Hidden Life escrita por Bluny


Capítulo 2
Segredos Revelados


Notas iniciais do capítulo

Bluny: Yaaaaaaaaaay! Mais um capítulo dessa fic!
*Nyaaaaah*
Bluny: PERAI! EU OUVI UM MIADO? GATOS! ONDE ESTÃO OS GATOS???
*?*: Vish, nem vou mais aí também e-e.
Bluny: NÃO! Gatinho! Volte!
*?*: Sai fora maluca! O-o
Bluny: Acheeei vooocê!
*?*: Pare de me perseguir! Eu não sou um gato muié!
Bluny: Como não? :c
*?*: Eu fui amaldiçoado por uma feiticeira, e agora estou preso nessa forma. Meu nome é Hyu e não "gato".
Bluny: Pra mim você ainda é um gato... Bom gente... Boa leitura!
Hyu: Tá falando com quem? Que doida...



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ALERTA DE INTRUSO NO SETOR B. ALERTA DE INTRUSO NO SETOR B.

Levantei repentinamente desperto, sorte que sempre tive o dom de ter sono leve. Setor B? Porque diabos alguém invadiria minha cozinha? E ainda sendo ela a minha cozinha? Idiotas

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Saí silenciosamente, mas ainda sim rápido, em direção à cozinha. Parei alguns passos antes de entrar, pegando minha faca. Se alguém entrou, deve ser habilidoso. O alarme de minha casa tem inteligência artificial, e só toca no local onde eu estou para não alarmar os invasores. Entrei discretamente, avistando alguém tentando com todas as forças abrir a geladeira. Mas que diabos...?

—Quem é voc- Meu queixo caiu.

A garota de cabelos rosa me olhava com curiosidade, sem largar da geladeira. Como ela está de pé se levou dois tiros?!

—Qual é o problema? –Perguntou ela, casualmente.

Eu continuei atônito, então ela se virou e continuou forçando a porta da geladeira.

—Por que... Não... Abre?! –Exclamou, desistindo.

Suspirei, colocando minha mão na geladeira, que se abriu automaticamente.

—Ah! Que incrível! Como você fez isso?

—Você está meio que alegre demais para quem levou dois tiros. Aliás, como saiu do quarto sem que eu percebesse?

Ela me olhou com divertimento.

—Bom... Todo mundo já levou um tiro, então não é muita novidade. E eu apenas abri a porta a saí. Você dorme feito uma pedra. –Ela se voltou para a geladeira. – Wah! Quanto leite! Se bem que já era de se esperar, já que você tem... Essas orelhinhas de gato e essa cauda fofinha. –Disse ela, apontando para mim.

Ah! Isso me lembra de que eu não me apresentei... Meu nome é Dave Heather, e tenho 18 anos. Meus cabelos são pretos e até a nuca, e tenho olhos de uma cor que todos descrevem como amarelo. Acho que devo esclarecer essa história das orelhas de gato. Eu fui uma espécie de cobaia de uma empresa secreta, que estava tentando criar pessoas com habilidades sobre humanas usando o DNA de animais. Depois de centenas de exames, experimentos, falhas e sacrifícios, eles obtiveram sucesso, mas o processo era excruciantemente doloroso. Fui a experiência de número 13, e a quinta a dar certo, dos outros oito... Ninguém mais soube. Desde quando tinha três anos, fui treinado só e especificamente para matar. Com oito anos fugi daquele lugar horrível, mas continuei no mesmo ramo. Esse negócio da geladeira cheia de leite é meio... Pessoal.

A garota pegou uma das caixas de leite e começou a abrir todos os armários cantarolando, aparentemente em busca de um copo. Ela definitivamente não se parecia nada com a garotinha assustada de antes.

—Bom, já que está de pé e alegrinha, poderia me explicar quem é você, e porque estava sendo perseguida por um pedófilo?

Ela se virou para mim, bebendo o leite direto da caixa.

—Esse leite é uma delícia! Quer um pouco?

—Não mude de assunto.

Ela bufou. Seu olhar passou de divertido a sério em um segundo.

—Meu nome é Myth Summers. Eu sou a experiência de número 15. Estou surpresa que você não tenha percebido.

Uma cobaia? Estranhei, pois ela não tinha nenhum sinal de que tivesse DNA de animais.

