POV Hermione

–Gabriel?

–Presente

–Breno?

–Aqui

–Willian?

–Presente professora

–Que bom que estão todos aqui. Alguém aqui se lembra do que falávamos aula passada?

–Cleópatra professora

–Isso Gabriel. E será que alguém aqui se lembra de alguma polemica dela?

–Os romances que ela teve. Júlio Cesar e Marco Antônio

–Parabéns, vejo que alguém prestou atenção não é Ingrid?

A menina sorriu

–Me desculpe professora – O menino Arthur loiro de olhos verdes que sentava no fundo interrompeu – Mas eu não acho que Cleópatra tenha amado os dois.

Franzi o cenho

–Por que não Arthur?

–Não tem como ela ter amado dois homens, não tem como, tem?

Todos me olharam curiosos e eu suspirei

–Sabe Arthur eu acredito que há vários tipos de amor. Então ela pode sim ter amado os dois só que de maneiras diferentes

–Mas qual ela amou de verdade sabe professora, daqueles que você não vive sem? – Ingrid possuía olhos e cabelos castanhos e o desenho de um rosto super delicado, apesar de ser extremamente travessa.

–Quem vocês acham que ela amou de verdade?

–Eu acho que foi Marco Antônio – Arthur cruzou os braços pensativo – Por que... Por que...

–Se ela realmente tivesse amado o primeiro ela não teria tido uma segunda opção – Ingrid complementou

Arthur olhou pra Ingrid como eu nunca havia visto antes.

–É... É bem por ai mesmo.

–Bom meninos eu não pretendo questionar os amores de Cleópatra, mas cada um vê por um lado

Ele mantinha os olhos fixos nela.

–... Não é Arthur?

–É... É sim professora.

Estreitei os olhos, Ele nem moveu a cabeça pra mim. Reprimi um sorriso.

–Bom... -me virei pra lousa – pelo visto estão todos afiados em história. Abram na 72 de português

–Com licença. Eu posso entrar? É claro que posso.

Virei-me em direção a porta.

–Oi querida! – Draco abriu os braços pra mim

O parei com o dedo indicador e ergui as sobrancelhas

Ele revirou os olhos.

–Podia ter me dito que trocaria de turma.

–Podia ter me dito que invadiria a minha sala

Alguns fizeram “uuuu!” pra Draco, que sorriu olhou pro chão travesso, e com o rosto abaixado o dedão e o dedo indicador no queixo ergueu apenas os olhos enquanto sorria travesso pra mim

–Desculpe querida. Mas eu gosto de ser imprevisível. Mas não foi por isso que eu vim aqui...

–Enem em interessa, eu estou dando aula, eu quero saber mesmo foi como você entrou na escola!

–E o meu charme querida? Fica aonde?

–Erguer as sobrancelhas ia acabar virando um vicio.

–Então você chega aqui me chamando de querida e depois diz na minha cara que ficou dando em cima da mulherada na secretaria

Um silêncio mortal ficou na sala, o sorriso de Draco se desfez por inteiro. Ele me olhou assustado esperando que eu fizesse algum escândalo

Bufei

–Então por que você não volta pra elas?

Ele arregalou os olhos

–Não Mione... Não foi isso que eu disse... É que...

–É que nada!

Fechei a porta com tudo na sua cara.

–Acho que sabemos quem é o Marco Antônio da professora – Breno o mais alto da turma fazendo vários outros rirem

–Acho que eu tinha pedido que fizessem uma lição não é Breno?

O sinal tocou

–Salvo pelo gongo.

Ele sorriu e todos saíram para o recreio no pátio nos fundos da escola

Draco entrou na sala e sentou-se na carteira na minha frente

–Sabe que eu não quis dizer aquilo não é?

–Então por que disse? – Eu corrigia as provas sem olhar pra ele

–Foi mais forte que eu

Olhei para ele

–Invadiu a minha sala

–Era saudade querida- Jogou os braços pro alto

Escutei risadas abafadas

–Quando é hora da aula vocês não querem ficar na sala.

–Desculpa professora – Arthur e Ingrid saíram de algum lugar nos fundos

Ergui as sobrancelhas

Eles saíram da sala

–Onde estávamos? – Perguntei

–Eu estava tentando conseguir trazer o seu coração de volta pra mim

Revirei os olhos

–Não vai ser tão fácil

Ele sorriu levantou-se e apoiou ambas as mãos na mesa a minha frente

Querida. Não vai aguentar ficar longe de mim por tanto tempo

Duvidando com uma grifinoria sonserino?

Pronto. O antigo, velho e bom Draco Malfoy voltou.

Seu sorriso cafajeste apareceu

–Acho que sim grifinoria.

–Então vamos ver quanto tempo você aguenta a distância querido – Caminhei até a janela

Ele veio a passos lentos e me abraçou por trás

–Querida, não aguentaria ficar longe. Você me ama

Virei - me pra ele, ainda em seus braços.

–A é? Diga-me o que tanto gosto em você?

Ele sorriu, mas logo ficou serio e eu estranhei.

–O que gosta em Mim Hermione? Fora você o resto da minha vida tá cheia de burrada.

Passei a mão no seu rosto tirando o cabelo do seu olho.

–Vamos ver...O que eu amo em você é.... Eu amo você porque é carismático, eu amo você porque sempre consegue me surpreender todos os dias. Eu amo você quando tem seus ataques de ciúme – Dei uma leve risada- E eu amo também... Quando você sorri pra mim, gente do céu como eu amo esse sorriso, ele é tudo pra mim.

Draco ficou me olhando encantado por alguns segundos até voltar a realidade quando o sinal bateu informando que as crianças voltariam.

–Eu amo você sabia

Eu sorri

–Não, não sabia não.

–Eu amo, muito, muito, muito, muito mesmo você. Eu sou completamente maluco por você. – Ele se aproximou do meu ouvido – Absurdamente.

Aproveitei que seu ouvido estava perto de mim.

–Eu disse que você não aguentaria ficar longe.

Ele riu gostoso.

–Como conseguiria?

–Espera.

Olhei em volta.

Olhei pra porta.

Umas dez carinhas esperando do lado de fora, metade sorrindo.

–Vão ou não vão entrar?

Alguns riram e eles foram se sentando sem tirar os olhos do loiro atrás de mim.

–A porta é logo ali senhor Malfoy.

–Mas eu não quero ir.

–Não tem querer, isso aqui não é uma democracia, minha sala minhas regras, quem entra nela obedece.

Ele riu se encaminhando em direção a porta.

Antes de sair parou na minha frente.

–Vou fazer uma surpresa pra você, já que gosta delas.

–Então está bem.

–Ok

–Ok

–Ok

–Ok – Eu ri e ele saiu.

Droga! Ele gostava de me deixar curiosa!!