Amor versátil escrita por AnôNIMA


Capítulo 21
Olhos confusos.


Notas iniciais do capítulo

Chegaando.... Comentem heim? Estou esperando u.u ... boa leitura!



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Queria poder ver o que tinha ao meu redor, eu estava acordada, mas não sabia o que tampava meus olhos – ou o porquê de meus olhos não estarem vendo – eu só sentia aqueles passos novamente, logo depois de acordar.

–É o seguinte Senhor Rafael, a sua missão expirou, já foi completada, não precisa mais ficar aqui. – Uma voz desconhecida indagava, com um som grave e levemente irritado. Do que ele estava falando?

–Mas Miguel... Você sabe o quanto esse lugar ficou especial para mim! – Aquela voz era impossível não reconhecer, a do homem da minha vida.

–Eu sei e compreendo, mas quem toma as decisões é o chefe, e ele não gostará nada disso. – A voz se acalmava aos poucos.

–Ah... Às vezes penso seriamente em largar essa profissão... – Como assim? Ele queria deixar de ser médico?

–Tudo por causa dessa garota? – Questionou irritado. Mesmo sem ver, pude sentir seu dedo acusador sobre mim, e aquilo estava me incomodando.

–Ela não é só uma garota. – Defendeu-me, arrasando meu coração.

–E o que você sente exatamente por ela Sherlock? – Será que era agora? Rafael nunca dissera o que sentia por mim. E isso me deixava em dúvida, será que ele iria falar agora?

–Eu... – Um barulho cortou-os, e apurei os ouvidos para descobrir quem foi o morfético que interrompeu aquele momento. Mais que droga! Ele ia se declarar.

–Sem licença, é aqui que não está Souza Mônica? – Pensei que Dc tinha maneirado em suas manias, mas às vezes ele me surpreendia.

–Como? – Os dois perguntaram em coro, qualquer um ficaria boiando com aquilo.

–Estava brincando. – Ele dá uma risada e entra completamente no quarto, indo direto para a minha direção. Falta de educação era algo notável nele.

–Dc? O que faz aqui? – Perguntei obviamente.

–Vim te visitar ué! Não pode agora? – Contestou irônico.

–Pode. – Respondi ríspida, não gostava de ironia, e ele sabia disso.

–Desculpe. – Pediu tristemente.

–Como? – Não acreditava naquilo que acabei de ouvir, ele nunca pedia desculpas, ele era o Dc!

Wand arrastou Rafael para fora do quarto, antes que o mesmo voasse na cara do – Segundo ele – atrevidinho. Vendo que estavam praticamente “segurando vela”.

–Mônica... – Respirou fundo – Eu decidi mudar por você! – A voz dele parecia embargada em um recente choro.

–Como assim? – Minha cabeça girava, estava completamente confusa.

–Eu não quero mais ser aquele cara que te dispensou por puro orgulho! Eu não quero ter que... – Cortei-o colocando um dedo sobre seus lábios. Seus olhos me olhavam fixamente.

–Aquilo é passado Dc. É como você é. Não mude por ninguém, ouviu? – Ordenei brandamente.

–S-sim... – Por um momento, senti que ele faria qualquer coisa por mim.

–Mais então... Como vai a turma? – Perguntei levemente interessada.

–Bem... Eles estão preocupados com você, a Marina mesmo mandou um abraço, dela e do filho dela. – Não sabia se ele estava mentindo ao dizer “bem” ou se mentia em dizer que estavam preocupados. Mas me sentia feliz em saber que Marina se importava.

–Bem... Então fala que eu mandei outro para os dois fofos! - Falei levemente sedada pensando no fofo que seria o filho de Marina.

–Pode deixar. – Fungou – Mas, eu queria te perguntar uma coisa.

–O que seria? – Me sentei na cama.

–Se por um acaso, do destino sei lá... – Ah Dc, sempre desinteressado.

–Sim...? – Encorajei-o.

–Se eu falasse que te daria outra resposta naquele dia, um sim. – Pausou – Você iria querer ficar comigo? – Aquilo foi um pedido?

–Não. – Respondi ríspida.

–Por que não? – Ele parecia magoado, mas não transparecia isso. Era uma coisa que se via no olhar dele.

–Por que agora estou muito bem er... – Não sabia como explicar aquilo, afinal, Rafael não havia me pedido em namoro. – Apaixonada.

–Eu sei... O Ceboludo... – Bufou irritadiço. Ah Dc... Como você está errado!

–Não é ele. – Retruquei, apesar de saber que ainda tinha sentimentos pelo Cebola, não queria admitir isso.

–Não? Quem é então? – Perguntou curioso, não era para ele estar ainda mais magoado?

–Não te interessa. Agora, Dc. Saia já daqui. – Expulsei, não queria explicar aquela relação enrolada, não agora.

–Com todo prazer. – Realmente, ele é diferente. Um alien de outro mundo, um cavalo com as cores do arco-íris, um boi com tetas, um cachorro com dois rabos, um... Tá! Todo mundo sabe que ele é estranho.

Sem pestanejar, saiu calmamente da sala, já no corredor, se encontrou com um Rafael, que o olhou de cara feia e entrou na sala. Dc sabia que era ele.

–Então... É ele senhorita Mônica? – Sussurrava sozinho – Mais um desafio, mas desta vez. Eu ganharei.

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“23/06/2013” Querido diário, estou aqui mais uma vez, para confessar uma coisa muito importante para mim. Eu estou apaixonada pelo Dc! Ele mexe de uma maneira diferente em mim, como nunca jamais Cebola mexeu. Será que estou mesmo apaixonada por ele? Cebola não iria gostar... Mas quem liga? Ele me deixa dando sopa por ai. Quem sabe se eu der uma chance para ele? Isso mesmo, hoje, irei pedir indiretamente, Dc em namoro!

“24/06/2013” Sim... Ele recusou, partiu meu coração. Eu estava completamente disposta á deixar o Cebola por ele, e ele simplesmente recusou, pensei que gostasse de mim, mais pelo jeito não. Todos os homens são mentirosos enfim, mas o caso dele era outro, ainda mais infantil. Ele recusou por uma simples mania, não sou mais especial para ele do que aquilo, então sou quase insignificante.

Eu lia e já preparava a caneta para escrever uma nova fase daquele tema, minhas lágrimas já eram bem visíveis, era como um trauma para mim. Em letras trêmulas, comecei a escrever.

“02/03/2014” Há tempos não nos falamos não é? Desculpe senhor Bananão, andei meio ocupada, e doente. Mas vamos logo ao assunto de hoje. O caso novamente é Dc, minha paixão escondida, quem abalou meus sentimentos pelo Cebola, quem foi capaz de me fazer pensar, e tentar, largá-lo. Hoje ele veio aqui no hospital, e indiretamente pediu uma chance. Você acha que devo aceitar? Eu amo o Rafael, e também gosto do Cebola, enquanto ao Dc? O que sinto por ele?

Parei imediatamente de escrever quando ouvi a porta se abrir. E Rafael não estava com uma cara nada boa.

Continua...


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