The Water Girl! escrita por Mari Batis


Capítulo 41
O Labirinto


Notas iniciais do capítulo

Desculpemm!!Meu pc deu bug, e nele estavam todos os caps...não me matem ;_;



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Olhei nos olhos azuis de Finn, sem entender o que estava acontecendo. Na realidade, eu não queria entender. Mas no fundo eu sabia que de agora em diante meus amigos seriam obrigados a passar por desafios e perigos, tudo por minha causa.

Finn olhou para mim como se mandasse uma mensagem mentalmente:
O que diabos está acontecendo?

A voz desapareceu, e por um milissegundo, tive a sensação de que estava tudo bem, era apenas uma coisa da minha cabeça. Até que o chão sob Jake cedeu, o fazendo cair em um grito assustado que se distanciava cada vez mais.

–Kat - Finn foi interrompido pela queda, ele se segurou na borda do buraco circular, mas a força da gravidade o forçou a desceu pelo túnel. Quando tentei segurar sua mão, o mesmo aconteceu comigo.

Desci escorregando por algo que parecia um toboágua, só que sem água.

A gravidade fazia questão de aumentar a velocidade. As paredes eram todas pintadas de um branco acinzentado, com linhas azuis brilhando aqui e ali. Tentei inutilmente desacelerar usando meus braços como freios, eles rasparam na parede, e senti uma queimadura intensa em meus antebraços, minha pele provavelmente havia rasgado, manchando o túnel de sangue.

Depois de quase um minuto escorregando através de curvas, retas e mais curvas, caí em uma piscina pequena logo abaixo do final do tubo.

–Uau...

A sala onde me encontrava era ainda mais incrível do que o QG de Mariana, em todas as paredes se viam hologramas se várias coisas aleatórias, de bombas explodindo até campos de margaridas.

Um dos hologramas se aproximou, flutuando na minha direção, Ele era azul gelo, transparente e flutuando em dois tons de vermelho estava escrito:

Você deseja entrar no labirinto?

Sim( ) Não( )

Respirei fundo e pousei meu dedo sobre o circulo em que se lia “Sim”

Imediatamente a sala se comprimiu a um lugar do tamanho de um banheiro, braços mecânicos surgiram das paredes, segurando elmos, peitorais de bronze e todas as partes de uma armadura. Por algum motivo estranho todas cabiam perfeitamente em mim, tinha a balanceamento perfeito, nem pesado demais, nem leve de mais.

Os braços encolheram e desapareceram da mesma forma que surgiram. Todas as paredes do lugar se abriram em túneis, totalmente escuros: uma encruzilhada.

Todos eles ventavam na minha direção, não senti água em nenhum dos quatro, sem água, seria muito mais difícil lutar ali. Dois dos túneis começaram a tremer, o som de passos largos e pesados vinham dos dois, de forma uniforme.

–São exatamente iguais...

Saí correndo pelo túnel da esquerda, tudo escuro, sem nenhum sinal de vida, ou qualquer outro caminho, apenas uma linha reta que dava em lugar nenhum.

Vou me apoiar na parede... pensei passando a mão na parede a direita. Assim se tornará mais difícil se perder.

Acho que o labirinto discordava disso.

Imediatamente a parede em que me apoiava, desapareceu, deixando para trás um rastro de fumaça e uma eu estatelada no chão. O impacto fez doer meus braços ralados, se não fosse pela armadura o chão estaria coberto de sangue.

–Jujuba...se eu sobreviver eu juro que vou explodi-la com minhas próprias mãos...- um comentário sem muito sentido, mas imaginar tal cena me fez sorrir.

Depois de dar apenas cinco passos, percebi que estava difícil andar sobre o local, e resolvi analisa-lo.

Era uma sala com o teto na forma de uma piramide por dentro. Nas paredes vários desenhos antigos a decoravam e a areia era bege, e tornava meus passos lentos.

–Ahhh...- Ouvi um grito a distancia, e quanto mais tentava ver quem gritava, mais névoa surgia das paredes.-SAIA!!

–Finn..-reconheci a voz e saí correndo, ignorando tudo ao meu redor...

