro algum bar pela rua.

– Não, não, a alguns metros de onde você estava.

Eu olho para ele, e é como se eu pudesse saber que ele está mentindo, mesmo quando sua respiração parece tranquila, mesmo quando ele parece tão confiante.

– E por que seu carro está aqui? – eu pergunto para ele, sabendo que posso pegá-lo na mentira.

Ele me muda o peso do corpo e pensa um pouco.

– Quando eu disse que aquele bairro é para garotas evitarem, eu estava certo. Eu deixei meu carro por segurança. Na verdade, foi mais por recomendação de um amigo.

Oh, meu deus, você não vai acreditar nisso, não é Nathalie?

– Estava me seguindo?

Ele fica nervoso.

– Eu não estava te seguindo, não se preocupe. – seus olhos estão longes, eu não consigo compreende-los.

Eu nunca vou entende-lo, pelo jeito.

– Eu não entendo, por que estava em um lugar daqueles Andrew? Você mesmo disse que é perigoso. – contesto.

Andrew me encara tão fixamente que chego a pensar que esteja tentando me convencer de alguma coisa, mas como nada funciona, ele muda o peso do corpo e solta os braços.

– É diferente, você estava sozinha naquele lugar e eu estava repleto de amigos, qual chamaria mais atenção? E, além do mais, não é todos os bares daquele lugar que é cheio de maníacos ou assassinos.

Eu engulo secamente só por lembrar da fisionomia do assassino, aquele sorriso de vitoria em seu rosto, o pavor que me percorreu quando ele matou aquela mulher ou quando ele correu atrás de mim.

– Nathalie, você está bem?

Quando abro os olhos, as mãos de Andrew estão segurando meus braços, é como se ele soubesse que eu iria despencar a qualquer momento.

– É por causa do que aconteceu lá dentro?

– Foi terrível. – eu digo, segurando as lágrimas.

– Mas está tudo bem, você está comigo agora, está me ouvindo? – ele puxa seu casaco ao mesmo tempo que me puxa e me abraça.

Isso passa alguns segundos, quando me recupero.

– Você está melhor?

Eu faço que sim com a cabeça para depois olhá-lo nos olhos.

– De qualquer forma, você não devia caminhar sozinha por essa cidade, não se pode confiar em todo mundo ou em todos os lugares.

Ele está encostado no carro e eu estou abraçando seu casaco, para me deixar quente e é quando uma pergunta paira pela minha cabeça e não consigo segurá-la:

– Como chegou até mim, Andrew?

– O quê? Eu?

Ele parece surpreso, mas tenta o mais rapido possivel se livrar dessa feição. Ele está bolando alguma mentira, eu sei.

– Nós íamos embora, mas no fim acabou sobrando a conta para mim. Eles iam por um caminho e eu pelo o outro, então acharam melhor irem na frente. Eu estava me despedindo do dono do bar e estava seguindo para onde deixei meu carro, quando eu ouvi um grito. Primeiramente achei que fosse coisa da minha cabeça, mas quando houve uma segunda vez e um barulho em seguida, eu não consegui me mexer.

De alguma forma, esta parte da historia ele estava falando a verdade, eu não sabia como diferenciar isso, mas olhando nos olhos dele, Andrew parecia falar a verdade.

– Foi muita imprudencia minha fazer o que eu fiz, pelo fato de poder ter se tratado de assassinato ou uma gangue, mas não perdi os pensamentos, quando imaginei que fosse uma garota indefesa, eu tive que ir. As vezes você ter um irmão policial e um pai que foi advogado, você acaba por aspirar sede de justiça.

Eu não consigo me mover ou falar, eu estava só ouvindo e quando ele falou no seu pai, era como se eu pudesse lembrar da dor de ter perdido o meu e lembrar que ele também perdeu o dele.

– Obrigada. – eu sussurro.

Andrew se desperta, encontrando meus olhos.

– De qualquer forma, ainda bem que eu estava lá, não vi o cara, ele deve ter corrido quando percebeu que eu estava chegando, mas... Ainda bem que eu cheguei a tempo.

