– Então o que achou?

– É adorável, lindo, simplesmente raro de se ouvir.

– Obrigada, fui eu quem escrevi.

– Meus parabéns você tem talento, até me faz lembrar uma certa pessoa.

Nessa hora me vem a cabeça todas as frases e bilhetes que Marshall me enviava a alguns tempos atrás, um bom tempo atrás, ás vezes até sinto falta disso, isso fazia meu dia ficar melhor.

– Que pessoa?

– Ah, um amigo... Ele também escrevi muito bem,assim como você, me enviava alguns de seus bilhetes , algumas vezes.

– Será que o conheço, porque aqui na cidade temos vários Saraus de poesias.

– Não sei, bem o nome dele é Marshall.. - antes que eu pudesse dizer o sobrenome ele me interrompe.

– Marshall Lee Dave?

– Sim , como você sabe?

– Eu e ele nos via em um dos Saraus daqui.

– E onde é este Sarau?

– Já sei, você aceitaria ir comigo a um , hoje a noite?

– Ah, sim,adoraria.

– Bom, o nome é Kantle's

– Interessante

– Sim, ele sempre leu todos os poemas que eu escrevia. Me lembro vagamente que seu preferido era bem assim" Eu vi estrelas no céu escuro, vi a lua entre estrelas, e vi você nos meus sonhos mais felizes"

– Espere um pouco, mas esse poema, o Marshall me disse que era dele, tanto que ele tinha a mania de me enviar bilhetes com eles escritos.

– Não, me desculpe, mas este poema fui eu quem escrevi, se tiver dúvida pode perguntar a um dos sócios do Sarau que me convidou á escrever um livros apenas deles.

Nessa hora parece que o mundo desaba, afinal, quem era aquele Marshall que mandava bilhetes, presentes, cantava suas músicas para mim, se é que aquelas músicas eram suas realmente. Quem era aquela pessoa, o nome dele era realmente Marshall Lee Dave, ou apenas um "nome artístico" desses que colocam para esconder sua verdadeira identidade de alguém ou se esconder de todos.

Realmente, quem é o cara que beijei , que contei meus mais sinceros sentimentos, ou que até um dia me chamou de namorada e dizia sempre que estaria ali se eu precisasse, e cadê ele agora?