O Outro Lado - A Verdade escrita por Isa


Capítulo 6
Amor é a beleza mais complicada do mundo


Notas iniciais do capítulo

Então pessoas, eu sei que prometi um cap. hot, mas nem ficou muito. Não foi culpa minha, sabe quando a cena certa simplesmente não sai? Prometo compensar vocês.



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Entrei no quarto com a cara mais sínica do mundo, como se não soubesse de nada do que havia acontecido. Ichigo estava no computador com as pernas esticadas numa cadeira, e tentou disfarçar a dor quando me viu.

“Oi Ichigo.”

“Oi amor, o que faz aqui?” Ele perguntou com um sorriso forçado.

“Deveria ter algum motivo?” Falei e tirei as pernas dele da cadeira, praticamente jogando elas no chão e me sentando. “Algum problema?”

“Não nenhum. É sempre bom quando você vem me visitar. Então, o que aconteceu com a tal Nina.”

“Ela é perigosa, mas não precisamos fazer nada agora. Por isso, resolvi passar o resto do dia com meu namorado.” Me aproximei mais de Ichigo e sentei no colo dele, mas isso foi o suficiente para ele gritar de dor.

“Você sabe não é?”

“Sei de quê? Que você resolveu dar uma de criança e subir numa moto no meio de uma trilha sem mesmo nunca ter pilotado?”

“Eu só me senti meio idiota estando lá parado enquanto aqueles dois...”

“E não está se sentindo idiota por ter se quebrado tanto? Porque essa obsessão por competir com o W Ichigo?” Uma simples brincadeira tinha virado uma discussão, mas talvez fosse o único jeito de resolver esse problema.

“Quem disse que eu faço isso?”

“Eu estou dizendo. Já não falei que eu amo você?”

“Sim, mas é que...”

“O que? Você acha que nós dois seriamos desprezíveis o suficiente para magoar você e a T-suki tendo alguma coisa? É assim que você me vê?” Não dava mais. As lagrimas começaram a cair involuntariamente e eu andava de um lado pro outro sem parar. Se a pessoa que eu mais amo no mundo não consegue confiar em mim, como posso continuar nessa vida maluca e complicada? Já estava quase saindo por aquela porta e correndo pra qualquer lugar aleatório quando senti Ichigo me abraçar e enxugar minhas lágrimas.

“Me perdoa. Não foi isso que eu quis dizer, no fundo sei que tudo que você disse é verdade, mas sempre acabo sendo inseguro desse jeito. Você e o W são tão parecidos, gostam das mesmas coisas, pensam igual, e naquele caso da Milly resolveram praticamente tudo.”

“Não é verdade, você não lembra? Quem no salvou daquela delegacia abandonada? Se não fosse por você estaríamos mortos agora. E o único motivo para nós sempre pegarmos os problemas piores é simplesmente porque nossas mãos já estão sujas, não tem mais volta. E quando tudo acaba, se você sujou suas mãos e não conseguiu proteger quem você ama, nada adiantou, a vida vira um pedaço de nada.”

“É que às vezes eu não suporto, um monte de gente cochichando de como vocês dois são perfeitos um para o outro.”

“Mas nós não somos. E sabe por quê? Porque o W ama uma garota que pratica luta e espanca ele constantemente e eu amo um idiota teimoso que não coloca na cabeça que eu nunca vou largar dele. E se não combinamos nesse quesito, é impossível termos alguma coisa.”

“Desculpe.”

“Não diga mais isso. É só uma palavra vazia, sem nenhuma força. Se quer mudar as coisas, só faça isso.”

“Tudo bem, vamos deixar isso pra lá. Agora, porque não aproveitamos sua maravilhosa visita?” Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Ichigo me puxou para um beijo intenso, e nós acabamos caindo na cama dele.

Aquele sentimento de novo. Quando ele me beijava e eu não estava deprimida ou atormentada, essa sensação corria nas minhas veias como uma droga poderosa, era como se meu corpo fosse explodir se eu não continuasse. De alguma maneira minha jaqueta acabou indo parar perto da janela e meu próprio corpo em cima de Ichigo, com minhas pernas se apoiando no colchão. Nada mais importava, até que ouvimos uma batida na porta.

“Oni-chan a comida está pronta! Orihime-chan pode comer com a gente se quiser.”

“N-Não v-vai dar, obrigada mesmo assim Yuzu-chan.” Eu respondi envergonhada. Agora que o êxtase da situação tinha passado, ambos estávamos completamente vermelhos. E se alguém tivesse entrado aqui? Levantei o mais rápido possível e Ichigo me ajudou a vestir o casaco.

“Bem, já vou indo...”

“Tudo bem. Só veio aqui para ver se eu estava bem?”

“Não exatamente.” Lembrei que tinha de contar aquela coisa, mas não sabia exatamente como ele ia reagir. “Sobre a Nina. Por segurança, vamos seguir ela por algum tempo, mas...”

“Mas?”

“Mas ela obviamente está mais desconfiada de nós, por isso eu e o W vamos.” Falei rápido, quase sem pausas.

“Tudo bem.”

“Sério?”

“Aham. Vocês são bons nessa coisa de ser discretos, e não daria certo irmos num grupo muito grande. Tome cuidado.”

“Certo. Já vou indo.”

“Tchau.”

Logo que sai da casa, apertei mais meu casaco e peguei o telefone.

“Então, que tal sairmos pra brincar hoje descabelado?”

“Tsc, eu ia jogar videogame, mas o que posso fazer? Vamos brincar de detetive.”

Afinal, era melhor ocupar minha cabeça do que ficar vermelha pensando no que tinha acabado de acontecer.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!



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