Nós ficamos nos olhando por bastante tempo, era como se eu tivesse dividida, eu sabia que boa parte ele tinha mentido, mas sabia que a ultima pergunta que me respondeu, ele esteve falando a verdade. Eu não sabia que segredos Andrew poderia esconder, mas havia uma parte de mim que queria descobrir e a outra parte queria esquecer, mas era dificil demais tentar apagar da cabeça alguém como ele, e não por ser um McDowell, mas por ele me fazer sentir coisas ainda não explicáveis, e de certa forma sentia que eram coisas boas.

– Hmm... – ele pigarreia. – Suponho que já tenha acabado com o interrogatório, porque eu preciso te levar para casa.

Ele se afasta da porta para abri-la novamente e dessa vez sua feição para mim é bem mais leve.

Como eu não digo nada, ele completa:

– Vamos Nathalie. – ele aponta para seu Hamann.

O que eu poderia fazer? Certo que havia uma parte nele bastante desconfiável e certo que isso despertava muito mistério nessa história, mas havia a parte de que ele tinha me salvado, e de que ele fazia coisas estranhas dentro do meu coração e, além do mais, é Andrew, irmão de um policial, o que ele poderia fazer contra mim que não teria feito naquele lugar escuro? Ter me salvado já tinha, de todos os modos, tirado-o de desconfiança.

Eu não demorei muito para entrar no carro, fiquei quieta no meu canto esperando que ele entrasse, até que espontaneamente eu resolvi limpar meu rosto, estava úmido lá fora.

– Oh, meu deus.

Eu encarei meus dedos, as mangas do casaco de Andrew estava acima do meu cotovelo e deixava a mostra tudo aquilo que eu não tinha me dado por conta antes. Sangue. Estava com meu corpo todo manchado, minhas roupas, minha pele, meu cabelo. Minhas lambranças! Eu não salvei aquela mulher, fui covarde, agora eu estou aqui, salva, cheia de remorso e sangue para me lembrar dela.

As lágrimas começam a cair e é ao mesmo tempo que escuto a porta do lado se fechando quando Andrew se senta no banco do motorista. Quando ele alcança as chaves e me olha, vejo que tudo para no tempo.

– Você está bem?

Eu não consigo dizer, é como se eu fosse sugada para algumas horas atrás, quando eu andava atordoada por estar sozinha em um bairro desconhecido para logo depois me deparar com a visão de um assassinato. Eu vi alguém matar uma pessoa e eu não fiz nada, absolutamente nada, eu apenas me escondi no meu proprio pavor egoísta, fiquei com medo por mim mesma ao invés de salvar uma vida e agora eu estou coberta por essa culpa. O sangua derramado de uma vitima está contaminado no minha pele e não posso apagar isso.

Eu entro em pânico e as lágrimas caem.

– Você, você está chorando? – Andrew entra em pânico. – Céus Nathalie, responda-me alguma coisa, por favor.

Ele se aproxima, agarra meus braços livres da manga do seu casaco e vejo que ele também observa a mesma imagem que eu.

– Isso é sangue? – ele pergunta, atônito.

Eu não lhe respondo, de imediato, as lágrimas limpam meu rosto.

– Eu não perce...

– Esse sangue não é meu. – eu o interrompo, encontrando seus olhos.

Estes são pretos sem vida e preocupantes. Ele está paralisado, Andrew não se mexe ao me encarar chorar, eu vejo que ele está tão pasmo quanto eu.

– É sangue, Andrew... E não é meu.

Eu choro, e é quando ele se desperta, ultrapassa o limite do seu banco e invade o meu, agarra a ponta da manga do casaco e a puxa para cubrir minha pele para depois me tomar pelos braços, seu peito é forte e quente, eu choro muito enquanto ele acaricia meu cabelo e meus ombros.

– Vai ficar tudo bem, vamos dar um jeito nisso, entendeu?


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam, ok? Eu gosto muito quando vocês fazem isso!