Nesse momento tudo que eu precisava era de um corredor aberto no chão, para que eu caísse.

A primeira queda foi de um metro apenas, eu subiria de volta se o local não tivesse sido lacrado como uma armadilha de tumba, as paredes e o teto começar a me apertar, comecei a me sentir claustrofóbica. Forcei as paredes com todas as minhas forças, apenas para ficar tonta por gastar o pouco ar que me restava.

Para minha salvação o chão se abriu e eu caí na escuridão.

No meio da escuridão eu não sabia qual era a altura, mas a senti quando cheguei ao chão. Um crac nauseante se ouviu, e uma dor enlouquecedora me invadiu, era como se alguém resolvesse torturar-me, e fosse fazer isso cravando um metal fervendo no meu tornozelo.

–Arg...-pontinhos dourados dançavam em frente aos meus olhos, mesmo que o corredor seja completamente escuro.

Tochas se acenderam em todos os lados, dava para ver agora o inicio e o final da sala, e cometi o erro de olhar pro chão.

Milhares de ossos, gastos pelo tempo, o som que eu ouvira antes, era de um crânio se quebrando com o meu peso...antes me perguntava o que eu estaria pisando, quando me pergunto Quem?

Tento tirar aquilo da minha cabeça, aquele lugar me lembrava de todos so pesadelos que tinha quando criança, todos eles eram interrompidos pelos abraços calorosos de minha mãe, mas agora...eles eram reais. Não havia como beliscar para acordar como meu pai fazia, eu sentir um abraço para se acalmar...

–Eu quero ir pra casa...-enterrei meu rosto em minhas mão sujas de sangue – eu não agüento mais...

–Ah você vai menina...assim que eu decidir se a deixo viva..ou se você está viva.

Ouvi uma voz grossa a cima de mim, quando ergui meu rosto vi um jovem de mais ou menos 20 anos, inicialmente eu achei que fosse uma menina, e teria continuado com tal pensamento se não fosse sua voz. Tinha cabelos roxos compridos, os olhos azuis tinham um ar travesso e sua armadura era completamente branca.

–Você é uma ilusão certo?-perguntei.

–Eu não.Mas isso é...-ele abriu os braços em um gesto para me mostrar o que estava ao redor. Uma sala de estar, em que uma lareira creptava, e lá fora a lua brilhava lindamente.

–E como eu vou saber se você não é uma ilusão?

–Simples...uma ilusão não falaria com outra ilusão, sobre não ser uma ilusão, provando que você é uma.

–Ah obrigado, agora entendi tudo.

– Loirinhas...sempre idiotas...

–Como é?-exclamei.-você tem quantos anos? Cinco?

–Não. Eu tenho 24, e diria que pelo seu...comitê de frente- ele fez um gesto apontando para os meus seios.- você deve ter uns 20 né?

–Idiota!-dei um tapa em seu rosto.- eu tenho 16, e não chegue perto de mim.

–Você não vai durar uma semana aqui sem mim, Loirinha.

Me virei, para seguir andando ignorando ele, mas eu esqueci do meu maldito tornozelo, e caí de joelhos no chão.

–Eu não falei?-ele riu.- deixa eu te ajudar Loirinha.- Ele me segurou por trás, passando a mão pela minha cintura e me ajudando a fica de pé.

–Se essa sua mão escorregar mais um pouquinho eu juro que você vai ficar com a cara achatada pelo resto da vida.

–Uhh!! Alem de gata é perigosa...gostei de você. Prazer, Robert.-ele pegou minha mão e a beijou.

–Katara.-disse secamente.

Seguimos andando, totalmente sem rumo, a escuridão não era mais um problema, Robert tinha levado uma lanterna para o labirinto. E mesmo com as safadices dele, o caminho seguia tranqüilo.

Até que o garoto me fez parar.

–O que houve Loirinha? Esqueceu como se anda?-ele riu, depois sua expressão endureceu quando percebeu minha expressão.

–Me ajudem...-a minha frente estava um garotinho de cabelos azuis como o mar, abraçando as pernas e chorando.- princesa...me ajude...ela me prendeu aqui, eu quero a minha mãe...

–P-Pedro?...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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