—Mas você não... –Não completei a frase, pois ela soltou a trança, revelando duas orelhinhas de gato também rosas, como seu cabelo.

—Fugi do centro de pesquisas fazem três anos. Aquele homem estava me perseguindo porque naquela mesma noite eu tinha invadido a casa dele, matado mais de a metade de seus homens e resgatado duas garota que ele havia sequestrado.

—Se você é uma assassina tão boa, porque não o matou?

—Ele não era o meu alvo. Ocorreu apenas um... Pequeno deslize, e aquele homem acabou me vendo sair.

—Um pequeno deslize, Huh? –Olhei-a no fundo de seus olhos verdes e percebi uma coisa. –Você não é uma assassina.

Ela baixou o olhar, entristecendo.

—Eu não gosto de matar, mas eu tinha que salvar aquelas garotas... Elas eram minhas melhores amigas.

—Eram?

Sua expressão era digna de pena, ela parecia um filhotinho perdido no mundo.

—Agora elas... Elas... Elas têm medo de mim. –Disse ela, deprimida. –Meus pais adotivos me expulsaram de casa, porque eles me viram com as roupas cheias de sangue.

Pelo visto ela não tinha para onde ir. Eu tenho quase certeza de que vou me arrepender depois.

—Você quer ajuda com algo? Se quiser pode ficar aqui.

Seu rosto se iluminou.

—Waaah! Sério? Sério mesmo? Obrigada! –Exclamou, pulando em meus braços. De repente, ela me soltou e começou a me encarar. –Espero que não faça nada pervertido comigo enquanto eu estiver aqui. Eu tenho uma faca.

Revirei os olhos. Já estou me arrependendo.

—Você vai dormir no sofá, ou se preferir você dorme no chão.

—Há! Que falta de cavalheirismo! Eu que levei dois tiros e é você quem dorme na cama macia?

—Não estou vendo você reclamando de dor.

Ela me olhou emburrada, como uma criancinha.

—Quantos anos você tem? Eu chuto uns dez. –Perguntei irônico.

—Hã?! Você acha que eu tenho cara de criança? Pra sua informação, moço, eu tenho dezessete!

Levantei uma sobrancelha o mais alto que consegui levantar. Definitivamente, ela tinha cara de criança, ela deveria ter o que? Meio metro a menos do que eu?

—Porque essa cara de descrença? Só dê uma olhadinha nisso aqui! –Disse ela deslizando as mãos pelo corpo, que, digamos, não era nem um pouco infantil. –Aliás... Já que eu vou ficar aqui... Onde fica a comida?

Suspirei.

—Nos armários de cima, mas acho que você vai precisar de um banquinho.

Ela pareceu ofendida.

—Eu não vou precisar de nada! Olha! –Disse, tentando alcançar. –Q- quase... L- lá! Puff! É muito alto!

—Na verdade, você é muito baixa.

—Eu estou na altura ideal!

—Ideal para quem? Anões?

—Argh! –Exclamou me dando um soco, que doeu mais que o esperado.

—Você tem uma mãozinha pesada, para uma garota.

Ela sorriu presunçosa.

—E não é só porque eu não gosto de matar que eu não possa abrir exceções.

—Oh não! O que você vai fazer? Morder minha perna?

Fuzilando-me com o olhar, ela foi até a geladeira, e novamente tentou abri-la à força.

—Você quer acionar todos os alarmes da casa? –Perguntei, novamente abrindo a porta para ela.

—Que tipo de paranoico tem um alarme na porta da geladeira? Está com medo de que roubem o seu precioso leite?

Dei de ombros.

—Tenho minhas próprias razões.

Ela bufou, murmurando algo que soou como “esquisito”.

Uns três litros de leite depois, ela finalmente pareceu estar satisfeita.

—Então! –Disse feliz.

—Então... –Encorajei-a, sem nenhum entusiasmo.

—Temos que fazer compras! Pegue sua carteira e vamos lá! –Exclamou alegremente, me puxando porta afora.

Agora sim eu estou completamente arrependido.

—Pare aí! –Exclamei, e ela ficou literalmente parada. –Hã... Eu só quis dizer para você parar de me arrastar.

—Oh! Entendo... Agora vamos! –Disse, tentando, sem sucesso, me arrastar. –Por favor! Vamos! Eu preciso comprar roupas!

—Eu não vou te levar para fazer compras. Tenho outros compromissos. Aliás, é com o meu dinheiro.

—Mas você só tem leite! Eu não vivo de leite! Preciso de comida! Agora me faça o favor de abrir essas cinquenta trancas que você colocou nessa porta e arrastar o seu traseiro felino para fora!

Bufei. Estou vendo que vou falir.

—Já que você pediu com educação.

Fui em direção à porta e quando estava quase a abrindo, Myth gritou:

—ESPERE! –Parei o que estava fazendo e encarei-a. Eu tenho uma audição muito aguçada, então ela quase me deixou surdo. –Você vai sair assim?

—Sim, ué. Qual o problema? –Perguntei. Eu estava com um casaco longo e preto com capuz.

—É que você não... Ah! Esquece. Agora vamos.

Revirei os olhos. Garotas.

Enquanto andávamos pela rua, eu ficava atento a toda e qualquer movimentação suspeita de pessoas estranhas. Quando olhei novamente para Myth, vi que ela estava me encarando com um olhar esquisito.

—O que foi?

—Você pode parar com isso? Parece um paranoico. –Murmurou.

—Se você visse o que eu vi, você iria ficar atenta a tudo e todos.

Ela olhou para o céu, como se suplicasse que ele caísse em cima dela.

—Você não poderia ao menos ficar atento discretamente? Que constrangedor.

—Vamos logo comprar o que você quer e voltar para a casa.

—Sim! Compras!

Ela saiu correndo em disparada, arrastando-me com ela. Algumas horas depois, eu já estava carregando milhares de sacolas, e ela estava apenas com a bolsa que acabara de comprar. Bufei.

—Não sou seu empregado. –E com essa afirmação, joguei todas as sacolas encima dela.

—Kyah! Você não pode ser gentil? –Gritou, saindo debaixo da enorme montanha de sacolas.

—Bom, vendo que você gastou muito do meu dinheiro, não.

Ela fez um muxoxo, mas pegou todas as sacolas e saiu andando. Estávamos pagando as coisas no supermercado quando ela empacou, com os olhos arregalados.

—Algum problema? –Perguntei em um murmúrio.

Tinham algumas pessoas nos observando, e ela pareceu nervosa. Olhando-me nos olhos ela disse:

—Hum... Eu... Hum... Preciso ir no... Banheiro. Em casa.

A expressão dela mostrava que não era isso que ela queria dizer. Percebi que seus olhos se alternavam entre mim e algum ponto às minhas costas. Seguindo seu olhar, vi um homem de terno, que aparentava uns 35 anos encarando-a furiosamente. Meu sangue gelou. Não era um homem. Era o homem. Reconheci-o quase que imediatamente. Ele era o homem que controlava as pesquisas no laboratório secreto, ele que havia nos submetido àqueles horríveis experimentos. Myth tremia, e parecia prestes a irromper em lágrimas. Seu medo daquele homem era evidente.

—Vamos daqui o mais rápido possível. –Sussurrei, num volume que só sua superaudição ouviria.

Ela assentiu minimamente, pegando suas sacolas. Paguei as compras com meu cartão, e ambos saímos do mercado sem olhar para trás. Após andarmos quase correndo por alguns minutos, um carro preto começou a deslizar lentamente pela rua deserta em que estávamos. Ah, droga! Myth também pareceu alarmada, mas não conseguia andar mais rápido por causa do peso que carregava. Peguei todas as sacolas de sua mão, e ela me olhou em agradecimento. Com um leve movimento de cabeça, ela entendeu o recado, e nós dois saímos em disparada pela rua. Ao chegar em frente à porta de minha casa, achei que tínhamos o despistado mas o carro preto apareceu novamente cruzando a esquina, estava muito perto. Perto demais.

—É hora do plano B. Continue andando. –Murmurei para ela.

Ela franziu a testa, mas continuou. Peguei meu comunicador, Connor devia estar desperto uma hora dessas. Enviei a seguinte mensagem:

“Estou com a garota e um carro está nos perseguindo. Mande-nos uma distração. Vou seguir para sua casa”.

Apenas poucos minutos depois, ouço o familiar som de pneus cantando pela rua. Seguido por uma sirene de polícia. Ok, talvez “mande-nos uma distração” não tenha sido o melhor a dizer. O carro luxuoso parou ao nosso lado, e de dentro saiu Connor e um de seus seguranças, ambos armados.

—Entre no carro! Isso é um sequestro! –Gritou ele, empurrando-nos para dentro do veículo.

Entrei casualmente, mas Myth tentou lutar e Connor apenas a levantou e a jogou para dentro. Ele e seu guarda, que era o motorista, entraram em seguida e o carro arrancou velozmente. A garota ao meu lado me olhou aterrorizada. Connor se virou no banco do passageiro para nos ver melhor, já com o seu típico sorriso contagiante.

—Você não tinha nenhuma ideia melhor? Aliás, quem anuncia um sequestro em voz alta? Sério, você é um péssimo ator.

—Ahãm! Foi a melhor ideia que eu tive. Aposto que você não iria gostar que eu chegasse atirando como eu gosto de fazer. Mas olhe, ela ficou bem surpresa. –Disse ele, apontando para a gata assustada.

—Oh... Connor, essa é Myth, ela é a experiência de número 15. Myth, esse é Connor, experiência número 10. –Ela não se moveu. –Ele está do nosso lado, hã, eu acho.

Ele sorriu para ela, que finalmente suspirou aliviada.

—Wah! Que susto você me deu! Ao menos podiam ter me avisado. Buh! –Exclamou, indignada. –Aliás, de onde vocês se conhecem?

—Ele é meu irmão. –Afirmou Connor, sorridente.

Ela pareceu surpresa. Devo ter me esquecido de mencionar isso... Somos irmãos, mas não somo nem um pouco parecidos. Connor é um pouco mais alto que eu, seus cabelos são de um misterioso tom de roxo, e seus olhos são vermelhos. Ele tem 25 anos, e é um bilionário que vive de fazer nada. O DNA que foi utilizado nele foi o de uma pantera.

—Olhem só! Chegamos a nosso destino! –Exclamou ele.

O carro atravessou os pesados portões de ferro, estacionando em frente à porta de entrada. Connor saiu primeiro, abrindo a porta para Myth sair.

—Damas à frente. –Disse cortês.

Ela deu um sorrisinho presunçoso.

—Você deveria aprender com ele Dave.

Revirei os olhos, ignorando-a. Entramos no hall da mansão, onde uma empregada estava para nos receber.

—Bem vindo de volta, mestre. Bem vindo senhor Dave e senhorita.

A empregada usava um tipo de collant preto, uma coleira e correntes nos braços e pernas. Ela tinha cabelos curtos e pretos, um de seus olhos era branco, e o outro era negro como a noite. Ela tinha apenas uma única e longa asa púrpura em suas costas.

—Oh! Obrigado, Hazel. –Agradeceu Connor.

Olhei para o lado e vi que Myth estava tensa, e seus olhos se tornaram repentinamente perigosos. Tirando uma faca do meio de seu decote, ela pulou em frente à Hazel, em posição de proteção.

—O que foi que você fez com ela? –Perguntou friamente, apontando a faca direto para o pescoço de Connor.

Connor sorriu. Oh não. Pensei. Apontar uma faca para o pescoço daquele cara não era bem uma boa escolha a se fazer.

—Ora, ora... Que gatinha mais estressada...


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Notas finais do capítulo

Hyu: Pare de me acariciar! Eu já disse que não sou- *ronrona* Hum...
Bluny: Ownt! *w* Ti fofinho!
Hyu: Me solte! Garota idiota!
Bluny: :o Fui xingada por um gatinho fofo. Não tem como eu me sentir ofendida.
Hyu: ¬¬' Você pode só me solt-
Bluny: Entãããããããããããão Povo!
Hyu: *se espicha* QUE ISSO MUIÉ?
Bluny: e-e Eu só tava falando com os leitores ué!
Hyu: Hum... Continue.
Bluny: Comentem o que acharam! Gostaram :D ? Odiaram D: ? Estão se perguntando qual é o sentido da minha vida : ? Comentem!
Hyu: Você é muito esquisita.
Bluny: E você é fofo demais pra mim usar meu facão em você... Sortudo...
Hyu: HÃ?
Bluny: Bjon *3*
Hyu: *tenta sair do colo dela desesperadamente*
Bluny: Você não vai fugir... Hohohohohoh



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